Para o Meu Amor, Emmett escrita por thysss


Capítulo 103
Capítulo 103




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De algum modo, depois que tivemos aquela conversar eu pensava que tudo só tendia a piorar, como já havia acontecido outras vezes quando só a menção sobre guerra era feita dentro daquela casa. Rosalie cabisbaixa, mas carente, inclusive Victor parecia se agarrar mais a mim, mas dessa vez não foi assim, Rosalie estava mais zelosa, isso é certo, mas sempre sorria para mim. Dessa vez ela estava sempre me passando a certeza de que daria tudo certo, e nesses momentos eu sentia ainda mais amor por aquela mulher.

            - Hey bebê – eu murmurei perto de seu umbigo saltado, ouvindo como Rose sorria enquanto seu ventre ondulava. Era incrível de ver. O bebê mexia de um lado ao outro, como se estivesse se esticando, e a barriga de Rosalie parecia ondular a cada movimento que o bebê fazia.

            - Desse jeito você não vai deixá-lo dormir nunca – Rosalie murmurou passando a mão por meu cabelo. Eu ri e puxei sua mão para beijá-la.

            Acariciei seu ventre por mais um instante e, logo deitei minha cabeça ao lado da de Rosalie, minha mão, todavia apoiada em seu ventre distendido, sentindo como o bebê se mexia com força no sétimo mês de gestação.

            - Victor já dormiu? – eu perguntei beijando seu rosto, e ela assentiu beijando o meu de volta.

            - Essa noite foi mais fácil fazê-lo dormir – ela disse e apoiou o rosto na curvatura do meu pescoço.

            - Claro, ele passou a tarde brincando com Anne, ela deve ter cansado ele – respondi ouvindo o riso de Rosalie.

            Nós havíamos passado o dia na casa dos pais dela, e por ser julho o calor era extremo, nos fazendo aproveitar a piscina que o pai dela havia construído nos fundos da casa há poucos meses.

            - Agora ele vai querer sempre estar por lá – eu disse e Rosalie concordou, apoiando sua mão sobre a minha em seu ventre. Eu senti um chute contra minha mão e sorri.

            - Claro que vai – ela disse sorridente. – Meu pai faz todas as vontades dele.

            - Não só as dele – eu retruquei ouvindo-a rir, porque mesmo já tendo mais de vinte anos e estando casada comigo há alguns, o pai de Rosalie sempre fazia tudo que ela lhe pedia, sempre tentando-a agradá-la.

            Com Victor era diferente não só por ele ser o primeiro neto, mas por ser menino. O pai de Rosalie sempre quis um filho homem, e como só veio mulheres em sua vida, agora ele aproveita com Victor para jogar bola e construir uma piscina.

            E o motivo para nos fazer aproveitar um dia de forma tão relaxada havia sido pelo alívio, o lado sul estava recuando – não que isso significasse o fim da Guerra Civil, mas sim que teríamos trégua pelo menos pelo próximo mês. De algum jeito estranho, era sempre assim quando algum dos lados recuava, tínhamos trégua por mais ou menos um mês, então tudo voltava... E nós sabíamos que iria voltar, porque se tem uma coisa que americanos não fazem é desistir fácil de uma guerra. Cidades já haviam sido destruídas, muitas pessoas já morreram nessa besteira de guerra por territórios, e mesmo assim eles não desistem. Eles só seguem em frente, nada de acabar antes de alguém erguer a bandeira branca de rendição.

            E mesmo que essa bandeira seja erguida logo, ainda teria alguns dias de batalha.

            Mas pelo menos teríamos algumas noites de sono tranquilas, e eu poderia ficar ao lado de Rosalie agora que chegávamos a reta final.

            - Amanhã você vai comigo? – ela perguntou enlaçando sua mão a minha, e eu sorri assentindo, para logo beijar sua testa.

            Tenho de dizer que não era normal um marido acompanhar a esposa ao médico, e até hoje eu não sei o porque disso, mas nas poucas vezes que fui com ela, só havia mulheres acompanhadas pelas mães. No máximo dois ou três homens ali. No primeiro dia eu franzi o cenho não entendendo, mas a médica de Rosalie disse que era algo sobre vergonha e incertezas, sem mencionar que homens são mais fracos para qualquer coisa que possa envolver sangue, agulhas e exames.

            Isso podia até ser verdade, mas parte da culpa das mulheres estarem grávidas é de nós homens, então eu achava que tinha de acompanhá-la.

            - E nós vamos ver com a minha mãe o que falta para o quarto do bebê – ela disse e eu assenti.

            Nessas horas eu preferia não me intrometer mesmo, porque apesar dela sempre dizer que só falta “uma coisinha” para o quarto do bebê estar pronto, essa “coisinha” sempre se transforma em muitas, e nunca acaba. Por isso eu decidi deixar por conta dela, até porque nós já tínhamos o berço claro que havia sido de Victor, já que agora ele dorme em as própria cama, e alguns outros pequenos móveis. O que faltava era roupinhas mais frescas, porque como Victor havia nascido no inverno, as roupas menores fariam o bebê derreter no calor que vinha fazendo em Rochester.

            - Minha mãe quer vir ficar com a gente – eu disse e revirei os olhos. Até porque o quarto que ela e a mãe de Rose haviam revezado em ocupar, agora estava ficando pronto para o bebê.

            - Eu já tentei falar para elas que nós damos conta – ela disse e eu assenti, nós já havíamos tentado convencê-las diversas vezes.

            - Ah, e ela me disse que se precisar, Victor pode ficar com ela nos primeiros dias – eu nem havia terminado de falar e Rose já maneava a cabeça, negando. 

            E eu entendia o ponto dela.

            - Acho que elas nunca vão entender que nós estamos casados e nos viramos bem – Rosalie resmungou e se mexeu na cama. Uma mão sempre apoiada em seu ventre, sentindo o bebê bem agitado aquela noite.

            Ela sentou na cama e respirou fundo, enquanto eu acariciava seu rosto, algumas vezes isso acontecia, ainda mais com o calor que vinha fazendo, Rosalie se sentia inchada e pesada, e ficar deitada muito tempo poderia ser um problema.

            Beijei seu ventre dilatado e ela fechou os olhos, esticou a mãe para pegar um amarrador e prendeu seu cabelo em um coque frouxo.

            O ventilador ficava ligado direto, e mesmo assim ela estava sempre com calor.

            - O que acha de um banho pra refrescar? – perguntei beijando sua bochecha. – Quem sabe assim esse bebezinho não se acalma também – ela assentiu com os olhos fechados, beijei seus lábios e me levantei da cama. Era tarde da noite, mas eu não me importava de ir encher a banheira e ficar um tempo com ela, pelo contrário, esses eram os meus momentos favoritos.

            - Precisa de ajuda? – perguntei ajudando ela a se levantar.

            O peso sobre suas pernas finas estava começando a dificultar, e ainda tínhamos um mês e meio pela frente.

            Ajudei a tirar sua camisola, que já estava suada, e quando Rosalie se ajeitou na banheira eu fiquei ao lado dela, uma mão acariciando seu rosto, a outra sobre sua barriga.

            - Não vou demorar – ela disse e bocejou, e eu assenti. Havia sido um dia cansativo, e não fora só Victor que não ficava parado.

            - Seu pai vai mudar a casa toda se tivermos outro menino – eu disse depois de um minuto de silêncio, e Rosalie concordou, rindo comigo.

            - Mas ele já disse que se for uma menina, ele vai fazer uma casa de bonecas pra ela – ela disse tocando o ventre, seus dedos deslizavam pela pele lisa sentindo o bebê mexer junto. – Eu tive uma quando pequena, mas nunca gostei muito – eu ri lembrando de quando ela havia me pedido para ensiná-la a mexer com uma arma.

            - Disso eu não tenho a menor dúvida – ela riu maneando a cabeça.

            - Anne também nunca gostou muito de bonecas, apesar de brincar mais do que eu – ela deu de ombros e fechou os olhos se recostando. – Então Anne ele nem se deu ao trabalho, acho que se tivermos uma menina ele vai tentar de novo.

            - Bom, eu disse que lhe daria uma menina – ela abriu os olhos e me encarou. – E mesmo que venha uma agora, nós não vamos para por ai, quem sabe dessa vez seu pai não tenha mais sorte – ela riu maneando a cabeça. – Mas eu devo avisá-lo que se nascer parecida com você, ele não deve nem perder tempo tentando...

            Ela gargalhou com a cabeça apoiada na borda, e eu juntei novamente minha mão a dela sobre seu ventre, sentindo o bebê se remexer ali.

            Um instante depois, Rose estava lavada e relaxada, e o bebê também começava a acalmar. Sorri ajudando-a a sair da banheira, e quando voltamos a deitar na cama, senti um chute contra minhas costelas, ela maneou a cabeça movendo a mão com calma sobre seu ventre, sua voz soava suave e tranquila, acalmando o bebê em seu interior.

 


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Notas finais do capítulo

n/a: esse post foi generoso HUASUAUHSAHUSAHUSHA
#tacalei

reviews respondidos, agora espero por mais 'hihi
espero que gostem de mais esse capítulo, hey, e se alguém achar ai que eu estou enrolando muito, que está cansativa a história ou qualquer coisa assim, por favor fale! nem que seja por mensagem

até o próximo meninas
beijos.