O que fazer numa situação dessas, Garry?

E sim, o nome do meu psicólogo é o mesmo que do caracol do desenho animado Bob Esponja, que assisto todos os Domingos de manhã.

Realmente, você está entre a cruz e a espada – Disse Garry anotando alguma coisa em seu caderno.

Isso é tão óbvio quanto que nunca vou ter a beleza da Megan Fox.

Lamentei-me por não ter tamanha sorte.

Se por um acaso do destino ganhar na loteria? Indagou-me.

No momento meu destino está muito ocupado em tirar uma com a minha cara. (irônica) Melhor me conformar de uma vez por todas. Até porque não sou tão feia assim, não é?

Cruzei as pernas que antes estavam esticadas, consequentemente subindo o curto vestido florido revelando boa parte de minhas coxas torneadas.

Olhei de canto de olho, o homem á minha frente sentado numa poltrona bege afrouxou sua gravata e gotas de suor desceu por sua testa.

Com toda certeza de que não é – Disse meio gaguejando.

Olhou meio alarmado para o relógio de pulso em seu braço.

Depois de verificar as horas, deu um suspiro e disse:

Acabou a sessão, até a próxima Bella.

Antes de sair ainda pude vê-lo deslizar pela poltrona com certo alívio.

E eu sabia ou desconfiava do por que.

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Ai meu deus, meu psicólogo tem uma queda por mim.

Eu disse ao chegar ao estabelecimento do qual trabalhava como atendente.

Todo tem – menos eu e meu docinho de pimenta.

Aro e Caius eram meus chefes, ou seja, donos da El’ Disco.

E sim, são gays.

Eles assim que ficaram juntos nos anos 70, tinham um sonho em comum: ter uma loja de CD’s, principalmente antigos e de rock.

Porque o docinho de pimenta? Perguntei curiosa pelo apelido ao seu amado.

Porque ele é “esquentadinho” e tem o fogo que só vendo – Abanando-se com as mãos.

Prefiro continuar não vendo, para poupar meus olhos diante dessa visão ser não for perdi muito.

O que lhe aflige? Perguntou virando-se para terminar de arrumar os CD’s em seus lugares.

Aro Volturi, era bem perspicaz, o tipo de pessoa que percebe se tem algo de errado ao seu redor.

O mesmo de sempre, dois homens que insistem em não sair da minha mente – Sentindo-me meio aborrecida – O que faria se estivesse numa situação semelhante á minha, Aro?

Olhou-me sério por alguns instantes, antes de me responder:

Á questão não é o que faria e sim o que você vai fazer.

E o que eu irei fazer?

De certa forma estava curiosa, nem mesmo eu sabia o que iriei fazer daqui á um minuto, contudo menos nessa confusão de sentimentos que estou metida ultimamente.

Bella, não se pode guardar sentimentos assim tão fortes para si e você bem sabe disso. Mais cedo ou mais tarde quando ficar cara á cara com eles irá expor o que senti.

Não irei fazer isso – Rebati meio incerta.

Aro, infelizmente tinha uma boca que eu chamaria de “maldita”, porque tudo que ele fala se concretiza.

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Já disse que não vou e não adianta usar esses “truques” como beicinho, dessa vez não irá adiantar – Virei o meu corpo mais pro lado tentando á continuar assistir o filme que passava na TV.

Desde que James entrou por aquela porta que me pedia insistentemente para ir junto com ele á uma festa de um amigo do amigo dele.

Por favorzinho, Bella – Eu prometo que não lhe peço nada mais.

Mesmo que eu acreditasse não iria – Porque não vai sozinho ou convida outra pessoa que esteja realmente disposta a sair, aposto que não terá dificuldade alguma.

ISABELLA MARIE SWAN, LEVANTE ESSA BUNDA GORDA E IMENSA DESSE SOFÁ E VÁ TOMAR UM BANHO ENQUANTO SEPARO UMA ROUPA ADEQUADA PARA A FESTA.

Pedindo desse jeito tão carinhoso, quem irá ousar desobedecer?(irônica)

Óh, Deus!

O que eu fiz para merecer uma bicha tão escandalosa em minha vida?

Cada vez mais tenho a certeza de que fiz algo muito ruim nas minhas vidas passadas, só pode né?

Levantei-me á contragosto e caminhei em direção do banheiro dentro do meu quarto.

Enquanto tomava um bom e refrescante banho, antes que o próprio Jay(apelido carinhoso) me desse banho.

Não demorei muito no banho e caminhei de volta ao quarto.

Como havia dito tinha escolhido á roupa e estava estendida em cima da cama.

Era um vestido tomara-que-caia azul celeste com outro tecido, um preto rendado até o busto e batia até minhas coxas.

Calcei a sandália preta com o salto de 15 centímetros mais ou menos.

Fiz uma maquiagem nada muito exagerada, pra noite mesmo.

Olhei meu reflexo pelo grande espelho que havia na parede.

Sorri, ao constatar que tinha gostado do resultado.