Crônicas de Uzumaki Naruto: escrita por Yori Sora


Capítulo 5
Poder:




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Uma das notas do pergaminho do Shodaime Hokage dizia que o usuário do Kage Bunshin poderia coletar informações usando seus clones e, quando um clone era desfeito, todas as suas experiências e conhecimentos iam para o original. Era óbvio que, além de transmitir chakra aos clones em sua criação, junto com o chakra também ia a consciência do usuário, sendo que quando as cópias eram desfeitas, apesar do chakra não voltar, a consciência voltava. Isso já me dava um grande poder em mãos, era divertido ver as possibilidades de semelhante jutsu. Inicialmente, decidi usá-lo para dominar os jutsus da Academia, então criava um clone para treinar os jutsus do pergaminho dado aos alunos.

Enquanto isso, eu meditava para afinar o meu chakra e de tarde treinava todo o Taijutsu nos pergaminhos do Gai-sensei. Em alguns meses, eu já era capaz de usar facilmente pesos de cem quilos, mas pretendia aumentar para duzentos, que era o peso máximo que se poderia encontrar em Konoha. Como ninguém era irresponsável o bastante para vendê-los para uma criança, eu tinha que roubar. Também treinava os conhecimentos de armas dos pergaminhos do Gai-sensei. Eu já havia aprendido todos os ninjutsus do pergaminho da Academia, então tive que roubar mais alguns dos anos seguintes.

Aos nove anos, eu já tinha todas as habilidades de ninjutsu de um graduado gennin. O meu taijutsu também estava bom, mas eu queria mais... muito mais. Conseguia usar, com certa dificuldade, pesos de duzentos quilos, precisava mudar isso. Bem, uma coisa adorável era que eu tinha uma nova parceira de conversas, já que quase não via mais o Gai-sensei: Hyuuga Hinata era o nome dela. Eu vou ser sincero, inicialmente eu não gostava muito de Hinata, pois via que ela era uma daquelas pessoas que vivem lamentando da vida e não fazem nada para mudá-la. Isso me irritava, entretanto, decidi dar-lhe uma chance e conversar com ela.

Era o intervalo na Academia e eu estava encostado numa árvore e ela também. Ela era a timidez em pessoa, ela nunca mudou muito esse aspecto, mas enfim... eu sempre achei que uma amizade valia a pena somente se fosse construtiva e ambas as pessoas se motivassem e se ensinassem. Hinata sempre me ajudou, devo confessar. Eu queria fazer o mesmo por ela, por um sentido de gratidão.

– Naruto-kun, você tem algum sonho? - perguntava Hinata, evitando me olhar. Mantive a feição vaga, olhando para o céu.

– Nenhum em particular, mas gostaria de ser um anbu - eu respondi e não era mentira, eu realmente queria ser um anbu.

Hinata me olhou, um tanto surpresa, mas logo ficou corada com o ato. Eu dei uma breve risada.

– Todos precisamos de algum objetivo grandioso, não? Você também precisa, Hinata - eu disse a ela.

– Entendo... e-eu - ela gaguejava bastante, mas era possível ver uma vontade intensa ali -... eu quero me tornar forte para dar orgulho ao meu clã - foi o que ela disse. Eu dei mais uma risada.

– Que objetivo besta - eu zombei.

– Naruto-kun! - ela me repreendeu, bastante irritada. - Você não deve zombar dos sonhos das pessoas! - ela disse, bem irritada.

– Ok, ok... não está mais aqui quem falou - eu disse, de maneira despreocupada.

A propósito, comecei a falar com Hinata por um motivo simples: treinamento. Eu comecei a me sentar na mesma carteira que ela e a pedir informações da Academia para roubar os pergaminhos e tal. Claro que eu não os levava para casa, apenas escrevia o conteúdo, o copiando. Hinata, mesmo sendo alguém sem vontade e sem auto-estima na época, era uma pessoa muito agradável e uma companheira fiel, mesmo com toda aquela timidez. Ela, ao mesmo tempo que me repreendia por não prestar atenção nas aulas, me dava anotações das coisas ensinadas pelo o Iruka, apesar de eu não precisar.

Enfim, em casa, eu comecei a ler o pergaminho do Gai-sensei, já estava quase o concluindo, o último ensinamento era como abrir o primeiro portão, aumentando minhas habilidades grandiosamente, as habilidades de luta. Demorei duas semanas para dominar isso. No final do pergaminho, havia uma nota do Gai-sensei dizendo para eu procurá-lo quando dominasse tudo passado no pergaminho, mas eu decidi adiar isso para aprender ninjutsus.

Bem, eu estava deitado em minha cama lendo sobre o Hiraishin no Jutsu, criado pelo o Nidaime Hokage, ele consistia em escrever um determinado símbolo em algum objeto, normalmente uma kunai, adicionar chakra, e usar a ligação da consciência com o objeto para se teletransportar até ele. Achei interessante, então decidi estudar esse jutsu na prática: mordi o meu indicador até ele sangrar, me dirigi até a parede do outro lado do quarto e desenhei o símbolo, concentrando chakra no sangue (mesmo o sangue tendo o meu chakra, ele tinha chakra disperso e eu teria que concentrá-lo ali, é a mecânica básica do uso do chakra).

Uma coisa curiosa desse jutsu é que ele exigia que o usuário já fosse veloz naturalmente, para concentrar energia através da velocidade e finalmente se concentrar no chakra e ir até o objeto. Inicialmente, eu teria que concentrar a minha consciência com chakra, fazendo-a ir até o meu rumo e só então ativar o jutsu. Fiz isso. Me lembro de ter sentido uma tontura e ter sido transportado até a parede, encostando nela. De fato, muito interessante, mas eu poderia modificar isso até o seu limite ou, ao menos, testar.

Fui novamente até a minha cama e me encostei na parede atrás dela, fechando os olhos e começando a me concentrar. Em alguns segundos, estava em completa vacuidade mental, então me concentrei no meu chakra, me notando em uma imensidão azul celeste, percebi que aquela era a essência do meu ser. Eu estava dentro de mim mesmo, eu era apenas consciência, eu era toda aquela energia. Me concentrei e senti o símbolo do Hiraishin no chakra e mantive isso até que vi já estar tudo feito. Voltei até a minha consciência normal, abrindo os olhos. Eu havia implantado o selo do Hiraishin em meu próprio chakra, eu era o próprio símbolo, então me dirigi até o meu guarda-roupa, encostei nele concentrando o meu chakra, apenas uma quantidade minúscula, e me afastei, fazendo todo o processo do jutsu e notando que eu me transportei instantaneamente até o guarda-roupa.

Ou seja, eu não precisava mais inscrever o símbolo em lugar algum, bastava eu encostar no lugar e concentrar pouco chakra. Eu pensei, inclusive, na possibilidade de superar isso e sequer precisar encostar em nada e tive uma ideia, então saí do meu apartamento pela a janela e saltei, indo parar no telhado de uma casa. Concentrei muito chakra no meu dedo indicador e me concentrei em fazê-lo se alinhar usando as moléculas do ar e ir até outra casa, notei que tinha um limite de uns quinze metros para isso. E me concentrei onde a linha invisível de chakra tocou, ativando o jutsu e indo até o local instantaneamente. Ou seja, eu não precisava sequer tocar o local, bastava apontar para ele e concentrar chakra!

Isso era fantástico, se eu dominasse isso, poderia me tornar a pessoa mais rápida do mundo e eu sentia que isso não era uma utopia.


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Notas finais do capítulo

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