Liberdade num olhar escrita por Cyn


Capítulo 6
Capitulo 6




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Capitulo 6- Não há porque se importar

– Então o que é um computador? – Perguntou Mirabelle.

Toda a semana tinha vindo ter com ela. Ele gostava de como ela o fazia sentir.

Apenas eram eles os dois e mais ninguém.

A não ser Ogień e Cień, que sempre estavam presentes. Mas eles pareciam ter o seu próprio mundo.

– É uma máquina onde podes aceder a tudo. Podes ouvir musica, escrever, desenhar, ver vídeos, fotografias, podes ver o que está a acontecer no outro lado do mundo. É incrível.

O olhar de Mirabelle ficou brilhante, era como se ela pudesse ver o que era um computador pela descrição dele.

Lucas ficou muitas vezes assim. Apenas a olhando. Todo o que ela fazia o fascinava.

– Agora tu. Como se diz: És a minha luz?

Ela pareceu hesitar antes de responder.

– Jesteś moim światłem.

Os lábios dela mexiam-se como todos os outros, mas as palavras eram tão diferentes. Como se fosse apenas ela que as fazia parecer tão belas.

– Jesteś moim światłem. – Repetiu.

– Muito bem – Aplaudiu.

Demorou dias para ele perceber o sotaque deles e mesmo assim ainda suava muito mal.

Mas isso não a parecia atingir.

Sempre que ele dizia uma palavra bem, mas mesmo assim mal pronunciada, era como se os olhos dela brilhassem de entusiasmo.

Ele gostava disso. Gostava de como ela ficava radiante e satisfeita.

A única pessoa que ele alguma vez tentou agradar foi o seu pai, mas agora, ver Mirabelle e como ela ficava tão linda, tão frágil, ele apenas queria saber de agradar a ela.

Assim como ela era a única que ele pensava quando ia dormir. A única que pensava quando acordava, quando tomava duche, quando se vestia… fizesse o que fizesse, ela estava presente nos seus pensamentos.

Até começou a esforçar-se mais nos treinos com o Sargento.

Quanto mais depressa se livrasse daquele homem, mais tempo lhe sobraria pra ficar com Mirabelle.

– Mirabelle…

– Eu já disse para me chamares de Belle. Apenas minha mãe me chama assim.

– Mas eu gosto de Mirabelle.

Ele revirou os olhos e sorriu.

– O que queres?

Ele olhou para ela, confuso.

– Nada.

– Então para que me chamas-te? – Perguntou desconfiada.

– Não te chamei. Apenas queria dizer o teu nome.

– Está bem. – Disse como se achasse que ele fosse doido.

E talvez ele até fosse.

Mas não se importava.

Porque se importaria?


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