Hope for Us escrita por Lady Anne


Capítulo 13
Capítulo 13: Irritante


Notas iniciais do capítulo

Olá bebês, voltei! Dessa fez foi rápido, queria dar sinal de vida logo. Nesse capítulo tem Shipper, Noah das Tretas, Cowboy Metido e Patrick Vacilão, mas uma Hope não muito Hope... Maaaas vocês vão gostar, eu queria postar isso como capítulo 13 para dar inicio a treta NoahxCarl e os sentimentos do Carl sobre a Hope :) Porque o capítulo 14 vai trazer drama forte para esses corações, talvez eu faça vocês chorarem, quem sabe... Fiquei tão feliz em ter todas as leitoras de sempre comentando, fiquei com mt saudade de vocês! Mas admito que muitas ainda fazem falta, e sinceramente espero que vocês voltem porque são leitoras extremamente preciosas ♥ Agradeço de novo a todo o apoio e inspiração que vocês me passam, são incríveis! Espero que este capítulo esteja a altura! Gente, o que vocês acham de um grupo Hope for Us no WhatsApp? Bom, se vocês quiserem adotar a ideia, deixem o numero de vocês nos reviews ou mandem uma MP, eu adoraria falar com vocês sobre o que estão achando da fic :D E novidade, tia Anne agora tem um computador (é mais para dinossauro, mas tudo bem), não sofrerei mais com notebooks satânicos, é pra aplaudir de pé igreja o/ Eu provavelmente tinha mais alguma coisa para falar nas notas, mas eu não lembro... Acho que era sobre a capa e a sinopse, vou mudar a sinopse, esta meio old pro rumo da história, e eu estava pensando em mudar a capa (PORQUE EU AMO CAPAS, MDS), mas eu queria saber a opinião de vocês porque eu já troquei de capa duas vezes, loucura né XD GENTE, 4 DIAS PARA THE WALKING DEAD, ME ABANA ROSANA! Ansiosa demais! O que mais eu tenho que dizer... Ah sim, o capítulo especial, vocês terão o capítulo especial, mas por enquanto estou focando na historia, estamos no meio, preciso dar o meu melhor para que eu não perca o rumo. Boa leitura, espero vê-las nos comentários!
Beijos, tudo de melhor e Chandler sempre!
Anne.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/522713/chapter/13

Narração por Carl Grimes

Quando a gente pensa em apocalipse já se visualiza matando zumbis, cabeças voando, tripas, sangue, armas, perigo e coisas assim. Mas não eu, eu estava colocando plaquinhas de madeira em uma horta junto com um nerd e um pirralho. Normal.

– Cara, me lembre de não dar mais idéias que envolvam terra para Hope. – eu disse enquanto batia a estaca de madeira na frente de mais uma planta que eu não fazia idéia do nome.

Patrick riu e terminou de firmar a estaca com que lutava para enfiar na terra.

– Não sei por que você foi falar algo assim, você gosta mais de errantes do que de alface, esta doente? – ele tirou os óculos para limpar na camisa.

Parei para pensar porque realmente eu tinha sugerido isso, e vi que tinham três motivos, primeiro porque eu estava com tédio, segundo porque ninguém deixa Hope fazer nada que exige esforço então ela estava com tédio, terceiro... Eu queria ficar com ela. Hum, isso soou bem estranho.

– Terra chamando Grimes, responda Grimes! – só percebi que estava parado olhando para o chão quando Patrick jogou uma pedra que acertou meu braço.

– Ei! – chutei um pouco de terra nele só para revidar, e notei Noah cravando estacas alguns metros distantes de nós dois, ele estava concentrado fazendo a tarefa com bastante rapidez para uma criança.

– Um garoto de oito anos tem mais disposição que eu você juntos, que humilhação. – Patrick disse rindo, e Noah abriu um pequeno sorriso convencido.

– Quase nove. – ele disse sem parar de trabalhar, então bateu a ultima estaca e me encarou – Eu venci.

Levantei uma sobrancelha e cogitei a idéia de jogar uma pedra nele, mas Hope tentaria me matar por agredir uma criança, principalmente por tê-la ouvido tagarelar de manha sobre ele ser tão estupidamente fofo e ter olhos absurdamente verdes. Que bom que ela gosta de azul.

– A gente da conta do resto. – falei sem olhar pra ele e recomecei a trabalhar.

– Na verdade tem estacas aqui ainda, se você tiver mais dessa disposição... – Patrick, cala a boca.

– Claro. – Noah respondeu amigavelmente e veio para o nosso lado – Obrigado, gosto de fazer tarefas.

Resolvi não comentar mais nada antes que arrumasse discussão com um moleque de oito anos, e queria terminar aquilo logo para sair do sol e procurar Hope.

– Você não respondeu a pergunta, porque exatamente achou que plantas precisam de plaquinhas? – Patrick voltou ao assunto logo após fazer um trocadilho com Noah, que foi bem infantil.

– Hope estava entediada, e me seguindo pra todo o lado porque queria companhia, e já que eu não tinha mais nada pra fazer resolvi sugerir isso. – dei de ombros.

– Você fala como se fosse muito chato ter a companhia dela. – ele disse sarcasticamente, com aquele sorrisinho de quem acha que sabe tudo.

– Não é chato, é só que... – fiquei alguns segundos procurando um argumento – Às vezes ela me irrita.

– Na verdade você a irrita. – olhei-o o mais indignado possível, e ele começou a rir – Eu sou sincero.

Tenho que admitir que às vezes sou em quem começo uma discussão, mas os argumentos dela simplesmente são infinitos e ela nunca perde o controle, então eu faço minha melhor cara de você é irritante e ela desiste.

– Na maioria das vezes é ela. – falei como quem coloca um ponto final na conversa, mas ele continuou.

– Não, é sempre você porque você adora discutir com ela, mesmo que você sempre perca miseravelmente e... – Noah estava rindo um pouco e Patrick parecia especialmente animado para tirar uma com a minha cara, então resolvi pará-lo.

– Calado. – bati nele de brincadeira com um pedaço de madeira, fazendo-o rir mesmo se encolhendo.

– Ta, desculpa. – terminamos de colocar as estacas na horta (com algumas risadinhas e tapas) e resolvemos esperar as meninas para por as placas.

Sentamos perto dos porcos para ficar na sombra, parecia que o sol estava querendo nos castigar especialmente hoje, como se não bastasse todo o resto do mundo, Deus e um moleque irritante chamado Noah no meu dia.

De repente Patrick estalou os dedos como quem se lembra de algo e virou para mim.

– Onde dormiu ontem? – o encarei levantando uma sobrancelha – Fui te chamar de manha e você não estava lá, e também não tinha ido tomar café.

Percebi que não tinha realmente parado pra pensar na noite passada, porque nada mudou entre mim e Hope, ela esta normal comigo então não fiquei lembrando o... nosso primeiro beijo. Visualizar essa cena fez meu rosto ficar em chamas.

– Judy vomitou na minha cela. – falei isso na esperança de que ele não perguntasse mais nada.

– Ah, por isso o cheiro. – ri lembrando a cara que Hope fez quando contei – Mas pra onde você foi?

– Hope me deixou dormir na cama de cima. – dei de ombros como se fosse insignificante.

– Me deixa adivinhar, ficaram lendo quadrinhos a noite toda e eu não fui convidado. – ele me deu um soquinho como se estivesse bravo – O que é que você esta lendo?

– Homem-Aranha. – falei automaticamente, mentindo, mas não pude evitar sorrir.

– A Ho... – Noah (que só agora eu só tinha notado que ainda existia) ia começar a dizer algo, mas se interrompeu antes de terminar – Esquece.

Peter Parker é oficialmente o meu herói, e seja lá quem criou o Homem-Aranha, eu espero que ele esteja vivo.

– Mas você disse que não tinha mais nada novo dele. – Patrick disse franzindo a testa.

– Eu estava relendo. – estava improvisando respostas tão bem que fiquei impressionado – Gosto daquele que ele salva a Mary Jane.

– O beijo de cabeça para baixo é maneiro. – Noah disse, e apesar de querer fazer aquele moleque de saco de pancada eu tive que murmurar “com certeza”.

Foi quando Patrick cuspiu a água que estava bebendo, molhando os vegetais e ervas da horta, o que me deixou estático.

– Cara, a gente tem um regador bem ali, qual é o seu problema? – perguntei o encarando, porque se meu pai tivesse visto aquilo ele provavelmente bateria em Patrick com um brócolis.

– Qual é o meu problema? – ele estava me encarando sério, e comecei a ficar preocupado – Você dorme no beliche de cima da Hope e tem certeza que beijos de cabeça para baixo são maneiros?

Se tivesse alguma água na minha boca naquele momento, eu teria regado Patrick e as plantas.

– O que? Eu só estou dizendo, quem não gostaria de beijos de cabeça para baixo? – ele arregalou os olhos – Não, quer dizer, sim, porque não seria? É a Mary Jane, até os errantes beijariam a Mary Jane!

– Eu te garanto que beijar é o que um errante mais gosta de fazer, e parece que você entrou para esse ramo. – ele começou a abrir aquele sorrisinho – Então...

Onde estão os errantes quando você precisa deles?

– Acho que as meninas morreram, vou pegar as placas. – Noah disse claramente incomodado com aquela conversa.

– Não! – eu gritei? – Vocês ficam, eu vou.

– Mas... – Patrick começou a dizer, mas joguei água nele antes que terminasse – Ei!

Sai andando o mais rápido que pude tentando não parecer desesperado para acabar com aquilo. Mas realmente elas estavam demorando, eu disse que pintar as placas, não fazer uma obra de arte.

Quando já estava entrando no bloco Lizzie e Mika saíram trazendo as plaquinhas nos braços.

– Onde esta a Hope? – perguntei de uma vez, fazendo Mika olhar pra mim do mesmo jeito que Patrick estava olhando antes que eu jogasse água nele.

– Pegando as outras placas, vai ajudar ela. – ela disse num tom muito sugestivo, essas crianças de hoje me assustam – Cowboy.

– Tudo bem, nanica. – sai correndo para o bloco antes que ela tentasse bater em mim pelo comentário ou algo do tipo.

Entrei e vi Hope empilhando as placas muito devagar, como se quisesse ficar ali. A expressão dela era de chateação, a segunda vez no dia, o que é gravemente preocupante vindo dela.

– Ei, Texas! – chamei da escada, e ela levantou a cabeça e sorriu, escondendo seus sentimentos com mais facilidade do que eu mesmo consigo.

– Como foram com as estacas? – ela perguntou, depois passou a mão no rosto disfarçadamente como quem tira fuligem, só que não.

– Bem, terminamos a um tempão na verdade. – eu disse descendo as escadas para alcançá-la – Achamos que vocês tinham morrido então resolvi vir ver, as plantas não podiam ficar sem nome sabe.

– Desculpe, começamos a conversar sobre passado e como temos saudade de sorvete de chocomenta. – assenti rindo, ela tem adoração por chocomenta, e eu nunca experimentei (mais uma das coisas que ela quer me apresentar), deve ter gosto de pasta de dente com chocolate.

Comecei a juntar as canetinhas e lápis de cor para ajudá-la, e estava certo quanto às plaquinhas terem virado obras de arte.

– Fiz uma plaquinha pra você, é perfeita. – ela estendeu um pedaço de madeira branca onde ela claramente tinha tentado me desenhar, e embaixo estava escrito BABACA em letras grandes e coraçõezinhos dos lados – Eu sei, eu sou uma artista.

Eu normalmente começaria uma discussão, – afinal eu adoro discutir com ela – mas resolvi não me importar em ser um babaca se a fizer rir um pouco.

– Porque exatamente eu não tenho um nariz? – perguntei apontando o desenho.

– Você não precisa dele. – ela respondeu rindo – E a canetinha falhou.

– Se você diz. – dei de ombros rindo também, devolvi a plaquinha à mesa – Os corações são legais.

Ela olhou pra mim timidamente – o que me surpreendeu – e sorriu, depois voltou à expressão seria e se virou para guardar os lápis na estante.

Apesar de gostar de vê-la rir eu estava intrigado sobre o porquê ela estava chateada quando eu entrei, e de manha também. Resolvi perguntar, mesmo sabendo que se quisesse saber de alguma coisa teria que insistir muito.

– Você não me disse por que estava chorando de manha. – toquei no assunto cautelosamente, temendo uma reação inesperada.

– Eu não estava chorando. – ela respondeu tentando forçar um sorriso sem olhar para mim.

– Estava sim, de manha e agora. – falei e cheguei perto dela o suficiente para ver marcas de lagrimas.

– Esquece isso. – ela bateu no meu chapéu e voltou para a mesa, pegando as plaquinhas e me dando metade.

– Não pode mentir pra mim.

Eu não descansaria ate saber por que, quem ou o que havia a deixado assim, porque ela nunca se entristece. E é capaz de me bater se eu ficar porque ela acredita que somos abençoados e que ficar triste não é a forma certa de agradecer. Não acredito em Deus mais, mas acredito nela.

– Quem disse? – ela falou levantando uma sobrancelha.

– Eu. – levantei as minhas também, sempre fazíamos isso para discutir.

– Você é só um fazendeiro. – ela disse em tom de conclusão, depois deu um beijo tão perto da minha boca que me fez arrepiar como na noite anterior – Peter.

E saiu andando me puxando pela mão, e eu não sabia se estava bravo ou em choque novamente. Ou os dois. E se eu conseguisse dizer algo, seria “na verdade, eu sou o Homem-Aranha”.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, preferi não usar asshole pq seria mt ofensivo kkkkk Jerk é babaca tbm, eu desenho dms, caraca :')



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hope for Us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.