Hope for Us escrita por Lady Anne


Capítulo 14
Capítulo 14: Céu Laranja


Notas iniciais do capítulo

ESTOU DE VOLTA BEBÊS! Com esse capítulo que eu já queria postar há um tempão, vamos lá! O título é inspirado em uma musica, Orange Sky, do Alexi Murdoch, é lindíssima e eu chorei rios com ela T-T Obrigada há todos os lindos reviews do capítulo anterior, dizendo boas vindas de novo ás novas leitoras! E uma coisa para vocês, fantasmas: EU SOU LECAL, FALEM COMIGO! São mais de 120 fantasmas, eu sou daora, vamos conversar, eu juro que não sou uma maniaca nem nada assim! Mandem reviews, adoro responde-los! Enfim criançada, o capítulo 14 aí para vocês, agora nós temos brecha para continuar desenvolvendo o shipper mais delicioso ever, CARLXHOPE! Ansiosa para colocar o capítulo 15 em pratica e ganhar meus reviews completamente histéricos! Não lembro o que mais tinha para falar, ai g-zuis... AH, PRIMEIRO EPISODIO DA QUINTA TEMPORADA, MDS, EU AINDA NÃO VI, VOU BAIXA-LO ASSIM QUE TIVER LEGENDADO, DEVE ESTAR TÃO FODA! *acalmando caps* Além de que tenho que ler Sangue do Olimpo ainda, prevejo muitas lagrimas, Sarah Chase sabe do que estou falando... E ESSA SEMANA TODA EM CASA, DEUS SEJA LOUVADO!
O link da camiseta da Hope: http://www.polyvore.com/cgi/img-thing?.out=jpg&size=l&tid=41115826
Acho que é isso, obrigada de novo a todas, amo vocês!
Beijos, tudo de melhor, Carl, Rick, Daryl, Gleen e chocolate para vocês!
Anne.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/522713/chapter/14

Narração por Hope Miller

Depois de decorar a horta – queimar no sol forte, se sujar de terra, agüentar olhares furtivos de Patrick que não cheguei a compreender e ver Noah e Carl se fuzilarem de vez em quando – admiramos nosso trabalho como jardineiros orgulhosos, mas cansados.

Rick apareceu junto com Hershel e os dois adoraram as plaquinhas, e ficaram felizes por estarmos trabalhando na horta, principalmente Rick já que ele sabia que Carl não gostava muito desse tipo de coisa. Em um momento vi ele comentando com Hershel “Até o Carl esta se divertindo.” e Hershel disse me fazendo corar “Bem, ele está com a nossa Hope.”

Ver Rick sorrindo entrava para minha lista de “melhores coisas do apocalipse”, porque normalmente ele estava sempre preocupado com todos nós, preocupado com o filho que perdeu a inocência cedo demais, preocupado em nos alimentar e proteger, preocupado com Judith, alguém precisava se preocupar com ele também.

Ficamos algum tempo conversando até que Hershel disse que era melhor entrarmos – para não pegar um câncer de pele – e nos lavarmos, então andamos de volta para os blocos, Noah foi junto com as meninas e Patrick para o bloco D enquanto eu e Carl fomos para o C.

No pouco tempo que tive com Noah eu fiquei encantada – sem demonstrar, eu espero – porque ele era exatamente como eu me lembrava, só um pouco mais velho agora. Tentei evitar olhá-lo como ele estava evitando me olhar, mas é extremamente difícil quando ele é só o que restou da minha família, do meu sangue – e também porque ele é adorável.

E não pude evitar concordar com Mika e Lizzie quando disseram que os olhos dele são absurdamente bonitos, mas enquanto trabalhava eu pude olhá-los mais de perto e percebi que podem ser bonitos e vivos, mas tem uma tristeza sombria que não encontro nem nos olhos de Carl.

Eu tive medo disso por esses últimos anos, que ele tivesse que ver isso e fazer parte. Cheguei a pensar que seria melhor ele morrer do jeito que doesse menos do que ter que apontar a arma para alguém afim de matá-lo sem saber seu nome, passar fome, frio e ficar perdido.

Deixar Noah e mamãe foi a segunda coisa mais difícil que fiz na vida, a primeira foi ter que deixar papai simplesmente porque não havia mais jeito, ele disse “corra, salve-se” e eu só tinha em mente atirar na cabeça dele e depois na minha, porque sem ele parecia impossível dar mais um passo. Mas não pude nem atirar nele porque eu jamais conseguiria, outra pessoa atirou e me arrastou até o carro quando eu não conseguia nem andar, mas eu não me lembro quem foi porque estava cega de dor e pânico.

Ver Noah me fez relembrar cada momento de sofrimento nesses três anos, e eu me deixei sentir por alguns minutos, o que infelizmente Carl presenciou e provavelmente não vai esquecer, porque chorar é uma coisa que não faço desde que o encontrei naquela casa com Rick. Na verdade, que ele me encontrou.

Mas chorar não é uma coisa da Hope, então preciso me recompor e seguir em frente como sempre, e obviamente ter uma conversa bem profunda com Noah. Cara, conversas profundas e toda essa coisa de passado pós-apocalíptico (é o que?) acabam comigo, normalmente eu falo das coisas boas e acho que as pessoas deveriam fazer o mesmo e não ficar lembrando-se de tudo sempre.

Noah e Carl não foram com a cara um do outro porque se parecem demais, mas não conseguem notar isso porque estão ocupados em uma guerra silenciosa. E Carl esta agindo de um modo estranho – modo não-babaca – e me pergunto se é porque me viu chorar ou por causa do beijo.

Não foi um beijo, foi tipo um beijo, eu mal encostei nele! O que a Mary Jane fez foi bem diferente, e não sei de beijaria alguém daquele jeito, ela quase lambeu o nariz dele, não acho que eu precise fazer isso.

Mas foi sem duvida legal, as risadas sem graças depois, o arrepio que causa, a cara dele mais vermelha que um tomate. E o fato de que nosso primeiro beijo foi no meio do apocalipse, numa cela, de cabeça para baixo é melhor ainda, e bom, eu beijei o provavelmente único garoto gatinho de quatorze anos do mundo. É, valeu a pena estar viva.

Pergunto-me o que Carl esta pensando sobre isso, talvez que foi um beijinho, que eu sou maluca, ou que ele gostou. Secretamente gosto da terceira alternativa e sinto que despedir dele vai ser cada vez mais difícil agora.

Depois de me lavar e vestir uma camisa do New York Giants, resolvi que não poderia evitar Noah por mais tempo e nem queria, mas estava evitando por respeito a vontade e espaço dele. Mas também estava com medo de que ele não viesse falar comigo simplesmente por me odiar, por um motivo que eu nem sei qual é.

Fui para o Bloco D e dei de cara com Patrícia, o que me deu a chance de perguntar sobre Noah. Mesmo nunca tendo falado com ela.

– Você é a Patrícia, certo? – a garota loira balançou a cabeça, com um olhar desconfiado – Sabe onde eu posso encontrar o Noah?

Ela pensou um pouco, e antes de responder me olhou de cima a baixo como se pesasse o quanto eu merecia obter a resposta. Não acho que eu esteja parecendo um alienígena fã de beisebol para alguém me olhar assim. E só perguntei onde esta Noah, não quem matou Kennedy.

– Ele só me disse que queria olhar o céu de algum lugar alto, depois disso não o vi mais. – ela deu de ombros e eu assenti.

– Obrigada. – não esperei que ela dissesse mais alguma coisa, só saio andando para fora do bloco novamente.

Eu sabia exatamente onde Noah estava, mas não sabia se ele me deixaria entrar. Quando já estava fora da prisão, vi Daryl limpando a moto – a única coisa que ele fazia com capricho depois de matar errantes – e perguntei:

– Viu pra onde o Noah foi? – ele fez uma cara de desentendido, que eu já sabia que era falsa.

– O pirralho? – ele balançou a cabeça – Nem sinal.

Resolvi ser mais especifica, já que Daryl é fiel demais.

– Qual das torres de vigilância? – ele levantou uma sobrancelha como quem procurava um caminho, mas eu não havia deixado nenhum. Sorri como quem sabia de tudo.

– Ele disse que não queria ser encontrado. – ele começou a explicar e eu apenas murmurei “eu sei” porque realmente já tinha visto aquilo antes – E que nunca seria encontrado lá, como você descobriu, sabidinha? Não sou de me gabar, mas admito guardar segredos muito bem quando quero.

– Lugares altos são os melhores quando você precisa pensar. – dei de ombros – Mas preciso falar com ele.

Daryl me olhou desconfiado, em duvida sobre me dar a resposta.

– Aquela ali. – ele apontou para a torre mais distante – O moleque perguntou se podia subir, queria ficar sozinho. Se disser que eu contei vou te tirar do meu testamento.

– Me deserdar do que? Você disse que o colete vai enterrado com você! – olhei-o desafiadoramente.

– Eu não disse nada sobre a besta... – ele disse baixinho.

Coloquei a mão no queixo como quem avaliava a idéia, por fim falei:

– Vou pensar no seu caso, caipira. – e comecei a andar em direção a torre de novo, só ouvi Daryl resmungar por ultimo “essas criançinhas folgadas...”.

Não importa o quão bom ele era em guardar segredos, de mim ele não poderia esconder algo assim, porque eu conhecia Noah tão bem quanto qualquer um. Quando ele era menor e estava triste ou precisava pensar em algo especifico, procurava um lugar alto para ficar em que ninguém poderia achá-lo. Mas eu aprendi a achar, e ele decidiu que somente eu poderia entrar nos esconderijos com ele. Perguntava-me se essa regra ainda valeria.

Parei ao lado da torre encarando a porta, talvez eu devesse subir e nós conversaríamos, ou eu esperaria ele descer, ou eu subiria e ele me enxotaria. Gosto de correr riscos.

Subi lentamente rezando para que ele não me odiasse, antes de levantar a porta de ferro respirei fundo e disse a mim mesma que eu não seria enxotada. Então abri com tudo, e coloquei a cabeça para dentro da pequena acomodação vazia de concreto, vendo Noah sentado no chão, me encarando assustado.

– Hey... – comecei a falar sem jeito, ele desviou o olhar cheio de vergonha também – Posso entrar?

– Você basicamente já entrou. – pisquei varias vezes e abri a boca para falar, mas não saiu som algum. Ele disse isso na primeira vez que entrei no esconderijo dele, na casa da mamãe, e eu pensei a mesma coisa que neste momento: Que moleque folgado...

– Desculpe. – falei sem jeito, ele se moveu no chão indo para o lado, como se quisesse que eu me sentasse também. Ele me trazia memórias a todo o momento, em cada pequena ação.

– Tudo bem, entra. – a inquietação e desconforto nele eram visíveis.

Terminei de subir a escada até entrar e fechar a porta, então me sentando ao lado dele totalmente sem jeito também, mas ansiosa para conseguir as respostas que ele me devia.

– Daryl contou? – ele perguntou olhando para a janela, onde o sol já se punha, colorindo o céu de laranja.

– Patrícia disse que você queria pensar, eu só precisei perguntar para ele qual das torres. – respondi sem olhá-lo também.

Ele assentiu como quem secretamente já sabia, mas é claro que sabia. O silencio se instalou por conta de nossa vergonha, mas resolvi quebrá-lo sem agressividade.

– Qual é a da Patrícia? – perguntei casualmente.

– Apocalipse não é a praia dela. – ele disse ainda sério.

– Não acho que seja a praia de alguém. Tirando o Daryl, porque ele nasceu pra isso. – Noah deu um riso fraco.

– Ele é maneiro. – eu concordei balançando a cabeça – A Patrícia é legal, mas nesse caso ela não nasceu para isso.

– E você nasceu? – perguntei calmamente, mas ele endureceu um pouco a expressão, o que me preocupou.

– Tudo tem um propósito. – ele disse aquilo mais para si mesmo do que para mim, mas entendi também, na verdade só nós dois poderíamos entender aquela frase de outro modo.

– Ela não poderia estar mais certa. – ele olhou para mim rapidamente, depois voltou o olhar para o chão.

Ficamos em silencio novamente, eu tinha muitas coisas a dizer, mas mamãe merecia algum tempo nosso. Ficamos assim, até que resolvi que era hora de começar a temida conversa profunda.

– Onde você esteve? – perguntei cautelosamente, dessa vez olhando para ele.

Ele ficou em silencio por vários segundos, até que me encarou.

– Essa não é a questão. – o tom na voz dele me assustou, era magoado, talvez raivoso – Eu pergunto: Onde você esteve?

Eu não consegui falar, só escutá-lo:

– Você sumiu! Você não estava lá quando nós voltamos. – ele acusava com raiva crescente na voz, mas falando baixo – Nós voltamos por você, por Seth.

As palavras dele me atingiram como pedras, aquele tom de acusação fez meu coração sangrar trazendo à tona a dor que senti no dia em que fui embora com papai, no dia em que os deixei.

– Eu não sabia que vocês voltariam. – já sentia meus olhos úmidos.

– Porque não voltaríamos? Mas é claro que voltamos, nunca deixaríamos você para trás. – Noah disse a ultima frase com mais calma – Então porque nos deixou?

– Eu não deixei. – uma lagrima escorreu e eu a sequei rapidamente com a manga da blusa - Mamãe sabia que nós tivemos que ir, papai queria ir embora porque as coisas estavam piorando e tinha medo de que nós não pudemos sair depois, ele não queria deixar ninguém!

– Não acho que deixar um bilhete em cima da bancada da cozinha seja avisar alguém. Eu a vi chorando, ela queria que você estivesse lá, ela contava com isso. – eu já não podia conter as lagrimas que desciam rapidamente.

Eu estava assustada por Noah estar com tanta raiva, com medo de que ele me odiasse tanto que essa seria a nossa ultima conversa, e cheia de culpa porque não importa o quanto eu me convença do contrário, eu os deixei quando precisavam de mim.

– Eu sinto muito, Noah! Eu não queria ter ido embora, Deus sabe o quanto doeu e dói ainda, e sei que papai também carrega essa dor porque ele amava mamãe, nunca amou outra mulher. – eu conhecia meu pai bem demais, estive com ele na dor e na felicidade e sei que ver mamãe indo embora foi o pior momento da vida dele, mas eu fiquei porque sabia que ele precisaria de mim e não o deixaria sozinho.

Noah ficou em silencio, como se estivesse controlando seus sentimentos, o que me deu chance de falar mais calmamente.

– Ele só queria me salvar, não o culpe por isso.

– Então ele não esta aqui com você? – ele perguntou mais calmo desta vez.

– Não, ninguém que eu conheci esta, tirando você. – sequei minhas lagrimas mais uma vez, mas elas não queriam parar de cair – Eles me encontraram sozinha, eu estaria morta se não fosse por Rick.

– Então Seth... – Noah abaixou a cabeça e suspirou – Sinto muito.

– Eu sinto, eu nem se quer estava lá para vê-la morrer. – cobri o rosto com as mãos e deixei que eu finalmente sentisse essa dor por inteiro – Só me diga que ela não sofreu.

Noah fungou e secou os olhos disfarçadamente antes de responder:

– Eu não vi quando ela morreu, ela me disse pra fugir. – agora estávamos os dois chorando – Um dos bichos tinha mordido o braço dela quando tentou me atacar, ela sabia que não tinha mais jeito e eu também, então deixei que ela fosse atrás do papai que provavelmente já estava morrendo também.

Noah conseguia falar aquilo tudo sem sofrer muito, provavelmente já acostumado em lembrar-se daquela história. Mas em mim pesou cada vez mais, eu queria abraçá-lo, mas preferi não invadir o espaço dele.

– Me desculpe, não estava lá quando você precisou, nem para salva-la. – ele balançou a cabeça como se dissesse “tanto faz” – Você tem raiva ou ódio de mim?

Ele me encarou por alguns segundos, depois voltou a olhar o céu, pensativo.

– Não é de você. É de tudo o que eu passei, sem você, é de pensar que você estava morta quando eu poderia tê-la encontrado e talvez mamãe ainda estivesse viva, ou pelo menos morreria sabendo que você esta viva. – fiquei em silencio porque ele parecia ter mais a dizer – Eu... Fiz um tumulo pra você na casa da Angela, mamãe e eu choramos juntos e deixamos uma foto sua lá.

– Ah, Noah... – eu não sabia o que dizer, só chorar mais, parecia que uma represa tinha sido aberta dentro de mim.

– Deve ter queimado junto com o celeiro. – ele fungou de novo – Para onde vocês foram?

– Uma fazenda também. – ele assentiu, depois perguntou:

– E depois?

– Andei com alguns grupos, ate ficar sozinha por umas três semanas, então encontrei Rick e Carl. Devo tudo a eles, a essas pessoas. – olhei para o céu também, que já estava totalmente laranja.

– Todos devemos. Mas antes de qualquer coisa eu devo a Angela, não sei o que seria de mim sem ela.

Sorri fracamente lembrando a mulher loira que viera falar comigo de manha, meu irmão estava ali por causa dela, tenho que agradecê-la.

– Ainda existem pessoas boas. – assentimos juntos, e silenciosamente agradeci a Deus.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, Noah enfiou uma mão na camisa e puxou algo que eu não vi o que era até ele colocar na minha mão.

– Mamãe queria que ficasse com você. – então abri a mão.

– O relicário dela... – senti as lagrimas voltando, mas agora traziam alguma alegria.

O relicário era redondo, com uma grande borboleta azul no meio, mamãe jamais tirava ele do pescoço.

– Abra. – Noah disse, então lentamente abri o fecho da pequena cápsula.

Do lado esquerdo havia uma foto minha com Noah, num dia de Natal que eu havia passado lá, e do lado direito havia uma frase gravada na prata com letra pequena:

“Mantenha a esperança viva.” (“Keep hope alive.”)

Então eu segurei aquele colar como se fosse a vida dela, porque na verdade era a única coisa que restara.

– Eu amo essa foto, mas queria que ela estivesse junto – ele disse cabisbaixo – Tenho medo de me esquecer do rosto dela.

– Você não vai esquecê-la. – coloquei o colar no pescoço – E obrigada por isso.

– Não agradeça, ele sempre foi seu. – sorri para ele, e ficamos em silencio novamente.

Olhei-o disfarçadamente por alguns segundos, a tristeza nos olhos dele ainda era nítida, mas ele parecia tranqüilo, não parecia desconfortável.

– Acha que Deus fez isso? – ele me perguntou de repente, então conclui que ele não queria mais falar de família.

– Deus não faz coisas ruins, Noah. A humanidade faz. – já haviam me perguntado aquilo várias antes, então respondi automaticamente – O céu continua bonito, porque nós não podemos tocá-lo.

E o céu estava bonito mesmo, o sol estava se pondo preguiçosamente, como se quisesse se exibir um pouco mais.

– Tem razão. – Noah se levantou e puxou a porta de ferro.

– Ei. – chamei quando ele estava descendo as escadas – Esta tudo bem?

Ele pensou um pouco, então respondeu:

– Vai ficar. – sorri compreendendo – Podemos manter isso em segredo?

– Claro. – ele sorriu pela primeira vez e me senti melhor, então ele fez um aceno com a mão e continuou a descer me deixando sozinha na torre.

Pensei que seria mais difícil ter essa conversa, mas percebi que não por que ele continuava sendo o mesmo Noah, inteligente, genioso, mas amável. E eu a mesma Hope de sempre. Só um pouco mais sarcástica agora.

Toquei o colar de mamãe e olhei para o céu.

A esperança continua viva. (The hope still alive.)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hope for Us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.