Hope for Us escrita por Lady Anne


Capítulo 10
Capítulo 10: Descrença


Notas iniciais do capítulo

HEY, VOLTEI MINHAS/MEUS LINDAS/LINDOS! Gente, me desculpem por essa demora monstra, eu sei que vocêss querem me assar viva e servir ao molho madeira com batatas, mas por favor me deixem viver ♥ Meu Zeus, eu estou tão maravilhada com todas vocês que comentaram no ultimo capitulo e nos capítulos antigos, e gente, as recomendações, eu estou radiante, vocês são as melhores ever, eu nem sei o que dizer sobre isso! Eu só tenho a agradecer tanto, tanto, tanto vocês, são fantásticas, é muito carinho, amor, dedicação e inspiração em cada comentário, só me fazem bem, eu nem acreditei na quantidade de leitoras novas, alias, bem vindas e obrigada de novo! Obrigada as lindas, dyvas, gatas, perfeitas ever, Carlita e Sarah Chase com suas recomendações belíssimas além de seus reviews super elaborados, cara, vocês são o máximo, sério, me abracem NOW! Agradecimentos especiais aos melhores Caio Vinicius, Gabriel Bonezi, Gabriel Manoel, Liny Paula, Lari Carvalho, que estão sempre me apoiando pra continuar a fic! Todas(os) vocês são demais, eu nem consigo expressar o quão feliz estou de postar esse capítulo pra vocês depois desse tempo todo.
Eu não estava emocionalmente muito lecal nessa semana, então tudo o que eu escrevia ficava lixo, e seria muito fácil postar qualquer coisa pra vocês, mas ai que esta, vocês não são quaisquer leitores, são os melhores ever U.U mereciam um capítulo 100%! Espero que vocês gostem, e se adaptem ao Noah como eu mesma só consegui me adaptar agora. Vão ama-lo, tenho certeza... No próximo capítulo vocês vão saber a historia dele até chegar na prisão, espero que entendam que ele é um personagem mais emocionalmente abalado que a Hope, além de ser mais novo. E como eu tenho certeza e inspiração sobre o capítulo 11, não vai demorar tanto bebês. GENTE, EU AMO VOCÊS! Só pra deixar claro. :D Espero ver todas nos reviews! Desculpem novamente! Tudo de melhor e Chandler pra vocês sempre! Sua autora totalmente apaixonada, Anne.



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– Noah. – eu prendi a respiração e recuei para trás, quase caindo por estar agachada– Noah Miller.

Impossivel – eu pensei quando aquele nome saiu da boca dele.

Foi como se tudo a minha volta desaparecesse, como se eu tivesse sido acertada por um balaço.

A ultima vez que eu vi meu irmão foi há muito, muito tempo atrás, e para mim ele esta morto. Ou estava. Na minha cabeça eu tentava juntar a imagem desse garotinho com o que eu me lembrava do pequeno Noah de três anos atrás.

– O que foi? – ele perguntou estreitando os olhos.

Eu apenas continuei a analisa-lo, sem saber o que responder ou como reagir. Mas eu me lembraria de Noah, não é?

– Você... – eu queria dizer muitas coisas, e não sabia como começar sem parecer uma louca.

– Eu...? – ele levantou uma sobrancelha, sem entender.

Olhei pra baixo para me recompor, respirei fundo e balancei a cabeça tentando colocar as ideias no lugar.

– É impossível... – falei mais para mim mesma do que para ele.

– Você ta legal? – ele perguntou.

Até o jeito que ele falava me lembrava Noah, que podia ser bem pequeno na época, mas era muito independente e falava como se fosse mais velho. Costumávamos dizer que ele estava sofrendo a adolescência mais cedo.

– É só que... Você se parece muito com uma pessoa. – sorri fracamente pra ele, tentando não parecer uma louca.

– Qual o seu nome? – ele me perguntou de um modo autoritário demais para alguém tão novo.

– Eu sou... – eu o encarei antes de responder, tentando me convencer pela ultima vez que aquilo era impossível – Hope, Hope Miller.

Os olhos verdes dele se arregalaram completamente, e aquela expressão surpresa foi tudo o que eu precisava para me convencer de que não existem coincidências no apocalipse.
Aquele garoto era o meu Noah.

– Hope...? – ele repetiu incrédulo, e até recuou um pouco também.

Ficamos nos encarando por alguns segundos sem nem respirar, então de repente ele balançou a cabeça e riu debochadamente.

– Não, você não... Você não é ela. – ele colocou o prato no chão e se levantou de uma vez – Não pode ser.

– Ela? – me levantei também e ficamos frente a frente, ele era vários centímetros menos que eu.

Ele ficou com uma expressão fria, me analisando não com curiosidade, mas com descrença.

– Minha irmã. – o ar estava tenso, como uma nevoa a nossa volta – É impossível, você se parece com ela, mas não...

– Você se parece com o meu irmão. – ele desviou o olhar para o chão e tirou a franja dos olhos de um jeito preocupado – Seus olhos.

– Não posso ser seu irmão. – ele falou ofensivamente – Hope esta morta.

Antes que eu respondesse uma mulher alta e loira veio até nós percebendo o clima tenso da conversa.

– Tudo bem? – ela pôs a mão no ombro de Noah – Ele esta tomando seu tempo?

Ela sorriu compreensivamente pra mim, tentei recuperar uma expressão normal para respondê-la.

– Não, só estávamos... – Noah pegou o prato no chão e saiu andando antes que eu terminasse, indo se sentar numa mesa vazia.

Eu e a mulher o acompanhamos com o olhar, sem entender.

– Ele te disse alguma coisa? – ela perguntou parecendo preocupada.

– Não... – minha cabeça estava uma bagunça, mas se ele não queria responder alguém tinha – O que você é dele?

– Bom, ele é como um filho pra mim. – ela olhou pra ele ternamente – A mãe dele me pediu para protegê-lo.

Antes de fazer a próxima pergunta observei Noah sentado sozinho, ele não parecia ter mais que oito anos e ao mesmo tempo parecia ser tão maduro. Se parecia com Carl.

– Desculpe se ele te disse alguma coisa, Noah é um bom menino, mas não esta acostumado com tanta gente. – assenti para ela não achar que ele falou besteira.

Ela provavelmente era um dos novos membros, não parecia ter mais que trinta e cinco anos e era muito bonita.

– O que aconteceu com a mãe dele? – tentei não parecer curiosa demais.

– Morreu tentando protegê-lo... Lena era uma mãe maravilhosa mesmo em meio as dores. – Lena.

Meus olhos se encheram de lagrimas instantaneamente, eu só pude disfarçar e piscar varias vezes para conter as lagrimas. Eu só precisava desse nome para confirmar o que eu já sabia, mas decidi manter a conversa neutra para conseguir mais.

– Ele parecer ter um historia difícil. – uma garota loira se sentou ao lado de Noah, parecia ter a minha idade.

– Tem sim, eu conheço ele desde que nasceu e nossas famílias fugiram juntas quando... Aconteceu. Perdeu os pais, a irmã... – senti minha respiração descompassar.

– A irmã? – cara, eu devia ganhar um Oscar.

– Sim, no começo foi tão difícil porque ele era tão pequeno. Chamava-se Hope, ele a adorava mesmo que não morassem juntos.

Meu coração estava acelerado, já estava ficando difícil manter a pose quando eu só queria ir até Noah e dizer “moleque, é bom você me abraçar agora, sério.”

– Quem é a garota com ele? – provavelmente era a loira que Carl havia dito ontem. “Ela não é mais bonita que você.”

– Patrícia, minha filha. Sou Ângela. – ela estendeu a mão e eu apertei, em duvida de dizer meu nome.

– Err... Prazer. – sorri tentando encobrir o fato de não me apresentar – Sabe, Noah se parecer muito com alguém que eu conhecia...

– Estranho dizer isso, quando olhei pra você achei que se parecia com Lena, acho que Noah também percebeu e ficou um pouco acanhado. – assenti, mas gelei por ela ter mencionado isso e as lagrimas voltaram rapidamente.

– Ei Ho... – Carl veio até nós e ia me entregar dizendo meu nome, mas peguei a mão dele antes que falasse, o que o surpreendeu.

– Ei, já ia te chamar pra comer. – sorri forçadamente pra ele tentando transmitir a mensagem – Ângela, foi um prazer te conhecer.

– Igualmente, melhor irem comer antes que esfrie. – ela sorriu pra nós dois e voltou pra mesa dela, onde Noah não estava mais.

– Hã... Eu perdi alguma coisa? – ele olhou para nossas mãos juntas e corou.

Dei as costas para as mesas e passei as mãos nos olhos para controlar o choro. Não vou chorar agora, não vou.

Ainda não me perdoei por não ter ido atrás de mamãe, e isso estava mais fácil de aceitar quando ninguém havia me dito que ela morrera, eu só queria acreditar que ela estava melhor sem mim. E agora é oficial, ela esta morta, e eu não fiz nada.

– Esta tudo bem? – Carl me olhou preocupado e eu só balancei a cabeça assentindo.

– Esta, Cowboy. – o puxei até onde Carol ainda estava servindo e decidi que iria falar com Noah quando ele estivesse sozinho. Mesmo que eu não tivesse nem ideia do que dizer.

Narração por Noah Milles

Me sentei na mesa e fiquei de cabeça baixa, esperando que a tal Hope não dissesse nada de mais para Angela, porque isso poderia ser problemático.

Eu não iria ficar lá, sério, o que eu diria? “Ah, olha só, essa garota diz ser minha irmã supostamente morta, não é incrível?” Angie iria pirar, e não faço ideia de onde essa conversa iria parar.

Patrícia se sentou ao meu lado depois de um tempo.

– O que houve? – ela me olhou preocupada – Esta estranho.

– Não estou, não. – balancei a cabeça e continuei comendo, para evitar perguntas.

– Mais quieto que o normal. – desviei dos olhos negros analíticos dela antes que pudesse arrancar algo de mim – Quem é aquela garota com mamãe?

Levantei os olhos e vi as duas conversando, pareciam ainda estar falando sobre mim porque lançavam olhares para mesa. Aquele olhar de piedade que você esta cansado de receber.

Observei Hope enquanto elas conversavam, ela era muito parecida com mamãe e eu reconheci isso no momento em que ela me chamou, mas não consegui reagir de outro modo a não ser na defensiva.

– Ela se parece um pouco com Lena, não é? – Patrícia comentou o que eu já sabia, decidi não ficar ali para escutar mais alguma coisa sobre mamãe, ou Hope – Aonde você vai?

– Andar. – desci os degraus da casa e segui em direção aos fundos do bloco C, sem olhar para trás.

Achei um canto perto das flores onde provavelmente ninguém me veria e me sentei lá, de costas para parede.

– Que droga esta acontecendo? – olhei para o céu, querendo uma resposta – Você disse que ela estava morta.

Eu tinha habito de falar para o céu, como se minha mãe ainda pudesse me escutar, eu queria acreditar que sim porque no momento ela era a única que poderia fazê-lo.

– Ela se parece com você... Não quero acreditar nisso, ela não estava lá quando voltamos, ela não estava lá quando você morreu e nem quando eu precisei dela. – chutei uma pedra no chão e ela voou até a outra parede – Ela não pode voltar agora.

– Falando sozinho, carinha? – Olhei para cima e Daryl estava me encarando com uma sobrancelha levantada – Pensei que gente velha enlouquecia primeiro.

Dei um sorriso amarelo pra ele, mas não respondi afinal não podia dizer que estava levando um papo com o céu.

– Ser o cara novo é um saco né. – ele se sentou – vulgo se jogou – ao meu lado no chão – Muita gente junta, toda aquela organização.

– Mas foi você quem trouxe eles. – ele me lançou um olhar brincalhão – Foi você quem nos trouxe.

– Devia ter te deixado brincar mais um pouco com os errantes, moleque. – ele me deu um soquinho de leve.

– Obrigado, Daryl. – ele sorriu fracamente e abaixou a cabeça – Se você não tivesse aparecido com aquela moto irada a gente tinha virado lanchinho.

– Eu tenho que me acostumar a esse negocio de bondade. – fiquei imaginando que seria bizarro ver um cara como Daryl alimentando um bebe ou regando plantas – Fica longe da minha moto.

Não pude evitar rir com ele, Daryl é oficialmente o cara mais maneiro que eu conheço.

– Eu não garanto nada sobre o colete. – avisei brincando.

– Surpresa, eu nunca lavo. – ele fez uma cara de superior que me fez rir ainda mais – Todo mundo ama esse colete, nem posso dar pra Carol lavar porque sei que a Hope esta só esperando uma oportunidade.

Gelei quando ele disse o nome dela, mas essa era uma chance de saber um pouco mais.

– Quem é essa Hope? – fiz a melhor cara de curiosidade que eu consegui, pareceu dar certo.

– Acho que você a viu, uns 15 anos, cabelo castanho, cara de quem vai aprontar, sabe? – não consegui rir porque tudo o que eu conseguia pensar era que ela é a cópia da mamãe mais nova.

– Ah sim, eu a vi. Ela parece bem legal e bonita. – falei tentando manter o assunto.

– Ela é uma garotinha durona. – ele riu mais pra si do que para mim – E se eu fosse você, não diria que ela é bonita perto do Carl.

– Quem é Carl? – perguntei levantando uma sobrancelha.

– O namoradinho dela. – estreitei os olhos.

– Namorado? – de repente me lembrei que antes de falar com Hope, vi ele indo até a horta – Aquele menino do chapéu de xerife?

– Esse mesmo.

– Não fui com a cara dele. – Daryl riu alto dessa vez, não entendi o porquê – Primeiro, qual é a do chapéu? Segundo, ele não tem nada a ver com ela. Terceiro... Eu vou ter mais motivos pra não ir com a cara dele.

– Ele é um cara bem durão também. – ele disse em tom de aviso. Como se eu me importasse.

Só balancei a cabeça em resposta, começamos a chutar uma pedra no chão um para o outro, em um silencio que começou a ficar desconfortável depois de um tempo, ele não parecia ter sentado ali só pra chutar uma pedra.

– O que aconteceu antes de vocês irem parar naquela estrada? Você só me contou essa parte. – quando Daryl e os outros encontraram a mim, Angie e Patrícia ele fez três perguntas, e então deixou a gente ir com eles, mas antes guardaram os suprimentos que tinham encontrado. Nesse tempo eu contei para ele e Sasha que o carro de Angie tinha quebrado há dois dias, então nós estávamos andando a procura de outro para seguir e encontrar algum local seguro.

– É uma história beem longa, acho que resumir três anos é meio complicado. – falei tentando fugir de repassar todas as coisas que aconteceram até ali.

– Eu não posso dizer que to com agenda cheia, a não ser que você esteja. – o encarei e resolvi que ia contar, encobrindo a parte que a Hope é... Bem, a Hope.

– Tudo bem, já que você quer saber. – dei de ombros e me sentei direito no chão – Essa não é uma historia nada feliz, só pra deixar claro.


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Notas finais do capítulo

ATÉ LOGO BEBÊS