Hope for Us escrita por Lady Anne


Capítulo 11
Capítulo 11: Noah


Notas iniciais do capítulo

Você quer matar Lady Anne?
a) sim
b) claro
c) obviamente
d) todas as alternativas
MIL PERDÕES BEBÊS, EU FUI UMA AUTORA MUITA MÁ COM TODAS :C Desculpem o sumiço, nem mesmo no Nyah eu venho entrado, mas eu consegui escrever o cap 11, eu não sei vocês vão chorar (porque eu chorei), mas espero que consiga emocionar um pouquinho.
Obrigada por todo o apoio, carinho e dedicação nos comentários, obrigada a lindissima, dyva, gata, That Queen pela recomendação mais que linda e perfeita!
Eu só tenho a agradecer gente, e a pedir desculpas pela demora, mas por mais que eu demore as vezes eu JAMAIS abandonarei esta historia, até que o final dela chegue (no qual eu entrarei em depressão intensa). Noah agradece o apoio e o amor precoce de vocês. Vocês são muito especiais, obrigada por serem pacientes, continuem comigo até o final ♥
Novamente, como eu não me canso de dizer, OBRIGADA, a história não seria nada sem vocês, e PERDÃO pela demora. Eu sou tão, tão, tão feliz por cada uma de vocês, sério, não desistam dessa autora louca *-* Espero que o capítulo esteja a altura.
Beijos, tudo de melhor e Chandler sempre! Espero ver vocês nos comentários ♥ Aproveitem e deixem o link das suas fanfics se forem do Carl (a maioria eu já conheço porque zóio o perfil de TODAS as minhas leitoras, me pertencem U.U), dos Vingadores ou um romance clichê(porque sim, eu gosto, HUA)
Anne. (escrever mais antes que um ninja seja enviado para me assassinar.)

Uma pergunta para os reviews: Se eu fizesse uma coisa especial para comemorar o 1 mês de Hope for Us (que fez dia 8), o que vocês gostariam que fosse?

O que esperar do próximo capítulo?: CARL VS NOAH, A TRETA, E O RELICÁRIO.



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Daryl assentiu e se endireitou no chão para ouvir tudo mais confortavelmente.

– Foi há três anos... – comecei.

– Ta, eu sei, conta sem muito drama porque ainda são nove horas da manha. – ri pelo tom mal humorado dele, mas continuei.

FlashBack

“- Você já ligou pro Seth? – papai perguntou enquanto dirigia velozmente, logo depois de aquilo ter se jogado no nosso vidro.

– O que acha que estou fazendo desde que saímos de casa? – mamãe respondeu aflita com o celular em mãos.

Estávamos na estrada a um bom tempo, o carro de Ângela estava logo atrás do nosso, ela havia decidido vir conosco. Seguíamos em direção à casa do ex-marido de mamãe, Seth, e por Hope, e eu estava muito feliz por ver ela depois de tantos meses, mas agora também estava preocupado porque mamãe também estava, e ela nunca ficava desse jeito.

– Nós vamos buscar a Hope, não vamos? – perguntei, mas mamãe não respondeu, só suspirou – Ela vai vir com a gente né?

– Noah, coloque o seu cinto. – ela respondeu tensa.

– Eu coloquei, você já pediu isso cinco vezes. – me estiquei para ver melhor o rosto dela no banco do passageiro.

– Querido, por favor, fique sentado direito e quietinho, eu estou tentando falar com o Seth. – ela me dirigiu um sorriso fraco que não me convenceu, mas resolvi não falar mais nada porque ela parecia muito aflita, não precisava que eu fizesse mais alguma coisa.

Encostei no banco e olhei para frente, atento a qualquer coisa que um dois dissesse sobre Hope.

Eu sabia que havia algo errado há um tempo, mamãe e papai estavam agindo de forma diferente, não me deixavam ficar na sala vendo TV, mas eu ouvia tudo e mesmo que não entendesse muito sabia que algo estava acontecendo, e eu vi uma pessoa como a que bateu no carro quando estávamos saindo de casa.

Pra um garoto de seis anos eu era bem esperto, como mamãe e Hope sempre diziam, então captava o que estava no ar mesmo que não quisessem.

– Acalme-se Lena, deve ficar tudo bem. – papai colocou a mão no ombro esquerdo dela – Hope e Seth devem estar bem.

– Sei que estão, Seth deve ter cuidado de tudo. – ela acariciou a mão de papai – Eu só...

Ela não terminou a frase, o que me deixou muito curioso e ao mesmo tempo muito triste pelo tom na voz dela. Ela nunca se deixava abalar, porque mesmo que eu não quisesse ela tentava ser forte por mim, mas agora estávamos falando de Hope e era diferente.

Hope é a melhor irmã mesmo que more quilômetros longe de mim, porque sempre me ligava e sempre vinha nos aniversários e mandava cartas. Eu sabia que mamãe sentia muita falta dela e a amava tanto quanto eu, mas tinha escolhido se separar e Hope entendia.

Uma vez a perguntei por que tinha ficado com Seth e não com a gente, e ela disse o que era esperado da garota mais gentil que você poderia conhecer:

“Porque ele precisava de mim, porque eu não o deixaria sozinho.”

Eu queria encontra-la, e dizer que nós precisamos dela agora.

Estacionamos na frente da casa deles uns quinze minutos depois de mamãe desistir de ligar, o carro de Seth não estava lá, mas tudo parecia como sempre.

Os gnomos feios de Hope no jardim, aquela coisa azul com sinos que ela adorava e que batia toda a vez que entrava em casa para anunciar sua chegada e o banco de madeira que ela queria que fosse um balanço.

– Fique aqui. – mamãe disse e saiu do carro com mais pressa do que o normal.

Observei ela indo até a porta, agachando pra pegar a chave reserva no tapete e abrindo de uma vez, assim saindo da minha vista para dentro da casa.

Narração por Lena Miller

– Hope? – eu a chamei de cara, porque se ela estivesse ali correria pra mim como sempre.

Mas ela não desceu as escadas pulando de dois em dois degraus como uma garotinha, nem a ouvi responder.

Encarei a sala de estar em silencio, ofegando mesmo sem ter corrido, sentindo a realidade do que eu já sabia me atingir.

Respirei fundo e caminhei para a cozinha, mas minhas pernas já não queriam me obedecer tanto, e meu coração se apertava a cada passo, como eu apertava meus olhos que já ardiam.

Não precisei andar muito para achar o que confirmava tudo o que passava pela minha cabeça. Havia um bilhete em cima do balcão da cozinha, a letra de Seth tão feia como sempre foi, afinal ele não pediria isso a Hope.

“Lena,

Nós estamos bem, nós ficaremos bem, fiz o que você mesma faria. Estou protegendo Hope, e viverei apenas por esse propósito como sempre. Hope não merece viver neste mundo, mas eu a darei todo o tempo que existir para ver as coisas boas que restam.

Ela ama você, eu amo você, mas eu tinha que salvar nossa garotinha antes que fosse tarde, salvá-la como ela me salvou quando eu perdi você.

Cuide do Noah, nós o amamos, e diga para o Harry cuidar de você porque se eu não dei um tiro de doze nele até hoje, é porque esse cara tem que ter um propósito.

Espero que nos encontremos algum dia desses.

Hope ama você, nunca se esqueça. Eu amo também.

Seth.”

Quando terminei de ler eu já não continha mais as lagrimas, coloquei a mão sobre a folha e a amassei para tentar dissipar alguma dor, mas não adiantou em nada.

Eu comecei a chorar descontroladamente, a ponto de tremer e ter que me agachar e me apoiar no balcão porque eu sabia que havia acabado de perder uma parte minha. Definitivamente.

– Mamãe? – Noah apareceu na porta da cozinha, me olhando preocupado com seus grandes olhos verdes.

Rapidamente me recompus, sequei as lagrimas e me levantei.

– Disse pra ficar no carro querido, eu já estou indo. – sorri o melhor que pude para ele, mas foi a coisa mais difícil que já havia feito.

– Onde está a Hope? Porque você esta chorando? – ele se aproximou de mim e eu me abaixei para abraça-lo.

– Esta tudo bem, Hope esta bem. – o mantive apertado contra meu peito, afagando seu cabelo e molhando as costas de sua camisa com minhas lagrimas – Mas ainda vai demorar um pouco pra ela se juntas a nós.

– Demorar quanto? – ele se soltou e me olhou fixamente, eu queria dizer a verdade, mas eu não seria capaz.

– Eu não sei, querido. – encarei o chão para que ele não visse meus olhos se enchendo novamente.

– Noah? – Harry também entrou, em desespero porque provavelmente não viu quando ele saiu do carro – Ah, você esta ai.

Ele notou o meu estado e puxou Noah para si.

– Vamos para o carro, a mamãe já esta indo. – sorri agradecida para ele.

– Preciso que você volte pra lá, bebê, eu já estou indo. – afaguei o cabelo dele uma ultima vez e ele assentiu triste, sendo puxado pra fora por Harry.

Eu olhei para o papel amassado no balcão, depois para o chão de novo.

Subi as escadas para o segundo andar pulando dois degraus como ela sempre fazia até chegar à primeira porta do corredor, com um grande H azul pregado.

– Azul... – toquei o relicário no meu pescoço involuntariamente, como sempre fazia quando sentia saudades dela.

Abri a porta devagar e encarei o quarto, ela não estava ali, mas tudo tinha um pouco dela. Os livros, as pilhas de quadrinhos, os livros... As fotos não estavam mais ali, o que me lembrou de que também não estavam no corredor nem na sala, ela levou todas como o esperado de Hope.

Só havia uma foto dela mesma numa festa de casamento, num porta retrato em cima da escrivaninha. Peguei a foto e me sentei na cama, admirando o quanto ela estava linda aquele dia, e feliz também.

– Querida... – eu comecei a dizer mesmo sabendo que ninguém ouviria, mas eu precisava falar em voz alta – Eu só vou me despedir desta vez, a ultima.

“Sabe, você sempre foi minha garotinha perfeita, a melhor coisa que eu fiz até hoje, mas a vida me trouxe o Harry e eu fui embora por amor. Eu queria que você fosse um pouco maior, então eu poderia te explicar porque eu não podia perder esse homem, porque eu o amo mais do que o seu pai mesmo que Seth seja incrível.

Eu sabia que você o escolheria porque não queria que ele ficasse sozinho, queria cuidar dele, obrigada por ser tão você como sempre, ser tão gentil e salvá-lo do abismo no qual eu o joguei. Obrigada por amar Noah e por me amar mesmo quando eu fui a causa da sua dor.

A vida nos pega despreparadas às vezes querida, como você sempre disse a vida nos atinge. Eu fui atingida vezes demais, e aposto que você também tem sua conta. Mas nada doeu tanto quanto agora, porque eu não sei onde você esta, não sei como esta e gostaria de saber quando vou te ver, mas sinto que isso não vai acontecer, e eu jamais vou me perdoar por não estar com você.

Você é muito boa, e eu espero que você atinja este mundo horrível com todo o seu amor e as suas filosofias. Não deixe que nada tire isso de você, bebê.

Eu te amo tanto, me perdoe de novo. Mantenha a esperança viva.”

Narração por Noah Miller

– Depois daquele dia as coisas só pioraram por todo o lado, nós saímos da cidade e ficamos com o irmão da Ângela que foi muito gentil em insistir que nós ficássemos mesmo que fossem mais três bocas para alimentar. – Daryl estava ouvindo cada palavra atentamente.

– É, falei um pouco com a Ângela, ela é gente fina. – ele deu um sorriso fraco.

– E é bonita, então fique longe dela Dixon. – dei um soquinho de brincadeira no ombro dele.

– Folgado. – ele me empurrou de leve – Não garanto nada.

Olhei para ele fingindo indignação e acabamos rindo mais ainda.

– Brincadeira. Mas e ai, o que aconteceu depois? – ele insistiu, o que me deixou intrigado, afinal porque pombos Daryl estava interessado quando ele podia ir comer ou matar errantes?

– Ficamos um bom tempo lá e estava tudo indo bem, mas era de imaginar que a comida dos errantes ia acabar na cidade, então eles iriam vir jantar fora...

– Muito eufemismo para um moleque de oito anos. – ele disse com uma sobrancelha arqueada.

– Quase nove. – falei revirando os olhos.

– Tanto faz.

– Continuando, o tempo que ficamos lá foi bom, – não citei que gostaria de ter ido procurar Hope – mas não esperávamos por ataques e nem tínhamos chance de cuidar de um sem munição. Então eles vieram, muitos, e tentamos sair de lá todos vivos, mas não deu certo.

Fiquei em silencio e encarei para o chão, odiava falar dessa parte, lembrar disso.

“Não deu certo.” – Daryl balançou a cabeça, compreendendo – Seria demais perguntar o que aconteceu exatamente?

Respirei fundo e toquei o relicário por baixo da camisa automaticamente, porque foi naquele dia em que eu passei a guarda-lo.

Flashback

“- ÂNGIE, AGORA! – ouvi minha mãe gritar do lado de fora, parecia que a munição dela tinha acabado.

Havia vários deles para todos os lados, e pareciam chegar mais a cada um que era abatido. A família de Ângie e mamãe e papai estavam lá fora com armas tentando combatê-los, eu e Patrícia fomos ordenados para ficar dentro de casa longe de perigo, mas estávamos muito assustados com os tiros, gemidos e gritos.

– Mãe! – saí da casa em disparada.

Antes que eu pudesse descer as escadas mamãe veio ao meu encontro e segurou meus braços com força.

– Você e Patrícia, peguem as mochilas e tudo o que preparamos para caso isso acontecesse, vai agora! – balancei a cabeça freneticamente, mas antes de sair perguntei:

– Cadê o papai? – ele não estava mais lá atirando.

– Ele foi para o celeiro pegar mais munição, nós precisamos ir embora! – ela me soltou e eu sai correndo de volta para casa, repassando a ordem para Patrícia.

Nós já havíamos pensando em tudo antes que acontecesse, porque assim poderíamos fugir mais rápido só com as mochilas. Eu parecia um mini-bagageiro com as três bolsas, Patrícia também estava andando com dificuldade e já havia começado a chorar sem perceber, mas conseguiu pegar tudo o que tínhamos. Corremos de volta para fora o mais rápido possível, vimos Ângie passar a arma para mamãe e vir até nós.

– Corram para a picape, estaremos logo atrás. – ela apontou para o carro vermelho perto das arvores.

– Mas tem muitos! – Patrícia gritou de volta – Porque vocês não vêm também?

– Vocês tem que ficar a salvo na picape, nós precisamos acabar com alguns deles para usar os outros carros e pegar mais munição no celeiro, vão logo! – olhei para mamãe antes de ser puxado por Patrícia, ela estava olhando pra mim também enquanto atirava neles. Papai ainda não havia voltado.

Estava escuro então correr não era exatamente a tarefa mais fácil, ainda tinham os errantes se aproximando e a bagagem pesada para piorar a situação, e eu não parava de olhar para trás me certificando que estava tudo bem.

No meio do caminho para o carro eu acabei tropeçando e deixando uma das bolsas rolarem, Patrícia não me viu e continuou correndo a toda velocidade.

– NOAH! – ouvi minha mãe gritar.

As mochilas me empurravam para baixo enquanto eu tentava levantar, e eu não sabia se corria para regatar a bolsa que rolou ou se corria para a picape. Quando consegui ficar de pé ouvi uma explosão, olhei para trás por um segundo e vi o fogo saindo do celeiro e os gritos de mamãe.

– Não! – gritei também, desejando por tudo que papai já tivesse saído de lá.

Mas eu não podia correr até para ver se estava tudo bem, porque os errantes estavam cada vez mais próximos da mochila, então sai em disparada sem nem pensar duas vezes.

– NOAH, NÃO, PARE! – ouvi mais gritos, mas continuei.

Alcancei a mochila e quando ia joga-la nos ombros um errante saiu de Deus sabe onde e avançou sobre mim, mas antes que ele pudesse me tocar mamãe se colocou entre nós dois, eu a ouvi exclamando de dor antes que o errante caísse no chão com a faca enterrada na cabeça.

– Mãe, não! – ela se virou pra mim e eu arregalei os olhos de pavor, eu conseguia ver um pedaço do osso do braço esquerdo dela e o sangue fluindo como água para fora – Seu braço!

Ela estava sentindo uma dor excruciante, era visível no rosto dela, mas isso não a impediu de arrancar uma das mochilas de mim e jogar num errante para afasta-lo e colocar uma chave e um canivete na minha mão direita.

– Mãe, é a sua mochila... – tentei falar, não estava entendo nada.

– Noah, eu preciso que você me obedeça agora, ta legal? – eu não tive forças para balançar a cabeça, porque ela estava chorando – Eu quero que você corra, sem parar, e entregue a chave do carro para a Patrícia, a Ângela vai estar lá num segundo.

– E você vai, não é? – perguntei desesperado.

– A mamãe vai estar logo atrás, mas eu tenho que ir buscar o papai antes. - ela disse com a voz embargada.

– Eu vou junto! – falei decididamente – Eu não vou sem você!

– Você vai sim, é uma ordem. – ela puxou com força o colar do pescoço e colocou na minha mão – Uma parte minha vai com você.

– Isso era pra ficar com a Hope. – falei agressivamente apertando com força o relicário, eu também já estava chorando.

– A Hope gostaria que ele ficasse com você. – ela disse sorrindo para me acalmar – Nós duas gostaríamos.

– Mas você ainda esta aqui! – mamãe me encarou por alguns segundos, então olhou para trás e eu a acompanhei.

Eles não estavam mais aguentando, só Ângie mantinha a arma, a cunhada e o irmão estavam na base de martelos e machadinhas.

– Querido, eu preciso que você seja forte agora, tudo bem? – eu tentava enxugar as lagrimas, mas já não adiantava – Por mim, pelo papai e pela Hope, você é nosso garotinho esperto não é?

– Eu sei o que vai acontecer quando você for pra lá! Não pode fazer isso! – falei desesperadamente.

– Noah! – ela segurou meus braços e eu tentei me soltar.

– Não!

– Eu preciso ir! – ela disse firmemente, eu desisti de me soltar – E você precisa ir, eu sei que você entende isso.

Abracei-a com força e ela retribuiu, senti o sangue do braço dela molhando minha camisa.

– Lembra-se do que eu te disse? A vida tem um propósito, todos nós temos uma missão. A minha missão era te criar para ser um homem forte, um campeão. – afundei meu rosto no ombro dela para abafar o choro – Eu cumpri a minha missão, você é forte e inteligente e vai se salvar!

– Eu não vou conseguir sem você. – ela me soltou e segurou meu rosto perto do dela.

– Você vai conseguir sim, proteja-se e continue sendo uma pessoa boa. A vida vai tentar te derrubar, mas você não vai deixar, você vai ter que ser corajoso e fazer a coisa certa sempre Noah. Mas não há nada pelo o que você não possa passar porque a sua missão é vencer.

Sequei minhas lagrimas e tentei me recompor sem sucesso.

– Me desculpe por coloca-lo neste mundo amor, você merece coisa melhor. Vença-o por nós dois, sobreviva e não perca a esperança. – ela beijou minha testa demoradamente – Eu te amo tanto Noah, não desista.

– Eu também te amo. Não me deixe, por favor. – meu corpo tremia e eu soluçava incontrolavelmente.

– Eu não vou deixar. – ela apertou minha mão e ficou de pé – Corra querido, não hesite. Eu vou estar do seu lado.

Ela começou a se afastar de costas, eu também mesmo não querendo.

– Até logo. – eu assenti relutante e me virei para começar a correr, mas ela ainda chamou – Noah!

Olhei de novo para trás e ela estava sorrindo em meio as lagrimas, e estava tão linda como sempre fora.

– Acerte na cabeça. – ela apontou para o errante no chão e depois para o canivete que havia me dado.

– Certo, cabeça. – tentei sorrir de volta, mas acabei soluçando, meu coração estiva ardendo, então comecei a correr de novo e não havia mais nada senão o carro e mamãe atrás de mim, os gritos dos outros foram abafados pelo choro reprimido que pulsava nos meus ouvidos.

A ultima coisa que eu ouvi foi “Corra para o carro Ângie, salve-os.”

Eu tinha certeza que nunca mais a veria, e a dor daquele fato não deixou de me atingir por causa da adrenalina ou das palavras doces. Mas minha missão era vencer, então eu continuaria vivo e não fraquejaria, nunca mais.


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Notas finais do capítulo

Noah sofredor



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