E se? escrita por PriscilaRoza


Capítulo 23
Encontro todos, menos ela


Notas iniciais do capítulo

Só porque eu demorei a postar, hoje são dois capítulos pra vcs!



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—Percy, não é possível. De novo. Não é possível mesmo que você tropece em tudo na rua. Ainda bem que já estamos chegando.
—Ei, eu estou com o mapa. Eu que guio a viagem, não me trata assim não hein, solzinho Jr.
—Tá, seu cabeça de alga. — ajudei Percy a se levantar do chão com a mochila que pesava quase uma tonelada. Graças aos deuses estávamos chegando no bairro onde Priscila morava antes de ir para o acampamento. Depois de um tempo planejando como sair escondido do acampamento, percebi que precisava saber aonde estava indo. A única coisa que sabia era que tinha uma cafeteria na frente da casa dela. Isso não diminuía muito as opções de moradia dentro de Manhattan. Quiron quando soube o que tinha acontecido queria ir conosco, mas achei melhor ele ficar tomando conta de tudo por lá. Nós pegamos o metrô e descemos, pelo que Percy disse, a um quarteirão da casa dela e eu já estava ansioso. Ao mesmo tempo que não conseguia ficar nem mais um segundo sem olhar naqueles olhos, não queria que ela me visse do jeito que estava.
—É logo ali, tô vendo o Starbucks daqui. Vem, insolação.
Reprimi um xingamento e o segui. Estava mais feliz por encontrar com a minha pequena. Paramos na porta do apartamento e vi que em um botão estava escrito "Priscila Meena". Lembrei de um dia na praia em que depois de muita insistência, ela finalmente me disse seu sobrenome, era indiano e ela me disse que significava "olhos bonitos", realmente, nunca tinha visto nenhum como aqueles. Percy me tirou de meu devaneio quando ele percebeu que não tinha ninguém, logo depois ele apertou todos os botões e a porta abriu. No final, conseguimos achar a chave que -Priscila escondeu em cima do batente da porta e entramos. Estava tudo arrumado, sem nenhum sinal dela, a não ser por suas roupas no quarto. Eu via aquele apartamento pela primeira vez e sentia o cheiro dela no quarto, na cama, no banheiro. Foi como um baque pra mim e Percy me deu idéia de tomar um banho. Não queria estar assim quando ela voltasse para o apartamento. Entrei no banheiro e tomei uma ducha rápida, logo depois, foi a vez de Percy. Eu estava no sofá ansioso para que ela voltasse, para que nós pudéssemos nos encontrar outra vez. Percy saiu do banho e foi procurar algo para comer, ele tirou de dentro da geladeira uma caixa de pizza e nós comemos tudo gelado. De repente nós ouvimos a porta abrir, devagar. Percy me puxou para baixo no móvel da cozinha e eu tomei um susto. A mulher que entrou não era Priscila, mas estava na cara que tinha alguma ligação com ela. O rosto com as mesmas feições, as sobrancelhas marcadas e o cabelo escuro e liso. Devia ser sua mãe, ou uma tia. Ela trazia em seu rosto uma expressão cansada e preocupada. Ela foi para o quarto de Alice e voltou chorando com uma garrafa térmica na mão. Era a minha garrafa, eu tinha dado a Priscila, tinha colocado doses de Néctar para a missão. Quando eu juntei todas as peças, Priscila não ter aparecido no apartamento, a moça aparecendo chorando e o néctar na garrafa, fiquei nervoso e quis saber o que tinha acontecido, então levantei e chamei sua atenção.
—Com licença, bom dia. A senhora é mãe de Priscila.
—Quem são vocês, o que querem? Vieram roubar alguma coisa? — podia ver que ela estava cansada até para gritar por socorro.
—Não, somos amigos de Priscila, do acampamento. — disse puxando Percy pelo braço. Quando Percy levantou, a moça ficou surpresa e quase deixou a garrafa cair.
—Po-Poseidon? É você mesmo?
—Ahn, não. Eu sou Percy. Percy Jackson. Filho dele.
—Nossa, você parece muito com seu pai. Mais que Priscila, os olhos são idênticos.
—Cadê ela, Sra...?
—Meetha. Bom, ela está no hospital agora. Ela sofreu um acidente de carro e esta internada a alguns dias.
Eu não conseguia ouvir o que a mãe de Priscila dizia, só pensava nela no hospital e não queria ficar aqui sabendo que ela estava lá sozinha. Quando voltei a atenção à conversa vi Percy tirando um dracma de sua mochila e dá-lo em oferenda para a deusa Íris. Logo depois Poseidon apareceu na tela.
—Oi filhão, ha que devo a honra?
—Na verdade pai, tem alguém aqui querendo falar com você.
A mãe de Priscila apareceu na tela e eu pude perceber por uns segundos os olhos do deus dos mares brilhando, como quando eu olhava Priscila.
—Meetha. Quanto tempo.
—Não me faz essa carinha não, Poseidon. Eu estou no apartamento da Priscila e você sabe onde é, se você não chegar aqui em mensos de três minutos eu vou acabar com a sua raça.
Ela enfiou a mão e dissolveu a mensagem não antes de Percy soltar um 'Uooool' que fez Poseidon o encarar com raiva. Logo depois, lá estava ele na sala do apartamento.
—Eu perdi alguma coisa? — disse o deus logo depois de ser recepcionado pela Senhora Meetha com um tapa na cara.
—Sim, você perdeu. Eu não poderia dizer quantas coisa você perdeu, mas principalmente, estava perdido enquanto sua filha precisava de você. Onde você estava que não ouviu quando ela te chamou? Você me disse que seria diferente depois que ela soubesse de você, mas você continua sendo o pai ausente que eu sei que você é.
—O que houve com Priscila? — ele perguntou calmamente com os dedos nas têmporas.
—Ela sofreu um acidente de carro e tem estado no hospital a quase duas semanas.
—Onde é, eu vou com você.
—Eu também. — Percy e eu dissemos em uníssono.
—Não. Vocês vão ficar aqui. — Poseidon se virou e nos encarou com raiva.
—Não, nós vamos. Eu preciso vê-la, Senhor.
Ele levantou e não disse mais nada durante todo o caminho.


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Notas finais do capítulo

É como diz aquele ditado: comentar não custa nada e me deixa muito felizona



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