Eu tinha fashs de consciência todo o tempo, tinha quebrado uma perna e estava com pinos por toda parte. uma costela quebrada e um hematoma enorme no braço direito. Os remédios que tomava na veia não me deixavam acordada. Em uma das vezes, pude vez minha mãe e meu pai no quarto do hospital. Quando eu mexi minha mão, minha mãe sentiu e acordou na hora.
—Mamãe, cadê o papai? — falei com os olhos fechados, reprimindo a náusea que se instalara em meu estômago.
—Ele está aqui filha, dormindo.
—Mãe, cadê meu pai? — olhei para ela e ela sabia que estava falando dele. Poseidon.
—Ah, filha...Eu não consegui entrar em contato com ele, não sei onde ele está.
—Porque ele não liga pra mim, mamãe?
A água que estava em uma bacia perto da cama criou vida e começou a se mexer. Um copo de água explodiu na mão da minha mãe.
—Filha, se acalma. Ele virá.
Eu sabia que estava fazendo aquilo e queria parar, mas não sabia como. Eu sentia o poder correr pelo meu corpo com tamanha força que eu acabei desmaiando de novo.
Acordei dois dias depois com gosto ácido na boca. Ouvia os médicos conversando com minha mãe, os meus ferimentos eram graves e eu não estava melhorando. Quando os médicos saíram da sala minha mãe sentou ao meu lado e começou a chorar.
—Mãe, me escuta. Não chora.
—Ah minha filha, eu não sei como ajudar você.
—Eu sei. Mãe, você precisa prestar atenção no que eu vou pedir agora. Eu quero que você vá até a minha casa, na minha mochila no quarto, tem uma garrafinha com um líquido com partículas douradas. É uma garrafa térmica, eu quero que você traga pra mim, isso vai me ajudar a melhorar. Você entendeu? Ouviu o que eu disse?
—Sim, sim eu ouvi. Eu vou agora mesmo. Não aguento mais isso, você está aqui a quase duas semanas.
—Então vá, e não pare no caminho, para nada.
Minha mãe concordou com a cabeça e saiu do quarto. Eu não consegui ficar mais tempo consciente e acabei caindo no sono outra vez.