E se? escrita por PriscilaRoza


Capítulo 15
Annabeth e Fred não gostam do meio de transporte.




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Acordei com um louro desmaiado em cima de mim. Suas costas largas eram tomadas de sardas e o rosto dele estava tão sereno. Não gostava do fato de que quando ele acordasse, o rosto sereno iria se transformar em uma grande ruga de preocupação em sua testa. Todos nós estávamos preocupados. Só queria mais tempo com ele antes de tudo isso. Passei meus dedos em suas costas fazendo padrões sem sentido enquanto afastava esse assunto da minha cabeça e focava apenas na respiração calma do meu ensolarado. Depois de um tempo, a respiração dele ficou mais apressada, então percebi que ele estava acordando. Olhei pela janela e o sol estava nascendo, num timing perfeito, como um despertador natural. Olhei de volta pra ele e ele me encarava com aqueles olhos azuis meio sonolentos mas lindos.
—Bom dia, ensolarado.
—Bom dia, amor. Eu tô muito feliz. - Disse ele se espreguiçando e coçando o olho com os punhos fechados, como uma criança.
—Posso saber o motivo da sua felicidade?
—Parte dela por conta do nosso duelo de ontem à noite. Eu nunca fiquei tão feliz de perder alguma coisa. E também porque nós vamos sair juntos. Eu sei que eu não devia estar feliz, porque eles estão lá presos, mas eu tenho certeza de que vamos conseguir salvá-los. E estou feliz que você vai comigo. Não sei como eu iria ficar longe de você tanto tempo.
—Seria muito doloroso e horrível. Eu sou como uma droga. Uma sem contra indicação e muito natural.
—E muito boa também. Extremamente viciante. - Fred disse beijando meu pescoço e segurando meus pulsos acima da minha cabeça.
—Ah, ensolarado, você já acordou animado?
—Por mim eu não te deixava sair dessa cama hoje.
—Bom, nós ainda temos...o que...uma hora? Eu posso ficar presa uns minutos.
—Então o seu pedido é uma ordem.
Depois de vários minutos muito bem aproveitados, tomamos banho, nos arrumamos e saímos para encontrar Quiron na casa grande. Quando chegarmos lá, Percy e Annabeth estavam jogando pinochle com Quiron e Léo, filho de Hefesto.
—Finalmente os dois pombinhos saíram do chalé. Achei que teríamos que cancelar a missão.
—Percy, cala essa boca! Bom dia, Annie, Quiron, Léo.
—Bom dia, pessoal. - Disse Fred.
—Bom dia. - Os três responderam.
—Bom, Percy disse para mim hoje de manhã que sonhou com uma ilha que ele acha que possa ser onde Nico está sendo mantido como refém. A ilha no caso é Santorini e fica na Grécia.
—E é aí que eu Leo, salvador da pátria, entro. Passei a noite toda terminando o que eu chamo de transporte das estrelas. Um iate maravilhoso chamado "Libertad". Claro que eu tinha a inocência de ter esperanças de navega-lo sozinho, mas, como sempre, parece que vou ter que dividi-lo. Eu vou emprestar o jatinho apenas e apenas porque vocês dois são filhos de Poseidon. Eu sei que o paizinho de vocês ficaria uma fera se vocês destruíssem aquela obra de arte maneira e totalmente radical que eu demorei meses fazendo. Ele tem abastecimento mágico automático e consegue chegar na ilha em dois dias, então acho que vocês vão ficar me devendo uma. Talvez duas, ou quinze.
—Leo, isso é... maravilhoso. É simplesmente perfeito. - pulei nele e o envolvi em um abraço de urso que deixou ele vermelho.
Quiron se levantou e, com ajuda de Leo e outros campistas, tiraram o jatinho do bunker e o deixaram na praia. Pegamos nossas coisas e embarcamos. Quando eu subi na embarcação, me familiarizei com todos os comandos. Era como se o mastro se mexesse sozinho debaixo das minhas mãos. Era uma sensação maravilhosa. Pela primeira vez em toda minha vida eu sabia o que estava fazendo, pra onde estava indo e porquê estava indo. Eu estava radiante em cima daquele iate, coisa que Fred não estava acompanhando muito bem, a cada segundo que nos afastávamos da praia ele e Annabeth ficavam mais roxos. Dei uns remédios de enjoo pra eles e os dois dormiram. Revezei com Percy o controle do mastro e fizemos nosso trajeto confiante pelo Atlântico Norte.


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