O Livro do Destino escrita por Miss Nowhere


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ooi! Tudo bom?
Então, essa não é a primeira fic que eu escrevo, mas é a primeira mais séria e que eu pretendo acabar husa Esse capítulo é kind of... tipo um prólogo, só pra deixar algumas coisas subentendidas e dar início a tudo.
Ele não tem diálogos, oque eu sei pode ser um saco, mas como é só um início, não tem personagens suficiente para fazer um, além do mais, Caterine é uma personagem meio reflexiva ^^
Bom, leiam as notas finais e espero que gostem:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/522579/chapter/1

Caterine acordava cansada. Os olhos não queriam abrir direito e ela podia sentir aquelas pedrinhas que mais parecem areia acumuladas nos cantos. Com muito esforço a menina endireitou as costas na cabeceira da cama de solteiro estreita. Piscou diversas vezes até se acostumar com a claridade.

Era seu aniversário de 16 anos e no entanto tudo parecia igual. O Sol nascia de frente para a janela, como sempre, do mesmo jeito que a casa estava silenciosa como uma casa deve estar as 6:15 da manhã. Até mesmo seus pés estavam gélidos, como se costume. Um tanto desapontada, Caterine saiu da cama.

Levou um pequeno susto quando não sentiu os dedos do pé direito encostando-se ao piso frio de madeira como os do esquerdo. Olhou para baixo com curiosidade e percebeu que os dedos encostavam-se a couro, mais precisamente numa capa de couro.

Caterine pegou o objeto com rapidez para escapar do frio matinal e voltou para de baixo dos cobertores. O livro que tinha nas mãos era pesado e grosso. Ela respirou fundo e pode sentir um cheiro estranho... Cheiro de passado. Passou o dedo indicador pela capa como se fosse uma cega lendo em braile. Não tinha título ou nome do autor em lugar algum, a única coisa escrita na capa era "Caterine Margand", lá em baixo em letras douradas. Com muito cuidado ela o abriu nas primeiras páginas. O sentimento foi incrível. Parecia que todo o oxigênio tinha sido retirado do quarto por um milésimo de segundo. Caterine se sentiu um pouco tonta, mas começou a ler do mesmo jeito.

"É um jeito estranho de começar uma história. Com um nascimento...", pensou ainda meio embriagada de sono, "Quem será que deixou o livro para mim?"

XxX

Na noite anterior:

A figura vestida de preto se escondia nas sombras enquanto observava a menina ruiva dormir tranquilamente. Era a madruga de seu aniversário, ela merecia um presente.

Com suavidade passou as mãos pelos cabelos e em seguida se abaixou, deixando o livro ao pé da cama. Sentia que os deuses o puniriam por isso, mas era preciso para que seu plano se concretizasse.

Levantou-se do chão e com um estralar de dedos retornou ao lugar de onde viera.

XxX

Caterine marcou a página 2 onde tinha parado com um lencinho de papel que tinha puxado ao acaso na noite passada apenas por estar com as mãos livres e levantou da cama para lavar o rosto no banheiro do corredor.

Era realmente muito cedo, nem os pais nem os irmãos estavam acordados, portanto ela caminhou na ponta dos pés, tentando ignorar o frio da manhã de abril. Enquanto abria a torneira no banheiro ela pensou no livro que tinha encontrada. Seria um presente de sua mãe? Não. Não fazia sentido, a mãe sempre a presenteava com roupas, mesmo aos sete anos em seu primeiro ano com a família, quando ansiava por todos os tipos de brinquedos que uma criança de rua como ela era antes jamais teria a chance de ter.

Fez uma concha com as mãos e sentiu a água fria preenchendo o espaço. Foi no momento em que sentiu o choque do líquido contra a cara que Caterine percebeu tudo: O livro que deixara casualmente em cima da cama marcado com uma coisa tao insignificante quanto um lenço de papel... Não era um livro comum. Era importante. Não, era o livro mais importante da vida. Da sua vida.

Com as mãos pingando e a cara toda molhada, Caterine correu para o quarto sem se importar com o barulho. Mais do que depressa ela pegou o livro nas mãos. Se fosse oque ela achava que era, então podia se considerar uma menina morta. Morta no dia que para seu povo simboliza o começo da vida. Que bela ironia.

Repassou as informações da mente confusa. "Bem, sim, é verdade que todos sabemos que temos um Livro do Destino. Os deuses os escrevem para nós quando nascemos, certo? Então entregam todos os livros para o guardião, que mora no Palácio dos Livros, não é? Bom, via de regra somente os deuses e o guardião deveriam tocar nesses livros. Eles são proibidos para nós, porque, obviamente como o nome já sugere eles tem toda nossa história. Do momento em que nascemos, passando por toda nossa infância, nossa adolescência, os momentos do presente, nosso futuro escrito e até mesmo nossa morte. Tudo metodicamente detalhado. Tudo perfeitamente definido. Mas então porque aparentemente o meu se encontra aqui? Em minhas mãos?"

Não querendo se precipitar, a menina espiou com o canto do olho. Era contra as leis ler seu próprio livro, portanto ela também não queria arriscar. Porém, mesmo sem ler, ela conseguia... sentir. Sabia que estava certa. Também sabia que a situação estava começando a ficar perigosa.

Era demais para a cabeça de Caterine as 6:15 da manhã, portanto ela olhou para a janela do quarto. Do lado de fora o Sol se encontrava subindo sobre Aisland. "É uma bela cidade" pensou "Calalini é, bem verdade, um país lindo". Fechou os olhos e mentalizou as milhões de pessoas desconhecidas que moravam lá de fora, logo em seguida pensou nos deuses. Ah, os deuses, inúmeros deuses. Ninguém sabia quantos eram, mas era sabido que cada um representava um elemento, um talento, algo importante para o equilíbrio do mundo. Onde ficam? Não se sabe. Alguns dizem que os deuses são onipresentes. Estão em tudo. Outros preferem apoiar a teoria de que passam todo seu tempo em algum castelo, bosque, monte, algum lugar sagrado, escrevendo todos em conjunto, os livros. Por mais difusas que sejam as respostas sobre os deuses, é muito claro para todos a questão que envolve Os livros. O guardião. O Castelo.

O Castelo. Nesse momento Caterine abriu os olhos de súbito. Tinha que ir até o Castelo. Tinha que devolver O livro antes que Ele notasse seu sumiço. Se não o fizesse, seria morta.

Tinha em mente que a decisão que estava tomando era totalmente insana, mas não parou nem por um segundo enquanto se vestia com o menos chamativo vestido preto que encontrara, enfiava na mochila da escola O livro, enrolado em um par de roupas, a carteira e mais algumas coisas que pegou com pressa do armário do banheiro. Rezava silenciosamente para que os deuses não permitissem que seus pais ou irmãos acordassem naquele momento.

Caterine se preparava para deixar o quarto quando deu uma pausa. Olhou para trás como se fosse a última vez que veria as paredes claras em que tinha rabiscado desenhos em giz de cera, a escrivaninha onde sentava toda noite para estudar, seus pertences... O quarto inteiro. Aquele lugar significava muito para ela. Significava a mudança extrema de vida que teve aos sete anos, quando foi retirada das ruas de Aisland e levada para esse... quarto de princesa, como costumava chamar anos atrás.

Passava os olhos pelos cantos quando notou algo brilhando levemente contra a luz solar. Lembrou-se. Lá, debaixo de algumas pilhas de livros antigos, estava a única coisa que trazia de seu antigo lar. Arabella. Correu de volta para o interior do cômodo, ajoelhou-se no chão e puxou com cuidado a espada prateada de mais ou menos 50cm. Era pesada e majestosa, tinha um cabo lindamente desenhado e afiado. Arabella passava ao mesmo tempo a impressão de força e delicadeza. Caterine franziu as sobrancelhas e decidiu por fim que a espada poderia ser perfeitamente útil. Embainhou-a com um pouco de pressa (os pais deviam acordar logo), e jogou a alça a tiracolo, do lado contrario da mochila.

Dessa vez Caterine saiu do quarto sem olhar para trás. Podia sentir o peso d’O livro em suas costas. Desceu com passo rápido os degraus que levavam até a parte de baixo do apartamento. Ia passando pela cozinha quando resolveu que devia explicações á família. Pegou a caneta que repousava em cima do bloco de notas, bem ao lado dos preparativos para a mesa do café da manhã de seu aniversário, e com a caligrafia prática deixou registrado o que precisava. “Não me procurem.” “Pretendo voltar.” “Obrigada por tudo e me desculpem por escapar desse jeito.” “Amo vocês.”

Quando finalmente pôs os pés na calçada e sentiu a brisa leve da manhã bater na cara, seus pensamentos clarearam. Agora o primeiro passo seria percorrer as ruas vazias nas primeiras horas da manhã, direto para as suas origens, onde acharia as primeiras respostas de que precisaria.

Olhou ao redor apreensiva, não podia deixar de sentir no fundo de sua alma que esse dia seria responsável pela mudança de todos os outros de sua vida. Era o começo de algo grande. Não exatamente bom, mas grande, com certeza.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uuuuufa, acabou! Eu demorei bastante pra escrever esse capítulo devido as pausas enormes que dei, então ele parece maior pra mim -.
Então, alguma alma viva disposta a dar opinião? Espero que sim ~.~
Então, vejo vocês (? Você? Ninguém? Enfim) logo logo. Se alguém leu até aqui, muito obrigada.

~O capítulo não está muito bem revisado, então se encontrar algum erro de gramática ou concordância, pode me dizer!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Livro do Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.