Meu Querido Blog... escrita por Lis Sampaio


Capítulo 15
Sabotando uma festa de ricos! - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

FELIIIIZ ANO NOOVO! o/ ( Atrasado, mas a intenção é o que conta, né? )
Esse é o primeiro capítulo postado em 2015! Não sei o que isso acrescenta na vida de vocês, mas quis contar mesmo assim. Obrigada por continuarem acompanhando a fic mesmo depois de eu ter demorado tanto e obrigada também aos leitores novos que sempre estão comentando :3
Espero que gostem desse capítulo, pessoal.
Enjoy! *u*



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Fiquei pensando no que íamos fazer o resto da aula. Pelo visto Sally e Jason também. Mas eu me perguntava se Stela iria ter uma ótima ideia mesmo.

Assim que o sinal do fim da aula bateu, nós três saímos da sala juntos e encontramos Stela nos esperando no portão da escola. Ao chegarmos perto dela, ouvi uma voz dizer por perto:

– Oh, que pena. A derrotada começou a andar com os derrotados, é?

Olhei para trás e vi Dove acompanhada de Maria e mais três meninos. Stela encolheu os ombros, constrangida.

– Ih? Ela vai chorar! - Um dos meninos zombou.

– Ah, calem a boca bando de hienas risonhas. - Eu disse. - Por que não vão lá comer carne velha e param de encher a paciência?

Eles me encararam com raiva.

– Se exaltou, pequeno pedaço de nada? - Dove veio em minha direção e lançou um olhar feroz.

– O pequeno pedaço de nada tem nome. - Stela parou ao meu lado. - E é um nome melhor que o seu, Cara de Sabonete.

Dove nos encarou, com fúria evidente em seus olhos.

– Sempre pensei em você como uma perdedora, Stela. Eu já sabia que você iria de uma forma ou outra para o lado desses perdedores. Agora já sabemos que você é uma também.

– Dove, eu não sei se percebeu mas ninguém aqui liga para o que você pensa. - Eu disse.

– Isso aí. - Sally completou. - E é melhor ser uma perdedora e ter amigos de verdade, do que ser alguém como você cheia de amigos falsos. - Ao terminar a frase, ela soltou um espirro.

Os cinco começaram a rir. Mas não uma risada inocente. Uma risada maldosa e debochada.

– Isso é tudo papo furado. - Um dos garotos disse.

– Vão lá, My Little Pony. - Maria zombou. - Ganhem popularidade com sua magia da amizade.

O resto da trupe de populares começou a rir e então saíram de lá, nos deixando pra trás.

– E pensar que eu andava com eles... - Stela suspirou.

– Vamos ignorar esses idiotas. - Jason disse. - Agora... Teve ideias?

– Sim, claro. Só preciso saber onde vai ser a festa, pra ver se vai dar tudo certo. - Stela respondeu.

– Tá, mas não vai contar no que pensou? - Perguntei.

– Quando chegarmos no local da festa eu conto tudo.

E então Sally nos levou até a sua casa, disse que sua mãe quis organizar a festa em casa como uma "formalidade" para os convidados. Ela nos guiou por aquela imensa mansão, até chegarmos num salão de festa enorme.

– Que tipo de casa tem um salão de festa? - Jason perguntou.

– O tipo de casa de gente muito rica. - Stela respondeu, dando ombros.

Aquele lugar era imenso e parecia algo que teria nos castelos das princesas da Disney. Na frente havia um palco para apresentações ao vivo, pra parede esquerda e direita haviam portas de vidro, um dos lados dava visão direta à piscina e o outro para um jardim muito bonito.

– Tá, o que eu posso fazer aqui...? - Stela perguntou a si mesma. - Então, Sally. Eu estava pensando em deixar a festa da sua mãe acontecer. Só que aí, bem no meio da festa, poderíamos apagar as luzes e... BOOM! Colocar uma música maneira e surpreender todos os outros convidados! Aí chamamos todo mundo e começamos uma festa maneira em cima de um baile de gala! Não é de mais?

Nós três encaramos Stela. Ela pensou em tudo aquilo sozinha?

– Stela, Essa ideia foi... - Jason começou a dizer.

– GENIAL! - Sally interrompeu. - Eu adorei. Vai ser muito muito muito bom deixar minha mãe nervosa por eu estragar a festa chique dela. E eu posso pedir ajuda para alguns criados. Aposto que Arthur adoraria ajudar, sem contar que alguns filhos jovens dos sócios da minha mãe vão estar aqui e com certeza vai ser bom surpreender aqueles almofadinhas.

– Concordo com a Sally. Isso foi bem planejado. - Eu disse.

– Arriscado. Mas mesmo assim eu gostei. - Jason riu.

– Sério que vocês gostaram da ideia? Ah, eu também pensei em colocarmos música ao vivo. Tipo, contratar uma banda.

– É uma ótima ideia. A festa vai começar às seis e acabará às dez. - Sally informou. - Poderíamos apagar as luzes às oito.

– E que tal quando as luzes apagarem, nós ligarmos holofotes coloridos? - Sugeri.

– Isso! Eu tenho holofotes coloridos do meu último aniversário. Poderíamos ligar um em cada canto do salão. - Stela disse.

– Mas pessoal, os preparativos vão ser bem em cima dos da outra festa. Então vamos precisar ser cautelosos pra arrumar as outras coisas. - Jason falou.

– Vamos tomar cuidado, é só começarmos a instalar as coisas num horário em que o salão esteja vazio. - Sally disse.

Todos concordaram e começamos a planejar mais coisas. Chamamos Arthur, a paixonite da Sally para ajudar já que ele morava pelas redondezas.

Assim eu, Stela, Arthur e Jason tivemos que estar na casa de Sally todos os dias depois da aula, Jason ficou encarregado de procurar a banda pra tocar na festa, Stela de chamar os convidados, eu e Arthur de ligar os holofotes e as coisas que Stela trouxe e Sally de distrair a mãe dela e os outros funcionários, o que foi um trabalho complicado pois realmente havia muita gente trabalhando naquela festa.
Assim, uma semana passou voando e então finalmente terminamos de arrumar tudo um dia antes da festa.

– Finalmente! - Sally gritou e se jogou na grama do jardim. - Essa festa vai ser o máximo!

– Sem dúvidas! Todos trabalharam muito bem. - Stela disse.

– É. Foi mesmo uma pena o time não poder ter vindo para ajudar, mas mesmo assim o resultado foi incrível. - Arthur encostou em uma árvore.

– Foi mesmo. - Eu e Jason dissemos juntos.

Nós dois nos encaramos e começamos a rir. A primeira vez eu que ria junta de Jason depois do que ele havia dito sobre gostar da Sally. Apesar de que eu havia esquecido disso por um bom tempo.

– Jason, você já conseguiu a banda? - Perguntei.

– Na verdade sim e não. Meu irmão mais velho tem uma banda de rock com os amigos da faculdade dele, só que a banda não tem vocalista. Eles concordaram em tocar na festa mas precisam de alguém pro vocal.

Sally de repente olhou para Stela.

– Hem? - Stela perguntou. - Não, Sally. Nem vem. Pare de olhar pra mim assim.

– É a sua chance, Stela!

– Eu nunca conseguiria. É melhor contratarmos alguém pra isso.

Eu, Jason e Arthur ficamos encarando as duas, com evidente curiosidade.

– Ah, é mesmo. - Sally disse. - Vocês não sabem, né?

Balançamos a cabeça negativamente.

– Stela canta muito bem. O sonho dela é ser cantora desde que ela era pequena. Eu confio totalmente nas habilidades dela pra cantar na minha festa.

– Mas eu não confio. Eu nunca cantei pra uma plateia antes e muito menos com uma banda. - Stela disse.

– Se você não tentar, nunca vai conseguir. - Arthur disse. - Frase clichê, mas eficaz.

– Concordo com Arthur. Não adianta ter medo de algo que nunca fez. Isso é ruim só pra você. - Eu disse.

– Tente, por favor. Precisamos de você, Stela. - Sally pediu.
Stela respirou fundo e então se rendeu.

– Tá. Tudo bem. Eu canto.

Todos gritaram um "AEEEE" coletivo.

– Então eu vou ir ligar pro meu irmão pra avisar. - Jason disse.

– Eu te mostro onde é o telefone. - Stela disse. - Sophia, vem junto. Me ajuda a pegar uns negócios.

Ela nos puxou para longe, e cochichou:

– Vamos deixar esses dois sozinhos agora. Vem, vamos andar por aí.

Sally

Fiquei tentando entender o que aconteceu para Stela puxar os dois tão desesperadamente. Soltei uma risada e Arthur me acompanhou.

– Então, baixinha... Animada para o seu aniversário?

– Com certeza, altão. Muito obrigada por vir ajudar, eu estou muito feliz por você estar aqui.

– Não foi nada. Você também já me ajudou muitas vezes, eu tinha mais é que retribuir. - Ele sorriu.

Eu sorri de volta, com as bochechas um pouco coradas. Arthur me deixava tão estranha, como se milhares de tintas coloridas fossem espalhadas pelos meus sentimentos. A forma como ele falava comigo me deixava tão mais alegre e tranquila, fazia todos os meus problemas sumirem e fazia tudo que me deixava feliz ser multiplicado. Poético, não?

– Sally. - Ele me chamou. - Talvez eu me transfira para sua escola esse ano.

– Eh? Sério?! - Perguntei, entusiasmada.

– Sim. Meus pais querem me colocar numa escola melhor e a sua é a escola pública com o melhor ensino das redondezas.

– Eu não sabia disso... Mas, eles querem te mudar de escola por você ter repetido de ano?

Arthur assentiu.

– Bem, pelo menos vamos passar mais tempo juntos, né?

– Aham. Vai ser maneiro passar mais tempo com você e seus amigos. Eles parecem ser bem legais. - Arthur riu.

– Eles são mesmo. Eu não poderia ter amigos melhores do que a Sophia e o Jason. Apesar de que os dois tem alguma coisa juntos. Quer dizer... Um caso romântico ou coisa do tipo.

– Imaginei. Aqueles dois parecem que se gostam, apesar de terem personalidades tão distintas... - Ele suspirou.

– Uhum. Bem, de toda forma, essa festa vai ser histórica. Vai ficar escrita no anuário da escola e até mesmo a Heaven do Action Outraged vai publicar sobre isso no blog.

Arthur riu.

– É verdade. Só quero ver a cara da sua mãe quando o show começar, vai ser algo tipo: "Oooh!" - Ele pôs as duas mãos no rosto, abrindo a boca como naquele quadro "O grito".

– Vai ser bem isso mesmo. - Eu ri. - Imagino aqueles almofadinhas bobocas fazendo essa mesma cara.

Nós dois continuamos a rir, até que ouvimos um barulho e um grito e logo em seguida aqueles negócios que servem pra molhar o jardim cujo o nome eu não faço questão de decorar ligaram.

– Mas o que é isso? - Eu e Arthur perguntamos juntos.

Sophia

Resumindo tudo o que aconteceu: Eu, Stela e Jason estávamos passeando pelo imenso jardim. Jason estava falando com seu irmão pelo celular de Stela e eu e ela estávamos conversando sobre a festa. Quem diria? Eu e uma das minhas piores inimigas conversando amigavelmente. Bem, enfim, ficamos jogando conversa fora por um tempo, até Jason terminar de falar no celular. Íamos voltar para onde Sally e Arthur estavam, mas aí Jason teve a brilhante missão de tropeçar no vento e segurar no botão que liga os sprinkles ( Aqueles negócios que servem pra molhar as plantas do jardim ) e então ele caiu. Fim do resumo.

– Ah! Meu cabelo! - Stela gritou. - Minha roupa!

– Jason! Tudo bem? - Eu fui até ele e estendi a mão, preocupada.

– Tudo... Eu acho. - Ele se apoiou em minha mão e se levantou.

Os sprinklers continuaram ligados e nós três estávamos encharcados. Corremos até onde Sally e Arthur estavam e os estado deles era praticamente o mesmo do nosso. Eles pareciam se divertir com a água, ao contrário de Stela, que parecia que ia surtar.

Ao nos ver, Sally imediatamente perguntou:

– O que houve? Por que os sprinklers ligaram e o Jason está com uma marca vermelha no rosto?

– Jason caiu no botão que liga os sprinkles. - Eu disse, rindo.

– Não ria, isso doeu. - Ele fez bico.

Todos começaram a rir. Ficamos o resto da tarde por lá e fomos embora assim que anoiteceu.

No dia seguinte, todos os preparativos para a festa estavam prontos. Era finalmente o dia e eu não poderia esperar para colocar o plano em ação.

Eu passei a manhã em meu trabalho numa loja de CDs perto de minha casa. As horas passaram voando e quando me dei conta, já eram seis da noite. A festa começava nesse horário, então era bom eu estar lá. Fui para casa e coloquei uma roupa um pouco fora do costume: Tênis, saia e uma camiseta. Eu não usava muito saias, mas era só isso que eu tinha pra uma festa.

Saí para a casa da Sally e entrei pelos fundos do jardim como combinado. Pelo visto não era só eu que estava chegando cedo. Jason e Stela já estavam lá, e estavam com roupas diferentes das de costume.

– Sophia! - Stela me chamou. - Está preparada?

– Claro. Nunca pensei que um dia eu sabotaria uma festa de ricos.

– Idem. - Jason disse. - Bem, meu irmão e a banda estão aqui às oito. Só falta o Arthur aparecer.

– Ah, o Arthur já chegou. - Sally disse, entrando no jardim acompanhada de Arthur.

Ela vestia um vestido azul claro florido e com algumas rendas e babados. Parecia uma daquelas bonecas de porcelana.

– Hum... Oi. - Eu disse sorrindo. - Feliz aniversário, Sally.

– Obrigada, Sophia! - Ela sorriu e me deu um abraço. - Você está diferente de saia. Diferente num modo bom, eu quero dizer.

– Anh... Sério...? Eu não sabia que roupa pôr em uma festa então eu coloquei isso...

– Sally! Sally Marianne! - Um cara de smoking apareceu no jardim. - Volte já pro salão! E quem são esses com você?

– Lionel! Esses são meus amigos que vieram pra festa. - Sally disse.

– Ah, claro. E quem deixou você convidar amigos?

– Hum... A festa é minha. É o mínimo que podem deixar eu fazer.

Stela soltou uma risadinha.

– Ah, até você Stela! - Lionel bufou. - Vocês jovens são um caso perdido.

E então ele saiu pisando duro.

Nós entramos no salão e vimos todas aquelas comidas e pessoas chiques lá dentro. Jason soltou um assobio.

– Bem, fiquem a vontade. Tenho que fazer sala para os convidados. - Sally disse. - E oito horas... Já sabem onde fica a caixa de energia do salão, né?

Nós assentimos e ela sorriu, indo até sua mãe.

Duas horas demoraram para passar. A música clássica que tocava era de dar sono e os convidados só comiam e conversavam. Alguns adolescentes passaram por nós, olhando para nossas roupas. Qual era o problema deles?

Um pouco antes de dar oito horas, o irmão de Jason e sua banda chegaram. Eles estavam vestidos casualmente e Stela os recebeu anunciando que ia cantar. Então... Era a hora. Jason desligou a energia, dando tempo para os garotos arrumarem os instrumentos. Todos os convidados gritaram: "Oh!". Eu e Arthur ligamos os holofotes e apontamos para o palco, onde Stela se encontrava.

– Feliz aniversário, Sally! - Stela gritou no microfone.

Então movemos um dos holofotes na direção de Sally e alguns convidados gritaram: "UHUU!". Provavelmente o time de Arthur que prometeu comparecer.

E então as luzes coloridas que Arthur e uns criados ajudaram a instalar foram ligadas e a banda começou a tocar, com a voz de Stela. Como ela cantava bem.

Os convidados que estavam praticamente dormindo anteriormente, começaram a se agitar e até mesmo o bando de adolescentes almofadinhas estavam dançando.

Arthur saiu e foi na direção de Sally, me deixando sozinha com Jason.

– Fizeram bem! - Ele disse.

– Você também! Espero que Sally esteja aproveitando a festa. - Eu disse.

– É, todo esse scrifício não foi atoa.

Eu ri.

– E então... Como andam as coisas com a Sally..? - Perguntei, diminuindo o sorriso.

Ele suspirou.

– Na verdade, eu preciso te contar uma coisa...

– Pode dizer. - Eu disse, com um pouco de medo da resposta.

– Eu... Não gosto da Sally.

Stela

Todos estavam felizes com a festa. Até mesmo os convidados almofadinhas. Sally e Arthur se divertiam juntos do time de basquete e Jason e Sophia conversavam provavelmente de assuntos delicados. De cima do palco eu podia ver todos e ainda cantar. Era tudo o que eu queria.

A banda do irmão de Jason tocava extremamente bem e como não tínhamos ensaiado nada, escolhemos uma música e cantamos no improviso.

– Está indo bem. - O irmão de Jason, Kei, cochichou no meio da minha música.

Não pude deixar de evitar um sorriso. Aquele cara parecia bem legal.

Assim que a música acabou, eu ouvi os aplausos. A melhor coisa de cantar é ouvir os aplausos. Eu desci do palco e Kei me acompanhou, deixando o resto da música com seus colegas.

– Você canta bem pra alguém da idade do meu irmão. - Ele disse, se aproximando.

– E vocês tocam muito bem. Quer dizer... Quem consegue fazer tudo isso no improviso?

O garoto riu.

– Hum... Estamos sem vocalista na banda e eu gostei da sua voz. O que acha de entrar pro time? - Kei perguntou, sorrindo.

Eu gelei. Entrar numa banda? Nunca havia pensado nisso...


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Notas finais do capítulo

o/ Espero que tenham gostado! Perguntas, críticas, dúvida, sugestões... Só comentar.
Outra enquete: Como vocês imaginam o Arthur? Espero a resposta de vocês o/
Até o próximo capítulo o/