Kryptonite escrita por ifyousaayso


Capítulo 2
Biology and beer


Notas iniciais do capítulo

oi gente, aqui está o novo capítulo :)



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02.

Já estava chegando a hora de sair e me encontrar com Erik Lehnsherr. Eu me lembro que estava um pouco sem saber o que esperar dessa conversa, eu não conhecia o sujeito, não sabia o que ele pretendia comigo. Quer dizer, ele me viu, tímido e com a voz trêmula, soltar um discurso totalmente clichê e despreparado sobre mutantes e acabou tirando algumas conclusões precipitadas a meu respeito e isso estava me deixando um tanto irritado. Apesar de tudo isso, não queria fazer papel de bobo na frente de qualquer pessoa, inclusive uma pessoa que eu não conheço, levando em consideração que a primeira impressão tinha sido tão atordoada.

Não lembro bem da roupa que usei ou de que horas sai de casa mas sei que peguei um metrô que parava perto do restaurante. Eu tinha uma família rica, mas desde que resolvi morar com Raven, eu dependia do meu dinheiro e as vezes nem ele conseguia me sustentar (ser professor naquela época, não era algo tão reconhecido). Mas cheguei atraso no local, passei a vista rápida pelo pub e nenhum sinal do Erik Lehnsherr, parecia que eu não tinha chegado tão atrasado assim.

Um tempo depois (depois de duas garrafas de água que eu pedi), Erik Lehnsherr chegou num rompante, parecia que tinha vindo correndo. Acenei para a porta e ele me achou rapidamente. "E ai, cara?" Ele chegou dando um tapinha nas minhas costas. "Olá Erik" Falei terminando a segunda garrafa de água. "Cara, você não vai acreditar mas eu tava enrolado com umas questões ai. Você esperou muito?" Erik falava enquanto tentava se recompor, passava a mão pelo cabelo penteando-o com os dedos e eu notei que ele tinha um corte na mão. "Não. O que foi isso?" Apontei para sua mão direita. Ele sorrio nervoso "Eu tava resolvendo umas questões a três quadras daqui e perdi a noção do tempo, foi mal mesmo. Você pediu algo pra beber? Eu to com uma sede." "Só pedi água mesmo mas essa garrafa está vazia. Pedirei outra pra você." Antes de eu levantar minha mão para chamar o garçom ele tocou no meu braço. "Não cara, eu não bebo água." Então ele chamou o garçom e pediu 'duas cervejas com pouco colarinho, nenhum se possível'. "Cara eu adoro as cervejas daqui mas esse colarinho é terrível" Erik finalmente parecia mais calmo e não tinha mais suor no rosto. "Eu nunca parei pra pensar em colarinho de cerveja" Falei tentando começar uma conversa. "É desperdício de cerveja. Então me diz, quem é você?" O garçom deixou um copo longo com cerveja e muito pouco de colarinho. "Charles Xavier, eu sou professor de genética. Moro com minha amiga, na verdade é como se fosse irmã, Raven. Eu ..." "Espera ai, você mora com a Raven? Agora sei de onde conheço você." Ele riu bebendo um pouco do copo. "Como assim?" "Cara, eu já estive na sua casa. Provavelmente você estava fora mas ainda sim, vi fotos suas na casa. É uma casa muito boa." Ele falou rápido e eu tentei ignorar o fato de que ele tinha falado 'casa' três vezes. "Você e a Raven..." "Foi, cara. Muito bom por sinal. Você e ela já?" Eu bebi um pouco da minha cerveja e limpei a garganta. "Claro que não, ela é como se fosse minha irmã mais nova." "Sim, cara, mas ela não é. Eu também achava que ela era minha irmã, nós trabalhamos muito nessa causa mutante, temos organizado muitos protestos e performances artísticas. Mas ai um dia, ela estava lá e eu quis muito aquilo." "Mas ela e eu nos conhecemos desde crianças, ou seja, ela é minha irmã." "Ta bom, cara, você faz o que quiser."

Eu me lembro perfeitamente que aquele assunto sobre Raven tinha me deixado bem enjoado e que se eu estivesse bêbado naquele momento, eu teria vomitado.

"Eu te chamei aqui pra falar sobre a coisa da biologia e sobre mutação, sobre seus poderes. Eu quero saber sobre esse lado seu." Erik acabou falando diretamente. "Bom, eu posso, não só ler mentes mas acessar certos locais do cérebro humano e posso me comunicar com ele em qualquer lugar, é só eu querer." "Você pode ler o pensamento de quem quiser independente do lugar que ela esteja?" "Sim." "Isso é muito bom, cara. Quer dizer que se eu estiver na China e você aqui, pode ler minha mente?" "Sim, eu posso." "Nossa, eu quero trocar meu poder com o seu. Eu controlo o metal, não é tão complexo mas ajuda muito." "Eu imagino"

Depois disso, sei que falamos sobre biologia mas não sei os detalhes da conversa mas ele parecia bem interessado. E eu gostava de falar sobre biologia me acalmava.

No final da noite, ele tinha bebido bastante mas não aparentava embriaguez ou exaltação.

"Ei cara, tenho que ir. Sabe como é, vou resolver uma questão no centro. Vamos manter contato." Ele falou se levantando. "Claro, vai ser ótimo." Então ele pediu para que eu pagasse a conta e disse que na próxima pagaria. Haveria uma próxima certamente.

Eu não sabia onde estava me envolvendo.


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Notas finais do capítulo

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