Just You and I escrita por Faberry
Notas iniciais do capítulo
Então, sabem o quanto eu estou feliz?! MUITO!!!! Terminei minha primeira fic e do jeito que eu queria, teve comentários, foi reconhecida e não teve criticas negativas, melhor parte! Sério gente, vocês não têm noção do quanto era bom entrar e postar todos os dias e depois entrar novamente e ver os comentários de vocês. Obrigada, se não fosse vocês, não seria nada.
Um mês havia se passado. As primeiras semanas tinham sido complicadas, Leroy e Rachel tinham ficado em um hotel enquanto o homem procurava uma casa, quando achou ele tentou dizer da melhor forma que não gostaria das duas dividindo o mesmo teto, já que agora estavam em um relacionamento e Quinn concordou, ela estava com Santana, a mãe da latina tinha recebido ela muito bem em sua casa e não se importava dela estar envolvida com Rachel.
Três semanas atrás Leroy tinha dado entrada no pedido de anulação da adoção, era um processo difícil. Precisavam de um advogado e do decreto de aprovação, era o tal documento que comprovava que Quinn era filha de Leroy, então o advogado deu entrada com a petição para anular a adoção, o que foi bem complicado, pois as leis eram bastante rigorosas e o juiz precisava saber detalhadamente o motivo de ele querer que a adoção fosse anulada. Leroy era um homem de contatos e esses processos foram rápidos, depois da petição marcaram a audiência e só precisavam de testemunhas para reforçar os argumentos. Sr. e Sr.(a). Lopez foram as testemunhas.
Mesmo com todas as complicações, a parte mais difícil foi Judy. Eles precisavam do consentimento de Judy e isso não foi algo fácil de conseguir, mas aconteceu. E depois de dar Judy disse que não queria ver Quinn nunca mais, nem pintada de ouro. Isso doeu na loira, mas ela sabia que valia a pena.
[FLASHBACK ON]
Q: Mãe... Por favor! – pediu.
J: Quinn, eu vou pedir pela última vez! – exclamou. – Pare de fingir estar machucada para que eu lhe atenda, eu não quero lhe ver nunca mais. – disse entre dentes tentando sair da emergência do hospital onde trabalhava.
Q: Eu sou sua filha. – disse magoada e Judy parou.
J: Você não é mais. Você escolheu ficar com ela. – voltou e disse encarando os olhos avelã de sua filha.
Q: Eu a amo! - exclamou. – Por favor, mamãe... – pediu. – Não quero perder a senhora. – disse carinhosa.
J: Isso é um particular seu. – respondeu amargamente.
Quinn suspirou magoada, era a terceira vez naquela semana que ela ia atrás da mãe, a mulher não a recebia em casa então o hospital era o único lugar onde elas ainda se comunicavam, pois Judy tinha feito um juramento e não negava ajuda a quem precisasse. Mesmo Quinn não precisando.
Q: Assine o consentimento para a revogação pelo menos, por favor. – pediu.
J: Você acha mesmo que vale a pena? – perguntou irritada. – Perder um pai por um amor que você nem sabe se vai durar. – disse cortante.
Q: Vai durar. Eu sei. – sorriu confiante.
Judy negou com a cabeça e bufou.
J: Eu assino. Mas você vai ficar definitivamente órfã. – disse.
Q: O que isso significa? – perguntou confusa.
J: Quando você me trouxer aquele papel e eu assiná-lo, você não vai perder só um pai, mas também uma mãe! – exclamou ameaçadoramente.
Quinn levantou e buscou sua bolsa, quando encontrou sentou novamente com ela em suas mãos, abriu e puxou um papel dobrado em pedaços. Esticou as mãos na direção de Judy.
Q: Assine, por favor. – pediu chorosa.
[FLASHBACK OFF]
Elas estavam no cartório, já tinham passado pela audiência e o juiz tinha aceitado a anulação.
Q: Eu sou órfã agora! – exclamou animada.
L: ObrigadO Quinn. – disse fingindo estar sentido.
Quinn e Rachel riram e trocaram um beijo casto.
Q: Você sempre vai ser meu pai, eu te amo! – disse abraçando o homem.
L: Você também sempre vai ser minha filha. E se você magoar minha filha, eu te caço. – disse apontando para Quinn. – E você também Rachel, se magoar minha filha, eu te caço. – completou com uma expressão confusa no rosto. – Isso é bem confuso. – assentiu.
Q: Obrigada, eu nunca imaginei que teria seu apoio. – disse e trocou um olhar cúmplice com a morena. – Principalmente depois do teste e você disse que era “fora de questão” Rachel e eu termos alguma coisa. – lembrou.
Leroy olhou para as meninas, estava chocado e arregalou os olhos: - Aquilo da Rainha foi um teste?
Quinn e Rachel sorriram culpadas.
L: Mas também né, nenhum pai fica imaginando que suas filhas vão se envolver... Dessa forma que vocês se envolveram. – disse constrangido.
R: Eu seu, pai. – disse carinhosa.
Quinn e Leroy a olharam na hora e ela percebeu que tinha chamado o pai de “pai”, era a primeira vez em muito tempo.
Leroy sorriu e a abraçou: - Eu to com vocês, só não me façam escolher um lado quando brigarem. – disse trazendo Quinn para o abraço.
As meninas riram e todos seguiram para casa, Leroy subiu para tomar um banho e as meninas para o quarto de Rachel.
Estavam deitada uma de frente para a outra.
R: Nós temos que conversar sobre o que eu fiz. Eu sei que adiamos essa conversa, mas... – disse insegura.
Q: Só me explica como aconteceu. – pediu sentando na cama.
Rachel contou toda a história, desde a lanchonete até quando Santana descobriu, não que a loira não soubesse que a latina sabia, ela sabia.
Q: Uma coisa não faz sentido. – disse.
R: O quê? – perguntou confusa.
Q: O que o Finn estava fazendo lá em casa quando você não estava? Isso não parece parte do plano. – sorriu confusa.
R: Não era, eu não sei o que ele foi fazer lá. Ainda não falei com ele. – disse puxando Quinn para deitar novamente.
Q: E nem vai. – arqueou a sobrancelha.
R: E nem vou. – sorriu e a beijou. – Obrigada, sabe... Eu vim para cá destruída, sem minha mãe e pensei que seria horrível. Daí você apareceu... – sua voz morreu. – Você parecia tão cheia de si e insuportável! – exclamou arrancando um sorriso de Quinn. – Acho que eu tinha inveja de você, por que você teve meu pai por perto. – disse amargurada e Quinn a abraçou. - Eu não queria que você tivesse que escolher entre sua mãe e eu, eu sei como é ficar sem mãe. – disse com os olhos marejados.
Q: Hey, tá tudo bem. –sorriu para a pequena. – Você nunca me falou de sua mãe. – disse. – Fico feliz que se sinta a vontade para isso. – sorriu.
R: Eu sinto falta dela... – admitiu.
Q: Eu também sinto falta da minha. – confessou. – Como ela era? – perguntou carinhosa.
R: Carinhosa, talentosa...
Q: Você teve a quem puxar então. – disse e Rachel sorriu murmurando um “Sim, eu tive.”.
R: Ela me ajudou e apoiou quando eu me descobri... – sorria com as lembranças de sua mãe. – Ela teria nos apoiado. – sorriu confiante.
Q: Eu tenho certeza que sim! – exclamou passando o rosto nos cabelos castanhos da pequena em seus braços.
R: Eu sou suficiente para você? – perguntou e a loira sorriu.
Q: I can’t win, I can’t reign, I will never win this game without you, without you. – Começou a cantar no ouvido de Rachel.
A morena se afastou e sorriu, Quinn continuou: - I am lost, I am vain, I will never be the same whitout you, without you.
A voz rouca de Quinn contra o rosto de Rachel arrepiava a morena, Quinn parou de cantar e fez uma expressão confusa no rosto, Rachel riu, ela tinha esquecido o resto da letra, então Rachel continuou.
R: I won’t run, I won’t fly, I will never make it by without you, without you. - Cantou sorrindo e Quinn se lembrou do resto da letra e voltou a cantar acompanhando Rachel.
R/Q: I can’t rest, I can’t fight all I need is you and I without you, without you. – cantavam e sorriam enquanto trocavam caricias castas.
R: Can’t erase, so I will take blame but I can’t accept that we’re estranged without you, without you. – cantou enquanto fazia carinho no rosto de Quinn.
Q: I won’t soar, I won’t climb if you are not here, I am paralyzed without you, without you. – cantou e fez cócegas na morena.
Rachel gargalhou e aquele som era o que Quinn queria ouvir pelo resto da vida.
Q: Você tem a voz linda. – disse apaixonada.
R: Você cantou a parte errada. – sorriu e a beijou. – O que você vai fazer amanhã? – perguntou animada.
Q: Não, eu não cantei. – disse intensa. - Eu tenho que ir tirar novos documentos. – respondeu sorrindo.
R: Ah, vai ser estranho não ter “Berry” no nome? – perguntou olhando para a loira.
Q: Não vai ser por muito tempo. - respondeu sorrindo.
R: Não? – perguntou confusa.
Q: Não. – afirmou puxando Rachel para seu colo. – Daqui a uns anos eu vou ter “Berry” de novo. – disse confiante.
R: Por quê? – perguntou confusa.
Q: Meu Deus, quanta lerdeza! – exclamou fazendo a morena sorrir. – Eu to dizendo que quando nós nos casarmos eu vou pegar o “Berry” de volta. – esclareceu e Rachel sorriu.
R: Eu sei, tava zoando. – a beijou.
[...]
S: Eu sei que é o ultimo dia de aula e tals, mas você poderia prestar atenção à aula né? – perguntou sarcástica.
R: Isso tá chato, eu quero aproveitar minha namorada. – reclamou.
S: Pra quê esse grude? – perguntou.
R: Eu vou para Nova York daqui a duas semanas San, não sei como vai ser com a Quinn. – soou triste.
S: Você e a Quinn precisam conversar. – disse.
R: Sobre? – perguntou confusa.
S: Só conversa com ela, ok? – perguntou e a morena assentiu.
A aula acabou e Rachel seguiu para sua próxima aula, era filosofia e era com Quinn. Não poderia ser melhor afinal seu professor de filosofia era cego, ela ficava com medo que ele visse quando ela e Quinn conversavam ou saiam da sala, mas ela sabia que era impossível.
Q: Oi coisa linda do meu coração. – disse beijando a morena no rosto.
Rachel sorriu e a cumprimentou, o professor chegou e elas começaram a conversar, baixo claro, ele era cego, mas tinha uma boa audição.
R: Quinn... – chamou e ganhou a atenção da loira. – Santana disse que nós precisávamos conversar. – disse confusa.
Quinn arqueou a sobrancelha e perguntou: - Sobre?
R: Não sei. – disse.
Q: Do que vocês estavam falando quando ela disse isso? – perguntou tentando entender.
R: Sobre... Eu indo para Nova York e você ficando aqui, ou indo para outro lugar. – disse chateada. – Você se inscreveu para Yale, não? – perguntou num misto de tristeza e orgulho.
Quinn abriu a boca e arregalou os olhos, ela tinha se esquecido de contar as boas novas a Rachel.
Q: Sim. Mas quanto a isso, eu acho que você não precisa se preocupar tanto. – disse.
Rachel a olhou questionadora e Quinn levantou a puxando, elas saíram da sala e foram para a arquibancada, subiram o mais alto que era possível e ficaram admirando a vista.
R: Você ainda não me disse o porquê de eu não precisar me preocupar. Você não foi aceita em Yale, é isso? Não importa meu amor, a perda é deles. – disse sentida.
Quinn sorriu e puxou a morena a aconchegando em um abraço.
Q: Eu fui aceita. – sorriu para Rachel.
R: Oh meu Deus! Yale, Quinn! – gritou animada. – É longe de Nova York, mas pelo menos é mais perto que Lima. – disse sorrindo.
Q: Olha essa vista Rach. – disse pensativa e ignorando a ansiedade da pequena. – Eu cresci aqui, nessa cidade. – sorriu.
R: Eu não. – lembrou e Quinn sorriu.
Q: Eu sei. – disse. – Eu tenho uma história aqui, e você uma em Veneza. – Rachel concordou. – Lembra quando eu disse que via um futuro para nós e tinha medo que você visse um diferente? – perguntou e Rachel assentiu. – Como você vê o seu? – perguntou olhando o horizonte a sua frente.
Rachel suspirou e fechou os olhos, um sorriso se formou em seus lábios e ela mentalizou o que queria.
R: Eu vejo você. – sorria. – Nova York. Uma bela casa, fama. – abriu os olhos e encontrou Quinn sorrindo. – Filhos. – sorriu. – Um menino...
Q: E uma menina. – completou. – O menino mais velho, claro. – disse e a morena assentiu. – Eu nos vejo acordando numa manhã de sábado com crianças pulando em cima de nós. – Rachel sorria. – Eu levantando apressada para pegar a câmera e fotografar minha família feliz. – sorriam sonhadoras.
R: Eu quero isso. – disse confiante.
Q: Eu também. – assentiu. – Por isso, eu vou para Nova York com você. – confessou e Rachel abriu a boca em surpresa, Quinn sorriu.
R: Como? E Yale? – perguntou ainda surpresa.
Q: Eu me inscrevi em Columbia também...
R: Por que não me disse? – interrompeu a loira que sorriu com a ansiedade da morena. – Desculpa, continua. – gesticulou com as mãos.
Q: Então... – riu estalado. – Eu me inscrevi e fui aceita...
R: Sério, você tinha que ter me contado, por que eu passei noites em claro imaginando que a distância ia nos afetar e...
Quinn a beijou interrompendo o monólogo que se seguiria se ela permitisse, o beijo terminou com um sorriso e testas coladas. As mãos de Quinn estavam no pescoço de Rachel e as de Rachel nos punhos de Quinn.
R: Nós vamos para Nova York? – perguntou de olhos fechados.
Q: Sim, vamos construir nossa história lá. Só eu e você. – sorriu e a beijou novamente.
Elas iriam para Nova York, construiriam sua história e seriam mais felizes do que imaginavam.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu amei a cena delas na arquibancada ♥ Achei linda, espero que vocês gostem tanto quanto eu. Ainda há tempo de comentar ein, me façam feliz nesse último cap, certo? Amanhã vou sair e não sei se vai dar para postar o epilogo, se vocês comentarem, muito, muito, muito, talvez eu poste mais tarde! Obrigada gente!