Eu sou gay. Não sou? escrita por Hermione


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpa a demora, é que eu tava meio ocupada esses dias e não tava dando pra escrever, mas aí está um capítulo novo! :) Pra mim ele foi meio parado, mas espero que gostem!
Beijos
Ps.: Deixe sua opinião ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/522168/chapter/4

Eram 12:35 da tarde, eu estava almoçando bife com arroz, sozinho na cozinha. Geralmente meus pais almoçam comigo, mas eles tinham viajado hoje de manhã, isso é normal, eles vivem viajando por causa do trabalho. Então lá estava eu comendo quando me peguei lembrando dos acontecimentos da noite passada. Henry não estava com raiva de mim, e Mia tinha me beijado. Não sabia o que ia falar com ela quando a visse novamente. Meus pensamentos foram interrompidos com o barulho de alguém batendo na porta. Quando a abri, dei de cara com uma Mia descabelada e com olheiras no rosto. Ela me deu o beijo na bochecha e entrou.

– Oi Zac. – Ela disse com uma cara meio de sofrimento e com a mão na cabeça.

– Oi – Eu disse fechando a porta – O que você tem? Vem, vamo sentar aqui no sofá.

– Cara, eu tô com uma ressaca... – Ela falou deitando-se no sofá.

– É, eu imaginei que você fosse ficar assim, depois do tanto que você bebeu ontem. – Ela riu e eu sentei no sofá ao lado do dela.

– Todo mundo tá dizendo que eu tava parecendo uma doida naquela festa! – Ela falou rindo – Só que eu não lembro de merda nenhuma que eu fiz lá! – Ela disse ainda em meio a risos.

– Sério? Você não lembra de nada mesmo? – Eu falei tentando esconder a minha decepção por ela não se lembrar do... Ah você sabe.

– Só tenho vestígios de lembranças de ter dançado muito e ter jogado verdade ou desafio, eu acho – Ela parou e ficou encarando o nada, pensativa. Depois de um tempo falei:

– Ah tá – Ainda estava meio decepcionado mas... Ué, o que eu esperava que fosse acontecer? Que ela viesse na minha casa me dizer que aquele beijo tinha feito ela se apaixonar por mim e que ia me beijar de novo? Garanto que aquilo que senti depois do beijo foi algo normal que qualquer pessoa que recebe um primeiro beijo sente, porque eu sou gay. Não sou? Pera aí... Claro que eu sou gay! Afinal eu sinto atração por homens, tenho preferência por rosa, gostava de brincar de boneca... Mia interrompeu meus pensamentos mais uma vez dizendo:

– Mas ainda lembro do que aconteceu antes de eu começar a beber. E também lembro do porquê de eu ter começado.

– E por que você começou a beber? – Disse curioso.

– Sabe quando o Austin me chamou pra conversar?

– Ah, quando eu avisei pra você não ir porque sabia que era problema? Sim, eu sei. –Eu falei sem perder a oportunidade de me gabar por te a avisado.

– É, eu realmente devia ter te escutado. – Ela falou revirando os olhos. - Mas enfim, eu fui procurar ele e me disseram que ele tava no quintal, e aí no caminho eu dei de cara com ele quase engolindo a Rachel em um dos corredores da casa, e aí eu falei algo do tipo “Ah de novo? Vão pro inferno!” virei de costas e saí, mas ainda ouvi ele gritar “Ah você demorou ué?”. E foi aí que eu percebi o quão safado ele é, e que eu nunca signifiquei nada pra ele! – Seus olhos se encheram de lágrimas e ela se sentou no sofá.

– Já era de se esperar de alguém como o Austin. – Eu falei me sentando do seu lado e dando um abraço consolador nela. – Mas eu tenho certeza de que você vai encontrar alguém que realmente te mereça, porque você é a menina mais incrível e maravilhosa que eu já conheci – Dei um beijo na sua cabeça. Isso fez ela abrir um sorriso leve e limpar suas lágrimas, isso acabou me deixando feliz também, deve ser por que ela é minha melhor amiga...

– Ah Zac, o que eu faria sem você? – Ela disse me dando um abraço. – Tenho certeza de que você vai encontrar um menino legal que nem o Henry mas que te faça sentir totalmente confortável pra você dar seu primeiro beijo!

– É. – Fiquei pensando em que aquilo não poderia acontecer, já que eu já tinha dado o meu primeiro beijo em alguém, e que inclusive esse alguém era ela. - Ei sabia que ele falou comigo lá na festa? Disse que não tava com raiva e que queria continuar sendo meu amigo.

– Claro que ele não tá com raiva de você! Porque ele estaria com raiva de alguém tão adorável como você? Ele não é burro de deixar de ser seu amigo! – Ela riu e bagunçou meu cabelo. –Ei, antes que eu esqueça, você tem aspirina aí? Minha mãe tá no trabalho e eu não faço ideia de onde ela esconde os remédios. Ai, essa dor de cabeça tá me matando!

– Claro, vou lá em cima pegar, já volto.

Me levantei e subi as escadas, lembrei que tinha aspirina no meu quarto. Abri a gaveta do criado-mudo ao lado da minha cama onde guardo os remédios e peguei uma aspirina, e percebi que tinha deixado meu celular em cima do criado-mudo e havia uma mensagem, do Henry. Era uma mensagem de boa tarde, no mesmo horário de em que ele sempre mandava quando namorávamos, ia pegar o celular pra responde-lo quando Mia gritou:

– Zac! Eu tô com dor de cabeça sabia? Dá pra se apressar? – Ela berrou lá da sala. Tinha me esquecido da pobrezinha! Peguei o remédio e desci correndo, me esquecendo do celular.

– Toma aqui o remédio – Falei entregando o remédio a ela. – Vou pegar água pra você, só um minuto.

Fui buscar a água e ouvi meu celular tocando lá em cima. Corri pra dar a água pra Mia e corri lá em cima de novo, atendi o celular sem nem ver quem estava me ligando pelo identificador de chamada.

– Alô? – Eu falei ofegante pela corrida que havia feito.

– Oi Zac – Ouvi a voz de Henry do outro lado da linha.

– Hum oi Henry. – Falei meio sem jeito e ainda cansado pela subida, sou meio fraquinho.

– Você parece cansado, o que tava fazendo?

– Subindo as escadas que nem um maluco, pra atender o celular antes de cair na caixa postal. – Ele riu.

– Zac! – Mia gritou lá de baixo.

– Ei Henry, vou ter que desligar, a Mia tá aqui em casa e não tá se sentindo muito bem. Mas daqui a pouco você me liga tá? – Disse pra Henry pelo telefone.

– Então tá, até daqui a pouco. – Ele disse meio decepcionado.

– Até. – Eu falei e desliguei.

E lá vou eu correndo que nem um maluco pela escada de novo, até chegar na sala e ver Mia deitada no sofá e mexendo no celular.

– O que foi? – Eu falei mais uma vez ofegante. – Você me assustou! - Ela riu.

– Calma! Eu só tô meio de ressaca, não tô morrendo. – Ela se sentou. – É que eu ainda tô meio com sono, não dormi muito bem essa noite, então já tô indo. – E se levantou depois de falar.

– Ah, ok então... – Ela se levantou e caminhou em direção a porta.

– Obrigada por tudo Zac, quando acordar eu te ligo tá? – Concordei com a cabeça e abri a porta pra ela.

– Tchau – eu me despedi.

– Tchau - ela falou com um sorriso e me deu um beijo. Na bochecha, claro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! :)