Capítulo 56 – Desfechos

POV da Autora

- Eu posso ver meu pai agora, Anne? – Alice perguntava insistentemente.

- Assim que o Dr. Collins vir aqui, minha querida. Todas nós iremos vê-lo. – Anne disse com um brilho diferente no olhar.

No quarto do hospital, Lincon Hale já estava acordado, o Dr. Collins dizia a ele que o transplante havia sido excelente, que eles não tiveram problema algum durante a cirurgia.

- ... Você ficará dependente desses remédios por um tempo, se não houver rejeição, iremos diminuir gradativamente as doses, mas nunca chegarão a zero. – Ele explicava. –Essas são medicações chamadas imunossupressoras, elas irão diminuir a sua taxa de glóbulos brancos, portanto, terá de se cuidar muito bem porque você ficará vulnerável.

- Muito obrigada Dr. Collins. – Lincon agradeceu.

- Todas essas instruções foram passadas á Anne e ao Alfred, bem como ao seu irmão. Agora vou deixar que eles entrem.

Assim que o médico saiu, Charlie foi o primeiro a entrar, ao lado de Renée e Anne. Bella e Edward esperavam do lado de fora, junto com Alice, Angie, Jasper e Eric. Depois de uma noite extremamente tensa, as irmãs Hale finalmente podiam respirar tranqüilas, afinal, o pai já estava fora de risco.

Charlie sorriu ao ver o irmão com uma aparência mais saudável do que antes. Foi até ele, abraçou-o e disse-lhe algo como ‘não saberia o que fazer se você em deixasse’. Renée cumprimentou Lincon e então deu espaço para que Anne o fizesse. Lincon sorriu ao vê-la, havia um brilho diferente no olhar daqueles dois. Ninguém havia notado que a maneira como eles se olhavam, havia mudado, além de Renée, claro.

- Está acontecendo algo que eu não sei? – Ela perguntou aos dois.

- Não creio que este seja o momento certo, mas também creio que esperar não é justo... – Lincon sorriu e olhou para a silhueta na porta. Alfred entrou e lhe entregou um pequeno embrulho.

- Oh... – Renée suspirou.

- Eu nunca imaginei que fosse me apaixonar por mais alguém além de Catherine. Uma mulher doce, elegante, delicada e jovial, que me deu as duas coisas mais preciosas... Alice e Ângela. – Lincon dizia baixo. – Mas com a morte dela, foi como se parte do meu coração começasse a morrer, e isso foi quase que literalmente... então, quando eu menos esperava, conheci alguém que eu tinha certeza, que seria mais alguém importante para mim. Anne, minha querida, você me encantou, você cuidou das minhas filhas e cuidou de mim... não tenho como lhe agradecer, mas sei que a faria feliz se aceitasse meu pedido de casamento. Aceita se casar comigo?

Lincon abriu a caixinha e um anel com brilhantes e uma pequena pedra rosa foi erguido. Anne ficou boquiaberta. Sua cabeça girava, ela tinha dúvidas se estava sonhando, ou se aquilo era mesmo realidade. Renée deu um pequeno tapinha nas costas dela, seguido de um riso baixo de Alfred e Charlie. Lincon gesticulou para que ela se aproximasse.

Anne o fez.

- Eu... eu... aceito. – Ela disse num suspiro baixo. – Oh, céus! Eu aceito!

- OMG! – Alice e Angie entraram no quarto e olhavam para Anne e Lincon de olhos arregalados.

- Meninas eu posso explicar... – Lincon disse rápido.

- Omg. – Elas repetiram.

- Ahh! Eu sempre soube que isso ia acabar em casamento, vai ser tãoo... Omg me diz que vocês vão deixar o casamento comigo, né? Eu já tenho tudo em mente, pode ser algo temático, ou algo com glamour e...

- Alice!!! – todos disseram.

- Ops.

- Nada disso, sem extravagâncias, fadinha. – Lincon abraçou-a, quando ela foi até a cama.

- Além do mais, ela ainda tem o meu casamento para fazer... – bella entrou. – Como se sente, tio?

- Oh, Bella querida... Me sinto muito bem. Obrigado.

- Eu não sabia que a senhorita ia se casar...

- Pois é. – Charlie riu. – No fim a gente cria os filhos para o mundo não é?

- Não... mundo é algo muito vasto. – Edward interferiu. – Para mim seria uma expressão melhor.

POV da Bella

O clima tinha se tornado descontraído novamente. Alice estava, finalmente feliz. Assim como Angie, claro. Anne resolveu ficar no hospital com Lincon quando o horário de visitas havia terminado. Todos nós voltamos para a casa das minhas primas. Bem, chamar o local onde elas moram de casa, é apenas uma forma de se referir a grande mansão, cercada por um muro alto, com um portão imenso de ferro com um grande ‘SH’ – de Swan e Hale – na grade. Meu tio, apesar de ser irmão do meu pai, usava o sobrenome Hale, que ele adotou depois que se casou com Catherine, que era uma Hale legítima.

A noite foi agradável, assim como o resto dos dias até o fim da semana. Nós voltamos para Nova York assim que possível.

As horas se tornaram dias, os dias se tornaram semanas e as semanas se tornaram meses. Foi assim, que o tempo passou. O ano letivo havia chegado ao fim e, com muito custo, eu havia passado sem nenhuma nota baixa. Edward já tinha tudo acertado para nossa mudança para Chicago, junto com Carlisle e Esme. Alice e Angie, junto com seu pai e sua madrasta, viriam para Nova York para meu casamento, que era organizado pela minha prima – Alice -, minha mãe e minha sogra. Não podia ser pior...

No dia da minha formatura, voltei a me reunir com meus amigos da escola. Havia um sentimento de nostalgia no ar... nós não nos veríamos mais.

Eu estava vestindo uma beca amarela, com alguns detalhes em brancos e azul.

- Ah, eu nem acredito que acabou! E não acredito que você vai se mudar para Chicago! – Jess disse empolgada.

- Pois é. – Eu sorri. – E vocês, farão o que?

- Nós vamos para a Itália. – Jane disse. – Alec, eu e Nanda.

- Algumas de nós continuarão aqui mesmo, fazendo faculdade, outras voltarão para o Brasil... – lili disse.

- E Alice e Angie? – Mike perguntou. – Jasper e Eric estão mesmo lá/

- Sim. E vão continuar por lá. Meu tio se casou novamente, está muito bem. Assim acho que elas vão fazer algum curso em Edimburgo mesmo, no máximo, Londres.

- Uau. – Eles suspiraram.

Uma das professoras chamou nossa atenção, então, nos viramos para frente e entramos no grande ginásio da escola. O cerimonial foi aquela coisa longa, reverendos, prefeitos, professores e os oradores de cada uma das turmas do terceiro ano. Foi a Jess quem fez o nosso discurso, no final, nossos capelos foram jogados para o alto e todos nós nos abraçamos.

Meus pais sorriram e me abraçaram e sorriram e riram muitas vezes á caminho do restaurante. Edward, é claro, me parabenizou, depois de dizer que foi por causa das ótimas aulas de literatura que eu havia tido. Ele era metido. Muito metido.