(POV: Ketlen)

_ E foi isso, e ai?

Eu estava totalmente perdida. Não fazia ideia do que ela tava falando, então falei qualquer coisa.

_ isso foi demais – foi à primeira coisa que me veio na cabeça.

_ Há, Há. Vamos, ainda podemos chegar à segunda aula – ela disse.

_ Nããão – eu lamentei, mas como ela achou que era uma piada, nós duas rimos e fomos pra academia. Chegando lá, nem tinha começado ainda.

_ O que ouve? – Emilly perguntou pra Lenara que estava perto.

_ Não sei. Perna de Águia não chegou, e o pai de Jack saiu, acho que não teremos aula – ela respondeu.

_ Isso! – comemorei.

_ E o que fazemos enquanto ele não chega? – Emilly perguntou.

_ Bem, eu tive que te ouvir falar sobre a Lua Sombria, vocês também podem falar sobre o passado de seus dragões, sou toda ouvidos – eu falei me sentando no chão. Eles se entreolharam e formaram um circulo.

_ Ok, eu começo – eu disse –, a história da Fire é assim...

[Flashback do passado de Fire: on]

(Autor narra)

Fire é uma pré-adolescente com doze anos, ela está com seu pai treinando.

_ Vamos lá filha, você consegue – Chard, o pai de Fire, fica incentivando a filha a conseguir conter o fogo.

_ Droga! Pai eu não consigo! – lamenta Fire, que senta no chão.

_ Não fale assim, sabe que eu fico chateado quando você desanima – ele a tocou com o focinho e ronronou – vamos, sua mãe esta esperando – ela levantou e foi com o pai pra dentro da caverna.

Chegando lá, a mãe estava com a irmã mais velha, Flame, uma dragonesa formosa, ela é da cor bege igual à irmã, mas não possui marca nenhuma. Os olhos são um amarelo fraco, ela estava deitada, mas levantou pra ver a irmã e o pai.

_ Como foi mana? – ela pergunta.

_ horrível, não consigo controlar meu fogo... – ela lamenta, e deita triste.

_ Ela só tem que treinar mais um pouco – o pai diz -, mas ela desanima rápido, por isso não consegue – lamenta o pai.

_ Eu não consigo por que sou ruim, nem adianto treinar, eu só pioro... – ela fica com os olhos cheios de água, a mãe só ouve e fica triste pela filha.

_ Bem, vamos comer então? – o pai tenta mudar de assunto.

_ É... Vamos, vem mana... – Flame cutuca a irmã com o focinho, pra fazer Fire levantar.

_ Estou sem fome... – Fire diz, ainda de costas pra todos.

_ Hum... – o pai pensou – E se... Não, ela não vai gostar... – ele disse com um sorriso malicioso e esperto.

_ Hu? O que? – ela pergunta curiosa.

_ Não, você não vai gostar – ele piscou pra esposa e pra flame.

_ O que? Diz-me! – ela se levantou cutucando o pai.

_ Ta bom, ta bom. – ele riu vitorioso – Sua mãe pescou seu peixe preferido! – ele riu de seu plano, que foi um sucesso.

_ Ah! Pai! – ela disse se jogando em cima dele – Não teve graça! – ela disse indo pro seu canto.

_ Háhá! Teve sim! Você que não tem senso de humor – ele disse ainda gargalhando.

Eles comeram, mas Fire comeu forçado mesmo. Ela estava muito triste por falhar tanto. Foi então que ela pensou: “eu nunca vou aprender, sou uma inútil”. Ela se levantou bem devagar e silenciosamente saiu da caverna. “Perdoe-me, pai”. “Vai Ser difícil viver sem seu carinho, mas não posso continuar assim”. Ela saiu e correu floresta adentro, correu tanto que dava pra sentir o vento em seu rosto. De repente, sentiu algo estranho, uma sensação de... Liberdade! E era muito bom! “Não acredito! Estou livre!”, ela pulou em cima de uma pedra e pulou com força o suficiente pra voar. Mas, deu um aperto no coração. Ela queria voar assim, junto com aquele que a ensinou a dar seu primeiro passo. Ela olhou pra trás e se sentiu culpada, foi ai que ela prometeu: “Pai, mesmo que demore muitos anos, eu vou voltar, pra te reencontrar. Não se preocupe, assim que eu dominar meu poder irei voltar pra te pedir perdão por sair assim. Eu te prometo pai.”, uma lagrima caiu, pois essa foi a coisa mais difícil que ela fez.

[Flashback do passado de Fire: off]

_ E o que aconteceu? – Otavio exclamou. Todo mundo olhou pra ele surpreso. – Que foi? Eu gostei. – ele disse dando de ombros.

_ Bem... – eu continuei – Ela meio que treinou muito, mas não conseguiu. Então ela estava passando pela Ilha da Noite e se encontrou com Master, que há levou pro acampamento, mas ela ainda esta em fase de treinamento. – eu concluo – Ela todos os dias faz um juramento pela promessa que fez ao pai. Mas acho que ele a procura por ai.

_ Hawn, que fofo Ketlen! – Lenara disse.

_ Massa mesmo, mas acho que ela sofre com isso – Jack comentou – acho que... Podemos ajuda-la. – ele deu um sorriso malicioso.

_ Como assim? – Peg perguntou.

_ Podemos procurar seu pai! Assim ela pode ficar tranquila se ele esta vivo ou não. – Jack explicou.

_ Ah! Seria incrível! – eu disse, mas ai lembrei que estava falando feito uma mimadinha – quer dizer... Legal! – eu disse, e eles olharam estranhos. – eu... Hã... Vamos continuar? – eu sorri pra disfarçar.

_ Bem, a Fire confia em você, Ketlen. – Jack apontou pra mim – Então você pode perguntar a ela como ele é, procuramos e avisamos a ele que sua filha esta bem, e bum! Eles ainda poderão se encontrar! – Jack disse orgulhoso com seu plano.

_ Ótimo! – eu disse – na próxima vez que irmos à ilha, falo com ela. – disse animada, mas tentei não demonstrar isso.

_ Ai, isso vai dar trabalho. – Alany finalmente disse, ela estava no mundo da lua, ou melhor, no mundo dela. Nós concordamos, suspiramos e caímos pra trás, olhando o céu. Ele estava ensolarado, nenhuma nuvem, perfeita pra voar.

_ Que chato cara. – eu lamentei – não podemos voar...

_ Relaxa, logo iremos cortar o céu – Jack disse animado.

_ Sei não, prefiro voos suaves. – Peg falou.

_ Eu gosto de velocidade e adrenalina! – Otavio disse dando socos no ar.

_ Eu gosto de luping’s e giros no ar. De preferência, em velocidade baseada. – Lenara disse.

_ Bom, eu acho que gosto da velocidade, mas, moderado. – Alany comentou.

_ Por mim, mergulhos e saltos no ar em alta velocidade é melhor. – Emilly disse super animada.

Suspiramos de novo e ficamos por lá.

_ Bem, - Lenara disse se levantando e se sentando do jeito que tava antes. – eu vou contar a historia de Master, espero que gostem de sangue. – ela disse com nojo.

_ sou todo ouvidos! – Otavio disse animado.

_ Bem... É assim... – ela começou a contar, e eu já fiquei enjoada, eca!