Surviving to Hell escrita por Alexyana


Capítulo 11
Fogueira


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas divas, como vão?
Era pra ter postado ontem, mas aí minha amiga veio aqui e sabe comé né... Enfim, o capítulo ficou curtinho, mas prometo que o próximo será maior *u*
Queria agradecer por vocês serem tão maravilhosos! (Até os fantasminhas) Obrigada por cada comentário maravilhoso, pelos favoritos, enfim, por tudo! Eu escrevo por mim e por vocês também.



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Mantenho os olhos fixos na fogueira à minha frente, hipnotizada com o amarelo em meio às chamas avermelhadas. O crepitar do fogo misturado com as vozes das pessoas ao meu redor é acolhedor, como nos filmes onde os personagens acampam na floresta.

A ideia da fogueira surgiu como uma solução para aproximar o grupo novamente, um meio de escapar das inúmeras divergências impostas pelo apocalipse e a forma que encontraram para comemorar a chegada de Rick e nos acolherem corretamente.

Até mesmo a irmã de Maggie saiu do quarto para participar, e ela demonstrou ser muito legal. Cassie parece ter encontrado uma pessoa semelhante a si mesma, já que Beth também gosta de cantar. O pequeno “show” que elas deram juntas fui espetacular, e só me fez ter mais vontade ainda de ter esse talento.

Mamãe ainda está chateada, mas o clima de união amenizou um pouco isto. Papai voltou algum tempo depois do imprevisto na floresta, mas não ousou falar comigo, até mesmo porque mamãe não me deixou sair de perto dela.

Felizmente Seth resolveu me fazer companhia no fim da tarde, e apesar de nunca termos sido tão próximos, tivemos muito sobre o que conversar. Ele tentou me fazer olhar pelo lado de mamãe, em como ela devia ter ficado preocupada comigo e que ela estava certa. Eu até tinha concordado com ele, porém depois que ela tomou minha faca novamente tudo foi por água a baixo.

– Terra chamando Emma – Carl fala chacoalhando a mão em minha frente, tirando-me do transe.

– Olá – digo, e me pergunto se ele estava me chamando há muito tempo.

– Onde você estava mais cedo? – ele pergunta, sentando-se no chão ao meu lado.

– Estava com meu pai – digo evasiva, mesmo estando com muita vontade de falar que estava em uma aula de tiro. Se dissesse isto, teria que contar a parte de mamãe, o que não parece ser agradável.

– Ah – diz ele. Surpreendo-me por ele não perguntar o que exatamente eu estava fazendo, já que no pouco que conversamos ele demonstrou ser tremendamente questionador.

– Onde você conseguiu esse chapéu? – pergunto curiosa. Carl não o tira por nada, o que me fez criar inúmeras possibilidades em minha mente.

– Meu pai me deu depois que eu levei um tiro – ele responde pegando o chapéu de sua cabeça. As pequenas mãos brancas rodam o objeto cuidadosamente, deixando claro o amor que sente pelo presente.

– Você já levou um tiro? – pergunto com os olhos arregalados, e mesmo achando isso incrível tento não demonstrar tanto, pois não quero que ele se ache.

– Sim, meu pai também levou um – informa um tanto orgulhoso. Sinto um pouco de inveja, apesar da perspectiva de levar um tiro não parecer algo muito agradável. Deve ser tremendamente legal poder falar isso para as pessoas.

– Como foi? – pergunto.

Ele explica detalhadamente, e fico assustada quando ele conta sobre o tiro de Rick. Parece irreal alguém ter ficado tanto tempo inconsciente em um hospital, e ainda sim conseguir reencontrar a família.

Lori chamou Carl para dormir logo depois, e mamãe também me chamou. Muitos ainda ficaram conversando na frente do maravilhoso fogo, animados demais para irem dormir.

Passo em frente à barraca de Daryl, que não quis participar do jantar. A luz da lanterna ainda está acesa lá dentro, igual na de papai, que também já foi dormir. Ele estava um pouco quieto durante o jantar, parecia pensativo. Até tentei me aproximar, mas acabou que ele saiu antes que eu pudesse fazê-lo.

– Mãe? – chamo enquanto andamos pela terra até nossa barraca. Ela se vira em minha direção, esperando que eu continue. Seus cabelos escuros estão soltos, e quando olho para eles é inevitável não me lembrar de cascatas de chocolate derretido. – Precisamos buscar nossas coisas na casa de vovó.

– Falei com Rick sobre isso hoje. Estamos pensando em ir essa semana, talvez aproveitarmos para buscar mais suprimentos. – mamãe responde, abrindo a “porta” da barraca para entrarmos.

É um espaço mediano, o suficiente para nós duas. Há dois travesseiros colocados no colchonete no chão, sem nenhuma roupa nossa, o que é um dos motivos de ir à casa de vovó.

– Posso ir também? – pergunto esperançosa, colocando a melhor expressão de “por favor, eu sou fofa”.

– Emma, você precisa entender que essas saídas são perigosas de mais para uma criança. – ela diz, e olho desgostosa para ela ao ser definida como criança. – Apesar de ser forte, você ainda é uma criança.

Suspiro um tanto revoltada, deitando no meu lado do colchonete. Mamãe apaga a lanterna, e se deita também. Ficamos em silêncio por algum tempo, mas uma coisa continua me atormentando, e claramente não conseguirei dormir sem dizê-la.

– Mãe, desculpe-me por hoje.

– Tudo bem. Perdão por gritar com você, mas eu realmente fiquei muito preocupada. Não faça mais isso. – ela fala, e sinto como se um peso fosse tirado de minhas costas.

Fecho os olhos novamente, finalmente podendo dormir de verdade. Os barulhos lá fora vão diminuindo gradativamente, até que o último “boa noite” é ouvido.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Esse capítulo é meio que uma "ponte" para o próximo, e a partir de agora eu posso tratar os personagens com seus respectivos nomes ghjgfkksjf.


Pergunta de hoje: Vocês imaginam a Emma como a Ellen Page mesmo ou como outra pessoa?

Minha resposta: Eu imagino ela como a Ellen, só em alguns momentos que eu acabo vislumbrando a Willa Holland.

Beijosss.