Some Things Never Change escrita por Sabrina Azzar


Capítulo 11
Tá brincando?


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas leitoras! Queria agradecer pelas que estão acompanhando e comentando. E também queria dizer: sejam bem vindas as que chegaram agora.
Beijos e boa leitura...
Obs: Capítulo livre para todas as idades.



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POV - Katniss

— Mãe, você sabia que uma hora isso ia acontecer! – Falei olhando pro chão.

— É, eu sabia. Só não sabia que isso ia acontecer tão cedo!

— Você mesma disse que gostava do Peeta...

— E gosto mesmo, mas...

— Mas?

— Vocês pelo menos usaram proteção? – Ela agora estava mais calma.

— Sim, nós usamos. Não se preocupe. – Disse e então ela se sentou ao meu lado.

— Ele foi carinhoso com você filha? Quero dizer...

— Mãe! – Digo.

— Desculpa filha, mas eu preciso saber. Eu me preocupo com você. – Ela falou com os olhos lacrimejando.

— Vai te deixar mais calma se eu te disser? – Perguntei segurando suas mãos.

— Vai.

— Então tá. Ele foi sim muito carinhoso... E eu o amo. – Disse e então ela sorriu.

— Por favor, não deixem de se cuidar Katniss. Você ainda tem dezesseis anos, não quero ser avó agora.

— Eu também nem pretendo engravidar agora. Fica sossegada... – Ela então me abraça.

— Vou marcar uma consulta pra você na ginecologista, ela vai te passar um anticoncepcional.

— Ok. Obrigada mãe.

Ela saiu do nosso abraço e saiu do quarto fechando a porta, tirei o meu vestido e fui pro banho, enchi a banheira com água quente e sais de banhos, precisava de um banho bem relaxante depois da noite passada. Coloquei meu celular pra tocar música numa mesinha ao lado e então entrei na banheira cheia de espumas, fechei os olhos e comecei a cantar junto. O banho estava tão bom que não dava nem vontade sair. Quando a música do celular parou e a música definida como toque começou a tocar. Peguei o celular com cuidado e vi que era uma ligação do Peeta.

— Peeta?

— Oi amor. Como foi com a sua mãe?

— Ah tudo bem. Eu contei pra ela sobre a gente... No começo ela surtou mas depois acabou entendendo que uma hora ou outra isso ia acontecer...

— E o quanto ela me odeia agora?

— Ela não te odeia. Ela gosta de você.

— Que bom. O que está fazendo?

— Estou na banheira.

— Hum... – Ele diz malicioso.

— Peeta...

— Ok. Vai terminar seu banho, a gente se encontra depois...

— Ok.

— Eu te amo.

— Eu também.

...

Duas semanas depois...

— Mãe, que dia é hoje? – Gritei do meu quarto.

— Quarta - feira. – Ela gritou de volta.

— Do mês! – Grito.

— Vinte e oito! – Ela grita e então o desespero bate. Era pra ter vindo dia vinte e dois. Meu Deus! Será que eu estou grávida?

Terminei de me trocar pro colégio e saí sem tomar café da manhã. Fui até a casa de Peeta e apertei a campainha, ele atendeu com um sorrido.

— Bom dia amor.

— Bom dia nada. – Respondo. – Péssimo dia. Agora pega as suas coisas e vamos embora, precisamos conversar. – Ele não responde apenas pega a mochila e então nós saímos.

— Katniss o que foi? – Ele pergunta preocupado.

— Peeta, minha menstruação está atrasada!

— Tá brincando?

— Você acha que eu estou brincando? – Grito.

— Quantos dias? – Ele pergunta sério.

— Seis.

— Mas não é possível, da primeira vez eu não gozei dentro e as outras a gente usou camisinha.

— Esqueceu de uma... - Falei cantarolando.

— Qual?

— A banheira!

— Puta que paril! – Ele grita e leva as mãos na cabeça. – Não, não pode ser.

— Peeta, se eu estiver grávida minha mãe me mata. – Falei desesperada.

— Calma ok? A gente nem tem certeza ainda... Vou comprar o teste e você faz.

— Tá bom. – Falei mais calma.

A caminho do colégio nós passamos na farmácia e ele comprou dois testes. Assim que chegamos no colégio ele foi comigo até a porta do banheiro e ficou me esperando.

— Eu já venho. – Dei um selinho nele e entrei. Fui até uma das cabines e fechei a porta, peguei os testes na minha bolsa e abri um deles. Fiz o que pedia e esperei. Até que apareceu um risquinho só. Li nas instruções e então saí correndo largando minha bolsa pra trás, saí do banheiro e Peeta me esperava lá fora, pulei no seu pescoço e falei no seu ouvido.

— Deu negativo! – Ele me abraçou com força.

— Nem acredito...

— Nem eu. – Falei me soltando do abraço e ficando frente a frente com ele.

— Nunca me deixe esquecer de usar camisinha. – Ele disse sorrindo.

— O que? – A voz de Gale soou atrás de mim me fazendo estremecer. Virei de frente pra ele.

— Oi Gale. – Falei sem graça.

— Katniss, eu ouvi direito? – Ele perguntou bravo.

— Depende, não sei o que você ouviu. – Falei dando de ombros.

— Vocês estão... Transando?

— Gale, por favor, para com isso...

— Responde Katniss. – Ele falou com raiva.

— Estamos por quê?

— Seu desgraçado! – Ele foi pra cima do Peeta e lhe acertou um soco no nariz. Eu comecei a gritar para que ele parasse, mas ele não parou, deu um soco no estômago de Peeta o fazendo cair no chão, então eu entrei na frente e o empurrei.

— Pára Gale! – Eu dei vários tapas no seu peito que pareciam não causar nenhum dano, até que alguém me segura pelas costas. Peeta. Olhei para trás e vi seu nariz sangrando. – Peeta você tá sangrando. – Falei segurando seu rosto com as duas mãos. – Vem, eu vou com você até a enfermaria. E você! – Gritei para Gale. – Nunca mais fale comigo! – Dei as costas e sai de mãos dadas com Peeta, no caminho Annie pára pra falar comigo.

— O que houve? – Ela perguntou preocupada.

— Depois eu te conto. Faz um favor pra mim?

— Claro.

— Eu deixei minha bolsa no banheiro, pega pra mim e leva até a enfermaria?

— Ok. – Ela responde e sai em direção ao banheiro.

Levei Peeta até a enfermaria do colégio e logo a enfermeira quis saber o que havia acontecido, contei que Gale lhe bateu e ela logo tratou de cuidar do nariz de Peeta. Depois de examinar e fazer um raio-x, ela constatou que o nariz dele estava quebrado. Ela fez o procedimento padrão e então liberou Peeta das aulas. Logo Annie chega com a minha bolsa.

— Peeta você está bem? – Ela perguntou preocupada.

— O Gale quebrou o nariz dele. – Digo com raiva.

— Isso tem a ver com o teste de gravidez que eu achei perto da sua bolsa?

— Mais ou menos... Eu te explico direito depois. Eu vou pra casa com Peeta, vai em casa depois do colégio.

— Ok. – Ela diz. – Melhoras Peeta.

— Obrigado. – Ele diz e então ela se retira.

Fomos até a sala da diretora Coin e Peeta mostrou o papel que a enfermeira lhe deu e então ele foi dispensado das aulas.

— A senhorita fica. – Ela disse pra mim.

— Por favor. – Implorei.

— Não.

— Então eu vou quebrar meu nariz. – Digo colocando as mãos na cintura.

— Pára Katniss! – Peeta sussurra.

— Me deixa Peeta. – Digo olhando para ele. – E então? – Pergunto á Coin.

— Você não seria capaz... – Pego uma das estatuas da sua mesa e aponto pro nariz.

— Tá duvidando?

— Saia da minha sala. – Ela diz com raiva e então eu coloco a estatua de volta no lugar e antes de sair mando um beijinho.

—Te amo! – Sussurro e saio da sala dela com Peeta.

— Você não precisava fazer isso. – Peeta diz enquanto andamos pra fora do colégio.

— Você acha mesmo que eu ia te deixar sozinho? E quem iria cuidar de você? – Digo e dou um selinho nele.

— Eu queria saber como é que a Coin ainda não te expulsou da escola. – Ele diz rindo.

— É porque ela me ama... – Digo fazendo cara de inocente.

— Você é única sabia? – Ele pergunta rindo e arrumando uma mecha do meu cabelo.

— Eu sei. – Digo dando de ombros.

— Certas coisas nunca mudam... – Ele diz e então vamos pra casa.


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