Hogwarts e o Fundador Esquecido escrita por PandoraDePopo, Soyer


Capítulo 8
Capítulo Oito - Entre Sangue e Pomos


Notas iniciais do capítulo

- Juro solenemente que não farei nada de bom!

O senhor Deus do Eclipse diz a todos que...

Como prometido, estou postando o capitulo oito, espero que apreciem comentem sobre ele. Também informo que podem fazer perguntas para os personagens e autores.
Boa leitura e

— Mal feito, feito!



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POV - Bryan Taylor

Depois que a aula de poções acabou Bianca disse que mataria o ultimo tempo para tentar encontrar a amiga. Fiquei tentado a me juntar à ela, mas por fim decidi ir para minha aula de aritmancia.

Depois o professor Allgood nos liberou percorri alguns corredores e encontrei Bianca sozinha e com cara de frustrada. Me juntei a ela nas busca por Heloise, porém continuamos sem sucesso. Por fim convenci Bianca a ir ver se Ethan sabia de alguma coisa e combinei de nos encontrarmos depois na entrada do salão principal.

Depois que ela saiu murmurando algo sobre “matar Heloise por obrigá-la a ir falar com o MacMillian” corri para a entrada do castelo, assim que saí para os jardins me transformei num falcão e alcei vôo indo para a torre de astronomia. Achei que talvez Heloise estivesse usando meu canto de pensar para… bem, para pensar. Assim que cheguei lá vi que continuava sem sorte. Voltei para o castelo me sentindo frustrado e encontrei Bianca ainda sozinha.

– Ethan, não a viu também, mas disse que vai procurar - falou.

– Onde será que essa garota pode ter ido? - falei já me preocupando de verdade. Parecia que a lufina tinha simplesmente sumido do mapa.

Passei mais algumas horas procurando com Bia, por fim ela desistiu dizendo que uma hora ou outra Heloise teria que aparecer no dormitório. Resolvi acompanhar Bianca até a entrada da Lufa-Lufa e me arrependi assim que vi Heloise e Ethan se agarrando. Eu e Bianca tínhamos passado horas procurando por ela enquanto a mesma estava por aí se agarrando com esse idiota. Senti uma raiva descomunal dentro de mim e antes que me desse conta puxei Bianca e a beijei quando Heloise e Ethan haviam nos notaram.

Bianca retribuiu o beijo com vontade como se já esperasse por aquilo a tempos. O que talvez fosse verdade.

Depois do beijo, não sei porque, eu e Bianca passávamos ainda mais tempo juntos e logo me vi praticamente namorando com ela. Esta tinha um ciúme mortal de mim e quando digo mortal é sério mesmo.

Toda vez que falava com uma garota ela me olhava feio e ficava o resto do dia de cara fechado. E para piorar a situação tinha que aturar Ethan e Heloise que pareciam estar sempre se pegando.

Tudo era bem confuso. Desde a cena na porta da Lufa-Lufa Heliose havia passado a me chamar de Taylor e quase sempre me tratava mal, eu simplesmente ficava irritado e acabava revidando.

O tempo passou rápido e quando percebi já tinha um mês que eu tinha ficando com Bianca pela primeira vez.

Estávamos em uma quinta-feira sem grandes acontecimentos como qualquer outra. Estranhei que Ruffus, apanhador do meu time, não estava em sala, mas como ele tinha o hábito de matar aula, não me importei. Teríamos um jogo contra a Grifinória naquele sábado e pensei que talvez ele pudesse estar treinando. Estava concentrado na aula de feitiços quando senti a natureza me chamar e pedi permissão ao professor para ir ao banheiro. Sai da sala apressado e para minha surpresa vi Queda Livre, minha coruja de estimação, voando por fora do castelo, ela foi um presente que mamãe me deu no primeiro ano antes de morrer, tinha uma forte ligação com Queda Livre e vivíamos voando juntos o que me deixou tentado a me juntar a ela e ir voar um pouco. Acabei que por fim desisti e após ir ao banheiro me deparei com uma cena que jamais iria esquecer.

Quando cheguei ao corredor onde ficava a entrada do banheiro vi Ruffus, que não estava ali um minuto antes, caído no chão e banhado em sangue. Havia cortes profundo por todo o seu corpo. Os cortes pareciam ter sidos caudados pelo feitiço Sectumsempra, mas algo estava errado. Além dos cortes, que deviam estar doento muito, o olhar de Ruffus parecia perdido e assustado. Uma vez meu pai me dissera que nos tempos do Lorde das Trevas as pessoas eram torturadas até enlouquecerem com a maldição Cruciatus e parecia que era isso o que tinha acontecido a ele.Usei uma magia para pedir socorro e logo o corredor encheu de alunos curiosos, Heloise estava entre eles. Ela se aproximou de Ruffus e verificou seu pulso, depois sacou a varinha e começou a murmurar um feitiço para fechar os cortes, porém não estava surtindo muito efeito. Ela me deu uma olhada significativa e presumi que ela também suspeitava sobre o que tinha acontecido mas não disse nada até a professora Potter aparecer com um olhar assustada junto com a professora Weasley.

Pode ouvir a professora Wesley falando baixo:

– Gina, será que abriram a câmara de novo?

– Impossível Hermione, impossível!

Nesse momento a Diretora Minerva apareceu gritando.

– Voltem todas as suas salas imediatamente e quem sair ganhará detenção de um mês comigo! - Disse ela nervosa, e todos os alunos que ali estavam começaram a voltar para as salas, fiz o mesmo.

– Espere Sr Taylor, o senhor fica e a Srta também Srta Bennett - Disse a professora Potter nos analisando.

Logo outros professores chegaram e aparataram com Ruffus para algum lugar. Além de mim ficaram a Professora Potter, a professora Weasley, a Diretora Minerva e Heloise.

– Sr. Taylor porque não estava em sua sala de aula? - Perguntou Minerva.

– Diretora, eu havia ido ao banheiro e quando voltei encontrei Ruffus caído no chão, então pedi ajuda.

– 50 pontos para a Corvinal por pedir ajuda com rapidez Sr Taylor - Disse a diretora.

– E a Srta, o que fazia? – perguntou a diretora virando para Heloise.

– Ouvi o feitiço e vim verificar como todo mundo, como minha mãe é curandeira do St. Mungus sei alguma coisa sobre feitiços de cura. Então tentei ajudar. – respondeu Heloise com uma calma fingida.

– 50 pontos para a Lufa-Lufa – falou a Minerva

– Podemos ir agora? – perguntei um pouco nervoso.

– Direto para a aula. Professora Potter, pode acompanhá-los?

– Sim diretora - disse Gina nos estudando.

O resto da manhã foi tensa, todos queriam saber o que tinha de fato acontecido. Após a ultima aula fui para o salão principal jantar, lá encontrei Heloise, Ethan e Bianca, me aproximei.

– Bryan, você soube do que aconteceu? - Me perguntou Bianca com pânico na voz.

– Eu fui o primeiro a chegar ao local, por ser perto do banheiro que estava.

Heloise me encarou por um tempo.

– Heloise, você também percebeu não é? - perguntei.

– Sim, Taylor - disse ela me encarando – Desconfiei assim que vi o estado de Ruffus. Já fui a ala de torturados do St. Mungus, reconheci os sinais.

– Parecem que ele foi levado as pressas para o St. Mungus - Falou Ethan, que geralmente tinha todas as informações, devido sua popularidade.

Olhei para todos e respirei fundo.

– Hogwats está com problemas se nossas suspeitas forem confirmadas - disse olhando para Heloise.

Ela deu de ombros, mas eu percebi que não estava tão indiferente assim.

O jantar estava com um clima pesado e a situação só piorou quando comecei a discutir com Heloise sobre de vassouras de quadribol, há algum tempo que brigávamos por qualquer coisa.

Dillan que era batedor e capitão do meu time veio até mim.

– Taylor reunião agora, pode me acompanhar?

– Claro Dillan. - dei um beijo em Bianca e sai com Dillan para o salão comunal da Corvinal.

Chegando ao grande salão vi que já estavam Cristine e Maryan, artilheiras, as duas estavam claramente abaladas e isso não era bom.

– Como vocês sabem temos um problema - Começou Dillan olhando para todos.

– Não, não temos - repliquei - eu serei o apanhador e indico Bob para goleiro.

Todos olharam surpresos como se eu tivesse dito alguma besteira.

– Não me leve a mal Taylor, mas você não tem perfil de apanhador - Falou Cristine olhando para Dillan esperando apoio.

– Eu concordo - frisou Maryan

– Taylor, você é um ótimo goleiro tenho que admitir, mas não é um apanhador! - Concluiu Dillan.

– Então farei o teste como todos os outros - Bati o pé.

– Tudo bem Taylor, mas não quero que fique chateado se não passar. Roberth é um ótimo apanhador e favorito ao cargo - Disse Dillan me olhando com desafio.

No dia seguinte a tarde, fui ao campo de quadribol. Bianca me acompanhou, antes de entrar no campo em si, ela me deu um beijo de boa sorte, confesso que me senti mais tranqüilo. Olhei para a arquibancada e vi Ethan e Heloise, ela me encarava com a cara fechada, a olhei com desafio. Heloise sustentou meu olhar e pude senti que ela torcia contra, isso pareceu me dar ainda mais força para passar.

Montei na vassoura e Roberth fez o mesmo. Encaramos-nos por um tempo até Dillan soltar o pomo de ouro e dar o sinal.

Roberth saiu em disparada procurando a minúscula bola, nem olhei para os lados apenas subi o mais alto que a vassoura conseguia. Quando estava numa altura boa coloquei meus pés no cabo da vassoura e flexionei os joelhos, olhei para baixo e mudei meus olhos para os do falcão, podia ver tudo de lá, Roberth procurando o pomo ao mesmo tempo em que queria saber onde eu estava, vi que todos me olhavam com espanto, menos de Heloise que de algum modo parecia saber o que eu estava fazendo. Sorri e finalmente avistei o pomo de ouro voando bem abaixo de Roberth.

Não pensei duas vezes, saltei da vassoura em direção ao pomo usando o peso do meu corpo para aumentar a velocidade, quando estava chegando perto da minúscula bola me agarrei a vassoura colocando seu cabo para cima e apanhando o pomo com a outra mão.

Todos ficaram surpresos, principalmente Roberth ao ver o pomo em minhas mãos.

– Bryan você é louco, e é nosso novo apanhador - Disse Dillan rindo e me abraçando.

Na hora do almoço a história já tinha se espalhado. Eu, Bryan, era o mais novo apanhador da Corvinal, isso parecia deixar Heloise louca de raiva e isso por algum motivo me animava.

Durante o almoço, fomos informados que as aulas estavam suspensas pelo resto do dia e que todos seriam interrogados sobre o ataque a Ruffus.

Os aurores Fith, Potter e Simas ficaram responsáveis pelas investigações. Eu fui o ultimo aluno a ser interrogado, não sei por quê.

Entrei na sala onde os três aurores estavam me aguardando e reparei que Fith me olhava com certa raiva, no canto meu pai me fitava com indiferença e isso me deixou nervoso.

– Bryan, conte-me o que aconteceu - ordenou meu pai.

Contei a ele como achei Ruffus e ele pareceu acreditar em mim.

– Senhor ministro, posso? - Perguntou Fith.

– Fique a vontade, tenho mais o que fazer - disse isso e sem olhar para mim saiu da sala.

– Sr. Taylor, não acha muita coincidência que apenas o senhor e a vítima estivessem fora de sala? - Perguntou Fith me fitando.

– Na verdade não, fui ao banheiro e se o senhor fizesse realmente um bom trabalho como deveria fazer, veria que Ruffus não foi para a aula ontem, e também o sangue no chão aparentava que já estava ali a pelo menos trinta minutos. Quer dizer, ele foi atacado assim que começou a aula e não após ela.

– O garoto está correto Fith - disse Potter e poderia jurar que estava rindo.

– Não me atrapalhe Potter, eu sei o que estou fazendo!

– Desculpe-me senhor, mas não parece, sou filho do ministro e entendo de leis, se não houver nenhuma prova ou testemunha não pode me acusar de nada e tendo visto que não possui acho que estou dispensado. Posso me retirar agora?

Fith me olhou e nesse momento percebi ódio em sua face.

– Essa cena, Sr. Taylor, deve ter lembrado seu quarto a três anos - Falou ele com sarcasmo.

– Chega Fith, libere o garoto e vamos embora! - Exclamou o Sr Potter.

Meu sangue fervia e quando vi minha mão já estava empunhando a varinha e apontando para o auror.

– Fale mais uma palavra sobre ela e juro por Merlin que você pagará com sua vida!

– Taylor, abaixe a varinha agora! - Disse Simas apontando a dele para mim.

– Sr. Taylor, eu te entendo e sei como se sente, mas, por favor não me faça te levar para Azkaban. - Falou Potter calmamente.

Abaixei a varinha, Potter estava certo e por um momento recuperei a lucidez. Fith praticamente torcia para eu azará-lo e eu não daria esse gosto a ele, afinal de contas minha mãe não merecia ter tamanho desagrado.

Os aurores saíram e eu os segui, fui direto ao salão principal e lá encontrei todos me olhando como se tivessem receio de mim.

Bianca percebeu o acontecido e imediatamente veio até mim, me deu um forte abraço seguido de um beijo.

– Venha Bryan, você precisa comer um pouco, fica só bebendo essa porcaria sem açúcar - exclamou Bianca me olhando com carinho.

– Tudo bem Bia, Vou me sentar sozinho hoje, pois tenho que estudar Aritmância– disse me afastando.

Não estava com clima para ninguém, o que aquele homem disse realmente me atingiu, não sei como ele teve coragem de lembrar-me daquele dia.

Eu não era mais o mesmo depois daquilo, nem meu pai. E isso ainda era um assunto que não falávamos em casa.

Sentei-me sozinho e apanhei um livro qualquer para ler, depois de algum tempo aquele barulho de pessoas estavam me irritando e saí em direção ao pátio onde mudei de forma e voei em direção a torre de astronomia onde fiquei por um tempo observando a vista da escola.

Não passou muito tempo e Heloise chegou montada em sua vassoura, me olhou e se sentou ao meu lado, voltei à forma normal.

– O que você quer Bennet? - perguntei com tom grosseiro.

– Por que você virou apanhador? Afinal, você sempre foi goleiro! - disse ela me olhando.

– Esta com medo da Corvinal, Bennet? - admito queria brigar naquele momento.

– Bryan, mesmo que você nascesse de novo, com a melhor vassoura e todos os sentidos animais, que lhe dá algumas vantagens em jogo, você ainda não pegaria o pomo antes de mim! - Heloise comprara o barulho.

– Quem você acha que é? Vem aqui se achando a melhor com toda essa moral. Vou ter o imenso prazer de te derrotar em campo! - Falei com raiva.

– Me derrotar, até parece Taylor, você acha que não sei de seu segredinho? Eu sei o que você faz com seus olhos, pode enganar a todos, mas não a mim. Eu conheço sua outra forma.

– Vá encher outro Bennett, veio aqui somente para isso? É inveja demais até para você! - Agora realmente estava nervoso. - E você, que ainda nem consegue se transformar? O que foi Bennett, confusa? - disse sustentando o olhar raivoso que ela me lançava - Olha ali, aquela é a sala da Diretora Minerva, eu vi você conversando com ela a respeito da sua incapacidade de se transformar, e por isso eu me pergunto, até quando você ficará nessa?

– Bryan, seu idiota, quem você acha que é para falar assim comigo? – ela praticamente rosnou com ódio - Uma pessoa que não consegue nem enfrentar o pai que só sabe tratá-lo como lixo. Limpe sua bunda antes de falar de mim!

– Você jamais entenderia Bennett, meu pai me ama e só quer o melhor para mim - abaixei a cabeça com pesar. - Apesar de ter todos os motivos do mundo para me odiar, afinal de contas… Eu matei minha mãe!

Pulei alçando vôo em direção a floresta proibida saindo do campo de visão de Heloise que ficou imóvel me olhando partir.


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Notas finais do capítulo

A coisa começa a ficar feia, nos próximos capítulos mais relevações sobre essa trama que parece mágica!



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