Hogwarts e o Fundador Esquecido escrita por PandoraDePopo, Soyer


Capítulo 17
Capítulo Dezessete - Natal Sobre Pressão


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoas.. Eu sei como sempre a Tia Pand~ tá atrasada, mas eu sei que vocês me amam e me entendem.. A vida não tá fácil pra ninguém.. Sinto muito...

Leiam o capitulo atentamente, tem surpresa procês.. Espero que gostem e não esqueçam que seus comentários são extremamente importante para mim e por Soyer.. valeu bijus bye..



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POV - Bryan Taylor

"Falta pouco, falta pouco" murmurava para mim mesmo enquanto acrescentava alguns ingredientes na poção. Senti meu pulso acelerar parecia mentira, finalmente estava tudo prestes a acabar. Eu tinha conseguido ia salvar Heloise e varias outras pessoas. Sorri com o pensamento e continuei com as misturar.

O ambiente estava quente, mas nada insuportável. Olhei para o termômetro que eu tinha colocado em cima da mesa ele marcava 35°C. Continuei acrescentando ingredientes cautelosamente a poção e limpei o suor da testa com a manga da camisa e olhei novamente para o termômetro 40°C. Arregalei os olhos em choque, não era possível, eu tinha olha a menos de um minuto. A temperatura não podia ter subido tanto em tão pouco tempo. Continuei olhando para o termômetro incrédulo e a temperatura continuava a subir 41, 42, 43 graus. Peguei um pedaço de pergaminho com algumas anotações e comecei a revisar meus cálculos, porém o calor estava ficando insuportável e eu já não estava mais agüentando. Virei mais uma vez o rosto na direção do termômetro, mas antes que eu pudesse ver a temperatura atual o caldeirão com a poção explodiu.

Acordei gritando e levantando da cadeira como um pulo. Eu tinha dormido em cima da mesa de trabalho. Me xinguei internamente por ter sido tão displicente.

O sonho tinha sido um aviso, eu precisava tomar mais cuidado. Esfreguei os olhos e olhei a minha volta antes de lembrar que Heloise e Ethan não estavam mais ali.

Ouvi um pio suave vindo de uma das vigas do teto da sala, olhei naquela direção e vi Queda-Livre me observando. Dei um assobio curto e firmei o braço para que ele pousasse.

– E ai amigão? – falei fazendo carinho em sua cabeça. QL me bicou carinhosamente – você acha que eles estão bem? – como resposta QL levantou voou e voltou para a viga do teto. Me perguntei quando exatamente ele tinha entrado na Sala Precisa. Dei de ombros para o pensamento, talvez ele já estivesse ali há muito tempo, porém eu estive distraído demais para percebê-lo.

Verifiquei a poção e vi que ela estava estável. Diferente do meu sonho o termômetro também estava estável.

Olhei para o relógio. Estava na hora do café da manhã e faltava uma hora para que o próximo ingrediente pudesse ser adicionado à poção. Resolvi ir comer alguma coisa mais nutritiva do que café e poção fortificante.

Assim que abri a porta da Sala, Queda-Livre passou como uma flecha por mim e sai por uma janela aberta. Dei um sorriso débil, o coitado devia estar morrendo de fome. Meu estomago deu um ronco bem nesse momento, balancei a cabeça contrariado, pelo visto não era só ele que estava faminto.

Caminhei até a entrada do salão principal. No Salão as mesas das casas tinham sido substituídas por uma única mesa grande, onde todos os alunos remanescentes estavam juntos. Sentei o mais distante o possível de todos e peguei um pedaço de panetone com gota de chocolate. Só me dei conta do tamanho da minha fome quando comecei a comer. Já havia comido umas três fatias de panetone, dois pães e bebido pelo menos 5 copos de suco de abobora quando me dei por satisfeito.

Suspirei feliz e olhei ao redor do salão. Não tinha ficado muita gente na escola, talvez umas 20 pessoas no máximo. Reparei que quase todos estavam cochichando e me olhando torto e logo a felicidade que senti a um minuto atrás de foi.

Levantei abruptamente e sai do salão principal, porém mal passei pela porta e ouvi uma voz que eu não esperava ouvir nem tão cedo. Meu pai conversando/gritando com Minerva.

– Como à senhora pode não saber onde ele está!? – rosnou meu pai.

– Tenho que administrar uma escola inteira, então não espere que eu saiba onde exatamente estão todos os alunos! Sei que ele está na escola, mas pode ser que ainda esteja dormindo – a diretora não alterou a voz em momento algum.

Meu pai estava preste a falar alguma coisa quando eu o chamei – Pai, eu estou aqui.

Ele me olhou de cima a baixo e veio na minha direção.

– Por que você não foi para casa como eu mandei? – ele disse com o rosto a um palmo do meu.

– Decidi ficar na escola para estudar – falei sem muita convicção.

– Estudar? Estudar? O que posso saber? Pois pelo que fui informado seu rendimento escolar está indo de mal á pior nas ultimas semanas.

– Por isso mesmo preciso estudar, para recuperar meu rendimento.

– Pois não quero saber de desculpas! Você vai para a casa comigo agora!

– Não vou não! Qual a lógica que teria eu ir para a casa agora para ter que voltar daqui a alguns dias depois de ter passado as festas sozinho enquanto você fica enfurnado naquele escritório trabalhando? Não irei para a casa, vou ficar aqui.

– Não me desafie.

– Não tenho a intenção de lhe desafiar, só quero que compreenda que já sou maturo o suficiente para saber o que quero. E no momento quero ficar na escola. – falei firme.

– Se é o que você quer. Feliz Natal Bryan! – ele virou as costas e foi se afastando.

– Feliz Natal pai! – murmurei.

Me senti um pouco mal pelo que disse ao meu pai, mas não podia sair da escola e abandonar a poção. Eu precisava terminar a poção e trazer Heloise de volta.

Voltei para a Sala Precisa e para a poção. Ainda estava com sono, mas a poção estava perto de ser finalizada, ou seja, estava a cada momento mais perigosa e requeria ainda mais cuidado.

Há todo momento eu tinha que verificar o termômetro e as minhas anotações, afinal eu não podia errar, ou então, adeus Bryan, adeus esperança, adeus metade da escola.

Passei o resto da tarde mexendo, remexendo e verificando a poção, na verdade eu não fazia mais nada há muito tempo além daquilo, confesso que estava ficando meio obcecado, mas eu realmente só consegui pensar em como eu queria salvar Heloise e não repeti o que houve com a minha mãe.

Pensar em Heloise e na minha mãe me dava forças e fazia bem. Minha mãe tinha o habito de repetir para mim que um dia eu faria coisas que nem mesmo eu iria acreditar e que meus fracassos iriam ser recompensados com grandes feitos, eu nunca entendi exatamente o que ela queria dizer com isso e provavelmente era só uma daquelas coisas que as mães dizem por filhos para eles se sentirem melhor. Heloise possuía essa mesma capacidade de faz as pessoas se sentirem bem, por vezes mesmo em sua insanidade ela me deixava mais calmo e relaxado.

Balancei a cabeça para sair dos meus devaneios. Verifiquei mais algumas notas e vi que a poção estava em um estagio onde precisaria ficar 5 horas em repouso antes do próximo ingrediente. Como estávamos de recesso achei melhor ir comer no salão principal novamente, afinal com tão poucos alunos na escola era mais fácil darem por minha falta.

Fui para o salão e mais uma vez sentei meio afastado de todos, coloquei uma boa quantidade de comida no prato e me pus a saboreá-la de força lenta. Já estava na metade do prato quando um grito fez todos do salão levantarem com um pulo.

Um murmúrio de vozes curiosas se instalou no ambiente e alguns minutos depois uma menina, aparentemente mais nova que eu com cabelos cor de fogo e a pele marcada com sardas entrou correndo e chorando. A diretora Minerva desceu do palco às pressas e foi acalentar a pequena.

Assim que a diretora se aproximou da menina, um silencio doloroso se instalou no recinto.

– O que houve minha criança? – perguntou Minerva tentando manter a voz calmo.

– Não fui eu diretora... – ela choramingava – Eu estava... estava... indo ao banheiro… ai eu... vi...

– Vi o que? – perguntou a diretora já nervosa.

– Não sei quem é, mas esta igual aos outros...

Ela não preciso dizer mais nada para que todos entendessem o que tinha acontecido.

– Não entrem em pânico! – ordenou McGonagall antes que o caos se instalasse. Os professores se aproximaram da diretora. – Quero que os diretores de cada casa tragam todos os alunos para o salão principal agora. Carmem mande uma coruja para o Ministério – apesar de sua voz ainda está calma pude perceber uma preocupação e um pouco de temor em seu olhar. Os professores saíram as pressas para cumprir as ordem da diretora.

Olhei para o relógio preocupado. A poção ainda tinha que ficar em repouso por mais 4 horas, pedi a Merlin que desse tempo o suficiente, mesmo não sabendo ao certo o que iria acontecer.

Alguns minutos se passaram até que todos os alunos remanescentes estivessem reunidos no salão principal. Devia ter no máximo umas 30 crianças.

– Por favor, fiquem em silencio – pediu a diretora de seu palanque – Mais um ataque foi registrado hoje, com essa nova vitima chegamos a um total de 5 ataques. Uma investigação já está aberta, mas outras providencias serão adotadas para evitar novos ataques. A partir de agora é proibido a todos os alunos ficarem no corredor após escurecer, os alunos só poderão transitar pela escola em grupo ou na companhia dos professores. Os professores os acompanharam de uma aula a outra e, por favor, tomem muito cuidado.

Apesar do silencio no ambiente era possível sentir a tensão que havia se instalado.

– Mas, Hogwarts ainda é segura? – perguntou uma menina da minha casa

– Vocês não iram fechar a escola não é? – emendou um menino da Sonserina.

McGonagall abriu a boca para responder, porém antes que o fizesse as portas do salão comunal se abriu e uma voz que conseguia me irritar e me assustar falou.

– Hogwarts permanecerá aberta até segunda ordem. Vocês, crianças, ainda estão seguras aqui. Como vocês estão em menor numero atualmente o numero de suspeitos também diminuiu. Fazemos novos interrogatórios e o ministério disponibilizou alguns aurores para fazerem patrulhas na escola – esclareceu Fith.

– Do lado de fora da escola espero – falou Minerva seria e decidida.

– Claro, diretora. Como à senhora achar melhor. Vamos começar os interrogatórios imediatamente. – ele olhou para todos no salão e parou os olhos em mim – Começando por você Sr. Taylor.

Respirei fundo e olhei para o relógio, eu ainda tinha 3 horas.

– Como quiser. – disse e o segui para uma sala vazia.

Assim que chegamos á sala Fith sentou-se à mesa do professor e me colocou em uma cadeira na sua frente.

– E no mínimo curioso, que no mesmo dia que você bata o pé querendo ficar na escola ocorra um ataque você não acha Sr. Taylor? – ele começou.

Suspirei – Acho que devo lembrá-lo que eu mesmo já fui atacado – argumentei.

– Um ataque um tanto quando estranho como alguém poderia ter lhe atacado da altura que você estava?

– Isso não é seu trabalho descobrir?

– Você pode enganar a todos Bryan, mas não a mim. Eu vi como as outras crianças te olham. Você sempre foi tão recluso e quieto e esse cheiro... – ele fez uma pequena pausa e eu respirei fundo – Eu lembro do cheiro que estava em seu quarto quando sua mãe morreu . O que você anda fazendo Bryan?

– Nada – falei tentando passar confiança – você pode ir ao meu quarto a hora e o dia que for e ele ainda está com esse cheiro assim como eu. É o cheiro de poçõES, no plural. Eu estudo poções desde que me entendo por gente queria que eu cheirasse a que? Perfume? – conforme ia falando ia ficando mais e mais irritado. – E se você fosse mesmo um bom profissional estaria agora verificando o local do ataque ao invés de estar me interrogando pela enésima vez.

– Está questionando meu trabalho Sr. Taylor?

– Sim estou. E fiquei sabendo que a sua perseguição comigo será relatada ao meu pai – completei me levantando – Posso ir agora?

– Claro, Sr. Filho do Ministro. Está dispensado.

Sai da sala com passos determinados. Eu odiava usar o cargo do meu pai para o que quer que fosse, mas Fith já estava me irritando demais.

Assim que cheguei ao corredor vi que estava sozinho e fiz um feitiço de desilusão e fui para a Sala Precisa. Seria difícil continuar cuidando da poção com todas aquelas novas regras e restrições e ainda por cima, eu tinha certeza que Fith ia colocar todos os aurores no meu pé.

Mas, eu ia dar um jeito, afinal a poção estava muito perto de sua conclusão. E dessa vez eu iria concluí-la. Nem que fosse a ultima coisa que eu fizesse, nem que depois eu fosse mandado direto para Azkaban. Eu iria trazer Heloise de volta não importa o que isso custasse.

Capitulo Extra - Além de Hogwarts

POV - Narrador

As portas da sala do Ministro se abriram com um rompante. E uma mulher com uma expressão de poucos amigos entrou com passos determinados. Anna, a assistente do Ministro, vinha logo atrás numa tentativa vão de conter a mulher.

– A Senhora não pode entrar assim no Ministério - falava a assistente com uma mistura de raiva e receio na voz.

A mulher nem mesmo se dignou a olhar a pobre assistente simplesmente passou a mão pelos cabelos loiros e olhou para o Ministro.

– Deixe-a Anna - falou James com a voz cansada.

A assistente pareceu relutante, mas saiu.

– O que aquelas crianças estão tentando fazer achando que podem me enganar? – ela disparou assim que a porta se fechou deixando ela e o Ministro sozinhos.

– Não sei do que você está falando – ponderou James.

– Ah, não sabe? – ela se aproximou da mesa com firmeza e apoiou as mãos na mesma – Vejamos, nesse momento Ethan MacMillian e minha filha Heloise Bennett estão na minha casa achando que me enganam com um porcaria de Poção Polissuco.

Sophie Bennett parecia irritada, seus olhos azuis claros faiscavam com um brilho perigoso que James conhecia bem.

– A menos que você queira uma intervenção Ministerial nisso, não sei o que tudo isso tem a vez comigo e nem como posso ajudá-la – James tentava manter a calma.

Sophie deu um sorriso de deboche – Então você não sabe como isso te envolve? – ela bufou – como você acha que Ethan conseguiu a poção?

– Não sei, talvez com uma receita – debochou James ainda mantendo a calma.

– Faça-me o favor James. Ethan não conseguiria fazer uma poção como essa nem que os ingredientes dançassem na frente dele na ordem correta. Além disso são muitas poucas pessoas que tem acesso a tais ingredientes.

– Por que não diz logo o que está querendo insinuar Sophie.

– Bryan é obvio.

– Acha que o meu filho fez a poção? E por que ele faria isso?

– Não sei, me responda você – ela fez uma breve pausa – Mas pense bem. Quando Heloise foi atacada com a maldição Cruciatus na escola eles dois me enganaram para que ela ficasse na escola...

– Mas foi decisão sua deixá-la se sabiam que eles estavam te enganando – a cortou James.

– Achei que eles queriam se despedir dela. Deixe que ela ficasse na escola até o inicio do recesso, mas agora eles continuam querendo me enganar e eu quero saber o por quê?

– E como eu vou saber disso?

– Se você não sabe perguntarei a Bryan. Onde ele está?

James ficou quieto por um momento. Lembrou da pequena discussão que tivera com o filho naquela manhã e na recusa do menino de ir para casa... E aquele cheiro, não era possível. Bryan havia prometido que não faria mais aquilo, mas e se...

– Ele está na escola não é mesmo? – perguntou Sophie ligando os fatos sozinha.

– Ele só não queria passar o Natal sozinho – falou James sem convicção.

– Pare de mentir para si mesmo James. O menino está tentando reproduzir a poção que matou Suzana.

– Ele não faria isso. Ele sabe que não iria conseguir.

– Tem razão, ele jamais conseguirá sozinho... – Sophie deixou a frase no ar – e mesmo que ele consiga mais do que nunca temos que manter os dois longe para não desperta-los.

– Quer que meu filho cure sua filha para depois afastá-los? Não me parece justo.

– E o que você prefere? Que deixemos os dois juntos para que eles sejam como nós? – Sophie parecia com mais raiva do que nunca – Você me prometeu, James...

– Eu nunca lhe prometi nada Sophie! – contra-argumentou James também alterando a voz – Não cabe a nós essa decisão você sabe disso. As coisas serão como devem ser. E eu não irei intervir.

– Pois que assim seja então Taylor. Darei ao seu filho uma única chance e espero que ele não falhe.

– Está nos ameaçando? – perguntou James cerrando os olhos.

– Sim, estou – falou Sophie e por um breve momento James viu aquele lampejo negro e familiar em seus olhos.

Sophie aparatou de dentro do gabinete Ministerial o que deveria ser impossível. James voltou a se sentar em sua cadeira, ele nem havia percebido que levantara. Apertou as têmporas e suspirou. Comprar uma briga com Sophie não era uma boa idéia ainda mais no atual momento com Hogwarts cercada de problemas.

– Ela irá ver a razão – falou uma voz feminina vindo aparentemente de lugar nenhum.

– Algum dia eles já viram? – perguntou James.

A voz apenas riu de leve e logo o gabinete voltou ao habitual silêncio.


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Notas finais do capítulo

E ai Cupcakes, gostaram? O que será que esses dois sabem hein? Não percam os próximos capítulos...

Conto com vocês, então comentem por gentileza. Beijo no core ♥



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