Sos - a Samara na Nossa Casa! escrita por Loma


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem ter demorado um pouco para postar, mas minha amiga está aqui comigo, de forma que é meio falta de educação deixar a coitada esperando enquanto eu escrevia! Gostaria de agradecer MUITO pelos reviews e dizer que eu estou muito feliz por todos os elogios! Beijos e até o próximo capítulo, espero que gostem deste!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/52192/chapter/4

P.O.V. Bill

Ainda estava mal-humorado por causa da história da comida. Georg e Gustav já tinham ido embora e eu e Tom olhávamos televisão. Já era noite e estávamos olhando Vampire Diaries, ou melhor, eu obrigava Tom a assistir comigo.

Daqui a pouco, olho para trás e vejo Elizabeth saindo do quarto, vestida como se fosse sair, o cabelo feito e maquiada, andando passo a passo para aparentemente não nos chamar a atenção e poder sair escondida.

Espera um pouco, eu disse maquiada?

Virei-me totalmente em direção a ela e Tom, vendo o que eu tinha feito, imitou meu gesto, já sabendo que viria outra discussão em menos de vinte e quatro horas.

- Achou o lápis de olho, Elizabeth? – perguntei a ela calmamente.

A garota paralisou no lugar que estava e, vendo que não tinha mais saída, virou para nós com a cara fechada.

- Não, roubei o seu! – ela me respondeu sarcasticamente.

Tom deu uma risadinha. Assim como eu, ele sabia que a pirralha não pediria desculpas.

Voltei a assistir televisão e Tom também, ainda rindo discretamente do sarcasmo sem graça da Samara.

 Ouvi ela suspirando de alivio e voltando a andar em direção a porta, agora sem disfarçar o barulho do salto.

- Onde você pensa que vai? – eu perguntei ainda sem olhar para ela.

- Vou ao show da banda do namorado da minha amiga – respondeu ela.

Agora sim virei em sua direção e olhei bem em seus olhos verde-gelo.

- Posso perguntar quem te autorizou? – eu disse.

Ela olhou-me com descrença.

- Eu não preciso de autorização, vocês não são meus pais! – disse ela.

- Aí que você se engana! Você precisa da nossa autorização, SIM! Podemos não ser seus pais, mas seu pai nos tornou os seus responsáveis! – eu disse. Tom apenas assistia a briga.

- Eu não me importo com isso! Por mim você pode se ferrar que eu não to me importando! – disse a garota.

- É?! Então ta bom! Eu não posso te proibir com palavras, mas se eu te trancar em casa eu duvido que você consiga sair! – eu disse sorrindo para ela e levantando, indo em direção a Samara lentamente.

A garota desesperou-se e numa tentativa frustrada, tentou abrir a porta da frente e sair, o único problema é que a porta já estava trancada e a chave estava comigo, como eu lhe mostrava neste exato momento enquanto sorria para ela e dava um ultimo passo em sua direção, a jogando por cima do ombro e levando para sala.

Posso fazer uma observação? A garota era magra, mas que era pesada, isso era! Quase desloquei meu ombro com essa bobagem.

Joguei-a no sofá e segurei seus braços, já que a garota debatia-se tentando soltar-se e dar um jeito de sair, pulando a janela, ou algo do tipo.

- TOM, PELO AMOR DE DEUS! TRANCA A PORTA DA SALA! – eu gritei enquanto a segurava, o que era muito difícil, já que a Samara tentava me morder, me arranhar, me chutar, me socar e tudo mais, sem falar que gritava pedindo para nós a deixarmos ir, é claro.

- Trancar nós dois aqui dentro com a Samara? – perguntou Tom com os olhos arregalados.

Eu lutando para segurar a garota no sofá e ele ficava sentado do nosso lado sem fazer nada?

- É! Anda logo que daqui a pouco eu não agüento mais! – eu respondi enquanto Elizabeth mordia meu antebraço – CARALHO! NÃO ME MORDE DEMONIA!

Tom levantou e foi trancar a porta, ainda em duvida se estava fazendo a coisa certa ao me obedecer.

- Ta, já tranquei a porta! – disse ele.

- Tira a chave! – eu disse rapidamente.

- Ok, já está feito, pode soltá-la agora! – disse Tom vindo sentar no sofá ao nosso lado e colocando a chave dentro da calça. Eu sem duvidas teria que lavar a chave com álcool antes de voltar a usá-la.

Larguei a Samara e ela me deu um tapão na cara, com raiva, o que me fez ficar de queixo caído e, se eu estivesse certo pela dor que se instalou no meu rosto, com uma marca de mão vermelha estampada no lado esquerdo do rosto.

Eu olhei para seu rosto, que tinha a maquiagem borrada e o cabelo desarrumado por causa da nossa briga, sem acreditar no que ela tinha feito.

- Você me bateu! – eu acusei debilmente.

- Eu deveria te espancar por não me deixar sair e, o pior de tudo, me TRANCAR em um cômodo da casa! – disse ela ajeitando os cabelos e sentando-se no meio entre eu e Tom.

Tom riu.

- E você era outro que eu devia bater! Ao invés de me ajudar você tranca a porta e ainda coloca a chave em um lugar inacessível! – disse Elizabeth indignada enquanto jogava-se no encosto do sofá. Sério, um dia desses, o sofá vai quebrar, com o tanto de vezes que nos jogamos nele.

- O lugar não é inacessível! Só é meio antiético! Mas se quiser pegar, quem sou eu para impedir? – disse Tom dando um sorrisinho malicioso.

Samara e eu bufamos ao seu comentário.

- Como eu vou avisar a Jane que não poderei mais ir essa noite já que as minhas babás me trancaram na sala sem o meu celular? – lamentou-se a Samara.

- Usa o meu! – disse Tom entregando-lhe aquele caco velho que ele ainda chamava de celular.

- Eu vou saber usar esse tijolo do tempo da minha bisavó? – disse Elizabeth com desdém.

- Hey! Não fale assim do meu celular! É o único meio de comunicação que você terá até a hora que dormir, já que eu duvido muito que Bill te emprestaria o celular dele! – disse Tom.

- Até porque se eu colocasse as mãos no celular do Bill eu o tocaria na parede! – disse a louca enquanto discava o numero da amiga no celular do Tom.

Tom olhou para mim por trás das costas da garota e disse:

- Bom você pelo menos já está avisado!

- É, notei! – eu disse praticamente me deitando no espaço do sofá que me restava.

- Jane?! Oi, é a Liza! Só para avisar que eu não vou poder ir hoje porque as minhas babás queridas, – ao dizer isso ela me beliscou no braço, o que me fez quase soltar uma lagrima de tanta dor que eu senti, a garota tinha as unhas compridas! – elas resolveram me trancar em casa igual criança pequena para não arrumar confusão! Desculpa, mas deixa para a próxima, ok?... Beijo... Também vou sentir sua falta!... Tchau! – disse ela e desligou, bufando.

- Doeu, sabia? – eu disse, enquanto esfregava o braço.

- É?! Que bom! Se não eu teria que te beliscar de novo! – ela respondeu enquanto devolvia o celular para o Tom.

- Meu Deus Tom! Ela não está aqui a nem vinte e quatro horas e ela já me mordeu, me beliscou, me bateu, e eu só apanhei! – eu reclamei.

A garota bufou e debruçou-se sobre mim para pegar o controle que estava ao meu lado, no encosto do sofá e depois mudou para ver o “Esquadrão da Moda”, deixando-me sem a minha dose semanal de Vampire Diaries.

- Hey, eu estava vendo! – eu disse tentando tirar o controle da sua mão.

- Nem vem, Mané! Não to a fim de olhar aquele lixo! – disse ela afastando a mão que segurava o controle e, sem querer, dando uma cotovelada no rosto do Tom.

- Aaaaiiii, Merda! Ah, não! Acabou! Agora vocês dois vão assistir os meus programas e não quero ouvir ninguém reclamando! – disse Tom pegando o controle da mão da Samara e trocando o canal para assistir “Friends”. – Agora os dois fiquem bem quietinhos que esse episódio eu ainda não olhei.

- Coisa mais velha! ¬¬ - comentou a Samara.

- E ainda reclama dos meus seriados de vampiros! Humpf! Saco! – eu disse.

Assim, ficou eu e a Samara emburrados e o Tom vidrado na televisão, os três assistindo “Friends”.

Algum tempo depois, a Samara reclamou:

- Eu estou com sede!

- Dane-se! – eu respondi com a cabeça escorada na mão, fazendo a pirralha ficar puta da cara.

20 minutos depois...

- Eu preciso ir no banheiro! – ela reclamou novamente.

- Dane-se! – eu respondi.

- Mas eu realmente preciso! – ela disse olhando para mim.

- Tom, leva a garota no banheiro? – eu pedi.

- NÃO! – ele respondeu ainda olhando Friends, agora em um dos episódios da última temporada.

- Então você pode pelo menos abrir a porta para nós? – eu pedi.

- Por que vocês mesmos não abrem? – ele pergunta irritado, desviando os olhos da televisão.

- Porque a chave está dentro das suas calças! – a Samara respondeu irritada.

- Aé! :B – disse ele, então levantou, tirou a chave das suas calças e abriu a porta.

- Obrigada! – disse a Samara correndo para seu quarto.

- Sem chances! Você vai no banheiro do MEU quarto! – eu disse puxando ela pelo braço em direção ao corredor que dava para o resto da casa.

- Por quê? – ela perguntou enquanto era arrastada.

- Porque no meu banheiro eu tenho ABSOLUTA certeza que não tem por onde você fugir! – eu respondi enquanto entravamos no meu quarto. – Anda logo que eu não tenho a noite inteira!

- Humpf! – resmungou ela entrando no meu banheiro.

Eu me sentei na cama e fiquei esperando, até que se passaram uns dez minutos e eu comecei a me irritar:

- Vai demorar muito aí? – eu resmunguei.

- Não, já terminei! – disse ela saindo do banheiro um minuto depois.

- Vamos, já deve ter até acabado a porcaria da maratona de “Friends” de tanto que você demorou! – eu disse novamente a puxando pelo braço.
Chegando na sala, fui tentar abrir a porta, o problema é que Tom se trancou lá dentro!

- Tom! Abre a porta! – eu gritei em vão,  já que no mínimo a televisão estava no ultimo volume.

- Não adianta! Ele não vai nos ouvir! De certo se trancou sozinho para ver algum filme pornô ou algo do tipo! – disse a Samara, fazendo-me arregalar os olhos.

- Você é o diabo em forma de gente! – eu comentei.

- Oh, por favor! Até parece que ele nunca fez isso! Todo homem já deve ter feito isso na vida, até você, se duvidar! – ela disse.

Corei violentamente ao seu comentário.

- Isso não é da sua conta! – eu disse bravo.

Ela virou os olhos.

- É claro que não! – disse ela sarcasticamente. – Mas para onde vamos, agora que seu querido irmão nos deixou sem televisão? – perguntou ela, me encarando.

Essa era uma boa pergunta. Para onde iríamos só nós dois sem nos matarmos?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!