Sos - a Samara na Nossa Casa! escrita por Loma


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Gente, adorei os reviews do último capítulo! Fico muito feliz que tenham gostado do capitulo e o achado engraçado
Espero que gostem bastante deste novo capítulo, eu me diverti muito escrevendo esse capítulo e chegava a gargalhar alto das minhas idéias, fazendo minha mãe pensar que sou louca! :x
Gostaria de agradecer à Capet_angel e à kawaidesu pelas recomendações. Sério, eu adoro demais vocês! Muito obrigada mesmo!
Boa leitura e deixem reviews! ;*

(gente, só para constar: eu não tive tempo de revisar esse capitulo muito bem, então me deem um desconto se acharem muitos erros!)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/52192/chapter/18

 

P.O.V. BILL

 

Chegando ao restaurante, ainda tivemos que esperar uns quinze minutos pela namorada do Georg, a Claire.

 

- Eu podia ter demorado mais um pouco – eu disse emburrado para Lizzie.

 

- Mas não foi necessário – ela respondeu dando pouca importância para o que eu disse.

 

Do nada, a Claire aparece pendurada no pescoço do Georg.

 

CLAIRE

 

- Bem, Claire, você já conhece todos os caras, então essa é a Elizabeth, Samara pra banda ou Lizzie – disse ele chegando com Claire perto da Samara, que estava ao meu lado escorada no carro.

 

- Muito prazer, Elizabeth, sou Claire! – ela disse com um sorriso doce.

 

- Oi Claire! Tudo bem com você? – disse Lizzie sorrindo para a outra.

 

Até parece que ela é assim, simpática. ¬¬

 

- Nossa, eu fico tão feliz sabendo que definitivamente há mais uma mulher tendo que aturar esse bando! – disse Elizabeth para Claire que caminhavam na nossa frente, indo em direção à entrada do restaurante.

 

- É bom você ficar de olho, Georg! A Samara pode levar a doce Claire para o mau caminho! – eu disse fazendo graça, olhando em seguida para as duas que riam como se fossem grandes amigas de muito tempo.

 

- Vira essa boca pra lá, seu agourento! – disse Georg cruzando os dedos para mim.

 

Olhei para ele como se a criatura tivesse problemas mentais.

 

- Vamos logo, eu já estou vendo um garçonzinho de meia tigela secar o meu bombonzinho! Depois vocês reclamam que ela vive desnutrida! Do jeito que esses adolescentes inexperiente a secam, é óbvio que ela estaria magra! – disse Gustav nos forçando a entrar logo no restaurante.

 

Pegamos uma mesa mais reservada, graças às mulheres que estavam conosco (apesar de uma delas estar mais para menina do que para mulher) e sentamos, fazendo o pedido das bebidas.

 

P.O.V. Elizabeth

 

O garçom estava me secando.

 

E eu estava gostando disso.

 

Fala sério! Ninguém pode me culpar, ele era lindo!

 

- Eu quero uma dose de whisky – disse Tom, atrapalhando meus pensamentos.

 

- Eu quero um copo de chopp – disse Georg ao lado de Claire.

 

Estávamos sentados do lado esquerdo da mesa: Georg, Claire e Gustav, no lado direito, Tom, eu e Bill, assim eu podia conversar com a Claire e eles não enchiam o saco.

 

- Eu quero um Milk-shake de chocolate – adivinha quem disse isso? Te dou o Bill de presente se adivinhar! É brincadeira, ok gente?

 

- Me consegue uma água tônica, por favor – pediu Claire.

 

- Eu vou querer uma taça de vinho – disse Bill.

 

Bem, acho que é a minha vez de pedir.

 

- Eu vou querer... – comecei, mas não pude terminar, já que o Tom me interrompeu.

 

- Não, você ainda é menor de idade e sabe que não me responsabilizo por criança bebum! Vê pra pirralha uma coca-cola!

 

Logo o garçom saiu com nossos pedidos e rindo da minha cara.

 

- TOM! – eu sibilei irada, tentando não gritar.

 

- Fala criança! – ele disse olhando-me, se fazendo de inocente.

 

- Você tem noção do mico que me fez pagar? EU NÃO IA PEDIR BEBIDA DE ALCOOL SEU ANIMAL! Eu ia pedir um suco de abacaxi! – eu disse, sempre cuidando para não gritar.

 

Ele olhou para mim e me mandou um sorriso culpado, enquanto todos riam de nós na mesa.

 

- Ah, fica com a coca-cola, pelo menos põe um pouco mais de caloria nesse corpo! – disse ele.

 

Olhei para mim mesma. Tinha algo errado com o meu corpo?

 

- O que há de errado? Estou muito magra? – perguntei enquanto me analisava melhor.

 

Tom quase engasgou com a própria saliva e quem respondeu minha pergunta foi o Georg:

 

- Capaz Lizzie! Você estaria muito magra se fosse como o Bill! Você ta tranqüila, nem se preocupa! – ele disse enquanto analisava o cardápio.

 

Olhei para o lado esquerdo, onde Bill estava sentado e definitivamente ele tinha parado de rir.

 

Soltei uma risadinha e o abracei pelos ombros.

 

- Acho que está na hora de ir fazer uma visita para a Dona Simone! – eu disse me divertindo.

 

Bill olhou-me assombrado e ouvi Tom cuspir algo. Virei-me em sua direção e constatei que seu whisky já tinha chegado e que Georg estava meio babado.

 

- TOM, SEU INUTIL! VOCÊ ESTRAGOU TOTALMENTE MINHA CHAPINHA! – reclamou Georg pegando o guardanapo de pano que tinha no colo para se secar.

 

Tom simplesmente ignorou o comentário e virou na minha direção, olhando-me igualmente assombrado.

 

- VOCÊ FICOU LOUCA? – disseram os gêmeos ao mesmo tempo. Assustei-me com a voz de Bill vindo de trás e me recostei na cadeira, para poder ouvir aos dois.

 

- É o terror quando temos que ir pra casa da mamãe! Ela nos enfia comida até sentirmos vontade de vomitar! – disse Bill tremendo da cabeça aos pés.

 

Todos torcemos o nariz para o comentário que Bill fez numa hora tão inoportuna e Gustav que estava bebendo seu milk-shake, olhou bem para aquela batida e afastou-a.

 

- Podíamos ter ficado sem essa, amor – eu disse dando-lhe um tapinha no ombro.

 

Ele me encarou com cara de poucos amigos.

 

- Mas sabe, Bill, é justamente essa a intenção de irmos para a casa da sua mãe! Você precisa se alimentar! Só come porcaria (quando come) e bebe! Não é a toa que é seco desse jeito! – eu disse pegando um dos braços dele para dar mais ênfase ao que eu dizia.

 

Ele olhou-me incrédulo.

 

- O roto falando do esfarrapado! Se enxerga, garota! – ele disse puxando o braço de volta.

 

Dei de ombros. Comentários vindos de baixo não me atingiam.

 

- Eu quero o numero da mãe de vocês! Esse fim de semana estaremos indo fazer-lhe uma visita! – eu disse decidida.

 

Os gêmeos ao meu lado bufaram, enquanto o resto ria.

 

P.O.V. BILL

 

Depois de um tempo finalmente pudemos manter uma conversa civilizada, fizemos os pedidos e quando enfim chegou a comida, o Tom resolveu que tinha que ir no banheiro.

 

- Tom, mas a sua comida vai esfriar! – eu argumentei.

 

- E a minha bexiga vai estourar se eu não for! – ele respondeu e foi ao banheiro.

 

Dei de ombros. O problema era dele.

 

Elizabeth logo começou a comer o frango que tinha pedido. Eu particularmente não gosto muito de frango, mas...

 

Ela fez careta.

 

- Algum problema? – perguntei inocentemente.

 

- Sim, o frango ta com um gosto ruim – ela respondeu.

 

- Então deixa de lado – eu disse e comecei a jantar.

 

Novamente ela fez careta e, para minha surpresa, pôs o frango mal comido no prato do Tom, pegando as batatinhas dele.

 

- Isso vai dar merda... – eu comentei mais para mim mesmo.

 

Tom logo chegou e Lizzie já tinha terminado de comer as batatas, ela levantou e disse que precisava ir ao banheiro.

 

Quando meu irmão foi dar uma garfada, logo percebeu que não havia batatinha nenhuma no seu prato.

 

- BILL! – ele exclamou me fazendo pular na cadeira de susto.

 

- O que? – eu perguntei já me irritando. Puta merda será que não podemos jantar em paz?

 

- Você comeu minhas batatinhas! – ele acusou.

 

Olhei para ele indignado. Ele não podia estar falando sério.

 

- Não, eu não comi! – eu respondi.

 

- Comeu sim, seu... Ladrão de batatinhas! – disse meu irmão apontando o dedo para mim.

 

Resolvi ignorar, sabia que não adiantava discutir.

 

Nesse momento, chegou a Samara de volta à mesa.

 

- Tudo certo? – perguntou inocentemente.

 

Olhei para ela incredulamente. Quanta cara de pau uma pessoa pode ter?

 

- Hey, por que tem um frango mal comido no meu prato?! – perguntou meu irmão fincando o frango no garfo e olhando-o com cara de nojo.

 

- Porque eu botei – respondeu a Samara enquanto voltava a jantar.

 

Tom olhou para ela como se visse um louco que fugiu do hospício ao seu lado. O que eu não duvidava ser verdade!

 

- Posso saber por que a senhorita pôs esse frango no meu prato? – perguntou “calmamente”.

 

- Porque estava com um gosto ruim – ela respondeu.

 

- E o meu prato parece lixeira? – ele perguntou indignado.

 

Agora ela olhou para ele.

 

- É claro que não! Você realmente acha que eu teria pego batatinha de um prato de lixo? – disse ela como se isso fosse a coisa mais obvia do mundo.

 

Pelo amor de Deus, que conversa de louco!

 

- Viu?! Eu disse que não tinha sido eu que pegou suas batatas! – eu me intrometi um pouco.

 

Eles apenas me ignoraram, como sempre.

 

- Ta, Elizabeth, mas então POR QUE você pôs o frango no meu prato? – perguntou ele começando a se estressar com a garota.

 

- Ora, porquê! Porque é isso que eu sempre faço com meu pai quando eu não gosto da comida! Eu passo para o prato dele e ele come! – disse ela como se fosse a coisa mais normal do mundo.

 

Claire na nossa frente dava gargalhada de toda a cena.

 

- E desde quando eu sou seu pai? – perguntou o meu irmão incrédulo com a comparação.

 

- Você não é meu pai! Ta louco! Tenho pena dos seus filhos! Mas você é meu responsável, o que é quase a mesma coisa! E como você é a figura paterna e o Bill a materna, você come o que eu não quero comer! – constatou a doida, me fazendo arregalar os olhos para aquela afirmação.

 

- Desde quando eu sou a figura materna? – eu perguntei indignado com o fato de ser chamado de mulher, indiretamente.

 

- Desde que você se veste feito uma menina, usa salto alto, pinta a unha de francesinha e usa maquiagem! – disse ela como se isso fosse óbvio.

 

Eu e meu irmão nos olhamos e eu vi ele mover a boca, falando silenciosamente: “Deixa quieto!”. E foi o que eu fiz.

 

Tom tirou o frango do prato dele, e o jantar correu tranquilamente, apesar do garçonzinho besta continuar de olho na pirralha.

 

No final do jantar, vi a Samara fazer um sinal discreto para o garçom e ele acenar, depois ela pediu novamente para ir ao banheiro e Claire apenas soltou uma risadinha, o que me fez perceber que coisa boa não ia acontecer.

 

Dei uns quatro minutos desde que ela saiu, e pedi licença também. Eu ia descobrir o que a garota estava pensando, sem duvidas!

 

P.O.V. TOM

 

Lizzie saiu e depois de um tempo Bill saiu atrás. Estou começando a estranhar, ele anda muito cheio de dedos com ela e até ajudar a arrumar a juba ela ajudou. Será que os dois estão se pegando?

 

Eu não sei, mas sem duvidas vou descobrir, e é hoje!

 

Pedi licença logo depois do Bill sair e levantei atrás.

 

P.O.V. Gustav

 

Vai dar merda! Aparentemente o Bill e a Lizzie estão se pegando e o Tom não sabe e ele sem duvidas descobrirá essa noite! Eu vou ter que impedir.

 

Você deve estar se perguntando por que eu iria querer impedir de os dois serem flagrados, mas eu sempre torci pelo Bill e a Lizzie ficarem juntos. Já faz um tempo que eu desconfio deles, já que o Bill morre de ciúmes da Lizzie e de mim, mas eu não me importo.

 

Pedi licença também e levantei, tentando impedir o Tom de fazer alguma besteira.

 

P.O.V. Claire

 

Ihhhh agora lascou-se!

 

A Lizzie é mais discreta que um elefante rosa dançando no meio do salão, e o Bill é pior ainda!

 

Agora o Tom e o Gustav estão pensando coisa errada e vai tudo por água abaixo se descobrirem!

 

Eu tenho que impedir que a Lizzie se ferre!

 

Levantei e puxei o Georg junto, para ele poder partir para a pancada caso dê algum barraco.

 

P.O.V. Georg

 

Hã? O que está acontecendo? Por que todo mundo se levantou na mesma hora para ir ao banheiro? Será que tem reunião? Que bando de louco!

 

P.O.V. Elizabeth

 

Eu estava dando uns pegas no garçom! E ele era super gato! Apesar de ser meio velho.

 

Ele não falava muito bem alemão, ele era espanhol e seu nome era Juan. É, eu sei, estranho, mas ele era gostoso, meu!

 

JUAN

 

Estava eu e ele, no maior amasso na parede do banheiro feminino, quando eu só ouço uma baderna ali perto e a voz dos gêmeos gritando.

 

- CALA BOCA, MEU! EU NÃO TENHO NADA COM A LIZZIE! É O GARÇOM QUE TÁ PEGANDO ELA, NÃO EU! – gritou o Bill

 

Puta merda! Estou ferrada!

 

Desgrudei-me do Juan e falei desesperada:

 

- Eles vão te matar!

 

Ele apenas arregalou os olhos e nesse momento, entrou a Claire no banheiro se esbaforindo.

 

- LIZZIE! Eles vão capar o garçom! Deu a maior confusão porque o Tom e o Gustav pensaram que você estava aqui com o Bill e o Bill não sabia de nada porque tinha vindo atrás de ti pensando que você tava com o garçom e... – ela falava, mas foi cortada quando na entrada do banheiro apareceram Bill, Tom, Gustav e Georg, que aparentemente estava mais perdido que velho cego em bombardeio!

 

- Hey! Quem você pensa que é para pegar a Samara? – perguntou Tom indignado indo para cima do pobre Juan.

 

- Eu... – ele tentou começar, mas Bill o cortou.

 

- Você não devia estar trabalhando? É falta de ética agarrar os clientes em pleno horário de trabalho! – ele disse vindo também.

 

- Mas... – ele tentou novamente, porém quem interrompeu agora foi o Gust.

 

- Você estava secando o meu bombonzinho desde que chegamos! Você já pensou se ela é comprometida? – ele disse.

 

Até aí já tinha juntado quase um bando, tanto de mulheres que estavam no banheiro, quanto do resto que estava no restaurante.

 

Eu não sabia onde enfiar a cara!

 

- Hey, Lizzie! Está a fim de sair daqui? – perguntou Claire baixinho ao meu lado.

 

- Claro! Mas como? – eu perguntei.

 

- Eu estou de carro! Vamos dar uma volta e depois eu te largo em casa – ela disse dando um sorrisinho maquiavélico.

 

Olhei para os rapazes, que já estavam fechando o circulo em cima do Juan. Definitivamente eu não queria que soubessem que a culpa era minha.

 

- Vambora! – respondi e nós duas saímos rapidinho daquele bafafá, sem nem olhar para trás.

 

Entramos correndo no seu carro e fomos para um barzinho cubano, super tranqüilo.

 

- Você acha que eles vão ficar muito bravos? – eu perguntei preocupada.

 

- Não, nem se preocupa. Eles vão te passar um sermão, mas logo esquecem! – ela disse sorrindo enquanto tomava um gole de seu drink.

 

Ficamos mais um bom tempo lá conversando e depois fomos para minha casa, onde eu enfrentaria as feras.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!