Já havia andando muito, muito mesmo, as solas dos meus pés estavam em carne viva, mais cedo eu havia encontrado uma lanchonete, havia trocado meu vestido por uma simples calça e uma regata azul, meus cabelos estavam preso em um simples coque.

De uma hora pra outra, minha barriga começou a roncar, eu estava morta de fome, além de cansada, e precisava comer. Sentei em um banquinho numa praça qualquer, abri minha bolsa e procurei por algo achei um saquinho de salgadinhos, abri e comi desesperadamente, parecia que eu não comia havia uma eternidade. Comecei a rir de mim mesma, por Deuses eu parecia uma mendiga, e de certo modo era engraçado sim, levantei a cabeça e observei a rua, parecia calma, pessoas passavam pelas calçadas, viviam seu dia tranquilamente, já eu...estava fugindo de algo que nem mesma eu sabia, avistei um garoto lindo, parecia que ele tinha sido moldado a uma forma perfeita, sua pele era bronzeada, e mesmo com uma camisa de mangas longas dava pra perceber que ele tinha um corpo em forma, seus olhos eram de um castanho claro, e seus cabelos castanhos caindo nos olhos e desorganizados, suspeitei que havia olhado para ele tempo demais, porque ele estava olhando de volta para mim e com um leve sorriso nos lábios, caminhava em minha direção, senti meu rosto ficar vermelho, ele parou na minha frente- O que uma garota tão linda faz numa praça sozinha e...-olhando para meus pés- Porque está descalça?- Não pude deixa de rir levemente, olhei para ele e disse- Bem...eu tenho os meus problemas, infelizmente não encontrei meus sapatos e na pressa decidi ficar descalça por ai mesmo- Ele sorriu, seu sorriso era lindo- Você tem pra onde ir...é seria indelicadeza minha perguntar seu nome?

–De maneira alguma.

–Então, bela dama, como se chama?

–Me chamo Diana, cavalheiro-disse olhando para seus olhos.

–Diana, você tem pra onde ir? Você me parece exausta. E a propósito meu nome é James.

–Não, eu na verdade estou procurando um lugar pra ficar.

–Olhando pra você posso deduzir que não vai me contar o porque chegou a tal situação. Porque dá pra perceber que você é uma adolescente de...16 ou 17 anos?

–16, e sim, não vou contar.

–Diana, posso te ajudar quanto ao lugar em que você possa ficar?

–S-sim- disse, nervosa.

–Bem, minha casa é um pouco grande demais, eu moro juntos com uns amigos e amigas, sobra bastante espaço de qualquer forma, você aceitaria? Seria uma covardia deixar você aqui sozinha sem lugar pra ir.

–Claro, porque não?

O cavalheiro me ajudou a levantar, por perceber que meus pés estavam em carne viva, ele me levou até um carro, que posso dizer que não era nada humilde, e me ajudou a sentar no lugar de passageiro ao lado do banco do motorista, deu meia volta e entrou no seu lugar, deu partida no carro, e após 15 minutos já estávamos diante de uma casa enorme que se parecia mais com uma mansão, não pude deixar de ficar impressionada.

–Então é essa a casa um pouco grande demais? Bem, ela é enorme.

–Não seja exagerada, venha, deixe eu lhe ajudar.

Passou seu braço por cima de meu ombro e me ajudou a sair do carro, subimos uma escada branca que dava até portas um pouco grandinhas, e formos atendidos por uma das amigas de James, ela era linda, irradiava um calor com seu enorme sorriso ao nos atender.-Olá James, já chegou? Bem eu esperava que você passasse mais tempo fora.

–Ah sim, Alice, eu ia passar, mas encontrei essa jovem na rua perdida, e bem...precisava ajudar.-Alice que parecia não me notar até ele me mencionar, olhou confusa pra mim e para minha surpresa disse:-Você me lembra uma jovem de Starfallen, estive presente em um baile ontem mesmo, e você definitivamente me lembra uma jovem que avistei por lá.