The Diary Of Gui escrita por Eduarda Cruz


Capítulo 16
Adeus


Notas iniciais do capítulo

Chegou ao Fim... ;(

Galera obrigado pela companhia, paciência e principalmente pela escolha.
De inicio era apenas um conto para um amigo, mas depois se tornou algo mais. A fic cresceu as ideias cresceram junto e eu queria continuar a escrever, e o resultado foi este. Sei que tem erros de português, eu sou iniciante ainda, asuahsu. Não tenho muita experiência, mas usei tudo o que sabia para escreve-la, então mais uma vez eu lhes agradeço, porque o que me motivou a continuar foi saber que haviam pessoas lendo uma história que eu criei e dei tudo de mim.
Bem, espero que curtam esse último capítulo e que seja como vocês esperavam.
Valeeu *----* seus lindos



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Relato tudo até a noite passada exagerando em detalhes para que a história também venha a ser excitante. O rumo que aquele diário tomasse depois de minha morte não seria mais problema meu, mas eu gostaria que o diário servisse de ajuda para a medicina e ciência no futuro após minha morte e que as pessoas a quem eu dediquei este diário lessem o que nele está relatado.

Fecho o diário e fico olhando sua capa, pensando em como aquele pequeno livro poderia mudar o mundo. Um pequeno diário com um conteúdo maravilhoso, contendo nele a história da minha vida.

Coloco o diário novamente dentro da gaveta, eu a fecho e acomodo-me na cama do hospital. Fico parado olhando para o teto do quarto enquanto relembrava os momentos magníficos que tive com Luan tanto em meu mundo quanto nesta realidade. Ambos foram marcantes e significantes para minha vida.

Uma estranha dor em meu peito vai tomando meu corpo lentamente, por alguma razão não me desespero e nem reajo contra esta dor, deixo-a seguir, meus pulmões ficam fracos e meu coração bate cada vez mais lento, minha visão começa a embaçar e um sorriso calmo e simpático toma conta de meu rosto acompanhado por um olhar distante de alguém que já não pode ver nada. Tento levantar meu braço, mas sou incapaz, meu corpo já não corresponde aos meus pensamentos.

Meus olhos se fecham e minha pulsação abaixa, vem em meus pensamentos tudo o que vivi durantes esses anos acordado e dormindo, sonhos inacabados, esperanças quebradas, uma vida inteira deixada para trás naquele momento, o momento em que nada mais importava a não ser o diário que eu ainda não havia terminado, se esses são meus últimos instantes de vida, então em meu diário mais precisamente na ultima pagina dedicada à história deveria estar descrito tudo o que neste momento ocorre.

Minha missão acaba aqui? É assim que tudo terminará? Sem um final digno, dediquei este tempo a esta história, não posso deixar que, tudo acabe aqui, assim e agora, preciso terminar as ultimas paginas, descrevendo esta passagem até minha morte.

Esforço-me para que meus olhos se abram, esforço-me em vão. Ouço uma enfermeira entrar no quarto às pressas, ela abre a porta com força empurrando-a e a fazendo se chocar contra a parede e causando um ruído seguido pelo barulhento impacto da porta contra a parede.

Ela toca em meu corpo bruscamente. Ela grita chamando por um medico, sinto sua mão suada e fria tocando a minha. Algumas pessoas entram fazendo barulho e com elas trazem uma maca, me retiram rapidamente com o máximo de cuidado devida a situação e colocam-me na maca e saem correndo do quarto, vejo rapidamente feixes de luz e deduzo que sejam as luzes do corredor. As rodas da maca giram cada vez mais rápidas enquanto os médicos empurram a maca levando-me para outra sala. Chegamos até uma sala escura, minha visão fica ainda pior. Sem poder ver muita coisa fecho meus olhos, como quando estamos no escuro e automaticamente nossos olhos se fecham na maioria das vezes sem que percebamos.

Sinto uma pontada fina como de uma agulha perfurar meu braço direito, algo se instala em meu corpo e não demora muito para que faça efeito, começo a ficar sonolento e em questão de segundos não vejo mais nada, tudo escuro como nas noites sem lua que somos obrigados a presenciar como um castigo divino pelos nossos pecados ao longo da vida.

Recobro a consciência sem saber bem o que havia acontecido, e sem o desejo de descobrir. Torno meu olhar para a sala em que estava e noto que não estou mais em meu habitual quarto.

A porta se abre e o quarto se clareia com o fecho de luz que continua a se expandir. Uma silhueta já bem conhecida surge na porta e entra no quarto. É Luan. Ele caminha em minha direção com um aspecto preocupado e com os olhos inchados de quem havia chorado.

– Meu amor eu fiquei tão preocupado.

– Não fique. Você sabe que uma hora eu terei de partir, e esta hora está mais do que próxima.

– Por favor, não volte com essa ideia, você simplesmente ficou fraco, mas isso passou o medico disse que você já não corre mais risco algum.

– Posso parecer bem, mas eu mesmo sei que não estou.

– Você sente algo?

– Só o sentimento de alguém que está prestes morrer. Sinto que minha vida está no fim e tudo o que posso fazer é terminar meu diário e deixar a minha magnifica experiência para toda a futura geração.

– Não, você irá ler este diário para nossos filhos e netos, terá bilhões de copias e ajudará no que quer que seja, a ciência e a medicina como você mesmo disse. Então por favor, pare com essa ideia de que vai morrer, porque você não pode me abandonar eu não posso mais viver sem você.

– Oh! Luan eu entendo seu sentimento e suas razões, mas não posso ignorar a realidade e hoje aqui sabendo de tudo que eu vivi, eu sei que minha missão está no fim e o tempo que me cabe aqui é apenas para terminar meu diário e depois eu partirei então eu acho melhor que você aceite a verdade, porque assim doerá menos.

– Não importa o que eu entenda ou aceite, perder você será sempre doloroso e doerá da mesma forma. Eu preciso voltar para o trabalho, mais tarde eu passo aqui para te ver.

– Tudo bem, mas volte mesmo. Eu quero estar perto de você.

– Tá bom, eu já vou. Tchau! Ele termina suas palavras dando-me um beijo e depois partindo.

Fico só naquela sala de luz fraca, uma enfermeira entra na sala e me traz comida.

– Se sente melhor. Ela pergunta

– Sim, obrigado. Será que eu poderia lhe pedir um favor?

– Depende, diga-me.

– Meu diário esta na gaveta lá no quarto será que você poderia pega-lo para mim?

– Ah, sim claro.

Ela sai da sala e vai em direção ao quarto, enquanto eu fico esperando-a. Passam-se cinco minutos e a enfermeira retorna a sala e com ela o diário. Ela me entrega o diário e a caneta e depois anda em direção à porta.

– Obrigado.

Ela para diante da porta e responde. – De nada, foi um prazer. Continue o que está fazendo, parece ótimo.

Ela sai fechando a porta. Não consigo conter minha alegria e o sorriso que surge em meu rosto.

Não perco tempo, torno a escrever em meu diário relatando tudo o que acontecerá em minha cabeça e os últimos fatos que ocorreram em minha vida, dando ênfase a minha quase morte, como meu triunfo final sabendo que meu fim está próximo.

Quando percebo a hora já é tarde e a noite já havia caído. Passo a escrever os agradecimentos, as dedicatórias e as notas finais. Deixando ainda algumas paginas do diário para o final da história.

Luan entra na sala trazendo com ele duas marmitas. Nós comemos e conversamos até tarde da noite, ele dorme junto a mim, na cama que era ainda maior que a do outro quarto.

De manhã quando levanto Luan já havia partido a enfermeira já havia trazido meu café, presumo que ela não tinha trazido há muito tempo porque ainda estava quente. Como meu café que estava mais gostoso que o normal.

Sinto novamente a dor em meu peito e algumas imagens do meu mundo veem a minha mente. Tenho uma espécie de premonição vejo muita gente na sala chorando, Luan também está na sala, mas ele está me abraçando posso senti-lo beijando minha boca e sua pele tocar a minha. Minha visão está fraca esforço-me para enxergar Luan, sinto algo sobre mim além de Luan, pego o objeto e vejo que é meu diário sinto-me obrigado a abri-lo, passo a relatar aquele momento como se fosse o ultimo, por fim as paginas acabam e eu colo o ponto final em minha história, sinto meu corpo ficar leve, uma sensação de estar livre como se eu tivesse me libertado de correntes. Minha visão embaça mais e Luan se aproxima...

Recobro a consciência já sabendo que aquelas páginas estavam guardadas para aquele fim que estava bem próximo. Penso que só me resta esta noite e que tudo iria ocorrer como eu pensava.

Pego o telefone ao meu lado e ligo para Luan peço que venha mais cedo hoje e que traga a família toda, ele concorda sem saber os motivos, mas não faz perguntas.

O dia se vai e a noite chega. A sala é tomada por amigos e parentes, meus pais e avós também estavam presentes. Vejo que tudo está indo conforme eu esperava a não ser por Luan ainda não ter chegado.

Eu aguardo-o, e ele não demora a chegar. Entra na sala, preocupado e se dirige diretamente para minha cama e pega minha mão apesar de dizer que não acredita nas minhas palavras ele sabia que eu estava por partir. Podia ver a verdade em seus olhos, ele sabia que tudo iria acabar naquela noite.

– Eu os chamei aqui para lhes dizer que eu tive uma premonição e que esta premonição deixou bem claro esta noite tudo acabará. Eu gostaria de começar agradecendo por todos virem e por estarem comigo todos esses anos, fazerem parte da minha vida eu amo todos vocês e irei guarda-los dentro do meu coração.

Eles passam a chorar e avançam em minha direção. Um por um me abraçam e se despedem, dizem-me algumas palavras e declarações e logo se afastam deixando espaço para Luan que estava pasmo e incrédulo.

– Guilherme, por favor, não me deixe, eu o imploro você é tudo para mim.

– Perdoe-me Luan, mas isso é algo que eu não poderei cumprir, afinal não fui eu que escolhi a morte, mas ela me escolheu.

– Resista por mim, iremos superar e vencer juntos tudo isso.

– Não há o que vencer ou superar, isso é a realidade e tudo o que me resta agora, não há como fugir disso.

– Não! Eu não posso aceitar isso, não vou saber viver sem você. Eu já programei viagens e até conversei com uma amiga que faz parte de uma ONG que acolhe crianças e as coloca para adoção. Eu gostei muito de um garoto e ele seria nosso filho.

– Adote-o ele será nosso filho, eu sempre sonhei com um herdeiro e não há porque você deixar de adota-lo. Assim este diário o pertencerá e meu sonho estará completo.

– Mas...

– Mas nada! Faça isso por mim, por nós.

– Não tem jeito não é?

– Não!

– Então eu o farei por você, essa criança saberá que teve um grande herói como pai, um grande homem, forte, corajoso e perfeito. E ele vai seguir seus passos e irá ler este diário.

– Deixo-o fazer suas escolhas e seguir seus próprios passos. Não seja duro com ele e deixo-o viver a vida, claro não o deixe fazer coisas erradas e se envolver com drogas, mas deixo sair com amigos e pelo menos com quinze anos já pode deixa-lo beber com amigos.

– Sim claro. Eu te amo Gui

– Eu também te amo meu amor.

Ele se põe sobre mim e beija meus lábios enquanto chora. Sinto o diário sobre minha barriga. Ele se ergue e eu apanho o diário, minha visão passa a ficar fraca e sinto que tenho pouco tempo para escrever este final.

Escrevo sem parar, relato tudo que me vem à mente naquele instante e chego ao fim, coloco o ponto final e fecho o diário entregando-o para Luan. Torno a olhar para todos na sala e chamo por Luan.

Ele se aproxima e eu então lhe dou o ultimo beijo, um beijo ardente e demorado.

Ele se afasta e eu dou meu ultimo suspiro observando todos àqueles que fizeram grande parte da minha vida.

Meus batimentos param e meu coração se liberta para sempre.

O Amor pode vencer barreiras, e por isso ele viveu cada minuto para escrever aquele diário, para deixar a herança mais valiosa que tinha para seus amigos, parentes e seu grande amor Luan.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por tudo galera, deixem seus comentários sobre a história.
Espero poder tê-los em outras de minhas fics. Em breve tem outro lançamento *--* Vlw



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