Can you keep the secret ? escrita por julya


Capítulo 13
Godbye. - Último Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Tipo, eu to com muita dó, mas é o último capítulo da fict. Posso pensar em fazer um bônus, mas acho que não vou fazer. Só se tiver mais uma recomendação. Conta de vocês hem? :).
Foi muito bom escrever a fict. Amo vocês e até outra fict!
*Leiam ouvindo All of the stars, do Ed Sheeran, Birdy - Tee Shirt ou Say Something.*
Bug no computador, capítulo pequeno por isso ;).



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A polícia está me cercando. Só ouço as batidas desesperadas do meu coração. Eu continuo correndo, pulando por cima de carros, pulando por cima de muros, empurrando pessoas. E eu nem sei quando, começo a chorar, soluçar. Mas não me permito chorar.

Entro no meu apartamento, ofegante. Apenas para me sentir melhor, troco de roupa, tremendo. Fico sentada na cama, olhando para o nada, esperando o não-sei-o-quê.

O destino? O carma? Realmente não sei. Apenas continuo lá, chorando, soluçando, tremendo, pensando. E agora eu me arrependo.

Não apenas pela polícia estar atrás de mim. Eu sinto saudade de Lúcia. De seu ombro amigo, as palavras que me reconfortavam, tudo.

Sinto saudades de Márcia, sempre rindo, brincalhona, sorridente. Que nos animava. E eu continuo chorando, soluçando, as lágrimas escorrendo em cascata pelo meu rosto. Eu sinto uma saudade infinita delas.

Eu tento sufocar e matar meu segredos. Acabo matando a mim mesma. Eu estou me matando cada dia mais.

Choro, só penso em chorar. As sirenes rasgam o silêncio do quarto, as portas estão sendo emurradas, meu choro está ecoando pelo quarto, Juliet está gritando, as pessoas ofegam assustadas, e eu choro.

Peço desculpas. Para Lúcia. Para Márcia. Para Juliet. E para mim mesma. Sei o que devo fazer. Sei qual é o único caminho para ser desculpada.

Tranco a porta do quarto com dificuldade, as mãos tremendo, e enquanto tento trancar, tenho o vislumbre da porta quase totalmente rachada.

Me encosto na porta e me deixo escorregar até o chão, meus soluços ainda mais altos que qualquer barulho. Levanto então e pego o estilete que está na mesinha.

Realmente, bem irônico.

Me sento novamente no chão, as lágrimas ainda embaçando a minha visão enquanto procuro coragem para fazer o que pretendo. Escuto novamente os berros, gritos, e o barulho de madeira quebrada. Eles estão na minha casa, e agora estão tentando entrar no meu quarto.

Lentamente traço o caminho da ponta do pulso para a outra ponta, o corte bem profundo e feio, fazendo a mesma coisa no outro braço. Vejo a rachadura se estendendo, e eles estão quase entrando.

A vida deixa o meu corpo, bem devagar, como se estivesse me purificando e me livrando dos meus pecados. Meus cortes ardem e o sangue mancha todo o chão. Eu sorrio, os lábios secos.

Posso ver vislumbres, que estão se tornando mais reais. Lúcia e Márcia chegam perto de mim e se ajoelham.

– É hora de ir. Você foi purificada, está livre para ir. Seus pecados ficaram aqui e você vem. - Lúcia diz, acariciando meu rosto.

– Vocês... não me odeiam? - pergunto, meio rouca, sentindo os sentidos falharem enquanto a morte me consome.

– Não tem como odiar você, Mel. No fundo, você é a mesma Mel. Nós te perdoamos. Nunca a culpamos, na verdade.

Então, repentinamente me levanto, no mesmo momento que a porta quebra. Posso ver Juliet acabando por chorar quando me vê morta, os policiais chocados, as pessoas me observando, meu corpo sem vida e palído no chão, os meus cabelos loiros cobrindo meu rosto. E assim, deixo tudo para trás, partindo com as duas únicas pessoas que importam.

E estou sorrindo.

– Fim. -


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Notas finais do capítulo

Não, eu não sou religiosa, ou algo assim. Aliás, eu sou budista, e achei que ia ficar lindo a Márcia e Lúcia perdoando a Mel. Enfim, curtiram? A Mel não podia ser presa. A Mel tinha que dar um jeito de se safar, né? ;)