Os Cinco Filhos da Aflição : Nerlinir nas 8 Terras escrita por Raffs


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Nesses dias eu ando inspirado pra escrever, cara :3
Que continue assim porque essa história é grande, muito grande



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– O Pêndulo de Jadir? – O rei Auratus ainda demonstrava dúvida.

–Veja por si mesmo, Atvar! – Pterois estendeu a mão, mostrando o brinco ao seu senhor.

Ao contrário do que pensávamos, Atvar não era o nome do rei, e sim um título que conotava superioridade à pessoa que o recebia.

–Mas como... – O tritão continuou olhando fixamente para o artefato, como se não houvesse outro igual. E acredito que era exatamente por isso. – A profecia está cumprida?

Entrei na discussão na hora certa, mas falei a coisa errada.

–Espera. Que profecia? Não quero responsabilidades desnecessárias. Para ser honesto, esse brinco não é meu.

Pterois fez vista grossa à minha falta de educação, e com um sorriso largo no rosto, exclamou:

–Não importa nada disso! A profecia da Anciã se cumpriu!

–Repito: que profecia?

O rei fez uma pausa para falar, pigarreando.

–Nos princípios do nosso próspero reino, quando tínhamos um quarto do tamanho e riquezas que temos hoje, o Atvar Regius Faalel II ordenou aos seus melhores artesãos que esculpissem uma estátua enorme no centro do palácio, homenageando a nereyd Jadir, a mais bela de todas as fadas do mar já vista, a qual ele pretendia pedir a mão em casamento. Após o término do projeto, Faalel chamou todas as nereyds para verem a estátua. Todas elas prontamente a aplaudiram e a elogiaram enormemente, à exceção da própria Jadir, que não se impressionara nem um pouco com a homenagem.

O Atvar, tomado pela loucura que causa o amor, disse a ela que faria qualquer coisa para impressioná-la. Jadir pediu uma única coisa: que lhe pusessem uma jóia, isto é, na estátua. Mas não uma simples jóia: assim como ela era a mais bela das nereyds, a bijuteria deveria ser a mais impressionante já vista. – Enquanto falava a última sentença, o rei apreciava a visão da jóia, embora aos meus olhos ela fosse de certa forma comum – Faalel não decepcionou, pois logo encontrou a tal jóia, comprando-a com metade do ouro que possuía, e logo fez um colar, que pôs na imagem de Jadir. A nereyd, então, percebeu que o rei realmente a amava, a ponto de fazer qualquer coisa por ela, e logo veio a aceitar o pedido de casamento tão sonhado pelo nosso monarca.

Mas homens reais da superfície, convidados para o casamento, ficaram rapidamente tomados de desejo, tanto pela jóia como por nossa protetora, Jadir. Tentaram-na, mas o rei os expulsou e protegeu a sua então esposa. Já com o colar foi diferente: enquanto todos festejavam no salão de entrada, a estátua, no saguão central, quase foi levada por ladinos da superfície.Nossos guardas os viram a tempo de proteger a imagem, mas os gatunos levaram a jóia, cortando a corrente, o que transformou o objeto em um pêndulo.

Após a festa, Jadir notou a ausência do colar, e tomada pela tristeza, ignorou a noite de núpcias. Ainda amava o rei, mas chorou durante anos a falta da jóia que tanto tomara esforço do rei para que a tivesse. Chorava de culpa, por ter forçado o rei a um trabalho em vão, e de ira, pelos inimigos que levaram o item de jade e ouro dos mais puros. Ela continuou casada, e viveu muito tempo com seu amado esposo, mas morreu de certa forma infeliz pela falta do colar. – Ele finalmente parara de falar.

–Tudo bem, entendido, mas onde que está a Anciã nessa história?

O olhar do monarca era sombrio.

–A Anciã. Ela é a bisneta de Jadir e Faalel, última remanescente de tal dinastia. É dito que no leito de morte Jadir a avisou de que um herói viria em tempos difíceis, trazendo o Pêndulo, e não apenas isso, trazendo salvação.

–E como ela poderia provar isso?

–Jadir não era apenas a mais hipnotizante ou habilidosa, ou esperta das fadas do mar. Ela tinha um certo dom de profecia, que só surgia de tempos em tempos.

Me senti tentado a perguntar por que ela não previra o furto de seu colar, mas percebi que seria insensato questionar algo com uma resposta tão óbvia.

De tempos em tempos, surgia o dom.

–Então, basicamente, está me dizendo, ó rei, que eu sou o herói que salvará vocês.

–Sim. – Repentinamente, Auratus mostrava ter toda a confiança do mundo e mais que isso depositada em mim. Eu só não sabia se também acreditava em meus ‘amigos’ duplamente náufragos.

–Por causa de um brinco, digo, pêndulo? – Talvez a palavra certa na verdade fosse “colar”.

–Pode-se dizer que sim. Nos dias de hoje, seria absurdo algo de tal proporção acontecer e ser uma simples coincidência.

Como em tantas vezes anteriores, fiquei sem resposta.

–Posso... falar com os outros ‘hóspedes’?

–Na verdade, esta é uma boa ideia. Splent, siga-o até a cela.

O capitão seguiu, sem pronunciar uma sílaba sequer.

Chegamos na cela.

Para ser franco, agora que eu observava da área externa, o lugar não era uma ‘cela’ propriamente dita. Era como um quarto, com 25m² e cinco camas até certo ponto confortáveis, além de uma mesa feita de madeira de navios velhos( notei pelos pregos soltos e inscrições desbotadas no tampo do móvel ). Basicamente, era um quarto de hóspedes, como eu citara antes, com a única diferença de possuir barras de ferro reforçado entre a área interna e a externa do cômodo.

Kalysa observava tudo atentamente. Ela não parara de elogiar o lugar, mesmo que estivéssemos ali como presos suspeitos.

Hvar e Mljet olhavam para mim, um com olhar de certo desprezo e outro esperançoso, provavelmente imaginando boas notícias, mas os dois apreensivos.

Lonpak dormia, e eu não o culpava. Também estava quase caindo de sono, mas era preciso aguentar devido às circunstâncias não muito agradáveis.

Gustaf fitava Pterois Splent como um leão fita a presa antes de partir para o bote. Deuses, aquele homem possuía uma facilidade surpreendente para criar rivalidades.

–O que foi decidido? Vão nos libertar? – Perguntou Hvar.

–O rei acha que sou o herói que salvará o reino.

Assim como eu, eles ficaram mudos diante da sentença.

–Como assim? – Tive a impressão de que Mljet falara aquilo apenas para quebrar o silêncio constrangedor.

–É uma loooonga história. Basicamente, uma Anciã que se diz descendente de uma antiga família real afirma que o herói em tempos difíceis viria com aquele pêndulo que caiu da minha orelha, sabe-se lá como.

–E o rei acredita nela? – Gustaf riu maleficamente – HAHAHA, o que aquele Auratus tem no lugar dos miolos? Algas?

Notei o desconforto de Pterois com o comentário do rusko, mas ele permaneceu inerte como que de pedra.

–Ele não me disse o que eu deveria fazer para salvar Telmar, mas me mandou aqui. Acho que quer falar com vocês.

–Então agora, por causa da merda de um brinco, ele quer falar conosco? Hilário, esse tritão.

O capitão dos soldados estava ficando vermelho, provavelmente segurando a língua para não soltar uma enxurrada de insultos contra Gustaf.

–Eu também não entendi ao certo, mas acho que ele quer saber se são confiáveis. Devido ao pêndulo, ele acredita cegamente em mim. – Notei a desconfiança de Splent – Não que ele tenha motivos para desacreditar. Bem, pode soltá-los? Estão desarmados de qualquer maneira.

Pterois fez um gesto e imediatamente os soldados abriram a cela, nos cercando por completo, como uma comitiva protegendo o rei. Só que no caso, éramos reféns.

Quando chegamos ao salão do trono, estavam junto a Auratus um casal de jovens. Eles, porém, não pareciam tritões. Sim, eu tinha certeza, eram humanos. Mais humanos do que eu.

O monarca notou nossa aproximação e interrompeu a conversa com os dois... adolescentes(?).

–Dyseus, Elyce. Jaas ait! – Gesticulou e os dois olharam para nós com curiosidade.

–Quem são...? – Sussurrei para Pterois.

–Os filhos do rei. Dyseus e Elyce Auratus. – Pelo jeito, ele responderia a qualquer pergunta que eu fizesse, ou melhor, que o herói fizesse.

–Eles não parecem com vocês. São meio... humanos demais.

Pterois assentiu.

–Não há motivo para negar. São filhos adotivos de Atvar Auratus. Foram encontrados nos destroços de um navio recém afundado, numa expedição nossa aos arredores de Telmar. A falecida esposa do rei era estéril, então ele os tomou como seus. São boas crianças. Acho que em termos humanos, têm 18 e 13 anos.

Gustaf se intrometeu.

–Achei que os reis pudessem tomar mais de uma esposa. – O espadachim apresentava ultimamente uma estranha bipolaridade. Em certos instantes era centrado e sério, em outros era um zombador profissional.

–Esses costumes não são bem vistos por aqui.

Dyseus e Elyce permaneceram de pé, observando nossa chegada até o trono.

–Zahre, blaesta! – Exclamou o garoto, mais velho.

–Zahre, blaesta! – Responderam os soldados em uníssono.

–O que significa isso?- Kalysa, como eu mencionei anteriormente, estava hipnotizada pelo aspecto e pela cultura de Telmar. Então tomei como compreensível sua curiosidade, afinal, eu também queria entender o mínimo possível do estranho idioma local.

Pterois parecia cansado de ter que responder perguntas idiotas.

–É uma saudação aos militares. Zahre é uma palavra que significa algo como ‘erga-se’, e ‘blaesta’ é ‘exército’.

–Assim como Atvar é ‘mestre’?

–Não exatamente isso. Apenas...- Fez uma súbita pausa – Chega. Vocês estão frente ao rei novamente, então escutem o que ele possui a dizer. Diferentemente de mim, ele não tolera muitas perguntas.

–Comentei com meus filhos sobre a missão incumbida a você, que se diz Nerlinir.

Os dois jovens se curvaram, fazendo uma mesura.

–Nunca imaginei que pudesse vivenciar os dias em que a profecia se cumpriu. – Dyseus falou. O garoto possuía um sorriso malicioso, como o de Gustaf, e falava com eloqüência e firmeza, como Mljet. Mas eu duvidava que lutasse como algum dos dois.

–A Rainha Jadir agradece. Compensaste todos os anos de sofrimento e ausência da sua alma, trazendo-nos este artefato cujo retorno até hoje pensávamos ser impossível. Só temos a agradecer, Nerlinir. – A garota, mais nova, era doce e transpirava inocência. Sua voz era suave, mas tinha os mesmos olhos não-tão-bem-intencionados do irmão. Falava comigo como se eu fosse da realeza. O que, de fato, eu já fora há anos.

Os dois eram pardos, com cabelos castanho-escuro. Os olhos tempestuosos eram verdes, como a jóia da lenda. Ele tinha o cabelo desleixado( presumo que propositalmente ), formando uma verdadeira mata acima da sua cabeça. Ela tinha madeixas que desciam em lindos cachos até a cintura.

Totalmente diferentes do pai adotivo, com seus cabelos lisos e ralos na cor da areia( assim como a barba ), pele pálida/azulada e olhos âmbar.

O rei chamou a mim( o único prisioneiro sem algemas ) e ao seu capitão, longe dos ouvidos dos outros.

–Splent. Eles são de confiança?

Pterois Splent ficou alerta repentinamente, tendo seu nome citado pelo rei.

–É, acho que se pode considerar assim. Não nos querem mal.

–Absoluta certeza? Qualquer dano ao meu reino causado por eles será culpa sua.

–Atvar. – Me encurvei, como via os soldados fazerem frente ao rei – Com todo o respeito, mas considero tanta suspeita desnecessária. Isto é, em relação ao meu grupo. Eles não oferecem perigo se não os ameaçarem.

Auratus permaneceu calado, porém assentiu. Apontou para os outros e os guardas os soltaram.

Logo após, mandou todos saírem do recinto, à exceção do nosso grupo, além de Splent e Dyseus.

–Suplico-lhes, senhores. Suplico por ajuda! Como rei deste povo, sei que estou fadado a viver sob uma máscara de força, vigor e coragem, mas já não sei o que fazer! – Todos continuaram mudos – As nereyds estão há muitos anos distantes de nós. Não sabemos o porquê, nem quem fez isso acontecer. Só sabemos que, de um dia para o outro, as fadas do mar, nossas protetoras e também protegidas, simplesmente cortaram a comunicação conosco.Temo sobre o dia em que precisarmos novamente da ajuda delas. O que direi ao povo? Que as entidades que deveriam nos proteger recusam-se a auxiliar-nos?

–Atvar, eu acredito que já disse isto para seus ministros, mas... Receio que descobri a resposta para tal corte de relações.

Os olhos do rei, até então sombrios, encheram-se de esperança rapidamente.

–Qual seria a resposta? Juro, Splent, que se conseguir solucionar tal caso, o promoverei a braço direito.

Pterois ficou novamente corado, provavelmente com orgulho da própria descoberta, mas foi atrapalhado por um dos presentes.

–A Pérola Negra. – Disse Dyseus – A Pérola Negra levou as nereyds à soberba. Aquele artefato corrompe seu dono, e sabes bem disto, pai.

Pterois ficou sem ter o que dizer, então simplesmente deu de ombros e fez uma careta, fingindo orgulho da astúcia do jovem príncipe telmarino.

–Isto...isto faz todo o sentido! – Exclamou, até certo ponto alegre, o rei – Mas a Pérola Negra foi entregue há muito tempo, no reinado de Faalel II...

–Exatamente. A Pérola estava lá o tempo todo. Foi dada pelo rei como um presente para substituir em beleza a Rainha Jadir, mesmo sabendo os efeitos a longo prazo da presença do objeto no Bosque dos Corais.

–Efeitos a longo prazo? Você quer dizer...

–Reversão de personalidade maligna? Sim. A teoria desenvolvida pelo capitão Pterois alega, com toda a razão, que a Pérola começou a surtir efeito cerca de dois anos atrás, precisamente quando migramos para o Mar Desconhecido, mesmo que durante um curto período de tempo.- A citação do seu nome deixou Splent perplexo e orgulhoso.

–Então o Mar Desconhecido amaldiçoou as nereyds?

–Não. – Respondeu Pterois – A maldição estava incubada na Pérola desde que chegou ao Bosque, mas só foi ativada com um vetor, no caso a passagem pelo Mar Desconhecido.

–Mas o que há de tão importante no Mar Desconhecido que numa rápida passagem ativou uma maldição em fadas? – Perguntou Mljet, como se estivesse debatendo junto com os outros três desde o início da conversa.

–Ninguém saberá até o dia em que os deuses resolverem nos dizer. – Afirmou, melancólico, Dyseus.

–Para ser direto, a solução que criei seria ir até o Bosque, retirar a Pérola Negra de lá, e colocar em seu lugar algo que tenha exatamente o efeito contrário.Algo com grande poder mágico benigno.

Nos entreolhamos. Era difícil admitir, mas todos sabíamos a resposta.

O Pêndulo de Jadir deveria ser entregue às nereyds.

No momento em que eu iria abrir a boca para questionar minha importância em todo o processo, um tritão desesperado surgiu correndo da entrada do palácio. Tinha cabelo vermelho( diferente do meu, o dele era realmente vermelho, e não apenas tons de avermelhado ) e pele mais escura do que o padrão dos da sua raça, mas pude reconhecer que era um nativo de Telmar pelos pés semelhantes ao do rei Auratus, e pelas pequenas guelras nas laterais do pescoço.

Estranhamente, se vestia como um ser humano, ou mais especificamente como um gargosi, com um casaco escarlate, calças de linho fino bege e luvas de couro também em bege. Tinha uma dúzia de adagas amarradas na cintura.

–Atvar! Taelmare naut kahen lis! – Aparentemente, ele só prestara atenção no rei, ignorando a presença de estrangeiros no salão.

–Jan, blaesta et har myatho. – Respondeu calmamente o rei.

De repente, o sujeito olhou para nós.

–Taelmare daslak kabesh. – Continuou o rei.

Como se nada de estranho tivesse acontecido, ele estendeu a mão para nós, com um sorriso.

–Prazer em conhecer. Chamo-me Pseph Nept. – Pronunciou cada palavra cuidadosamente, o que deixou claro que ele possuía alguma dificuldade para falar o Idioma Comum – Sou o mensageiro real de Telmar.

–O que dizia? Fiquei meio que interessado em saber o motivo do seu espanto. – Eu disse sem medo. Devido ao Pêndulo, eles não me recusariam nenhuma resposta, pois eu era, segundo a profecia, o herói que salvaria o reino.

Nunca entendi como funciona o trabalho desses anciãos profetas.

Pseph se mostrou receoso de responder à minha pergunta, mas o rei consentiu, então ele prosseguiu.

–Homens da superfície. Muitos. – Parou pra pensar durante alguns segundos – Certo, não eram muitos, talvez uma dúzia. No máximo uma vintena. Cidadãos me disseram que vieram de um navio da superfície que foi virado na tempestade de algumas horas atrás.

–Acalme-se, Pseph. Precisamos de exatidão.Onde exatamente eles afundaram?

O mensageiro não mostrou muito ânimo.

–Sobre o Bosque dos Corais.

...

O ‘conselho’ acabara.

Havíamos formado um grupo expedicionário que adentraria o bosque. No grupo estávamos eu, carregando o Pêndulo, Pterois Splent nos guiando, Gustaf( que só foi após insistência minha; o homem era forte e seria útil em caso de batalha ), Pseph Nept como sentinela, corria ao nosso redor à espreita de qualquer inimigo, Lonpak e Mljet, e, claro, Dyseus, como estrategista. O príncipe era realmente muito inteligente.

Kalysa e Hvar haviam ficado, por serem uma garota e um idoso. Não que Hvar concordasse com a decisão. A meretriz arkhen ficou andando pelo palácio, observando a arquitetura do local, segundo ela “apreciando a beleza rústica que Nerlinir citara antes”.

O rei iria ficar, claro, por ser a figura central do reino. A missão era de certa forma arriscada, e por mais forte que fosse Auratus, existia a possibilidade de baixas.

–Precisamos mesmo usar isso? – O Bosque dos Corais, embora próximo de Telmar, ficava fora da cúpula de ar puro onde se localizava a cidade, então era meio que impossível para nós sequer resistir à pressão da água, mas recebemos a armadura de pedra e coral, que supostamente nos protegeria desse problema. Mas o item a que Gustaf se referia era uma máscara de algas que cobria todo o nosso rosto, à exceção dos olhos, para que pudéssemos respirar sob a água.

Era uma solução inteligente? Era.

Mas nem um pouco confortável.

–Com o tempo você se acostuma. – Dyseus, sendo um terrestre como nós, mas vivendo em Telmar, tivera que usar aquele instrumento incontáveis vezes, segundo ele mesmo.

Os servos do rei também passaram um gel bizarro que segundo a ideia, servia para que os metais que carregávamos não enferrujassem. Afinal, todas as nossas armas possuíam metal no meio( estávamos na água, então ficamos meio que impossibilitados de utilizar flechas, para a tristeza de Lonpak).

E na questão da mobilidade com a resistência aquática, teríamos que aprender a nos mexer ali. Para isso não havia item que solucionasse.

–Todos prontos? – Perguntou Pterois, quando estávamos no limite da bolha de ar da cidade.

Todos menearam com a cabeça, e demos um passo por igual, agora para o alto mar.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, batalha batalha batalha
Sim, finalmente pancadaria de verdade o/

Comentem sobre o que acharam, sei que parece chato isso(eu não odeio vocês leitores fantasmas), mas comentários são muito importantes e ajudam o leitor a melhorar a história o máximo possível! :DDDD



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