Narvin nunca foi do tipo de romantizar a vida dos renegados de Gallifrey, nem mesmo na sua juventude quando entre as aulas da Academia muitos dos seus colegas de classe comentavam sobre os novos rumores das coisas que o Doctor tinha feito, nada lhe causava admiração, muito pelo contrario , tudo que ele ouvia parecia terrivelmente insensato na sua opinião.

E principalmente nunca lhe ocorreu que ele poderia acabar como um desses renegados.

Porque lhe ocorreria afinal ? Ele era Narvin, ele amava o seu planeta e ele sempre seguia as regras, mesmo as que pareciam meio estúpidas e sem sentido. Isso até ele achar que a sua presidente estava morta e quebrar uma regra, não uma pequena ou tola, mas uma das grandes, uma que lhe daria uma TARDIS e uma proibição permanente de voltar para o seu planeta, para sua casa e principalmente para a sua presidente.

Cada instinto que ele tem diz que ele deveria estar lá ao lado dela, servindo ela, protegendo ela, mas ele não segue esses instintos e diz para si mesmo para parar de pensar nessas coisas.Não acreditar que ela tinha planejado uma maneira de salvar a si mesma é o que tinha colocado ele naquela situação. Ela tinha Gallifrey novamente sob o seu comando, ela tinha Leela para protegê-la e principalmente ela era Romana ela arranjaria um jeito de consertar tudo, ele esperava.

Sozinho na sua TARDIS ele digita as coordenadas de um destino de pouso. Haviam muitos lugares onde ele poderia ir, arranjar um bom emprego, tentar ter uma vida respeitável, mas ele acabou digitando as coordenadas de um dos lugares que Romana havia mencionado por alto quando ela achava que ele não estava prestando atenção no que ela e Leela estavam conversando. Assim que a TARDIS se materializasse ele andaria pelas ruas dessa tal Paris que tinha causado uma impressão tão forte nela.