John socou a parede mais próxima, ele sabia claramente que a culpa de ter acontecido isso com a loira não era dele, mas ele sentia raiva, muita raiva, bastante raiva. A dor em sua mão na apareceu como ele esperava, seus dedos apenas ficaram vermelhos e com um pouco de sangue. John olhou para Rose, ela tinha lágrimas nos olhos, abraçava as próprias pernas.

— Eu não conto pra ninguém, prometo! — John disse chegando e sentando ao lado da loira.

Rose ergueu o rosto. Aquilo era o menor dos problemas que todos tinham agora, mas Rose sorriu. Sentiu seu rosto esquentar, John riu com a facilidade que ela tinha para fazer aquilo. Ele a abraçou, fechando o zíper do vestido.

Eles dividiram a cama, não exatamente do jeito que John queria que eles dividissem.

* * *

Na manhã seguinte Anne e Joana chegaram ao mesmo tempo na mansão do Dr. Smith, Anne entrou na casa observando tudo. Não queria encontra-los deitados no sofá e pelados, Anne sabia que seu filho já havia sido casado e mesmo antes disso ele já havia feito isso, mas era diferente, ela era a mãe, ela que estranhava imaginar seu filho fazendo aquilo. Eles não estavam no sofá.

As duas seguiram para a cozinha, onde preparam o café da manhã rapidamente. John foi o primeiro a acordar, ele saiu do quarto arrastando os pés, seus cabelos incrivelmente bagunçados. Ele entrou na cozinha, enchendo logo uma xícara de café. Anne e Joana ficaram o encarando.

— Não aconteceu nada! — John disse depois de um tempo.

Rose logo apareceu, só que arrumada. Ela sentou ao lado do noivo e tomou um gole de café, seu rosto esquentou ao perceber os olhos da Joana e da Anne sobre ela. Rose ergueu o olhar para John, o escocês olhou para suas mães e elas saíram da cozinha.

— Você contou algo a elas?

— Não, se você não contar, elas nunca irão ficar sabendo disso. — John respondeu olhando para a noiva que sorriu.

— Você tá zangado? — Rose perguntou depois de um longo tempo.

— Com o quê?

— Por ontem a noite... você queria...

John riu, um pouco de café saiu pelo seu nariz.

— Claro que não fiquei!

* * *

5 meses depois

Clara estava eufórica a sua frente, sua mãe também estava, assim como a Joana e a Anne. Rose abriu um olho, se olhando no espelho. O vestido era bonito e simples, nem acreditava que havia sido Clara que havia escolhido. Ela sentiu seus olhos se encherem de lágrimas.

— Nada disso! — Clara reclamou. — Nada de chorar e acabar com a minha maquiagem! Nem invente, Stra. Tyler!

Rose sorriu. Fazia somente alguns meses que John havia feito o pedido oficial e hoje era o grande dia. Ela às vezes se perguntava se tudo não havia acontecido muito rápido entre ela e John, mas sempre se respondia dizendo que tudo aconteceu como tinha que acontecer.

Ela sorriu ao lembrar de John.

— Vamos? — Anne perguntou sorrindo.

Rose olhou no relógio, já estava atrasada o suficiente.

* * *

O carro preto parou em frente a igreja. A ideia não havia sido de Rose, por ela o casamento seria na casa de John e pronto, mas ele havia insistido em casa na igreja. Ele afirmou que uma parte dele estava começando a acreditar que Deus existia, Rose achou aquilo ótimo.

Ela pegou o buquê das mãos de Susan e respirou fundo, queria ter seu pai ali com ela. Arthur Smith apareceu ao lado dela, ele estendeu a mão e Rose segurou-a. Ela sorriu para Arthur.

A macha nupcial começou a tocar, o coração de Rose foi a loucura. Suas pernas tremeram e ela temeu não consegui andar, mas Arthur a segurou com força, impedindo-a de cair. Eles entraram na igreja!

Rose reconheceu muitos dos convidados, algum dos seus amigos do escritório de advocacia, outros do hospital, viu sua mãe e algumas das suas tias. Ela sorriu para a mãe, mas sua atenção foi voltada rapidamente para John que esperava no altar. Ele havia cortado o cabelo e suas costeletas estavam lá, o sorriso dele fazia as borboletas no estomago dela irem a loucura.

Assim como Rose, John estava quase indo a loucura, ele queria logo que aquilo acabasse e ele finalmente pudesse, sem ter medo de perder, chamar a loira de sua esposa!

Arthur não demonstrava, mas ele estava muito feliz por dentro. Ele finalmente via seu filho feliz, ele sabia que ele não havia sido feliz com a Laura. Ele nunca havia tentando avisa-lo disso, John nunca o escutava, somente sua mãe e ela pensava da mesma forma que o filho. Mas agora ele tinha certeza que aquela loira era a pessoa certa.

Eles finalmente chegaram ao altar, Arthur entregou Rose para John e sentou-se ao lado da esposa, segurando sua mão. John sorriu mais ainda ao segurar a mão gelada da loira. Eles se posicionaram e o pastor começou o casamento.

As clássicas perguntas foram feitas, ambas as respostas foram “sim”, como todos esperavam. O coração de Rose quase falhou uma batida nessa hora, mesmo estando ali e oficialmente casada, ela temia, ela só não sabia o quer.

— Rose — John começou a dizer seus votos. — Todos aqui sabem o que aconteceu comigo depois que a Laura morreu e todos também sabem como eu fiquei quando você apareceu. Você é, sem sombras de dúvida a pessoa que eu esperei por toda a minha vida, a pessoa que me ensinou a viver novamente apesar de todas as dificuldades que enfrentei até te encontrar. Você hoje é a pessoa mais importante de toda a minha vida, a pessoa que me faz querer ser melhor a cada dia, que me faz pensar em realizar coisas que eu nunca iria querer antes. Eu amo você, Rose!

Rose sorriu, olhou Clara fazendo cara feita e percebeu que estava chorando, acabando totalmente com a maquiagem que a amiga havia feito. Ela aumentou o sorriso. Foi a vez dela falar seus votos.

— Eu passei alguns dias tentando preparar algo para falar — Rose começou, sua voz tremula por causa do choro que estava sendo impedido de sair —, cheguei então a conclusão que não a nada que eu possa falar para descrever o que sinto por você. A minha vida era totalmente sem graça, nada de interessante acontecia e então você me atropelou e tudo mudou, totalmente. As coisas foram acontecendo rápido demais e eu me apaixonei por você, tão rápido que eu nem ao menos percebi. Você faz o meu mundo melhor e eu te amo ainda mais por causa disso!

Rose foi interrompida por John que a beijou sorriso. Ela passou os braços pelo pescoço dele e intensificou o beijo, os aplausos a fizeram sorrir. Rose finalmente havia achado um meio de viver, havia achado o seu “homem legal” e agora com certeza iria viver o seu final feliz. Ela sorriu um pouco mais, John terminou o beijo com um selinho e sorriu ao ver o rosto da loira vermelho.

— Rose? — ele a chamou, a loira o olhou ainda sorrindo. John sorriu novamente. — Eu amo você!

— Eu também amo você, John!

FIM!