Aprendendo a viver escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 1
001


Notas iniciais do capítulo

Para aqueles que não leram o que eu havia escrito nas notas da história, aqui vai novamente: isso aqui não é plágio, eu sou a autora original da estória, sou a Ellen Fernandes, mas o meu outro perfil foi bloqueado permanentemente, eu o exclui e fiz esse aqui para novamente postar essa fanfic em especial.Obrigada pela atenção e tenham uma ótima leitura. Deixem seus comentários, please!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/521539/chapter/1

John Smith sentou na cama. Seu cabelo castanho estava uma completa bagunça, ele passou a mão no cabelo sentindo-se um lixo. Não havia dormido na noite anterior, ou havia? Ele não sabia ao certo.

John levantou da cama, saiu para a cozinha e encontrou sua xícara vermelha ali cheia de café. Ele suspirou ao ver o que estava ao lado. Joana apareceu sorridente, sua cabelo dourado estava preso em um coque e seus olhos azuis brilhavam.

— Bom dia! — ela cumprimentou. — Vamos? Tome-os!

John tentou protestar, mas sabia como funcionava a cabeça daquela britânica adorável. Ele pegou os três comprimidos e tomou-os todos de uma vez. Eles passaram rasgando pela garganta dele, John reprimiu um palavrão.

— Muito bem! — Joana falou. — Agora vá tomar um banho! E penteei esses cabelo, ele está horrível!

John se deu ao direito de sorri um pouquinho. Ele rastejou até o banheiro, lá ele se despiu e ligou o chuveiro, a banheira começou a se encher. Enquanto esperava a banheira encher, John resolveu se olhar no espelho.

Ele se escorou as duas mãos nas bordas da pia e encarou seu reflexo no espe-lho, o tempo não havia sido bonzinho com ele. Apesar de escutar muitos comentários sobre ele ser bonito, John não achava isso. Seu cabelo não tinha mais vida, era caído para os lados, sua barba tomava quase todo o rosto e o bigode também, seus olhos castanhos estavam sem vida, olheiras escuras se instalaram ao redor dos seus olhos e ele havia emagrecido bastante. Ele começava a concordar com o seu médio, ele estava com depressão.

Ele olhou para a banheira e rastejou até lá, desligou a torneira e começou a fa-zer a espuma. Quando já estava com bastante espuma ele entrou, deixou apenas a cabeça do lado de fora, logo ele começou a afundar deixando apenas o nariz de fora, logo até o nariz estava submerso. Seus pulmões já começavam a reclamar, eles estavam ardendo. John sentiu vontade de chorar, mas por quê? Já havia se passado quatro anos! Ele já havia sofrido bastante, não podia ficar daquele jeito para sempre... Bom, quem dizia isso era as outras pessoas, não ele. Ele gostava da dor, a dor era a prova que ele ainda podia sentir algo. Que ele ainda era humano!

John foi puxado para fora da água. Seus olhos arderam quando ele abriu, seu pai estava ali, com as mãos segurando firmes seus ombros, a porta estava quebrada.

— Você ficou maluco? — seu pai gritou. — Se enxugue e vista uma roupa!

O pai dele saiu com raiva do banheiro, o que ele tinha feito dessa vez? John tentou respirar, seus pulmões doeram.

Ele enrolou a toalha ao redor da sua cintura e saiu molhando tudo. Vestiu suas roupas e pegou a pasta com os casos do hospital. John Smith, o melhor cirurgião plástico de Londres!

Ele riu daquele nome patético! Ele errava, já havia matado duas pessoas na mesa de cirurgia, mas mesmo assim. Não importava quantos morressem, se o numero de sobreviventes fossem maior, ele continuaria sendo o melhor!

John bagunçou um pouco o cabelo, olhou no espelho e saiu do quarto. Sua mãe estava tomando chá com a mão tremendo, assim como Joana. Seu pai suspirou e pegou novamente em seu ombro, ele estava com raiva. Eles foram até o jardim que Joana cuidava com bastante amor.

— O que tentou fazer dessa vez? — seu pai perguntou. — Joana nos ligou apavorada, disse que você estava há dez minutos no banheiro e não respondi a ela. Tentou outra vez? Diga-me a verdade!

— Eu não tentei fazer nada! Eu juro! Estava apenas pensando, não percebi quanto tempo estava submerso! Eu juro!

— Eu acredito em você! — seu pai olhou para o final do jardim, John viu seus olhos se enxerem de lágrimas, logo uma caiu, seu pai enxugou rapidamente. — Iremos voltar para a Escócia, não aguento ver sua mãe sofrendo por causa do seu sofrimento que não acaba mais! Desculpe-me por isso! Sei que não é uma coisa que um pai faria, mas é o melhor para a sua mãe. Ligue sempre que precisa, ligue para mim, não para a sua mãe. Ela não pode mais sofrer! Desculpe-me novamente filho! Sinto muito mesmo!

John não disse nada, apenas ficou ali. Olhando para o seu pai e continuou até ele sair. Será que a Joana iria abandona-lo também? Ele escutou a porta da frente se fechando, logo uma mão gelada posou em seu braço. Ele olhou de lado e Joana estava lá.

— Você é o meu filho! — Joana disse. — Não irei deixa-lo! Quem iria cuidar de você?

John colocou a alça da bolsa no ombro e saiu, pegou a chave do carro na porta e saiu. Andar de carro no transito maluco de Londres, para John era algo maravilhoso! Relaxava, o fantasma do seu passado não iria perturbá-lo ali, com tanta gente buzinando e gritando. Ele só gostava de perturbá-lo quando estava tudo quieto.

Demorou vários minutos, talvez até uma hora para John chegar ao hospital. Ele parou o carro na sua vaga e saiu, arrumou a gravata preta e entrou no prédio. Andou em passos largos até a sua sala, já havia várias mulheres e alguns homens na sala de esperava. Ele cumprimentou a todos e entrou na sala, sua secretária entrou logo em seguida.

— O que temos para hoje? — John perguntou.

— Muita coisa! Você vai ficar lotado hoje! — sua secretária respondeu. O nome dela era Amy e ela tinha longo e belos cabelos ruivos, John gostava daquilo. Ela tinha uma queda por ele.

Logo a primeira paciente entrou. E assim foi a manha do melhor cirurgião plástico de Londres com depressão.

Na hora do almoço John sentou sozinho no refeitório, ele não comia muito. As enfermeiras o achavam sexy, mas não falavam com ele. Os outros médicos o achavam inteligente e não falava com ele. Todos o achavam algo, mas nenhum falava com ele.

John levantou para jogar suas coisas foram ele saiu sozinho no refeitório, voltou para a sua sala onde atendeu mais três pessoas e seguiu para a cirurgia do dia. No final do dia John estava cansado, ele precisava relaxar.

O hospital já estava todo fechado, só faltava Amy e John saírem para que a última porta fosse traçada e o hospital realmente fosse fechado. O carro da Amy estava ao lado do de John, eles caminharam juntos se trocar nenhuma palavra até lá. Ao chegarem nos carros, Amy pareceu que ia fazer algo, mas nada fez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aprendendo a viver" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.