Almas Perdidas escrita por Harukko


Capítulo 4
Correndo Riscos


Notas iniciais do capítulo

Título confuso esse, em?! O que será que vai acontecer? Só lendo para saber (obviamente) :v Então, boa leitura! ^^



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Passaram-se alguns dias, eu havia ido para a faculdade, mas descobri lá que eu não teria a última aula porque o professor havia sofrido um acidente de carro no caminho. Eu fiquei um tanto preocupada, mas descobri que ele sofreu leves ferimentos e não corria risco de vida. Então voltei para casa, ao lado da baixinha Teodora, claro, que não parava de falar por um minuto. Passamos pela rua dela, a mesma despediu-se e dobrou a esquina, eu segui caminhando. Chegando perto de casa, eu estava quase tocando na fechadura quando escuto:

– Socorro! Ajudem! – eram berros que vinham de dentro da minha casa.

Eu conhecia essa voz, era a nossa vizinha e muito amiga de Carol, a Tábata. Eu larguei a mochila na rua e entrei rapidamente. Vi a Carol desmaiada no chão e Tábata estava ao lado dela.

– Catharina, liga pro hospital! A Carol caiu e desmaiou, ela não está acordando. Rápido!

Peguei o celular no meu bolso e disquei o número, mas antes de começar a chamar, Murilo apareceu na porta da casa.

– Catharia, você esqueceu de entregar meu livro.

– Murilo, não é um boa hora! – Coloquei o celular no ouvido afobada.

– Ah, meu Deus! – disse ele ao ver a Carol deitada no chão – Carolina.

Ao atender eu expliquei resumidamente o que estava acontecendo, eles prometeram vir o mais rápido possível. O mais rápido deles pareceu meio lento, cada segundo parecia uma hora, mas finalmente entraram com uma maca pela porta e levaram-na para a ambulância.

– Quem irá acompanha-la? – perguntou o homem.

– Eu! – disse rapidamente.

– Ok, eu posso levar esses dois de carro – falou Tábata – A gente se encontra lá.

– Tá.

Entrei na ambulância e segurei a mão da Carol. Isso não podia acontecer. Aguenta firme Carol, Gustavo, por favor, sejam fortes!

Ao chegar lá eu fiquei na sala de espera nervosa. Teodora, Murilo, Tábata e seu marido, Caio, chegaram logo atrás.

– Acalme-se, Cathy, tudo vai dar certo – disse Teodora abraçando-me.

O médico chegou para dar o veredito.

– Como foi doutor, ela está bem? – perguntou Tábata ansiosa.

– Sim, ela está bem, e o bebê também. – Todos soltaram suspiros aliviados. – E muito enérgico, por sinal. Não parava um segundo de chutar e mexer-se.

– Já posso imaginar ele correndo pela casa. Se já é animado dentro da barriga da mamãe, imagina quando aprender a andar – comentei.

– Ninguém para esse garoto! – disse o doutor.

Sorri e senti o meu coração mais leve, que alívio. Eu não sei explicar o medo que eu havia sentido de perdê-la, sorte que tudo acabou bem.

– Eu posso ver ela?

– Pode sim, mas ela ainda não acordou.

Entrei no quarto e ela estava dormindo, segurei a mão dela e falei:

– Te amo, ainda bem que você não me deixou. Tenho certeza que esse menininho aí dentro te ajudou a superar tudo isso, e ser forte para continuar.

Fiquei esperando ela acordar, todos estavam no quarto sentados mexendo no celular ou lendo revista. O médico entrou e aconselhou que eu almoçasse, já era passada de uma hora.

– Mas eu quero ver ela acordar.

– O doutor tem razão, o melhor que você tem a fazer é alimentar-se. A Carolina está bem, não precisa se preocupar. Você quem vai acabar preocupando ela se ficar aqui com fome e não comer nada – disse Murilo.

Concordei com a cabeça e fomos todos para uma lanchonete lá perto. Pedi uma mesa para cinco e sentamos.

– Vocês são incríveis, obrigado por estar aqui apoiando a Carol – agradeci enquanto pegava o cardápio oferecido por uma jovem ruiva de olhos grandes e sardas na pele, uniformizada com um avental que contrastava muito bem com seus cachos alaranjados.

– Todos gostamos da Carol e de você, nunca deixaríamos vocês duas sozinhas – disse Caio, marido da Tábata.

Depois de comermos, todos voltamos para o hospital, e para nossa surpresa encontramos Carol já estava acordada.

– Eu te amo! Eu te amo – foi a primeira coisa que disse ao entrar no quarto do hospital.

– Eu também te amo – retribuiu Carol com um pouco de dificuldade. – Parece que não sou tão frágil assim, não é mesmo?!

– Claro que não, você é muito forte. – A abracei enquanto os outros sorriam.

Isso foi, isso foi... Eu nem sei explicar direito, só agradeço a Deus, a sorte, e até à um mundo paralelo que possa ter colaborado para salvar a Carol e deixa-la aqui comigo.


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Notas finais do capítulo

Ufa! Que susto a Carol nos deu. Mas tudo está bem e é isso que importa, então prepare-se para o próximo capítulo ;) Até mais!!



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