POV de Soluço

–Soluço...- Ouvi a voz de alguém me chamar e uma mão no meu ombro, abri os olhos e olhei para cima e vi minha mãe. Acabei dormindo ao lado da cama aonde estava a Astrid... de novo. Já faz quatro dias que ela está desacordada, o curador disse que no máximo seria dois dias, isso preocupou todos. Ele veio aqui ontem examinar ela, e disse que se ela não acordar em poucos dias, ela corre o risco de não acordar mais... Apenas o pensamento de Astrid dormindo para sempre me fez pior. Bocão esta cuidando da vila para mim. Estava perdido em meus pensamentos quando a minha mãe continuou:

–Soluço, você precisa sair um pouco, comer alguma coisa, respirar um ar. Isso não vai fazer bem, você pode ficar doente. Vá voar pelo menos um pouco com o Banguela, eu cuido da Astrid.- Sua voz era preocupada, que me fez pensar. Verdade, desde que nós chegamos em Berk eu ainda não voei com o Banguela. Mas eu não quero deixar a Astrid, quero estar aqui quando ela acordar. Minha mãe me olhava com mais preocupação, eu suspirei em derrota:

–Está bem... – Ela deu um pequeno sorriso:

–Eu vou pegar algo para você comer...- Ela saiu do quarto, coloquei a minha atenção na Astrid, ainda sem nenhum movimento, suspirei de novo e me levantei, beijei a testa dela e sussurrei:

–Eu volto logo...- Andei até a porta mas antes de sair olhei para trás para ela de novo. Então fui para a cozinha ande vi minha mãe sentada a mesa com um prato com um peixe nele. Me aproximei e sentei a sua frente, ela me entregou o preto e eu comecei a come-lo meio desanimado. Terminei ele ainda sem dize uma palavra, eu me levantei e fui até a porta e disse a ela:

–Estarei de volta logo.- Ela assentiu, sai e fechei a porta atrás de mim. Olhei ao lado da minha casa onde estava Banguela e Tempestade tristonhos. Me aproximei deles, quando me notaram me olharam com esperança.- Ela ainda não acordou...- Disse arranhando a cabeça da Tempestade que choramingou.- Minha mãe me disse para eu e o Banguela voarmos um pouco, você quer ir junto?- Ela abaixou a cabeça e choramingou de novo.- Hey, não fique assim. Eu sei que a Astrid vai acordar, ela é forte.- Isso não pareceu ajudar. Também como poderia? Até mesmo eu estava perdendo a esperança. Me voltei ao Banguela.- Vamos amigo...- Assim nós decolamos.

POV de Astrid (Aleluia!)

Senti a luz do Sol no meu rosto, abri os olhos lentamente me acostumando com a claridade. Então percebi que estava em uma casa que não era a minha. Me assustei e olhem em volta rapidamente, avistei uma escrivaninha com vários desenhos, foi aí que percebi que estava na casa do Soluço. Mas... como? Tentei me levantar e senti uma pontada na minha cintura, lembrei do meu corte que Draco havia feito. Tentei novamente só que dessa vez devagar, me sentei e levantei da cama andando até a porta com o corte me incomodando um pouco, mas ignorei. Abri a porta e desci as escadas observando a casa então vi Valka recolhendo a louça da mesa, quando ela virou de volta para a mesa e me viu me olhou um pouco espantada:

POV de ninguém

–Astrid! Que bom que você acordou! Nos deixou muito preocupados!- Valka se aproximou de Astrid e a abraçou. Astrid estava um pouco confusa:

–Por quanto tempo eu fiquei fora?- Perguntou se afastando:

–Por quatro dias.- Os olhos de Astrid se arregalaram:

–Quatro dias?! O que aconteceu?- Valka a olhou séria:

–Você não se lembra?

–A última coisa que eu me lembro é de eu e o Banguela estarmos esperando o Soluço voltar e quando ele voltou, eu apaguei.- Valka assentiu:

–Eu te conto.- Valka se sentou à mesa e Astrid fez o mesmo.- Então... nós voltamos o mais rápido que conseguimos para Berk, quando chegamos fomos direto para o curador, você estava tensa por causa da dor. Um momento você parou de respirar... todos nós pensamos que você havia morrido... mas então você se mexeu, o curador nos disse o que fez para te salvar, mas que você iria acordar depois de dois dias.

–Mas você disse que eu fiquei fora quatro dias.

–Sim, por isso você nos preocupou tanto. Se você não acordasse depois de quatro ou cinco dias, você poderia não acordar mais.- Astrid escutou tudo atentamente e ficou surpresa.- Mas você acordou! Vamos lá pra fora, todos devem saber disso!- As duas se levantaram Valka abriu a porta e elas saíram. A primeira coisa que Astrid viu foi a Tempestade:

–Tempestade!- Astrid correu até ela que se animou e correu também. Astrid a abraçou e ela a lambeu.- Também é bom te ver garota.- Valka sorriu se aproximando:

–Ela não saiu desse lugar nenhum momento sabia.- Astrid a olhou meio espantada:

–Sério?- Valka assentiu com a cabeça, Astrid sorriu e abraçou Tempestade de novo.- Obrigado por se preocupar.

–Astrid!- Astrid se virou e encontrou todos da gangue correndo em sua direção:

–Finalmente acordou!- Reclamou Cabeça-Quente.

–Você quase nos matou de susto!- Também reclamou Perna-de-Peixe:

–Vocês não vão se livrar de mim tão fácil.- Brincou Astrid fazendo todos rirem.

–Mas falando sério. Você nos preocupou.- Disse Melequento. Então todos ficaram em silencio olhando para algo atrás de Astrid que ficou confusa. Ela se virou para onde eles olhavam e viu ele... Soluço. Ele estava parado olhando fixamente para ela, sem acreditar. De repente ele correu em sua direção e a abraçou apertado e Astrid abraçou de volta.

–Nunca mais faça isso de novo...- Soluço sussurrou para ela que sorriu ainda em seu abraço.- Você não sabe como eu fiquei com medo de te perder...

–Mas eu estou aqui agora.- Ela também sussurrou para ele que encostou sua testa na dela com os olhos fechados e disse:

–Eu te amo...- Ela também fechou os olhos e sorriu:

–Eu também te amo... – Ainda sem abrir os olhos Soluço a beijou. Astrid respondeu ao beijo ao mesmo instante. Cabeça-Dura ia falar alguma coisa (que seria “Arranjem um quarto vocês dois.” Ou algo parecido) mas os outros tamparam a boca dele com suas mãos não querendo interromper o casal.