Meu Sonho Realizado escrita por emily urie


Capítulo 22
Capítulo 22 - Roubaram meu sonho!!!




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Sabe quando você sente uma dor tão grande que parece que estão enfiando mil agulhas em você? Se você não sabe talvez você não possa entender. Nesses últimos dias as pessoas tem me torturado tanto...

Eu queria parar por um dia pelo menos e só relaxar. Ficar com quem eu amo... Não é pedir demais. Com o tempo eu percebi que felicidade não é o tipo de coisa que pode ser comprada, porém ela pode ser dada. Você pode escolher dar ou não felicidade a alguém. Nos últimos meses eu vim recebendo muita felicidade, um tipo de felicidade que só uma pessoa no mundo pode dar.


Eu devia me envergonhar de ter duvidado do amor que ele disse que sentia por mim, mas eu não tenho mais tempo pra isso. Agora eu estava prestes a perder a pessoa que mais me dava felicidade nesse mundo. Eu definitivamente não tinha tempo pra me arrepender de alguma coisa, eu tinha que fazer alguma coisa e ao mesmo tempo eu não podia fazer coisa alguma.


Dizem que quando você menos espera alguma coisa muito boa acontece com você. Eu não tinha alternativa só podia esperar um milagre naquele momento.


Eu queria poder retribuir toda felicidade que ele me deu, eu queria que ele fosse feliz, eu queria fazer alguma coisa por ele nesse momento. Ele me salvou quando eu mais precisei, quando eu fazia as coisas apenas por fazer. Eu andava, eu falava, eu comia, mas tudo apenas por obrigação. Não tinha vida em mim, então ele chegou e mostrou o que era viver, que existiam mais cores do que só o preto e o branco. Hoje eu queria fazer o mesmo por ele, mas não estava mais nas minhas mãos. Eu estava sofrendo.


Eu nunca imaginei o William fosse capaz daquilo, era incrível como aquele ser, com rosto infantil, poderia ser capaz de tudo aquilo. Eu nunca conseguiria imaginar ele fazendo aquilo. Se eu não estivesse ali não acreditaria. E tudo porque me amava. Não dava pra acreditar naquilo. Ele fez o Brendon me trair para que eu pudesse ficar com ele, ele atirou no Brendon pra ele não entrar no caminho dele. Então eu era o culpado do Brendon estar naquele estado? Eu tinha visto o Brendon sangrando no chão da minha sala e a culpa disso era minha? Claro a culpa é toda minha. Eu nunca devia ter me aproximado dele, aí agora ele estaria na casa dele, não num hospital. Eu queria matar o William, ele tinha tentado tirar o meu sonho de mim. Quem ele pensava que era?

-E aí cara, você tá bem? - senti uma mão nas minhas costas, dando tapinhas.
-Eu tô bem. - Eu já tinha repetido essa mentira algumas vezes, já tava ficando natural. -Como você chegou aqui?

-Você ligou pra mim. Aí eu ouvi os gritos e chamei a policia.
-Ah claro. Obrigado por isso.
-Não foi nada. Sabe ele vai ficar bem.


Nessa hora eu senti uma mão no meu braço.
-Posso falar com você?
-claro. - Agora todo mundo tinha alguma coisa pra falar comigo.
-Eu sou Gabriel. Delegado. Eu estou no caso de William Beckett.
-Você já sabe o que ele fez com a minha mãe?

-Ele dopou ela. Nós a encontramos dormindo no seu quarto.
-então ela vai ficar bem? - Tenho certeza que um brilho chegou nos meus olhos, porque o delegado sorriu.
-Vai sim, é só esperar o efeito das drogas que ele deu pra ela passar, aí ela vai acordar. Ela esta no quarto 301, você já pode ir encontrar com ela se você quiser.

-Claro. - mas e o Brendon? - E o Brendon?
-Você vai ter que esperar o médico dar um parecer. - Eu já estava quase indo encontrar com a minha mãe, mas lembrei de algo que parecia importante.
-Você vai prender o William?
-Digamos que eu vou cuidar dele. - Ele piscou pra mim.


Eu decidi esquecer isso. O delegado foi embora. Eu me virei pra falar com o Pete.


-Eu vou lá encontrar a minha mãe. - Eu estava hesitando e fazendo gestos com as mãos.
-Vai lá. Eu vou esperar aqui.

Aquele hospital era enorme. Se eu não estivesse com pressa era capaz de eu me perder ali. Pelo menos a minha mãe estava bem, já era um progresso. Mas e o amor da minha vida o que ia acontecer com ele? Será que ele estava bem? Eu já tinha ligado para os pais do Brendon, eles estavam preocupados, provavelmente já estavam a caminho do hospital.
Encontrei quarto 301. Abri a porta. Minha mãe estava lá deitada, parecia dormir, ela realmente estava dormindo, mas não por vontade própria, alguém a tinha obrigado.


Eu fiquei um tempo lá, segurei sua mão e sai. Eu sei que isso foi relativamente frio, mas o meu coração e a minha mente estavam em outro lugar.
Eu sai do quarto. Fui andando, dessa vez lentamente pelos corredores. De longe eu vi o Spencer, o Jon, o Pete, que prometeu que ia ficar ali esperando, e os pais do Brendon.


-Vocês já sabem de alguma coisa? - eu perguntei com esperança.
-Não ainda não. O médico está examinando ele. - A mãe do Brendon respondeu com lágrimas nos olhos.


Parecia que eu estava assistindo a um filme. As coisas aconteciam como nos filmes. Pessoas boas que apareciam pra ajudar, na verdade pra consolar você. Um médico que some na hora que você mais precisa dele, coisas desse tipo.


Então como mágica. Exatamente como nos filmes. O médico aparece, todos correm pra perto dele, todos menos eu. Eu fiquei ali parado, só o Pete ficou parado do meu lado, ele devia se sentir deslocado, ou só estava com pena de mim. De onde aquele homem tinha saído mesmo? Não importava ele salvou a minha vida uma vez, tentou salvar o Brendon também...


-Como ele esta doutor? - A frase vinha do pai do Brendon.
-Bom, o tiro foi bem perto do coração, nós vamos tentar retirar a bala, se tudo correr bem ele vai ficar bom logo, logo.
-Isso é bom?. - A senhora Urie estava com a mesma dúvida que eu.
-Bom, poderia ser pior. Fiquem tranqüilos, vai ficar tudo bem.

Um sorriso surgiu em meu rosto.


-Eu só preciso que vocês assinem a autorização...


O médico ficou falando, mas eu não prestei atenção. Eu sentei. Lá na sala de espera, eu ia esperar acabar a cirurgia do Brendon, não ia me mexer até saber que ele estava bem.


-Como você tá Ryan? - Spencer. Ele tinha falado comigo. Eu não respondi.
-Não fica assim. Ele vai ficar bem.
-Eu sei disso.
-Então?
-Eu tô esperando a cirurgia acabar.
-Você sabe que pode demorar um pouco não é?
-É eu sei.
-Eu vou pra casa agora, mas se você precisar de alguma coisa, é só ligar.
-Ah, claro. Obrigado.


Então Spencer e Jon saíram. Eles eram como um só o que um fazia o outra fazia também. Me lembrava muito eu e o Brendon...

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Notas finais do capítulo

tenho demorado um pouco a postar, é verdade. Me desculpem, agora, ao som de aerosmith, faço essa atualização, beeijos!



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