Innocent MaDnEsS escrita por ApplePie


Capítulo 16
Chapter 13 - Midnight Snack


Notas iniciais do capítulo

Hello muchachas do meu coração!!
Quero agradecer à "Kathy Cooper" e à "Thalia Grace" por terem favoritado minha história =D
I hope you enjoy,
Kissus



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Annabella Starks

Ficou decidido que íamos passar os próximos dois dias numa casa de veraneio de Rory que ficava no final do mundo de Londres.

Tudo isso porque tínhamos que consertar a cozinha.

Muito obrigada, Tommy, por me tirar do meu conforto.

Amber e Ethan iam junto conosco porque eles são vagabundos, assim como a gente.

Era muito estranho ficar perto de Amber e pensar que eu já cogitei a ideia de amar Dylan, quero dizer, eu realmente amava Dylan, mas percebi que não era apaixonada por ele. Afinal, eu fiquei apenas com uma sensação estranha, e não com ciúme ou tristeza de não tê-lo quando eu vi os dois “juntos”.

Fomos em dois carros. No de Peter e no de Ethan.

No de Ethan foi ele, Amber, Dylan, Jack e Rory.

No de Peter foi... Bem... Quem não foi no de Ethan. O que sobrou.

Tommy ficava trocando de estação a cada cinco segundos. Eu, Henry e o Senhor-eu-vou-te-olhar-estranhamente-porque-odeio-garotas estávamos no banco de trás (ideia genial, não, irmazão?) e Peter ia dirigindo já que não ia deixar ninguém dirigir o baby dele.

— Tommy — eu disse com uma voz de bêbada já que minha bochecha estava sendo amassada pela janela do carro — eu juro que se você trocar de estação mais uma vez...

Ele virou-se para mim com um bico enorme.

— Não adianta choramingar — avisei.

— Ah, qual é, Bellinha? Eu estou sem nada para fazer.

— Então faça alguma coisa.

— O que?

— Durma.

Ele me fuzilou com o olhar e eu apenas revirei os olhos.

— Que tal uma brincadeira — disse Leon ao meu lado.

Os olhos de Tomtom brilharam.

— Que brincadeira?

— Quem conseguir ficar calado mais tempo ganha. Que tal?

Foi a vez de Leon ser fuzilado com um olhar.

***

Chegamos na casa de Rory depois de nos perdermos umas duas vezes. A casa realmente parecia ser saído das profundezas do inferno. Estávamos no fim do mundo.

— Quantos dias eu vou ter que passar aí? — Leon perguntou com os olhos tão esbugalhados como um baiacu.

— Dois.

Ele engoliu seco e assentiu sem dizer nada.

— Ah, qual é, gente — disse Ethan — essa casa não está tão ruim assim — ele puxou a porta para abrí-la.

A porta caiu em cima dele.

— Trouxa — eu ri da cara dele. Ninguém mandou tentar se fazer de machão.

— Há quanto tempo você disse que essa espelunc... Quero dizer casa, não é usada mesmo, Rory? — perguntou Dylan.

— Ah... Uns anos.

Ótimo, vou dormir com ratos essa noite.

Suspirando, adentrei na casa que, surpreendentemente não estava muito empoeirada. Olhei para Rory pedindo uma explicação.

— Uma empregada vem uma vez por mês aqui — ele deu de ombros — a casa não está tão ruim assim. É mais na aparência dela mesmo, não se preocupe — ele deu um sorrisinho — vocês não acordaram com pedaços do teto em seus corpos.

— Sabe o que podemos fazer? — Tommy perguntou — podemos contar histórias de terror.

Ponderei por um minuto e concordei. Eu gostava de ouvir contos e lendas de terror. Seria uma coisa legal de se fazer.

— Hm... Okay, temos três quartos mais a sala. Um dos quartos tem uma cama de casal, o outro tem uma de solteiro e uma bi-cama e no outro tem uma cama de solteiro e uma beliche. Na cama de casal vai dormir Bell e Amber porque garotas tem prioridade — minha hora de jogar o cabelo mostrando o poder feminino — e o resto se encaixa nos quartos, mas um vai ter que dormir na sala. Quem vai?

— Por mim sem problema — disse Leon — eu geralmente acordo cedo, então posso ficar com o sofá.

Passamos o resto da tarde limpando a casa (afinal, sabe-se qual dia do mês a empregada foi lá) e de noite ficamos assistindo filmes no Netflix.

Quando era umas onze horas da noite, quase todos foram se deitar porque todo mundo estava acabado com o lance da limpeza.

Eu fiquei conversando um certo tempo com Amber... Mesmo sendo meio estranho. Ela era uma pessoa bem legal e fácil de se lidar. Gostava de diversos tipos de música, sua cor preferida era amarelo e ela tinha uma gata chamada Lioness.

Depois da curta conversa, a modelo pegou no sono e logo depois, eu também.

Devo ter acordado pouquíssimo tempo depois com um zumbido dos infernos em meus ouvidos.

Eu estava com fome e com sono. É, eu provavelmente iria acabar matando alguém.

Tateei o meu lado da cama procurando pelo meu celular. Quando eu o encontrei, tive que afastá-lo o máximo que conseguia para o brilho da tela não me cegar. Olhei no horário da tela: 00:17.

Ótimo. Era meia-noite, estava quente e eu estava com fome e sono.

Enfiei minha cabeça no travesseiro, mas o sono não vinha de maneira alguma.

Tentei levantar da cama.

Puta que pariu, odeio camas velhas.

Crack crack.

Por favor, Amber, não acorde!

Fazendo um pouco mais de barulho consegui me levantar e olhei para Amber que dormia como uma pedra. Isso era um bom sinal.

Logo que me virei para andar bati o dedinho num dos pés da cama.

— Filho da... — soltei um choro.

As torturas da época medieval deveriam mudar para obrigar o coitado a ficar batendo o dedinho em quinas, porque é uma que nem no Inferno deve ser permitida.

Estava tudo escuro, eu tive que olhar para os lugares usando a luz da tela do meu celular como lanterninha. Minha missão era simples. Achar comida, água e quem sabe um ventilador e um repelente.

A água foi fácil, agora eu tinha algum problema com a comida. Porque todo o estoque estava dentro dos armários que eram bem mais altos que eu, e olha que eu não sou baixa.

Peguei uma cadeira delicadamente e subi em cima dela. Mesmo assim eu tinha que ficar na ponta dos pés para ao menos enxergar o que tinha dentro do armarinho. Vi que tinha uma caixa de rosquinhas e um pote de Mini Bis.

Eu estava quase alcançando o pote quando eu ouvi uma voz atrás de mim.

— O que você está fazendo? — disse uma voz meio rouca de sono.

Não esperando que alguém estivesse acordado, isso me fez tomar um susto e cair para trás.

Ai Meu Deus. É hoje que eu morro.

Como se a situação estivesse acordado a pessoa também, ela me pegou no colo.

Bem, Amber com certeza não era porque ela não tinha uma voz de homem e com certeza não iria aguentar meu peso.

Me virei para ver nos braços de quem eu estava e me choquei.

Era Brad Pitt.

Tudo bem, é óbvio não era ele.

Eu devo ter parecido um bicho ridículo de tão arregalado meus olhos estavam. Leon olhava para mim com choque também. Como se acordasse de sua perplexidade, Rider me colocou no chão de uma forma um tanto quanto delicada.

— Você me assustou — nossa, sério, Gênio?

Mas tudo que ele fez foi assentir.

— Percebi.

Silêeeeencccio.

Cadê os grilos?

— O que você está fazendo aqui? — nós dois perguntamos juntos.

Isso fez os dois ficarem mais chocados ainda.

— Eu estava com fome e não conseguia dormir.

Leon balançou afirmativamente a cabeça.

— Eu também não conseguia dormir, por causa do calor e porque eu ouvi você chegando à cozinha e amaldiçoando pés de cama.

Ainda bem que ele não conseguia enxergar direito o meu rosto vermelho no escuro.

Ele fez uma cara engraçada.

— Devo me preocupar que você é sonâmbula ou algo assim?

Apenas dei uma risada misturada com sussurro.

— Na verdade não. A única coisa que você deve fazer é buscar a caixa de rosquinhas e o pote de Mini Bis para mim.

Ele arqueou a sobrancelha, mas mesmo assim subiu na cadeira para pegar a comida.

Sério, qual a dificuldade de fazer um armário um pouco menor?

— Aqui — ele tacou na minha cabeça o pote — folgada.

Fuzilei ele com o olhar e peguei o pote do chão. Rider já ia descendo a cadeira enquanto comia rosquinhas.

— Não come tudo, seu gordo — eu sussurrei.

Ele fez um som que parecia com uma risada e foi até a sala onde ele estava dormindo.

É claro que ele tinha ouvido eu, uma cria de elefante com pato, indo até a cozinha.

Nós dois sentamos no sofá que era razoavelmente grande e confortável e continuamos a comer. Durante um tempo nenhum de nós falou nada, mas depois o silêncio começou a me irritar e eu decidi falar.

— Então — engoli os Bis — desde quando você é músico?

Ele virou-se para mim com um olhar meio retido.

— Eu comecei a tocar violino quando era uma criancinha — ele falou baixinho — quando eu tinha uns doze anos eu decidi aprender violão, eu fazia aulas numa academia de música onde eu conheci Dylan. Depois, quando eu e ele pensávamos em fazer uma banda, eu comecei a aprender a tocar guitarra.

Assenti com a cabeça.

— Você aprendeu violino com sua mãe?

Eu senti que ele ficou tenso do meu lado.

— Na verdade foi com meu pai.

Olhei para ele e vi que seus olhos estavam grudados no chão.

— Seu pai... Ele...

— Ele morreu quando eu tinha quinze anos.

— Sua mãe...

— Eu não gostaria de falar sobre ela — ele disse com um tom de voz muito sério e... De certa forma perigoso.

Eu apenas assenti e comecei a falar sobre mim para tentar deixá-lo mais relaxado.

— Eu também aprendi a tocar instrumentos com meu pai. Ele era um cara incrível, sabe?

Ele virou-se para mim e concordou.

— Eu sei, Peter fala bastante sobre vocês.

— Então você deve saber bastante sobre mim, né? — eu não iria gostar do resultado dessa conversa, mas eu não consegui me conter — o que eu acho muito surpreendente considerando o quanto você foi estúpido comigo...

— Annabe...

— Sabe, Leon, eu não sei o que te fiz. Mas talvez nem seja algo que eu fiz. Eu percebi como você trata garotas, Leon. Você por acaso é gay?

Leon engasgou do meu lado.

— Você está maluca? — ele exclamou do meu lado.

Ele suspirou e sentou-se do meu lado novamente.

— Não, Annabella, eu não sou gay. Eu apenas não gosto de ter que aguentar besteiras de garotas...

— Hey — foi a minha vez de exclamar — eu não sei o que você sofreu, mas...

— Exatamente! — ele levantou do sofá — você NÃO sabe. Então, que tal parar de cuidar da minha vida? Que tal parar de se preocupar quando EU SEI que você irá dar as costas para mim? Porque é isso que vocês, garotas, fazem.

— Isso não é verdade — eu falei calmamente — e você sabe disso. Daí um bom motivo de você conseguir conversar direito com Amber.

Ele suspirou e mexeu em seu cabelo nervosamente.

— Olha, Annabella, eu não odeio todas as garotas. Eu sei que existem garotas por aí muito legais. Mas o problema é que no meu mundo, no mundo do show business é MUITO DIFÍCIL dizer quem é uma garota legal ou não. Então apenas deixe para lá e vá dormir.

— Mas...

— Boa noite, Annabella — ele disse baixinho enquanto passava por mim e se fechava no banheiro.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu sei que está confusa toda essa história do Leon, mas tudo irá ser revelado logo!! Então não se preocupem!!!
Bem, espero que vocês tenham gostado. Eu consegui fazer essa capítulo um pouco mais grandinho que os outros. O próximo deve sair no domingo.
Até lá ;)
Kissus