Don't Touch My Cookies escrita por ApplePie


Capítulo 9
Capítulo 8 - Trevor merece uns tapas


Notas iniciais do capítulo

Hello muchachas!
Eu sei que muitas de vocês provavelmente querem me esganar, porque eu disse que tentaria postar na sexta... E já é terça... Desculpa mesmo, mas houve alguns empecilhos tais como: eu ficar super doente, eu ter que visitar minha avó e um trabalho de filosofia. Me desculpem. Espero que vocês não tenham ficado chateadas comigo...
I hope you enjoy,
Kissus



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Drake Withewood

Acordei com o despertador do meu celular tocando. Suspirando, levantei-me e fui tomar um banho rápido. Depois de sair do banho, coloquei uma roupa qualquer composta de uma calça jeans e uma regata preta. Não havia nenhuma necessidade de eu pentear meu cabelo, ele era liso e curto, então apenas ajeitei com a mão de qualquer jeito.

Peguei minha mochila, meu celular e, ao calçar meu tênis, desci as escadas.

No andar debaixo, na sala, Kyle conversava animadoramente com Anna. Passei por eles sem dar bom dia. Eles já estavam acostumados, eu não era o tipo de pessoa que era simpática, falando com todos e dando um bom dia.

Fui em direção a cozinha passando por Nicholas que murmurava algo sobre precisar comprar o último mangá de Naruto que tinha lançado. Percebi pela janela que Carter estava dando uma bronca em Frederick – muito provavelmente porque Freddy deve ter deixado alguns de seus utensílios médicos jogados por aí. Carter odiava isso.

Ao chegar na cozinha, Rana estava lavando a louça e Adelina estava conversando com Cordelia (essa era um dos únicos momentos em que Cordelia não brigava com seu irmão, Mason). Falando no garoto, Mason estava comendo cereal e ao seu lado Cassidy estava devorando seu omelete.

Deli percebeu minha aproximação e sorriu para mim.

— Bom dia, Drake — ela disse.

Respondi acenando curtamente minha cabeça e me virei para tomar um copo de café puro. Quando me sentei percebi que Sam tinha entrado na cozinha. Ele deu bom dia todos e virou-se para Adelina.

— Onde está o resto?

— Os gêmeos arrastaram Amy para fazer sabe-se Deus o que. Alex foi encontrar a namorada e Lucy não sei onde está.

— Aquela mulher é estranha. Ela parece uma Hippie louca... Não sei dizer — Mason comentou enquanto depositava a vasilha do cereal na pilha.

Cordelia deu um soco leve em seu ombro.

— Não fale assim de Lucy. Ela é bem legal.

Ignorando eles como eu faço na maioria das vezes, terminei meu café e virei-me para Sam e Cass.

— Vamos?

Cassidy correu para seu quarto para pegar sua mochila e escovar os dentes. Sam me seguiu em direção ao meu carro. Ele tinha dito algo sobre tomar café na universidade porque não teria a primeira aula.

— Vamos Cass! — gritou Sam pela janela do carro.

Ela entrou no carro e logo fechou a porta. O caminho da faculdade foi baseado em algumas piadas esquisitas e músicas do rádio.

Quando chegamos à faculdade, Cass se separou de nós, indo para seu respectivo prédio. Cassidy cursava jornalismo e Sam, química. Eu decidi fazer gastronomia fazia alguns anos porque meus pais sempre estavam viajando então eu tinha que cozinhar para mim mesmo e eu sempre gostei de fazer isso. Era uma das poucas coisas em que eu realmente era bom.

Como eu não gostava da primeira aula, decidi fazer companhia para Sam na cafeteria. Quando chegamos lá, uma ruiva chamou a atenção. Logo percebi que era a minha ruivinha. Amy estava sentada com os gêmeos diabólicos. Sua expressão estava tomada por concentração, Ryden falava e apontava algo em desenho.

Logo entendi o que estava acontecendo. Ryden fazia Artes e eu descobri – graças à Adelina, é claro, porque ela não calava a boca – que Amy estava começando a cursar Artes também.

Damien apenas observava os dois enquanto comia algumas bolachas. Amy começou a bater o lápis impacientemente enquanto olhava para o próprio desenho. Ao vê-la assim, lembrei de algumas características que tinha percebido desde a primeira vez que eu tinha a visto. Tais como seus olhos grandes e castanhos, sua pele que por mais que fosse meio pálida era cremosa.

— Hey, Drake — Sam me chamou, fazendo meus pensamentos voltarem para a cafeteria — você vem?

— Aham — disse meio abobalhado.

Ele seguiu meu olhar e percebeu a ruiva e os gêmeos. Ele voltou seu olhar para mim.

— Vamos nos juntar?

Dei de ombros. Sentar apenas com Sam ou com todos não iria fazer muita diferença... Eu achava.

Depois de Sam pegar seu café-da-manhã que era composto de um cappuccino e um misto quente, fomos para a mesa dos gêmeos e da ruiva.

— E aí, gente? — Sam disse.

Ambos os gêmeos começaram a falar animadoramente conosco, Amy apenas foi educada e logo voltou sua atenção ao trabalho. Vi no desenho alguém extremamente conhecido.

— Quem está desenhando? — perguntei subitamente.

Ela levantou seu olhar para mim.

— Ah — ela disse em tom de reprovação — é o meu par de desenho. Trevor... Trevor... Ah, sei lá seu sobrenome.

Sam repentinamente voltou a atenção a nós dois como se pudesse sentir a tensão sobre mim e aquele babaca chamado Trevor.

— Leight — respondi num murmuro — esse é o sobrenome dele.

Amy arqueou uma sobrancelha para mim, como se estivesse perguntando silenciosamente como eu poderia saber quem aquele desgraçado era. Apenas dei de ombros e comecei a olhar para o bando de pessoas que entrava e saía da cafeteria.

Damien e Ryden sabiam, assim como Sam, sobre o que aconteceu comigo e com Trevor, então os três ficaram quietos. Eu percebi que o olhar de Amy continuava em mim, ela ainda batucava o lápis na mesa.

— Você pode parar com o batuque? — eu perguntei. Não estava querendo ser grosso, mas foi o que acabou saindo pela má escolha de palavras e pelo meu tom de aborrecimento com o fato de Trevor.

Ela parou imediatamente e percebi que ela estava constrangida. Achei estranho, afinal ao que eu estava percebendo de Amy, ela era uma pessoa mais aberta. Definitivamente tinha algo errado e eu só fiz piorar. Parabéns para mim – note o sarcasmo.

Para aliviar o clima, Ryden voltou a falar com Amy sobre algumas dicas artísticas. Sam terminou de comer e disse que tinha que ir pra sala. Eu decidi que era a hora de eu também me retirar. Apenas dando uma rápida despedida com a mão, saí em direção ao meu prédio.

O campus de Oxford era enorme e o fato de parecer um castelo do século XIX ou Hogwarts não ajudava muito, mas mesmo assim, era fácil para eu localizar os lugares porque tinha ido várias vezes visitá-lo.

Meu prédio ficava perto da cafeteria e ao lado do prédio de Sam.

Sam e eu somos amigos desde infância. Sempre moramos em Oxford e acabamos procurando juntos um lugar que ficasse perto da faculdade. Cassidy nos conheceu no primeiro colegial, quando ela se mudou da Noruega.

Meus pensamentos foram dispersados quando eu ouvi uma voz irritante atrás de mim.

— Olá, Drake! — a voz aguda de Alexa penetrou meus ouvidos — está um belo dia, não?

Revirei os olhos. Alexa também era outra pessoa que nos conhecia desde o colegial, e desde o colegial ela insistia em querer transar comigo. Não sei se era porque ela queria esfregar na cara do namorado que se ele pudesse trair ela com alguém melhor, ela também podia ou porque eu era extremamente atraente.

A propósito, o namorado dela é Trevor.

— O que você quer, Alexa? — eu respondi sem qualquer emoção na voz.

— Ah, meu querido Drake...

— Como você não tem nada melhor para dizer, eu vou indo para a classe.

E com isso, eu passei na frente dela sem dizer mais nada. Percebi que ela estava tentando me alcançar, coisa difícil para se fazer com um salto fino.

Sentei em uma das carteiras desocupadas que tinha bastante gente ao redor impossibilitando de Alexa sentar-se ao meu lado. Derrotada, a morena dos cabelos cacheados foi para o outro canto da sala.

O professor entrou na sala e eu deixei minha mente vagar.

Amelia Del Crucci

Terminando de pegar as dicas com Ryden, rapidamente fui para o meu prédio. O loiro tentava me acompanhar – o que não era difícil porque seu passo era relativamente mais largo – já que eu estava praticamente correndo.

— Porque tanta pressa, Amy?

— Eu... Quero chegar logo, é só isso.

Na verdade, eu estava apenas ansiosa para testar as técnicas que Ryden me passou.

Ryden estava dois andares abaixo de mim já que era um ano mais velho. Eu continuei a subir as escadas. Minha bolsa sacola do gato Cheshire estava balançando no meu ombro, enquanto eu mantinha o meu caderno de desenhos protetoramente guardado em meus braços.

Ao chegar na sala me sentei. Decidi ouvir música antes do professor chegar.

— Hey, Amelia.

Ao ouvir aquela voz, tinha a súbita vontade de aumentar o som do meu celular, mas eu sabia que era falta de educação, então apenas falei.

— Oi, Trevor.

— Música boa? — ele perguntou como se fosse algo divertido — afinal, você não para de balançar os pés.

— É — eu disse com um tom de chateação — você pode dizer isso.

Sem mais nem menos, ele se sentou ao meu lado. E tentou puxar conversa.

— Como foi seu dia?

— Ele estava bem.

— Não está mais.

Ele suspirou.

— Olha, Amy, eu sei que você parece não gostar de mim, mas somos companheiros de artes. Eu quero te conhecer melhor.

— Você realmente não sabe lidar com as pessoas então.

— É... Você pode dizer isso.

— O que você tem com Drake? — perguntei subitamente.

— O... Que?

— Qual é a sua história com Drake? Soube que tem alguma coisa por trás disso tudo e fiquei curiosa.

— Não é nada demais. Nós apenas brigamos. Coisa de homem.

— Mulheres também brigam sabe.

Antes que ele pudesse responder, Alyson entrou na sala.

— Classe, como todos sabem, continuaremos com o trabalho de desenhar o par. Podem começar.

Virei-me para Trevor e comecei a analisá-lo criticamente. Eu geralmente não presto atenção nas pessoas, coisa que Ryden me alertou de começar a fazer. Eu comecei a desenhar e deixei minha mente vagar.

— O que está cantando? — Trevor perguntou com um meio sorriso.

— Eu... O que?

— Você estava cantando. Não percebeu?

— Ah, na verdade não.

— Não se preocupe, é normal alguns artistas terem manias enquanto desenham.

Apenas não disse nada e continuei a desenhar. Comecei pelos traços mais grossos. Trevor tinha uma mandíbula bem rígida, eu poderia destacar isso, pois era uma característica marcante.

Acho que se eu tivesse uma característica marcante seria o tanto de comida que eu como. Isso me fez lembrar o delicioso bolo de banana que eu experimentei na cafeteria. Eu precisava comer aquilo de novo, poderia até pedir a receita. Transformar a receita em cupcakes porque eu acho cupcakes mais fofos e mais fáceis de levar para a faculdade para comer. Eu realmente tinha ficado com fome...

— Amelia?

— Hm — eu disse aborrecida por Trevor fazer eu parar de pensar em cupcakes.

— Está tudo bem? Você parece meio distante.

Sorri pela primeira vez para Trevor.

— Essa sou eu, tentando me empenhar em um desenho difícil.

— Então — ele disse com um sorriso que fez eu tirar o meu do meu rosto — eu sou difícil?

— Seu desenho é. Já não sei sobre você.

— Isso é porque você nunca quis saber.

— E nem pretendo — eu murmurei.

— Sabe, acho que se a gente se conhecesse melhor, você poderia me desenhar melhor e vice-versa.

Arqueei uma sobrancelha. Eu estava desenvolvendo essa técnica bastante tendo que conviver com idiotas.

— Como assim?

— Que tal discutirmos os nossos hobbys? Aposto que você não tem a mínima ideia do que eu gosto.

Assenti sem dizer nada e deixei meu caderno de lado.

— Você começa — eu falei e ele sorriu.

— Meu sobrenome é Leight — isso eu já sabia — eu gosto de basquete e de dirigir minha Porsche. Minha cor favorita é vermelho e eu desenho faz um bom tempo. Sou péssimo em lidar com as pessoas, mas isso você sabe.

— Você provavelmente sabe meu sobrenome já que está tão interessado em minha vida. Minha cor favorita é roxo, desenho desde pequena. Amo ler e detesto pessoas que ficam tentando se aproximar de mim por motivos fúteis, esse tipo de gente merece uns tapas.

Seus olhos se arregalaram na última afirmação e o sinal tocou.

— Headshot — eu murmurei, não muito baixo, o suficiente para ele ouvir.

Peguei minha mochila e saí.

*

Já era quase a hora de jantar. Eu estava morrendo de fome – não que isso fosse alguma novidade. Eu estava sedenta por pizza... Pizza ou esfiha... Ou os dois.

Na sala, eu estava terminando de desenhar o olho esquerdo quando ouvi um grito de raiva ecoar pelo andar de cima. Era Cordelia. Ouvi passos que pareciam pertencerem a cavalos descendo as escadas.

Damien e Ryden estavam com sorrisos presunçosos nos rostos e corriam de uma Cordelia mais vermelha que um pimentão.

— VOCÊS ESTÃO MORTOS!

Eles saíram da mansão e foram pro jardim. Mason desceu as escadas como se os gritos de Cordelia fossem coisas normais – e talvez fossem – e sentou-se no outro lado do sofá.

— Hey Mason — falei suavemente.

Ele deu um aceno com a cabeça e um sorriso tímido.

— O que aconteceu?

— Os gêmeos tiraram fotos de Cordelia dormindo e imprimiram 10 cópias e distribuíram pela mansão.

Dei risada e balancei a cabeça. Damien e Ryden realmente se superavam a cada instante.

Continuei a conversar sobre coisas banais com Mason. Ele era meio tímido e bastante sério, mas era um cara legal.

Ouvi barulhos na cozinha e decidi pedir pra pessoa que estivesse fazendo o jantar, fazer uma pizza.

Quando cheguei lá, eu me assustei. Quem estava lá era ninguém menos que Drake. Separando ingredientes e mexendo em panelas, como se fosse algo que ele fazia todo dia.

— Woah... — eu disse.

Ao me ouvir, ele virou-se e deu uma risadinha.

— Chocada?

— Bastante.

Ele deu outra risada.

— Algo que Vossa Majestade gostaria de comer.

— PIZZA!! — eu exclamei.

Ele riu.

— Vosso pedido é uma ordem.

Ele começou a separar os outros ingredientes e a massa – eu não fazia ideia que tinha massa de pizza ali.

— Sabe — ele disse de repente — eu achei que assim que eu tivesse me vingado, você iria pegar sua mãos pequenas e me sufocar.

Eu sentei na bancada e comecei a comer um tomate enquanto balançava meus pés inconscientemente.

— Eu bem que faria isso — falei após engolir — mas os gêmeos falaram sobre as regras e por enquanto, eu não tenho muitas ideias de vingança. Precisa ser algo grande e original, mas não temas, eu não esqueci disso.

Eu percebi que ele parecia relativamente mais simpático e alegre enquanto cozinhava. Fato engraçado. Comecei a reparar em seus traços. Seu cabelo negro e liso que dava destaque em seus olhos azuis. Suas mãos habilidosamente abriam a massa da pizza, um meio sorriso inconsciente no rosto...

— Vê algo que gosta? — ele perguntou com um sorriso malicioso.

— Sonha — eu disse, enquanto voltava a minha atenção pro meu tomate.

Depois de comer dois tomates, Drake quase me expulsou da cozinha dizendo que eu ia acabar com os ingredientes, prometi que iria parar de comer e sentei na cadeira. Cansando de ficar parada, comecei a organizar a mesa.

Hoje a noite, iríamos ter pizza.


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Notas finais do capítulo

... Fiquei com vontade de comer pizza. Vou pedir pra minha mãe, ahahahahaha.
Enfim, espero que tenham gostado desse capítulo!! =D
Comentem, favoritem e recomendem. Qualquer coisa me deixa feliz ;)
Tentarei postar o próximo no final de semana, até lá,
Kissus