A lenda de Lavender Town escrita por Any the Fox


Capítulo 5
Assassins Ghosts


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Desculpem mesmo pela demora em postar! É que meu pc estava avariado e não deu para postar e para piorar a situação fiquei sem inspiração para continuar...
Mas aqui está, finalmente, o novo capítulo! Fiz ele um pouco maior que o costume e tals... Espero que esteja do vosso agrado, porque agora um mistério que assombra a família de Obsidiana virá ao de cima!
Enjoy!



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“Outro estrondo ouviu-se, mas este foi o estrondo da porta a cair, os fantasmas que andavam à solta em Lavender… tinham entrado…”

Gengars, Gastlys e muitos outros Pokémons de tipo fantasma entraram naquela sala, dando risadas altas e mórbidas, os nossos heróis entraram em pânico, o que mais temia aconteceu, num ato de instinto, desataram a correr pela casa a dentro, ocorrendo que se separaram.

Obsidiana, Green, Yellow, Leaf e Red correram o mais depressa que puderam para um dos quartos no andar de cima, trancando-se nele, na esperança que eles não conseguissem entrar, enquanto Ruby e Sapphire se trancaram na cave (que obviamente não é o melhor local para se esconder quando se trata de espíritos), Gold, Crystal e Silver trancaram-se na cozinha, evitando fazer o mínimo barulho possível.

— Ainda os estão ouvindo? – Red perguntou enquanto se escondia por baixo das cobertas da cama que estava naquele quarto.

— Sim, eles estão perto. – Obsidiana confirmou com a cabeça encostada à porta.

— Ah, isto não pode estar acontecendo! Parece uma daquelas creepy pastas que fans malucos colocam na internet! – Yellow choramingava do lado de Red com as mãos em volta da cabeça e os olhos cerrados com muita força.

— Vamos manter a calma. – Green pedia – Eles são Pokémons, certo? E todo Pokémon tem uma fraqueza. Podemos sempre batalhar com eles.

— O Green tem razão. – Leaf concordou – O problema, é que nenhum de nós sabe como lutar com um Pokémon fantasma.

— Mas… Obsidiana não é uma treinadora fantasma? – Yellow apresentou-se confusa.

— Sou sim. Mas temo que estes não sejam Pokémons fantasma normais. – Obsidiana afirmou.

— O que quer dizer com isso? – Red retirou a coberta de cima da cabeça para prestar mais atenção à colega.

— Bem, eu estava aqui escutando os seus gemidos e não me parecem ser de uma frequência normal… Green, me empresta o seu celular? Tenho de ver uma coisa. – Obsidiana pediu.

— Com certeza, mas o que quer ver? – Green perguntou estendendo o celular.

— Você ainda tem aquela aplicação que deteta frequências de ruídos sobrenaturais? – Obsidiana quis ter a certeza enquanto mexia no celular do colega.

— Tenho sim. – Green respondeu.

— Você vai usa-la para ver a frequência dos gemidos dos fantasmas? – Leaf concluiu.

— Sim… E é como eu pensei. Isto está muito acima de gemidos normais. Estes Pokémons não são normais. – Obsidiana esclareceu.

— Então… Não podemos lutar contra eles? – Red estremeceu.

— Não… - Obsidiana foi direta ao assunto.

Um silêncio horrível ecoava no quarto, apenas se ouviam os gemidos dos fantasmas do lado de fora. Todos estavam demasiado assustados para fazer algo…

Enquanto isso, na cozinha, Gold, Silver e Crystal desenvolviam um plano de fuga.

— Muito bem, assim apanhamos o grupo do Red no primeiro andar e saímos pela janela. Alguma dúvida? – Silver perguntava.

— Sim. – Gold afirmou. – Como é que tu queres que eu faça uma placagem num fantasma?!

— E porque é que eu tenho de ser o isco, hum?! – Crystal indignou-se também.

— Ei, alguém tem uma ideia melhor? – Silver defendeu-se.

— Eu tenho! Aqui há comida suficiente para nós os três. Porque é que não ficamos aqui para o resto das nossas vidas? – Gold sugeriu como se tivesse toda a razão do mundo.

— Eu apoio o Gold. – Crystal concordou com medo de sair dali.

Silver fez uma face palm antes de levantar o dedo para começar a mandar vir com os dois menores, mas enquanto estava a ganhar folego, a conduta de ar começou a fazer barulho.

— O que é que foi isto? – Crystal empalideceu olhando para a conduta que fazia cada vez mais barulho.

— Ok, vamos todos repetir comigo: Arceus nosso que estais no céu- - Gold começou antes de levar um tapa de Silver que ficou marcado na cara.

— Não é hora para ser engraçado, idiota! – Silver resmungou.

Após mais uns batuques, a placa que cobria a conduta caiu, podendo-se ver um rosto familiar.

— Uff, estava a ver que não! Olá, pessoal! – Ruby acenara para os outros de dentro da conduta.

— Ruby?! Mas o que você está fazendo ai?! Sabe o susto que nos causou?! – Crystal começara a entrar em histeria enquanto gritava com o outro.

— Calma, Crystal! Eu e Sapphire achámos uma maneira de fugir daqui! Só temos o pequeno problema de que aqui as condutas não são a coisa mais confortável de sempre. – Ruby explicara.

— Vocês fazem questão de fugir pelas condutas de ar? – Silver cruzou os braços com uma cara de desaprovação para o amigo.

— Hey, tem uma ideia melhor? – Sapphire perguntou de trás de Ruby na conduta. – Mas por amor de Rayquaza, despachem-se! Não há muito espaço aqui!

— Por acaso até tenho. Por tanto, podem dar meia volta que nós damo-nos bem sozinhos! Né', pessoal? – Silver constatou com o nariz empinado.

— Não é não, Silver. – Gold derrubou o moral do rival.

— Pois, eu não quero fazer de lanche para os fantasmas, ok? – Crystal lembrou.

— Porque é que não fazemos assim: Quem quiser vir connosco vem, quem quiser seguir o plano do Silver pode ficar. – Ruby propôs.

— Ok, mas eu não estou bem a ver quem iria com vocês e… - Silver parou de falar quando os amigos se afastavam e andavam na direção da conduta. – EI!

— Desculpa, Silver, mas eles tiveram uma ideia melhor. – Gold meio que encolhia os ombros enquanto Ruby estendia uma corda para eles subirem.

Crystal e Gold treparam pela corda até à conduta, onde com muita dificuldade se colocaram por trás de Sapphire.

— Então, Silver? Pode vir se quiser. – Ruby disse.

— Eu não vou! Eu saio daqui à minha maneira! – Silver quis manter o seu orgulho.

— Tem certeza? Olhe que é perigoso andar por aí sozinho. – Sapphire lembrou.

— Eu cá me arranjo. – Silver empinou o nariz fechando os olhos.

— Bem… Você é que sabe… - Ruby recolheu a corda e a prendeu no cinto que tinha à cintura. – Não precisa mesmo de ajuda?

— Não. – Silver se virou de costas.

— Hum… Bem… Adeus então… - Ruby despediu-se um pouco contrariado dando ordem aos colegas para fazerem marcha atrás.

Quando Silver sentiu que os amigos estavam longe o suficiente se virou para trás com uma cara que expressava um ligeiro arrependimento.

— Ah! Quem precisa deles, mesmo?! – Silver voltou a empinar o nariz e ao seu plano de fuga.

Enquanto Silver se desenrascava sozinho e o resto do pessoal se dirigia para o segundo andar, o grupo de Kanto fazia umas quantas descobertas.

— Obsidiana, eu nunca pensei isso de sua família… - Yellow constatou olhando umas fotos antigas que Red tinha derrubado no chão sem querer.

— Eu juro… Eu não sabia de nada disto… - Obsidiana estava chocada com o que via.

— Isto quer dizer que… Você é descendente do famoso grupo de treinadores fantasmas que cometia assassinatos em Lavender no século XIX? – Green perguntou estupefacto.

— Ao que aparenta sim… Eu sou a única descendente do grupo dos “Assassins Ghosts”… - Obsidiana não cabia em si, estava realmente assustada com a descoberta.

— Mas… Quem são os “Assassins Ghosts”? – Yellow perguntou confusa.

— Bem, nota-se que não tem ido às aulas de história ultimamente… - Leaf deu início à história.

História dos “Assassins Ghosts”

Os “Assassins Ghosts” eram um grupo de treinadores fantasmas que viveram em pleno século XIX, eles eram uma equipe do mal, tal e qual agora a Team Rocket e essas coisas… Mas havia uma grande diferença. Enquanto os grupos atuais são ladrões, eles eram assassinos! Matavam por matar, sem qualquer razão. Chegavam a matar cidades inteiras pelo mero gozo de ver as pessoas a sofrer. A sua sede era em Lavender Town, o único lugar no mundo em que ser um treinador fantasma não era punido por lei, mesmo assim, os habitantes dessa cidade tinham medo deles, que se virassem contra eles, o que fez muitos habitantes saírem da cidade.

Um dia, após terem regressado de um assassinato, a polícia conseguiu, finalmente, captura-los. No dia seguinte foram todos executados na praça pública, mas o líder, disse a seguinte frase:

— Nunca conseguiram matar um fantasma. Nós voltaremos!

Após isso, todos morreram na forca e nunca mais se ouviu falar dos “Assassins Ghosts”

……..

— Mas… Se todos morreram na forca… Como é que a Obsidiana é uma descendente? – Yellow estava confusa com a história de Blue.

— Bem, certas fontes afirmam que não foi bem assim. – Green entreviu. – Uma lenda que paira sobre essa história, diz que um deles foi poupado.

— Poupado? – Yellow estranhou.

— Sim. – Agora a interrupção vinha de Red. – Uma criança filha dos dois membros supremos foi poupada. Tinha meses na altura, não tinha culpa dos males que a família fizera. Mas… tempos mais tarde, ela desapareceu. Depois de encontrar fotos e relatos sobre os AG na esquadra da polícia. Fugiu com eles e nem ela nem os relatos voltaram a ser vistos.

— Ok, mas… Como é que sabem que esta é a caixa com as fotos da miúda desaparecida? – Yellow estava em dúvida de que Obsidiana seria mesmo a herdeira.

Red olhou para Green que acenou que sim com a cabeça, assim, o menor pegou na caixa e girou-a mostrando a frase escrita em sangue seco:

Como prometido… Eu voltei…

— Isso não prova nada! Eu não posso ser herdeira daquelas criaturas horríveis! Não posso, não posso! – Obsidiana desfez-se em lágrimas derrubando tudo o que via.

— Calma, Obsidiana, tenha calma! – Leaf tentava acalmar a amiga.

Obsidiana lutava contra ela própria, ela não cria nem podia ser herdeira de um grupo tão desumano! Ela tinha nojo de si mesma, queria ser alguém que não ela! Alguém que não tivesse descoberto um passado tão mau como o dela. No meio de tantos esticões de pernas e encontrões às coisas acabou por mandar um pontapé na parede, abrindo um buraco nessa, que parecia ter um compartimento que escondia algo.

— Um… Um diário? – Obsidiana estranhou enquanto pegou no objeto e leu a capa.

Diário de Pink Ghost


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Notas finais do capítulo

Oi de novo! Espero que esteja do vosso agrado, por favor, postem nos comentários o que acharam, é que não me quero desmotivar para escrever de novo...
Até mais!