– Clar... - cochichou Joe.

– O quê¿

– Você não acha que o Louis está demorando demais¿

– Não querido, deve ser difícil pegar os tíquetes sem que ninguém o veja.

– Ah!

– Duvido que você mesma acredite no que acabou de dizer – cochichou Tay no meu ouvido.

E era verdade, eu realmente estava começando a entrar em pânico e falei aquilo só para acalmar Joe. Já se passaram 40 minutos desde que Louis saíra daqui. Será que aconteceu algo¿ Mas se tivesse acontecido daqui daria para escutarmos, não¿

– Psiu!

– Você ouviu algo¿ - perguntei

– Ouvi... Mas achei que fosse coisa da minha cabeça – respondeu Taylor

– Psiu, Claar!- Olhei para trás da pilastra em que estávamos e avistei Louis atrás do balcão.

– Olhe é o Louis! – gritou Joe

– Fale baixo!

– Ah é, me desculpe.

– Tudo bem garotão! Só fale bem baixinho – ele piscou para Joe, então se virou para ver o trem que estava se aproximando com um barulho ensurdecedor e se virou para Taylor – ele é o que temos que pegar – apontou para o trem - Clar – ele olhou para mim – pegue a mão de Joe e corra o mais rápido que puder para dentro... Vou distrair os seguranças, dentro do trem ninguém vai nos impedir de viajar, mas aqui fora... Enfim, corram! Encontro vocês lá.

– Ok – respondemos.

Será que ele iria ficar bem¿ Louis logo reconheceu meu olhar preocupado e respondeu:

– Vai ficar tudo bem, confie em mim.

Então o trem parou e o maquinista desceu. Chegaram seis pessoas na estação.

– Podem ir entrando, lá dentro eu pegos os seus tíquetes!- gritou o maquinista para os passageiros recém-chegados. Depois que todos entraram ele olhou para os lados, estávamos escondidos e ele não nos viu e saiu para cafeteria do outro lado do trilho. Peguei a mão de Joe. Essa é a hora.

– Vamos! Vai à frente Taylor.

– Tudo bem! – falou ela já correndo.

Nunca reparei, mas ela corre bem rápida para uma fada. Nós fadas temos tanta prática com voo que andar para nós é um pouco mais complicado, correr então. Mas teríamos que nos acostumar, para não ser pegas. Temos que nos disfarçar de humanas. E humanos não voam.

– Vamos Joe! Agora! – Eu corri, corri o mais rápido que pude. E puxando o Joe que tinha mais dificuldade para correr e andar do que eu, que tenho mais prática – Vamos Joe, mais rápido!

– Estou tentando Clare! Mas... Mas... - Joe se calou e eu senti um puxão. ELE PAROU¿¿¿ ELE NÃO PODE TER PARADO! Virei para trás. – Ei! Solta ele! – eu gritei para o brutamonte de preto que estava segurando Joe pela gola no alto.

– Aonde vocês pensam que vão¿ - falou aquele homem alto, com uma voz carregada de elegância e autoridade. Senti um calafrio ao ouvir sua voz. – Nem pensem que vão sair daqui – ele puxou meu braço com a outra mão quase o deixando roxo instantaneamente.

– Quem não vai sair daqui¿ - Louis apareceu atrás do gigante de preto. Louis não é muito menor que o homem, mas ainda sim a desvantagem dele em relação a proporção do corpo era clara. Não que Lou não seja forte, mas o cara é enorme.

– Vocês mesmo! Se quiserem ir vão ter que passar por mim.

– Vai ser um prazer... - disse Louis voando pra cima do pescoço do homem que se assustou com o ataque surpresa largando Joe e eu, mas ele não caiu ao invés disso segurou Louis no alto.

– Entrem no trem Clar, ele não pode pegar vocês lá dentro... E ele sabe disso – disse Lou levantando uma sobrancelha para o machão a sua frente. – Você pode ser grande, mas não consegue pegar três ao mesmo tempo.- o homem franziu o cenho.

– Você é muito atrevido para um garoto do seu tamanho...sabe com quem está falando?

– Com certeza não com alguém muito esperto.

– Ok, chega de brincadeiras!- o homem deu um soco no queixo de Louis que ficou desacordado no mesmo momento.

Agora fudeu de vez!