Nostalgia escrita por Alice chan


Capítulo 2
No tempo errado


Notas iniciais do capítulo

Hahahaha obrigada por comentar, gente! Adorei todos os reviews *-*
Bem, hoje é um capítulo maior - e mais preocupante, como podem ver pelo nome.
Boa leitura!



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Depois disso, Harry sumiu.

Hermione ficou paralisada. Parecia até que alguém tinha usado "Petrificus Totalus" nela. Boquiaberta, e com lágrimas escorrendo no rosto, Hermione caiu de joelhos no chão. E começou a chorar. Nisso, alguns alunos acordaram, e desceram para ver o que era.

– Hermione, o que foi?

– Ah meu Deus, calma, o que aconteceu?

– Alguém chama o Rony, ou o Harry! Rápido!

– Não... Não... Não pode ser... - sussurrava Hermione.

Os cochichos foram aumentando, e mais pessoas foram acordando, e mais Hermione foi chorando, até que Rony chegou. Não sabia o que estava acontecendo, mais passou os braços por trás dela de modo acolhedor.

– Mione, acalme-se. Calma. Alguém traga um copo d'água! Não chore, Mione, me conta, o que aconteceu? Ande logo panaca, ela está chorando aqui! Mione...

Depois de alguns minutos consolando sua amiga, Rony segurou-a pelos braços, levantou-a, e disse:

– Pronto, passou. Passou. Agora me diga o que aconteceu.

– Gente, porque o Harry não desceu ainda? - perguntou Gina.

– Alguém vá lá acordar ele, estou ocupado aqui.

– Não posso, sou menina. - retrucou Gina.

– Calma, já vou indo - disse Simas, para acabar com a discussão.

Ao ouvir estas frases, Mione quase caiu aos prantos novamente, o que Rony impediu. Limpou suas bochechas rosadas - tão quentes–, e perguntou novamente o que tinha acontecido.

– Harry fugiu!

Simas desceu correndo as escadas, gritando estas palavras ao mesmo tempo que Hermione as dizia. Pulando dois degraus ao mesmo tempo, chegou rapidamente lá embaixo, e começou dizendo, com uma cara muito assustada:

– Harry não está no quarto!

– Como não está no quarto, Simas?

– Rony, Harry fugiu.

– Como assim, me expliquem direito essa história! - ralhou Rony.

– Eu não sei explicar - choramingou Simas.

– Então cale a boca, que eu sei.

– Fica na sua aí, nerdizinha, conta logo- mas Simas foi interrompido por Rony:

– Mais respeito, Simas, se não te quebro a cara.

– Calem a boca vocês dois! Harry roubou meu vira tempo e sumiu! SUMIU! FOI ISSO O QUE ACONTECEU! TENTEI IMPEDI-LO, mas... - a voz de Hermione foi perdendo força, e ela caiu nos braços de Rony, que estava paralisado, assim como todos. Alguns questionaram "o que é vira tempo?" "o que está acontecendo aqui?", mas a pergunta mais importante foi a de Rony.

– Por quê?

Percy, que era o monitor-chefe (sim, ele repetiu essa frase novamente ao descer as escadas) estava muito irritado porque o acordaram com aquela gritaria, e mandou todos para a cama, ameaçando chamar McGonagall. Todos estavam em choque, e não contestaram. Subiram vagarosamente aos seus quartos. Deitaram-se pensativos em suas camas.

Rony achou que já sabia o motivo do amigo ter feito algo assim. O encontro com Sirius fez com que a saudades dos pais aumentasse? Ele voltou no tempo para ver os pais? Talvez, quem sabe. Hermione sabia. E chorou a noite toda.

***

Harry fez a "viagem" toda de olhos fechados. A tristeza que era abandonar os amigos o impediu de ser forte. Quando percebeu que já tinha chegado ao passado, continuou com os olhos fechados. Ficou assim por uns minutos, até toda a mágoa passar.

Abriu os olhos. Estava na sala comunal da Grifinória, porém, sabia que não era a 'sua'. Percebeu que tinha coisas diferentes nela, coisas antigas. Apreciou um pouco o lugar. E lembrou-se que tinha muita coisa a fazer.

Primeiro, em que época estou? Não sabia quanto tempo ele tinha voltado, precisava descobrir. Saiu do salão comunal, e procurou alguns alunos. Talvez eles te dissessem em que ano estava.

Harry logo encontrou algumas pessoas conversando, animadas. Tentou se aproximar com cautela, tentando não fazer uma cara que denunciasse que não era desse tempo. Como se eles fossem adivinhar... Aproximou-se do trio (que era da Grifinória), e antes que pudesse perguntar qualquer coisa, eles já foram dizendo:

– Tiago!

– Não devia estar cumprindo detenção?

– D-Detenção? - gaguejou Tiago, digo, Harry.

– Sim... - disse receoso o terceiro colega - Não foi você que pendurou Snape na árvore de ponta cabeça? - e todos os três caíram na gargalhada. Menos Harry.

– P-Pendu-durei?

– Ainda se faz de desentendido! - disse uma voz feminina. Não vinha do trio (que aliás, fora embora), vinha de trás do Harry. Com medo, Harry virou-se devagar. E quase pulou de susto.

Era sua mãe. Claro, bem mais jovem, mas como era linda! Harry notou que era ela por causa dos olhos verdes, como o dele, e também pela cor dos cabelos. Porém, ela estava zangada. Zangada com alguma coisa que meu pai fez.

– Mãe?

Lílian se sentiu ofendidíssima, e deu um belo tapa em Harry. Virou-se, majestosa, jogando a capa para trás, quando parou ao grito de Harry:

– Espere! Foi sem querer, m... Lílian!

– Além de não ter respeito com meu amigo, não tem nem por mim? - e virou-se, para encarar Harry com seus olhos verdes penetrantes - Pelo Snape, até entendo você não gostar dele, mas pendurá-lo na árvore de ponta cabeça? Passou dos limites, Tiago! E ainda vem me chamar assim? DE MÃE? O QUE DEU EM VOCÊ?

Harry entendeu a situação. Sabia que o pai não gostava de Snape, e pelo visto, pendurou-o de ponta cabeça em alguma árvore. Queria realmente ter visto a cena. Seria engraçado.

– E depois, além de ter deixado o coitado lá, pendurado, humilhou-o na frente de todos! Era desnecessário, não acha, Tiago?

– Humilhei? Como?

– VOCÊ ACHA QUE ABAIXAR AS CALÇAS DELE NÃO É HUMILHAÇÃO? - gritou Lílian, que tinha corado. Ela estava realmente irritada. Harry não sabia o que responder, então apenas disse:

– Desculpa.

– Peça desculpas a ele, não a mim. E, não. Não vou sair com você.

E Lílian se retirou.

Harry ficou ali, pensativo. O que faria? Confundiram-no com seu pai, e tinha acabado de falar com sua mãe, e este era o lado bom da coisa (Harry quase chorara de emoção). Mas agora, seu pai tinha feito algo errado, e ele tinha que cumprir detenção, e pedir desculpas a Snape, mas espere, não voltei no tempo para isso! Seus pais ainda nem namoravam, e ele precisava salvá-los naquela noite.

Porém, Lílian voltou e interrompeu seus pensamentos:

– Que foi? Porque ainda está aqui, parado que nem tonto? - e já ia gritar com ele de novo, quando percebeu a cicatriz de Harry - Nossa, Tiago, o que é isso na sua testa?

Preocupada, Lílian se aproximou de Harry, e começou a analisar a cicatriz. Quando tocou-a, sentiu algo muito forte. Não sabia o que era. Nossa... Que... Sensação é essa? Eu... Eu... Não... Eu não fiz... isso?

Se afastou. Harry percebera o medo da mãe, e disse que ela não precisava se preocupar. Lílian continuou com uma cara preocupada. E com sua mão segurando a outra, trêmula, Lílian se viu na necessidade de pedir desculpas a ele. Não sabia o motivo.

– Desculpa. Não fiz o suficiente, né? - as palavras escaparam de Lílian, que as estranhou, mas não se arrependeu. Lágrimas brotaram nos olhos de Harry, que abraçou fortemente a mãe e disse:

– Você fez tudo. Obrigado.

***


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Notas finais do capítulo

Bem, e estamos aqui! Harry voltou no tempo errado, vixi? E agora?
Aguardem o próximo capítulo! Hahahaha
Até mais, gente! o/