A Ultima Vingadora escrita por Gabe Nick


Capítulo 8
Se você ama algo


Notas iniciais do capítulo

Perdão por ter demorado tanto



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A Batalha da noite anterior tinha sido difícil. Tony e Bruce estavam tentando criar um sistema de inteligência artificial, que pudesse tomar decisões por si próprio, como um JARVIS com sentimentos, de amor, ódio, felicidade e raiva. Bruce tomava conta da parte química enquanto Tony se preocupava com a parte mecânica, levou alguns meses até que a nova maquina, Makman estava pronta.

– Não vamos chamar disso – Foi o que Bruce disse depois da sugestão de Tony.

Makkie, como eles o chamavam estava sendo muito útil para missões e pesquisas, até que começou a questionar por que deveria obedecer ordens e Tony perdeu o controle dele. A próxima coisa que os Vingadores descobriram era Makkie causando terror pelo pais, e seu ultimo lugar visto era em Texas Dallas, mais uma viagem.

Mas como destruir algo que foi projetado para ser indestrutível, a cada luta, a cada golpe, Makkie aprendia como cada um lutava e usava isso contra eles, Nem uma arma, ou flecha explosiva era páreo para ele, não Hulk nem a armadura do Homem de ferro, eles se encontraram sem saídas quando Makkie foi derrubado no chão.

Ele não esperava um martelo caindo do céu.

Makkie poderia aprender e acabar com qualquer coisa humana, mas Thor não era humano isso deixou mais tempo para Tony descobrir o que poderia acabar com ele, percebendo que a única coisa que destruiria algo indestrutível, seria essa mesma coisa e se infiltrou dentro de Makkie que começou a atacar a si mesmo. Ele se matou e a paz retornou a cidadezinha.

Na manhã seguinte os vingadores comemoravam uma nova vitória com um belo café da manhã. Todos eles se reuniram na cozinha, com uma refeição gourmet, vários tipos de sucos e cafés, vários tipos de pães e frios, torradas feitas na melhor das torradeira com a qual Thor estava gritando por não devolver seu pão.

O botão do aparelho ficou vermelho e Pepper se aproximou com um prato branco quando duas torradas pularam da maquina e aterrissaram no prato, rendendo um pulinho de Thor e risadas de seus colegas. Pepper lançou olhares de repreenção para Tony e Clin e perguntou a Thor se ele gostaria de aprender fazer panquecas, obviamente disse sim, ele aprendeu rapidamente e começou a fazer uma montanha. Pra alguém que nunca pegou numa frigideira antes, aquele quase deus cozinhava muito bem.

– Parabéns Thor, estão uma delicia – Steve exclamou

– Obrigado Steve – Thor pausou – Eu não faço idéia do que estou fazendo.

Enquanto a conversa se desenrolava uma figura de cabelos vermelhos apareceu na porta, vestida com uma calça preta de exercícios e uma blusa alguns tons mais vermelhos que o seu cabelo que estava agora preto em um grande rabo de cavalo atrás de sua cabeça, poucos notaram sua presença, o primeiro foi Bruce, mas todos olharam em sua direção quando ouviram sua voz.

– Bom dia – Natasha falou – Eu sinto o cheiro de panquecas

– Nat senta, Thor fez essas deliciosas panquecas – Bruce falou

Todos estavam ao redor da bancada da cozinha observando Thor preparar as panquecas, Bruce sentado e Natasha se mudou para se sentar ao lado dele, Steve estava no outro lado de costas para a porta de onde Natasha tinha chegado e Clint estava de frente para ele, com Tony ao seu lado segurando uma caneca de café quente.Thor estava de pé perto do fogão e Pepper estava do lado de Steve mandando mensagem.

– Thor? Você sabe cozinhar? – Natasha perguntou surpresa

– Não, eu não faço idéia do que estou fazendo.

Ele repetiu. Eles sorriram Era bom estar todos juntos assim dividindo uma mesa no café, quase faz eles se sentirem como uma família normal, quase. E rir, se divertir os fazia lembrar que eles estavam vivos, eles sobreviveram mais uma vez, e quando se vive na incerteza se você terá mais um dia de vida, cada segundo é precioso.

Bruce se levantou e pegou uma xícara e o bule de café e encheu de café até 3/4 da xícara e o resto de leite, colocou duas colheres de açúcar e uma pitada de creme e colocou na frente de Natasha. Natasha sorriu, ele tinha decorado o jeito que ela tomava café no café da manhã. Aquilo não passou despercebido,

– Obrigada – Ela disse baixinho

– De nada – Ele olhou para ela

Eles ficaram alguns segundos sorrindo presos no próprio mundo.

– Arrumem um quarto – Tony disse pegou seu prato e saiu da mesa.

Tony realmente não sabia ser discreto. Natasha e Bruce coraram e continuaram como se nada tivesse acontecido. Se bem que todos na mesa fingem não perceber os olhos discretos, os sorrisos, ou como eles passam muito mais tempo juntos desde que Natasha engravidou. Eles fingem.

Nadia estava agora com 7 anos e meio e já estava treinando a 9 meses. Sua mãe teve um pouco de resistência no inicio, mas foi convencida. Ela treina arco e flecha com Clint, e sua mãe prometeu que ensinaria ela a usar armas de fogo depois que ela tivesse 12 anos.

Com Natasha ela treina vários tipos de luta corporal, proteção pessoal, e aprende Latim, Russo e outras línguas, com Bruce ela aprende tudo sobre biologia, química, fisiologia, física escalar e física nuclear. Com Steve ela se concentra em áreas humanas e também estuda a SHIELD, seus antecedentes, ou seja a guerra que originou o Capitão America, como a SHIELD surgiu e a cada mês ela tem que escolher um dos vilões da SHIELD e aprender tudo sobre ele, inclusive fazendo uma prova no final do mês. Com Tony engenharia e mecânica e com Thor, nas poucas vezes que ele consegue permissão para vim a terra ele quase nunca pode ensiná-la alguma coisa, apesar dela adorar ouvir e estudar história sobre a história de Asgard e outros planetas que ele visitou.

Nadia estava trabalhando duro para se tornar uma Agente se ela vai escolher ser Agente de campo ou de laboratório isso ela vai decidir, mas saber que sua filha tem uma escolha, diferente dela, já a faz dormir melhor a noite. E naquele momento Nadia estava no subterrâneo da casa, Clint estava ao seu lado arrumando o modo como ela segura o arco, ele a observou e percebeu que ele não tinha muito que arrumar, então simplesmente lhe entregou uma flecha.

Nadia tinha dado uma idéia para eles treinarem, então Clint colocou uma maquina que lança bolas de tênis virado para a parede e o colocou na primeira velocidade, Nadia reclamou e pediu para ele colocar na terceira, a mais rápida, lançava aproximadamente 1 bola por segundo, mas Nadia parecia ter certeza então Clint apenas levantou as sobrancelhas, ele se mudou até atrás da maquina de lançar bolas de tênis e configurou para velocidade 3.

– Da onde você tirou isso? – Ele perguntou

– De uma serie antiga “Arrow”, foi bem popular por volta de 2013

Clint acenou com a cabeça e apertou o botão ligar.

A maquina começou a cuspir as bolas, as quais Nadia perfurou cada uma na parede, sem deixar nem uma cair, seu ouvidos estavam atentos tanto quanto seus olhos e braços ao ouvir o barulho de uma bola lançada, seus olhos detectavam a mesma e mais que rapidamente seus braços trabalhavam em lançar a flecha, e em meio segundo pegar outra e assim se repetir.

Depois de alguns poucos segundo Nadia abaixou o arco e flecha e apenas observou seu trabalho. Clint de olhos arregalados se aproximou de Nadia, sem chances que ela conseguiu fazer tudo isso com 8 meses de treino com apenas 3 dias de treino por semana.

– Você anda treinando sozinha?

– Eu posso ter vindo algumas vezes aqui em baixo sozinha

– Algumas vezes? – Ele exclamou desonfiado

– Segunda, quarta, quinta, e sábado.

– Então nos dias que não temos treino

Nadia apenas sorriu, mas ela observou como Clint pareceu chateado

– Clint? Ta tudo bem?

– Ta é só que – Ele pausou– É que você não deveria treinar tanto

– Não se preocupe comigo – Ela bateu no braço dele e sorriu.

A garota exclamou que precisava de café, ela era idêntica a sua mãe, Clint concordou com a cabeça e Nadia começou a se retirar.

Obviamente tinha algo o incomodando. Clint as vezes se sentia desnecessário, ele era parte dos Vingadores como qualquer outro, mas ele não esperava que ninguém esperasse muito dele. Quer dizer Natasha também era só uma agente sem poderes, o que fazia ele se sentir um pouco mais à-vontade com os caras.

Mas não quando se tratava de Nadia. Natasha era sua mãe e ela sempre a veria como uma heroína, Bruce, Tony, Steve e Thor também, mas não ele, talvez um irmão mais velho que todos esquecem no final. Ele não acredita que realmente está duvidando de quem ele era, mas ele está, e ele queria ser mais útil para Nadia.

E Nadia sabia disso, por isso voltou correndo e o abraçou com toda a força

– Eu não seria nada disso se não fosse por você

Ela disse sem solta-lo, Clint sorriu e coloco-a no chão. Ela beijou o lado de seu rosto e voltou para o andar de cima. Clint se moveu até a parede perfurada e tirou todas as flechas, então ligou a maquina de volta, e fez os mesmos movimentos que Nadia, no final ele conseguiu o mesmo resultado.

Clint sorriu para si mesmo, pelo menos ele recuperou um pouquinho de autoconfiança. Aquela garotinha não fazia a menor idéia do impacto que ela tinha nas pessoas que moravam com ela. Ele desligou a maquina limpou qualquer bagunça que ele tinha feito e caminhou até o andar de cima, ele trocou de roupa para uma roupa mais confortável e caminhou até a sala de estar, onde Nadia tinha acabado de chegar e se sentado no meio de Pepper e Tony quem perguntou como foi o treino.

– 15 bolas em 12 segundos – Ela falou suspirando

– É isso ai bate aqui garota – Tony falou

Os dois fizeram um High–Five

– Mas eu quase perdi uma, sempre posso melhorar

– Certo Arqueira, vamos fazer um belo café da manhã pra você, vamos

Pepper a chamou com a mão estendida, Nadia segurou sua mão e as duas foram para a cozinha logo Thor estava atrás delas falando sobre as suas panquecas, que Nadia insistiu em provar mais de uma vez. Natasha observou sua filha se retirar, e uma grande quantidade de curiosidade tomou conta dela então ela se levantou e caminhou para fora da sala.

Bruce a observou chegando perto do outro lado do corredor, ele logo não poderia mais vê-la, então ele esperou alguns momentos se levantou também e começou a segui-la. Tudo o que se conseguia observar eram os barulhos insinuantes que Tony e Clint faziam e a cara de confuso que Steve estava fazendo, aquele homem era muito inocente para ficar perto deles.

Natasha entrou em seu quarto, fechou a porta e caminhou até o meio da sala.

JARVIS? – Ela perguntou para o ar

–Senhorita? – Ele respondeu

– Quero ver o que minha filha estava fazendo a dez minutos atrás

– Baixando as imagens em seu computador.

Natasha se sentou em sua cama e pegou seu notebook, ela esperou até que JARVIS conectou o computador com as câmeras de segurança e assistiu sua filha atacando as bolas de tênis, ela não conseguiu se satisfazer e continuou a apertar replay varias vezes. Um sentimento encheu seu peito e a fez sorrir, oh sim era o orgulho. Ela sentia tanto orgulho de sua menina. Ela apertou o play outra vez e aproximou a imagem para olhar o rosto de sua filha, sua posição corporal era exatamente como a de Clint em batalha, ela tinha a determinação dele com certeza.

Em algum momento entra a terceira e quinta vez que Natasha estava assistindo Bruce bateu na porta, entrou na sala e se sentou do lado dela, ela colocou o notebook uma parte na perna direita dele e a outra parte na perna esquerda dela. Ele olhou para a menina na tela e não conseguiu acreditar que já fazia um pouco mais de 7 anos. 7Anos desde a vez que ele a pegou no colo pela primeira vez.

– Ela vai ser uma ótima Agente – Os olhos de Natasha brilhavam

– Ou ama ótima Doutora, ela é a melhor aluna que eu poderia ter

– Ou você é o melhor professor que ela poderia ter.

Bruce levantou a cabeça e olhou para Natasha, ela espelhou exatamente o movimento. Quem visse de fora acharia que aquilo era apenas uma amiga elogiando um amigo, mas para eles significou muito mais do isso. Eles olhavam nos olhos um do outro, movimentando os olhos como quem lesse a pagina de um ótimo livro.

Vidrados, hipnotizados.

Como se pudessem atingir a alma de seu amigo através de seus olhos, ela observa seus olhos castanhos e ele seus olhos verdes, parecia tão certo, não se sabia quanto tempo passou, talvez segundos ou minutos e ninguém sabia quem se inclinou primeiro, talvez tenha sido Natasha, talvez tenha sido Bruce, talvez tenha sido os dois ao mesmo tempo, mas eles sabiam o que estava prestes a acontecer, tão perto de ela podia sentir seu hálito fresco e quente em sua boca, reconfortante pra dizer no mínimo.

– Nat – Ele sussurrou

– Não se atreva a dizer “pare”

– Eu não posso – Bruce falou

Ele não podia.

Ele queria, queria tanto que chegava até a doer, mas ele não podia. Então seria isso? Era só o que Natasha podia assimilar, com seu silencio o que ele pediu foi pra que ela esquecesse tudo o que ela sentia, ir embora fingir que nunca aconteceu, fingir que seus lábios não estavam a centímetros de distancia dos dela e que era algo que os dois obviamente queriam. O jeito como ele a olhou dessa vez, mudou completamente sua posição carinhosa e cuidadosa de mais cedo, ele estava serio e tenso e ao se afastar dela, ela recebeu sua reposta, sim era exatamente aquilo que ela deveria fazer. Ela devia esquecer

Bruce colocou o computador totalmente no colo dela, se levantou e se retirou. Natasha simplesmente continuou ali. Depois que a porta foi fechada ela fechou o notebook e o jogou do seu lado na cama. Ela ficou encarando o chão quando uma lagrima silenciosa escorregou de seu olho direito e caiu no chão desaparecendo como se nunca tivesse existido.

Pepper estava indo em direção ao seu andar, quando se deparou com Bruce apressado indo para laboratório. Ela não precisava pensar muito e foi direto para o quarto de Natasha, ela não bateu, não era necessário, ela entrou e encontrou sua amiga ruiva sentada na cama em estado de choque, ela não chorava, mas Pepper sabia que ela estava machuca então correu para ela e a abraçou. Natasha descansou a cabeça em sua amiga, ela tentava muitas vezes abrir a boca para dizer algumas coisas, mas nada saia. Pepper apenas acariciava o cabelo dela e repetia

– Eu sei Nat, eu sei

Bruce se estabeleceu em seu laboratório em frente ao seu computador tentando o seu melhor para se concentrar, mas então ele se lembrou da mulher que ele deixou a algum tempo atrás, deixá-la doeu, fisicamente doeu, ele não achou que era possível, mas seu peito doía, era como se alguém lhe tirasse algo que ele ama. Esse alguém era ele mesmo

Ele fechou o notebook, tirou os óculos e cobriu os olhos com as mãos.

Por que tinha que ser tão difícil, ele pensava, ele passou anos sem se apaixonar, sem sentir qualquer tipo de amor por uma mulher alem de Betty e ele se apaixona por uma mulher, não apenas qualquer mulher, sua parceira de equipe. Ele não arriscaria colocar a vida dela em perigo.

Ele nunca acreditou na frase “se você ama algo tem que deixá-lo ir”, pelo menos não até que ele teve que viver isso.


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