Acordei com o som insuportável do despertador, eram 6:00. Bocejei e dormi mais uns dez minutos (aqueles dez minutos que parecem 2 segundos). Logo depois, levantei e fui para o banheiro do meu quarto. Tomei um banho rápido, escovei os dentes e saí. Escolhi minha roupa: Não era extravagante, nem “rosa” demais, continuava com meu estilo de sempre, roupas que me agradam, apesar de achar que tenho um estilo meio... Rockeira. Meus cabelos castanhos estavam soltos. Coloquei uma calça jeans com uma blusa roxa com detalhes em preto. Pus minhas lentes de contato (apesar de preferir meus óculos, minha querida mãe me obrigou a usá-las. Nem me pergunte o porque) penteei meu cabelo e fui escolher um tênis.

Meu nome é Charlotte, Charlotte Miller. Sou uma garota comum, filha de uma das empresárias mais influentes da Califórnia e do arquiteto mais considerado dos EUA. Não que eu me orgulhe disso. No momento moro em Los Angeles e hoje é meu primeiro dia de aula no 9º ano, e meu 1º ano em Lake Mitchell School.

Tenho agora minhas amigas que me acompanham desde pequenas. Elas são: Melannie e Allyce. Também tenho uma inimiga: Meredith. Mas dela quero muita distância e prefiro nem falar dessa... filha de uma mulher que se vende.

Agora meninos... O que falar deles?? São idiotas, machistas, chatos e não querem saber de nada que não tenha a ver com carros, futebol e mulheres. Com excecão de, meu irmão Luke e meu melhor amigo, Matthew. Ele é muito legal e o conheço desde os 3 anos de idade. Nós somos bastante unidos e gostamos muito um do outro, mas não do jeito que muita gente pensa, pelo menos eu, todas as vezes que tocava nesse assunto, Matthew desviava a conversa. Mas ele continua a ser meu melhor amigo. Matthew tem 15 anos, um ano mais velho que eu. Olhos castanho claro, cabelo preto, fofura 100%.

Tenho meninos na minha sala que, como em toda sala, são tudo que eu antes na maioria das vezes, tipo Nate, Mike, Harry, Tyler... Entre outros que eu não preciso nem comentar.

Ouço gritos me chamando. Minha mãe, Dianna, está me chamando pra tomar café, já que agora tenho aula. Por fim, escolhi um All Star simples.

– Bom dia mãe. – Disse.

– Bom dia filha!

– E o Luke?

– Já foi pra faculdade.

– Ah tá... – Disse meio triste. Queria ter falado com meu irmão antes do meu primeiro dia de aula.

– Não fique assim, eu fiz seu café da manhã favorito, Panquecas.

Corri pra mesa, me sentei e comecei a comer. Suborno com comida, sempre funciona comigo.

– Já sabe né? Aula de piano amanhã às 15:00. Não se atrase.

– Tudo bem. – Disse entediada.

– Ok. Estou lá em cima. Vou ter uma reunião hoje, não me espere pro jantar sim? Mary vai estar aqui se precisar de algo.

– Mary está aqui todos os dias mãe... – “Diferente da senhora”, pensei. – Eu não tenho mais sete anos, sei me cuidar.

Não tem tantas vantagens em ser filha de uma empresária influente. A única coisa que você ganha é tudo que você quer que possa ser comprado. Mas não ganha a atenção da seus pais. Sei que é egoísta, mas é meu jeito de pensar.Meu pai está numa viagem a negócios na França nesse momento.

– Eu me preocupo com você filha. – Falou me abraçando. – Boa aula.

– Bom trabalho.

Ela subiu e a campainha tocou.

– Oi Charlie! Pronta pro primeiro dia? – Falou com o jeito animado dele.

– Oi... Quer provar do meu banquete?

Ele sentou, pegou uma panqueca e começou a comer.

– Foi sua mãe que fez? Ou a Mary?

– Mamãe. Mas provavelmente pelo resto do ano não vou ter um banquete feito por elatão cedo.

– Vamos logo, não quero me atrasar no primeiro dia de aula! – Disse ele terminando de comer. Jesus, ele come rápido. Desde pequeno.

– Ok, calma!

– Tá bom, tá bom, dramática...

– Vá se ferrar Matt. – Ele riu.– Pronto idiota, vamos! Tchau mãe! – disse gritando a última frase, já que ela estava no andar de cima.

– Tchau filha! – Ela gritou. – Tenha uma boa aula!

Peguei minha bolsa e a chave de casa e saí com Matt. Saímos e no caminho, ele quebrou o silêncio.

– Então , como vão seus desenhos?

– É, estão indo... Mas apesar de me dedicar a eles também tenho que treinar dança clássica , natação e piano. E também preciso praticar meu inglês e francês.

– Bom, acho que você é boa em tudo isso. E sempre foi a melhor das nossas últimas escolas na Educação Física, nem eu ganhava de você na corrida entre obstáculos. – Ele riu.

– Para, Matt! – Eu ri também. – Nós dois sabemos que o melhor sempre foi você.

– Eu sei que sou demais. – Disse ele convencido. Eu ri.

– Ainda me pergunto como eu fui virar sua amiga. – Disse ainda rindo.

– Os opostos se atraem.

– Isso não é pros namorados não? – Ele ficou vermelho.

– C-claro que não!

– Calma Matthew! Eu estava brincando. – Disse rindo.

– E-enfim. Em que clube vai entrar?

Era meu primeiro dia, mas ano passado, Matthew e eu ficamos em escolas diferentes, eu fiquei em outra e ele nessa. Então tudo é novo pra mim. Mas ele já havia me dito sobre os clubes. É como uma maneira de integrar os novatos com os veteranos. E para "incentivar o trabalho em equipe".

– Não sei ainda. Mas dependendo de tudo, vou acabar no clube de artes. Se não, no de música. E você?

– Esportes. Só não sei qual.

– Tenta natação. Você é ótimo.

– Pode ser.

Chegamos na escola, sem perceber.

– Bom, chegamos! – Disse Matthew.

– Vamos logo temos que ver nossas salas!

– Salas? Nós não vamos ficar na mesma? – Disse um pouco triste.

–Só vamos saber vendo. – Ele riu.

Fomos até o painel e vi que estava na mesma sala que Matt, 9-A. Pulei no pescoço de Matt quando vi.

– Calma Charlotte, sua maluca! – Disse ele entre risos.

– Ficamos na mesma sala! Agora já tenho o que fazer na aula de matemática. – Disse rindo também

– Que aluna dedicada! – Ele ironizou.

– Bom, vamos pra sala?

– Vamos.

Quando chegamos, vi que Melannie e Allyce estavam na mesma sala que nós.

– CHARLIE!!!!!!!!!!! – Elas quase pularam em cima de mim.

Matt ainda não havia entrado, elas viram ele e então...

– MATT!!!!!!!!!!!!!! – Quem se surpreendeu, levanta a mão.

– Oi pra vocês também. – Disse ele sendo quase esmagado pelos abraços. Pelo menos não sou eu ali.

– O que vocês acham do colégio?

– É bonito. Mas você devia dar uma olhada em quem chegou no novo colégio também, Charlie.

– Quem? – Disse e Melannie apontou. Ele.

Não pode ser... Não acredito...

Jack.