Poucas horas depois, a festa de casamento chegava ao fim e com isso a saída dos noivos não podia faltar.

  A chave de portal já estava pronta no centro do salão, o laço do buquê da noiva seria a chave de portal da vez e ao invés do arroz trouxa, o que seria jogado nos noivos eram sementes de traigon e límio (n/a: criação minha) em essência de rosa verdes (n/a: ñ existe).

  Depois do comprimento final aos noivos, cada um segurando uma ponta da fita, ao som de felicitações e sob a chuva de sementes ambos sentiram o habitual puxão no umbigo que rapidamente sumiu, significando sua chegada ao local desejado.

  Hermione estava uma pilha de nervos mesmo que não demonstrasse. Afinal de contas, tecnicamente, já estava em sua noite de núpcias e nunca havia sido tocada intimamente por um homem, nem mesmo vista e com Snape sendo quem faria isso a deixava mais que envergonhada mesmo que em seu íntimo ansiasse por isso avidamente.

  Já Snape estava confuso sobre o que deveria fazer. Por um lado era marido dela e tinha direito, a desejava e seu corpo a queria imediatamente. Pelo outro, ela havia acabado de se tornar maior de idade, nem havia ainda se formado em Hogwarts, havia a visto crescer e se lembrava da pirralha sabe-tudo em seu primeiro dia de aula à 6 anos.

  E nesses 6 anos ela mudou radicalmente se tornando uma das mais belas mulheres que ele já havia conhecido. Movido por esse pensamento ele agiu.

  Severo a puxou pela fita que ambos ainda seguravam com força, com a mão livre tirou uma mecha de cabelo do rosto dela e com os lábios próximos ao ouvido da jovem, a voz de desejo, disse as últimas palavras que Hermione esperava ouvir.

  - Só faremos qualquer coisa a partir de agora se você quiser, não por compromisso. Entendeu Hermione? – Ele roçou os lábios no lóbulo da esposa.

  - Sim Severo.

  - Sim o quê Hermione? Sim, você quer ou sim, você entendeu?

  - Os dois. – Então ambos se entregaram a um beijo ardente.

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  Na manhã seguinte Severo acordou com uma leve batida na porta.

  “Pelo jeito os elfos ainda não se acostumaram com a casa” Ele pensou enquanto abria a porta e via o elfo, que havia servido o camarote de Potter na noite anterior, se curvando. Praticamente se encolhendo.

  - Me perdoe por acordá-lo meu senhor. – Enky disse ainda encolhido.

  - Diga o que quer elfo.

  - Meu senhor gostaria que o café seja servido na sala de jantar, na cozinha ou que seja mandado direto para o quarto, senhor?

  - Mande por meio de sua magia para a mesa do quarto. – Severo disse fechando a porta.

  - Como quiser meu senhor. – Enky falou para a porta antes de desaparecer.

  Após falar com o elfo, Severo foi tomar um banho.

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  Hermione acordou com o barulho de chuveiro ligado e aroma de café, ovos e bacon. Ela estava confusa pela noite anterior. “Tudo deve ser um sonho: Filha de Bellatriz, recém-casada com Snape, comensal da morte. Casada com Snape, UI.” Pensava ela ao levantar.

  Quando se livrou das cobertas estranhou o frio e ao ver o que estava vestindo para sentir frio em lugares geralmente cobertos, tomou um susto e em um átimo as lembranças da noite anterior lhe vieram à cabaça. O fato de estar completamente nua e os lençóis de baixo manchados de sangue eram provas mais que suficiente para tirar a idéia de que aquilo era um sonho da cabeça.

  Ouviu o som do chuveiro sendo desligado e percebeu que não estava sozinha e por isso se enrolou nas cobertas.

  - Ora, vejo que acordou Bela Adormecida. Que tal um banho? Deve estar querendo uma depois de, você sabe, do sangue. – Ela ficou rubra ao lembrar do sangue eu saiu quando severo rompeu sua virgindade e agora manchava os lençóis. – Vai lá, eu lhe espero para tomar café. – Ela entrou correndo no banheiro assim que ele saiu.

  Durante o banho Mione repassou toda a noite anterior, desde a cerimônia de casamento à festa, da conversa com Rony e Harry ao aviso do Lord, a dança com Severo, como ele acalmou seu nervosismo quando chegaram ao quarto de ambos na casa dele, agora dela também, do maravilhoso banho em conjunto e de sua primeira vez.

  Ela nunca pensou que o ato fosse tão maravilhoso. Nem se quer imaginava um dia sentir o que Severo a havia feito sentir na noite anterior.

  O cérebro dela ainda dizia que se entregar tão cegamente ao seu agora marido era um erro sem tamanho mas o coração lhe dizia que nada a faria mais feliz do que tentar fazer com que esse casamento arranjado desse certo.

  Não tirava da cabeça que ele havia lhe esperado por 17 anos, isso devia ser um sinal até mesmo para ela que não acreditava em adivinhação ou destino. Mesmo que o destino dela fosse casar-se com Severo Snape.

  Ao sair do banho notou que não chegou a levar uma muda de roupa para o banheiro mas tinha um roupão perto de pia que ela utilizou.

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  Snape estaca esperando Hermione sentado à mesa lendo o Profeta Diário. “O sucessor de Fudge estava até que fazendo um bom trabalho levando-se em conta a situação atual do mundo bruxo.” Refletia ele. Entre as páginas do jornal ainda via-se coluna de amigos e admiradores dos feitos de Dumbledore e cartazes de “Procuram-se esses bruxos...” para ele e os que haviam fugido de Azkaban no ano retrasado.

  Quando Hermione saiu o banho Severo ficou sem palavras. Ele já acreditava ter visto a esposa de todas as formas, uma mais linda que a outra. Mas nada se comparava com ela recém saída do banho.

  Os cabelos molhados faziam uma moldura incrível para o rosto da mulher a sua frente, as gotículas de água ainda restantes sobre sua pele exposta em contraste com a pouca luminosidade dos raios solares que entravam pela janela e tocavam sua pele a fazia brilhar como um daqueles seres alados que os trouxas chamam de anjos.

  “Absolutamente linda.” – Penso ele com orgulho e amor? – “O que está havendo comigo?”

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  - Com fome? – Severo me perguntou com uma expressão meio abobada. – Não precisa ficar envergonhada Hermione, você é linda.

  - Não tenho vergonha disso. – Eu disse duvidosa com o carinho que ele demonstrava por mim em suas palavras,

  - Então o que é que a perturba tanto?

  - Eu não sei, tem uma parte de mim que adorou tudo o que aconteceu.

  - Mas outra coisa lhe incomodando.

  - Sim e não sei o que é. – Eu menti. Sabia muito bem o que era tudo o que sentia mas preferi não lhe dizer que o amava.

  - Acho que você está com medo, minha cara. Medo das sensações as quais posso fazê-la sentir. Você gostou da noite passada?

  - Pode parecer uma fala de uma adolescente fútil mas sim. – Sorri. – Gostei muito. Nunca havia sentido nada como aquilo e nem tinha imaginado nada que chegasse perto.

  - Então não há o que temer. – Eu concordei timidamente com ele. – E talvez até possamos aprender a sentir algo mais dessa relação.

  Preferi não lhe responder já que já sentia esse “algo mais” por ele e acho que ele escutou minha mente pois me beijou intensamente.

  - Se já sentimos esse “algo mais” então não temos com o que nos preocupar. – Encarei isso como uma declaração de amor enquanto nos aprofundávamos um no outro.

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  A semana se passou e descobri, mesmo eu ela não me dissesse que Hermione tinha um certo carinho por mim e depois do que lhe disse ela sabia que eu sentia alguma coisa boa por ela, então começamos a nos acertar.

  Nossa semana de paz, digamos assim, estava no fim e amanhã eu me apresentaria ao Lord das Trevas para uma nova missão enquanto que Hermione voltaria para a casa de Bellatriz para não ficar sozinha já que dali a pouco mais de um mês deveria começar as aulas em Hogwarts.

  - Ultimo dia no paraíso? – Hermione estava mais descontraída perto de mim. – Está preocupado com alguma coisa?

  - O de sempre. – Ela já sabia que “O de sempre” era as missões contra o ministério.

  - Será que dá para se preocupar só com o aqui e agora no momento? Sabe bem que a partir de amanhã, minha mãe vai voltar a nos atrapalhar e não só ela.

  - Sei bem como vai ser. – Dei um beijo nela. – estranho vai ser encarar seu pai. – Ela riu.

  - É verdade Sev.

  - Sev?

  - Abreviação de Severo. Se não gostar eu não chamo mais assim. – Ela fez uma cara de culpada.

  - Desde que seja só você que me chame assim e que só quando estivermos a sós tudo bem. – Ponderei.

  - Claro Sev. – Ela sorriu. Eu adorava esse sorriso dela.

  - Mas também vou poder chamá-la de Mione.

  - Se você quiser mesmo. – Ela deu de ombros. Estávamos nos dando bem apesar dos anos de aversão.

  A noite ela aparatou para a casa de Bella e fui me apresentar ao Lord, ela só participaria das missões quando realmente necessário pois deveria se infiltrar na Ordem e descobrir aonde o Potter está.