Never wanna let you go escrita por CherryBombshel


Capítulo 6
Contando segredos




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Minha primeira aula era história, o professor estava organizando uma excursão para o Metropolitan Museum of Art no final da semana. Eu gosto dessa matéria e fiquei muito empolgada para ir.

A melhor parte disso tudo é que todo o segundo ano é obrigado a fazer a visitação, a não ser que tenha uma boa justificativa, mas o que eu realmente quero dizer é que vou passar todo o sábado junto com Stiles.

O professor começou a passar o panfleto do museu, onde havia todas as informações sobre as obras e artistas que iríamos estudar nesse semestre.

– A visitação será nesse sábado, a partir das oito horas da manhã, e voltaremos no final da tarde. Vou passar uma lista para colocarem seus nomes.

Assinei meu nome em uma das ultimas folhas, antes de entregar procurei pelo nome de Stiles nas folhas. Sorri quando li o nome dele e escutei alguém me chamar.

– Lydia! Lydia! – era Allison, atrás de mim.

– Que foi?

– Não precisa ficar vermelha.

–Eu não to vermelha.

– Ele vai sim, nem que esteja morrendo, ele vai por você.

Virei para frente rindo baixinho, passei a folha para Allison. Estava curiosa para saber qual era o segredo que uniu eles dois. O que será que aconteceu na cidade que eles moravam para Allison não se sentir bem aqui e Stiles gostar demais daqui.

Mandei uma mensagem de texto para Scott perguntando o numero do celular da Allison. Tive o retorno em segundo.

Lydia: Allison, é a Lydia. Posso fazer uma pergunta?

Allison: Pode, sobre qualquer coisa.

Lydia: Stiles me disse que vocês são muito ligados por causa do que aconteceu em Beacon Hills, pode me dizer o que é?

Allison: Ele ainda não te contou?

Lydia: Só me disse que não podia falar nada por sua causa.

Allison: Assim que tocar o sinal do fim da aula vamos conversar. Você, eu e ele.

Lydia: Quer dizer que vamos matar a aula de economia, aula do treinador Finstock?

Allison: Claro.

Olhei para Allison e ela sorriu maliciosamente para mim. Nunca tinha matado uma aula na minha vida. Virei para frente para pegar minha autorização do passei. O sinal tocou e corri para meu armário, encontrei Scott no meio do caminho e o puxei junto comigo. Ele não tava entendendo nada, isso dava para ver na cara dele.

– O que ta acontecendo? – ele pediu.

– Você já matou aula alguma vez na vida?

– Já, por quê? – não precisei responder. – Você nunca matou aula?

– Eu nunca nem faltei, tenho o histórico perfeito.

– E com quem você vai matar aula?

– Com a gente. – Stiles disse

– Eu vou também. – respondeu Scott

Stiles me empurrou para a porta da saída de emergência com Scott e Allison logo atrás da gente, como segurança de que eu não fugisse. Fomos para o estacionamento e entramos no jipe.

– Para onde vamos? – perguntei

– Vamos ao ringue de patinação. – Sugeriu Allison

Stiles deu a partida e saímos da escola. Para me acalmar um pouco liguei o radio em uma estação qualquer e estava tocando uma musica do The Pretty Reckless – Make me wanna die. Allison se jogou para frente e aumentou o volume.

Por mais nervosa que eu estivesse, acabei esquecendo de tudo o que aconteceu comigo no momento que entrei no carro. Essas três pessoas que eram totais desconhecidos para mim até ontem acabaram se tornando pessoas que eu nunca quero me separar.

Stiles estacionou no shopping e eu fique confusa. Era para irmos patinar não para irmos ao shopping, o que estávamos fazendo lá. Scott e Allison também não entenderam.

– Eu to com fome. – Stiles explicou.

Entramos no shopping e seguimos para a praça de alimentação. Allison estava apreensiva com alguma coisa. Acho que era com o que eu pedi antes. Pedimos x-burguers com batata frita e refrigerante.

– Ta legal, não vou agüentar. – Allison falou

– Não vai agüentar o que? – perguntou Stiles.

– A gente tem que contar para eles. Contar tudo, e você começa.

Stiles suspirou.

– Certo, eu falei algumas vezes par você. Lydia, que eu tinha um segredo que me deixou bem próximo de Ali. É uma coisa que não contamos pra ninguém, mas acho que você e Scott merecem saber.

– É sobre nossos pais. – Allison continuou. – Como eles morreram.

Olhei para Scott, a expressão dele de confuso se misturava com a de curiosidade. Eu também estava curiosa, mas um pouco assustada com a palavra morte. Stiles continuou:

– Minha mãe era paciente em uma clinica psiquiátrica chamada Echo House, em Beacon Hills. Ela tinha um distúrbio mental que a impedia de dormir, quando ela dormia acabava tendo pesadelos terríveis. – ele fez uma pausa, segurei a mão dele. – No dia em que ela morreu, os médicos falaram para meu pai que ela passou o dia inteiro falando no pai da Allison, que era o colega do meu pai na época. Quando acharam o corpo de minha mãe praticamente morto, acharam também umas coisas escritas na parede do quarto dela. Desembaralhando as palavras formava o nome do pai da Allison.

– E então – continuou Allison. – Três noites depois meu pai foi baleado durante um combate. O homem que matou meu pai era um ex-paciente da Echo House, com o mesmo distúrbio que a mãe do Stiles.

Assim que eles terminaram a história, pude ver uma lagrima escorrer pelo rosto de Stiles. Ele se levantou e foi para fora do shopping, eu fui atrás. Encontrei-o sentado dentro do jipe. Mandei um sms para Allison dizendo que iria tirá-lo dali.

– Vou te levar pra um lugar, para você poder pensar direito.

Ele sentou no banco do carona, coloquei a chave na ignição. Nunca tinha dirigido um jipe antes, mas até que foi fácil. Seguimos para o centro da cidade, para o edifício Empire State. Descemos do carro e fomos para dentro do prédio.

– Olá Morgan - cumprimentei o porteiro.

– Olá senhorita Martin.

Segurei a mão de Stiles e segui para o elevador. Apertei no ultimo botão, que levava para o ultimo andar do prédio. Ficamos em silencio até a porta do elevador abrir e nós descemos.

– Aonde vamos – ele pediu.

– Vamos no telhado.

– Fazer o que lá em cima?

– Nada, apenas vamos ficar lá.

Subimos um lance de escada e chegamos a uma porta de metal. Segurei a mão de Stiles e empurrei a porta para sairmos. Fui em direção a beira do prédio, ele me seguiu e ficamos olhando para baixo.

Senti seus olhos em mim, me virei para olhar no rosto dele, sua expressão era suave, não era mais triste como a cinco minutos atrás.

– O que foi?

– Você quer ser minha namorada?

O pedido veio de surpresa, assim como nosso primeiro beijo. Sem hesitar o puxei para perto e o beijei. A única coisa que passava na minha cabeça era que estava me apaixonando de verdade por ele.


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