Não sabia o que estava fazendo até Lydia me beijar. Eu acabei de pedir ela em namoro, e se eu entendi as entrelinhas, ela havia aceitado. Isso significa que eu e ela estávamos namorando oficialmente?

Parei o beijo e olhei em volta, todos que estavam ale para apreciar a vista nos olhavam. Um casal de velhinhos nos olhava fixamente, eles sorriam e cochichavam algo um para o outro.

– O que você ta olhando? – Lydia perguntou

– Aquele casal de idosos ali.

Ela olhou e sorrio para eles, à senhora baixinha de cabelos brancos retribuiu o sorriso. Aquilo era incrível, parecia que todos os meus problemas foram embora. A morte de minha mãe não estava mais me incomodando, pelo menos naquele momento.

Meu pai tinha razão sobre mudar para longe, em Beacon Hills às lembranças iriam voltar sempre, cada vez que acordássemos, mas em Nova Iorque não, tudo era diferente, não havia mais problemas com que se preocupar, e nem pessoas para olhar com pena pelas coisas que aconteceram.

– Vamos patinar agora, ou voltar para o shopping? – perguntei para ela

– Vamos só caminhar.

– E para onde?

– Pelo centro de NY, é claro.

– Você é inacreditável Lydia Martin.

– E agora sou sua namorada Stiles Stilinski.

Saímos do prédio e fomos andando pela cidade, sem rumo certo. Era uma cidade grande e então seria difícil para meu pai ou para Victória nos encontrarem. Foi o que eu pensei, mas não foi bem assim que aconteceu.

Victória saia de uma loja de moveis e decoração quando viu eu e Lydia juntos. O olhar dela era como de um leão feroz prestes a atacar sua presa. Parei no meio da calçada e Lydia me olhou confusa e depois olhou na mesma direção que eu.

– É a mãe da Ali?

– Sim, e ela vai me matar em alguns segundos.

– Avisa sua irmã e o Scott para voltarem pro colégio.

Stiles: Ali, sua mãe me encontrou, volta pra escola antes que de problema.

Allison: E se perguntarem por você?

Stiles: Diz que não me viu.

Puxei Lydia para o outro lado da rua, mesmo assim pude sentir que Victória estava vindo atrás de mim. Lydia começou a rir e acabou parando no meio da calçada, dando a chance de Victória nós alcançar

–Porque você tá rindo tanto?

–É a primeira vez que eu faço algo assim, e olha minha sorte. E porque você tá com uma cara de medo que é muito engraçada.

–Se você soubesse o porque eu to com medo não iria dar risada.

–E poque você tá com medo?

–Ela era da policia antes de ser mãe da Ali, era delegada no lugar do meu pai, sabe muito bem como torturar alguém, e eu não quero isso.

Lydia continuou rindo, principalmente quando eu falei sobre tortura. Victória chegou perto de nós e me olhou com cara de quem não ia ser gentil.

–Vocês podem me dizer o que fazem aqui?

–Quem? A gente? - falei tentando disfarçar.

–Não Stiles, aquele senhor sentado ali. E quem é essa mocinha. - Lydia tentou rir menos.

–Meu nome é Lydia Martin, senhora.

–Lydia, querida, você não merece ouvir uma bronca minha e nem de seus pais, por tanto não vou delatar o que você fez hoje, porque sei que é culpa do Stiles. E não adianta negar. Vou levar vocês para a nossa casa.

–Eu vou buscar meu jipe.

–Não senhor, vai de carro comigo e depois nós voltamos para pegalo.

Seguimos Victória até o carro dela. Sabia que ia ser constrangedor ela me dar uma bronca na frente de Lydia, mas não me importava, contanto que Lydia ficasse bem e não tivesse problemas em casa.

Chegamos em casa, e Victória foi para a cozinha preparar o almoço. Lydia e eu subimos para meu quarto. Sentei na cama e ela do meu lado. Sua expressão era de quem ainda tinha vontade de rir da minha cara.

–Tudo bem, pode rir da minha cara.

–Eu não vou rir de você – disse já rindo.

–Não é o que tá parecendo.

Deitei sobre ela e a beijei. Era tão bom ter alguém como Lydia junto comigo. Aqueles olhos grandes e verdes, os cabelos ruivos, a pele macia, as bochechas rosada naturalmente, tudo nela era perfeito.

–O que tá acontecendo aqui? - Victória abriu a porta do quarto.

–A gente tá ferrado não é? - Lydia pediu para ela

–Um pouco. O que vocês pensam que ia acontece aqui?-

–Não ia acontecer nada – respondi.

–Não foi o que pareceu.

–Senhora, eu e Stiles estamos namorando. - Lydia disse

–Vocês mal se conhecem, como podem estar namorando. Quero os dois la em baixo agora, me ajudando na cozinha.

Descemos as escadas e fomos até a cozinha. O cheiro de carne que vinha do forno era tão bom que fez meu estomago roncar. Lydia arrumava os pratos na mesa, eu ajudava com a salada e o suco. Meu pai chegou bem na hora que Victória tirava a carne do forno.

–Stiles, o que tá fazendo em casa?

–Nem quera saber. - respondi.

–E você é?

–Lydia Martin senhor.-

–Namorada do seu filho. - Victória respondeu.

–Namorada? Stiles?

–Pai, ela é minha namorada. Não é tão dificil de entender.

Meu pai deu um riso baixo e se sentou à mesa. Comemos e conversamos sobre como estava sendo morar em NY. Lydia contou como é morar aqui desde pequena. Depois do almoços, meu pai nos levou até o centro para pegar o jipe e então levei Lydia para casa.