CADIMUS: Mutação escrita por Sombrio1


Capítulo 7
Luke - O novato


Notas iniciais do capítulo

Olá você que está lendo. Primeiramente Boa tarde, boa noite ou bom dia, espero que esteja gostando de "Cadimus - Mutação". Enfim, gostaria de agradecer ao Lucas por ler (huhaeuhuehauheuahe) e por me ajudar a montar esse personagem.
Obs: E tão estranho escrever isso '-'
Enfim, Boa Leitura.



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Mesmo em cima da mais alta casa da cidade de CADIMUS não era possível ver além do muro que nos cercava. A cidade de CADIMUS era um perímetro circular onde varias casas feitas com pedras se ajuntavam, não era muito grande, mas também não era muito pequena, e desde quando eu mudei para cá a CADIMUS mudou muito em sua organização e em sua forma de governo. Não pense que éramos como caipiras. Não, não éramos mesmo. Mas éramos desorganizados a ponto de nossa comida que deveria durar cerca de um mês não durar pouco mais que duas semanas. Como isso havia sendo problemas frequentes, decidimos implantar nossa própria politica. Éramos conhecidos como "Os cinco". Bem o nome já diz tudo, mas para você que não conseguiu entender vou explicar. Os Cinco foram criados para dar governar a cidade de Cadimus, no começo os cinco eram apenas "Um". Porém esse "um" decidiu que não conseguiria fazer tudo sozinho por isso chamou mais quatro para ajudá-lo a governar a Cadimus. Os cinco eram formados por:

Fantasma = Nosso líder, na verdade fantasma nunca foi o nome dele, mas ele decidiu adotar esse nome e esquecer seu passado quando veio para Cadimus, embora o nome apelido/nome dele fosse Fantasma ele não tinha nada de velho.

Brian = Forte e habilidoso com armas são adjetivos que definem Brian. Mas nem sempre foi assim. Brian até hoje foi a pessoa que mais demorou a se adaptar a Cadimus, mas quando se adaptou mostrou-se completamente útil e eficaz.

Anne = Sorriso branco e voz imponente, isso era um dos motivos pelo qual nos referíamos a ela como "Fada".

Leticia = Linda e mortal, dizem que e impossível combinar algo belo com algo tão ruim, e porque ainda não conheceu a Leticia, uma menina encantadora que chama atenção de todos, mas mortal como picada de viúva negra. Brian a namorava desde quando decidiu se enturmar, formavam um casal bonito e muito perigoso quando em ação, pelo menos nisso eles combinavam.

Eu também fazia parte dos cinco, mas dispenso apresentações, alias, todos só sabemos dizer nossas qualidades e esquecemo-nos de nossos defeitos, o máximo que deixo as pessoas saberem de mim e: Chamo-me Luke, sou moreno, muito magro e tenho um apelido de sanguessuga desde quando eu entrei, não era um apelido ruim, na verdade era ótimo, pois definia meu poder. Sim você não leu errado, PODER.

Eu era um mutante, na verdade todos que moravam em Cadimus eram. Mas não éramos como os mutantes de X-men, éramos resultados do que eu chamava de "testes mal feitos do hospital Cadimus.”.

Olhei ao meu redor, o céu estava de um azul bebe muito lindo, eu estava em cima de uma casa, estava descalço contra a vontade de todas as senhoras que diziam que eu iria pegar uma micose ou algo do tipo. Comecei a correr em cima daquele telhado e de casa em casa eu pulei até parar na ultima da rua, ali era apenas cair em queda livre e pisar no chão, não havia mais para onde pular. Fechei meus olhos, respirei fundo e pulei. A queda durou poucos segundos. Senti o frio gelado do chão tocando em meus pés, abri os olhos e me deparei com três senhoras olhando para mim com um olhar que dizia "Qual e o problema dele?". Nada de diferente. Ignorei os olhares delas e comecei a andar pela rua.

As ruas da Cadimus sempre estavam sujas de cinza e verde, não importasse quantas vezes a limpássemos o cinza e verde não sairia e o problema do cinza e verde não era só com o chão, as casas embora por dentro todas fossem limpas por fora continham o mesmo cinza e verde das ruas. Não pense que os mutantes soltam uma gosma nojenta que faz isso, o cinza e verde nada mais era que pequenas manchas de lodo e cimento espalhados nas paredes e no chão. Demorou um bom tempo para me acostumar aquilo. Não me leve a mal, não sou um metido, mas minha antiga casa era extremamente limpa e era pintada em um azul bebe tão claro que até o mínimo grão de poeira faria os cômodos parecerem sujos como um chiqueiro. Continuei andando olhando as pessoas que eu já me acostumara com os rostos e com os poderes. Avistei fantasma sentado de costas para mim em seu banco de madeira branca, em frente a sua casa. Chego perto dele evitando fazer barulho ao máximo.

– Luke! – Ele exclama antes mesmo de eu dizer alguma coisa.

– Fantasma! – Digo arrependido.

Fantasma era muito jovem, devia ter na base de seus 22 anos, era loiro, muito branco e era cego. Sim, ele era cego, mas enxergava muito melhor que uma pessoa com mil olhos. Desde quando vim para a cidade de Cadimus, eu o atormento para me dizer algo sobre o passado dele. Mas sempre ele me dizia que não era hora. Mas ele estava correto, às vezes eu penso que se eu tivesse o poder de ler a mente e souber tudo sobre o passado de uma pessoa eu evitaria dizer algumas coisas.

– Por que está descalço?- Ele diz olhando para o chão.

– Ah, estava correndo.

– Em cima das telhas de novo.

– Sim. – Sorrio. Ele olha para mim. Bem mais ou menos, pois não dava para ver seus olhos devido ao pano que ele usava.

– Quantas vezes vou ter que lhe dizer que...

– Já sei, “Quem se acostuma com o alto, chora mais quando cai.” – Repeti aquelas palavras com desanimo. – Um sorriso inunda seu rosto como raios de sol, e eu sabia que ele não falaria mais nada. – Vou indo, tenho que dar uma olhada nos portões.

– Ainda está com a ideia de sair daqui? – Ele diz

– Temos que lutar pelo que acreditamos meu caro amigo. – Sorrio e vou em direção aos portões.

Os portões da Cadimus eram feitos de madeira, mas eram mais fortes do que aço. Muitas e muitas vezes tentamos em vão destrui-lo. Toda vez que aquele portão abria, um mutante novo entrava e era levado para um quarto. Toquei o portão e o calor da madeira fez meu corpo arrepiar. Havia mais de um mês que nenhum mutante entrava. O que será que estava acontecendo com o hospital Cadimus? Coloquei meu ouvido nos portões, queria ouvir o que estava acontecendo no mundo de fora. Ouço passos vindos em direção ao portão. Tento me contar, tento controlar o covarde dentro de mim, os passos ficam mais altos e não só uma pessoa que está vindo, os passos são de varias pessoas. O covarde dentro de mim vence. Afasto-me do portão, porem não vou embora. Fico ali parado, olhando para o portão e o encarando. As portas se abrem. Quatro homens vestidos de brancos entram pelo portão, no peito de seus uniformes o símbolo da Cadimus brilhava e se destacava. Soldados da Cadimus. Eles traziam uma maca coberta por um pano branco, e como sempre acontecia quando eles apareciam, as pessoas desapareciam, entravam em suas casas ou se escondiam

– Saia da frente mutante. – Um homem barbudo disse para mim enquanto me empurrava ao chão. As pessoas não tem mais educação hoje em dia. Pensei – Vocês dois levem o novato para aquela casa ali. – Ele disse e apontou para uma casa que havia um par de sapatos na frente. Pera, aquela era a minha casa.

Pensei em dizer algo mas não disse, as armas que estavam na cintura deles me assustavam. Os dois homens levaram a maca para minha casa. Quando voltaram a maca estava sem corpo e apenas um homem carregava ela embaixo do braço, os dois homens se encontraram com o líder e atravessaram o portão. O fechando e o lacrando, impedindo a saída ou a entrada de qualquer coisa.

Corri para a casa de Fantasma. Bati na porta com toda a força que tinha. Fantasma saiu de sua casa.

– Fantasma...

– Já sei Luke, eu já sei. – Ele disse em um tom tão calmo, que me fez me acalmar um pouco.

Fantasma me seguiu correndo atrás de mim até a minha casa. Minha casa estava desarrumada, mas não era algo ruim. Aquilo era reconfortante. Sim, eu sei que estranho. Em cima da minha cama estava um garoto, de barba rala, cabelo muito preto e pele muito branca.

– Fantasma, quem é ele?

– Eu sei tanto quanto você Luke.

– Como é?

– Não consigo lê-lo. - Fantasma disse de um modo que me preocupou um pouco.

– O que isso quer dizer?

– Não há sinais de mutação nele. Luke não sei dizer se el e um humano ou um mutante. – Encarei fantasma de boca aberta.

– Não pode ser. Fantasma você tem certeza?

– Sim.

– Se ele for um humano, isso e algo ruim.

– Não sei dizer. - Fantasma disse enquanto abaixava a cabeça.

– Se ele for um humano, o que está fazendo aqui? - Perguntei para Fantasma ainda atordoado com a ideia de um humano na Cadimus. Aliás, estávamos ali por isso, os humanos temiam tudo que era diferente ou que poderia os mata-los, e nesse caso nos tínhamos as duas caracteristicas.

– Acho que ele pode responder para você. – Fantasma acenou com a cabeça para o garoto, ele estava acordando.

O garoto quando acordou, nos encarou por um bom tempo, alternando entre Fantasma e eu. Alguma coisa naquilo me fez lembrar de quando eu vim para a Cadimus.

– Qual o seu nome garoto? – Fantasma perguntou.

– Erick, quem são vocês? – A voz dele estava tremula. Agradeci por não ser o único com medo naquela sala.

– Erick, eu me chamo Fantasma. – Fantasma disse como se fosse um pai explicando para o filho porque o céu e azul. – E eu sou um...

– Novato, lembra de alguma coisa? – Interrompi Fantasma antes que ele dissesse a palavra que começava com “M”.

– Só lembro de estar no hospital e... – Ele colocou a mão na cabeça, como alguém que tentasse afastar uma dor de cabeça. – Que barulho e esse?

– Barulho? – Fantasmas perguntou com certo interesse em sua voz.

– Sim, e um zumbido. – Ele disse sua voz estava mais tremula que antes. Ele levantou a cabeça e começou a olhar o quarto. – Aonde exatamente eu estou mesmo?

– Você esta em...

– Cadimus. – Novamente interrompi Fantasma

– O hospital Cadimus? – Ele perguntou.

– Não, você está na cidade de Cadimus. – Eu disse, o garoto olhou para mim como se eu estivesse com uma arma na mão.

– O que você está falando? O que são vocês? – Ele perguntou.

– É hora de explicar as coisas para ele. – Fantasma disse.

– Coisas? Que coisas? – O menino perguntou dessa vez nos olhando como se fossemos monstros.

– Tá, e o seguinte. – Abaixei na altura dos olhos dele. – Eu sou Luke, e sou um mutante assim como o fantasma ali. – Disse gesticulando o dedo para um Fantasma que estava parado assistindo a cena com certa curiosidade que estava começando a me incomodar. – E como você, eu acho. – Ele ficou me encarando de boca aberta, como seu eu tivesse dito “Hey você ganhou na loteria, porem o dinheiro e todo nosso!”. Esperei uns minutos até ele dizer alguma coisa, mas ele não disse. – Fantasma pode saber os poderes antes mesmo das pessoas descobrirem, porém ele não esta conseguindo com você. Agora me responda Erick, O que você é?, humano ou mutante?, e se for um mutante, qual é a sua mutação?.


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Notas finais do capítulo

:) Espero que tenha gostado. E se gostou, não demora muito tempo dar uma comentada. Se achar que algo deve ser melhorado, seus comentários serão muito bem vindos para meu crescimento e melhoramento, Até a próxima.



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