Sweet Hate escrita por Ghost Writer


Capítulo 1
Capítulo 1 - Rosa, a cor do azar


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo, espero que gostem! A parte em itálico é o "pensamento" do Noah. Mais para frente terá P.O.V's dos personagens. Vejo vocês nos comentários, sua opinião é importante para mim!



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Narrador

Noah pegou sua mala no carro, despediu-se de sua mãe e foi em direção à escola a qual passaria o resto do ano, caso não fosse expulso de novo. Deu uma ultima olhada para o carro, imaginando se tinha chance de voltar atrás.

Olhou para a escola que parecia uma prisão de tão grande. Talvez seja uma prisão. Pensou. Existem grandes possibilidades. Se bem que é diferente de uma... Uma mulher interrompeu seus pensamentos. Ela estava com um terno cinza e os cabelos presos em um coque bem arrumado. Aparentava ter cerca de quarenta anos.

—Olá, sou a Srta. Jones, a assistente. Encarrego-me dos alunos novos hoje. –Ela sorriu gentilmente e ofereceu um aperto de mão que Noah retribuiu incerto. –Você é?

—Noah. Noah Sparks. –Completou distraído enquanto tirava o cabelo do rosto.

—É um prazer em conhecê-lo Sr. Sparks. Seu quarto é de número 243. No núcleo você receberá suas chaves e provavelmente conhecerá seus colegas.

—Ótimo. –Disse sem convicção esperando aquilo acabar de uma vez.

—Bem, o sistema acontece da seguinte maneira, como se fosse um mini apartamento. Tem um quarto com quatro pessoas e dois banheiros, uma cozinha que liga a outro quarto igual. A Srta. Zoey poderá de auxiliar, é uma ótima menina. Agora tenho que ir ajudar ouros alunos.

—Zoey? E como irei encontrá-la? –Perguntou tarde demais, pois a Srta. Jones já havia partido.

Ótimo. Noah virou os olhos. Outra velha para me ajudar. Ele seguiu em direção ao núcleo, cujo a mulher havia comentado, e foi até o balcão.

—Quarto... –Tentou se lembrar do número que a assistente tinha falado, mas não tinha prestado atenção.

—Novatos. –O jovem que estava atrás do balcão virou os olhos e resmungou. –Nome?

—Noah Sparks. –O cara digitou o nome no computador, foi em uma gaveta e retirou uma chave com os números 243.

—Vê se não perde, novato. –O cara disse com desdém.

—Você saberia me dizer quem é Zoey?

—Eu tenho cara de quem sabe quem é Zoey? –O cara virou os olhos, mau humorado.

—Perguntar não ofende. –Noah retrucou. O mau humor nesse lugar é contagiante...

Noah estava prestes a dar um soco no cara atrás do balcão, quando alguém o cutucou. Ele virou e viu uma menina com o cabelo quase todo pintado de rosa, sardenta e com olhos azuis brilhantes.

—Não saia que aqui também era creche. –Noah riu virando os olhos e levou um tapa no braço.

—Eu sou a Zoey idiota. Antes de procurar alguém, pelo menos seja um pouco respeitoso.

Noah reprimiu um riso. Ele estava mesmo levando lição de moral de uma criancinha? E por que a assistente faria com que ele procurasse a menina? Para evitar que roube os doces dos outros. Pensou.

—Acho que há um engano. Srta. Jones me mandou falar com uma Zoey, mas...

—O que ela quer? –Noah engoliu em seco quando percebeu que era mesmo com essa Zoey que ele tinha que falar.

—A Srta. Jones me informou que você iria me guiar até o... –Zoey o interrompeu antes que terminasse de falar.

—A Srta. Jones estava errada. Se existir algum lugar que eu irei te guiar, será até o inferno. –A menina saiu irritada batendo os pés.

Ele resmungou e foi ate as centenas de corredores e tentou procurar o quarto sozinho. Se até uma pirralha atrevida consegue achar, eu também consigo. Aquele projeto de gente acha que pode me dar lição de moral.

Andou por vários corredores, até cansar de carregar a mala. Mas então olhou em alguns números na parede.

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Uma garota estava andando pela direção contraria e o informou que era no andar de cima. Ta zoando que vou ter que subir escada todo dia para chegar ao meu quarto... se eu inventasse que tenho algum problema na perna me deixariam ficar aqui? Podia falar que tenho lepra, mas ai iriam me internar. Pensando pelo lado positivo eu me livraria desse colégio. Tudo tem um lado positivo nessa vida. Até ter lepra. Noah se advertiu ao pensar nisso. Lepra não. Doença respiratória talvez. Podia falar que sou fumante e não consigo subir muitos degraus de escada. Mas ai iria perceber que sou realmente fumante e não acabaria bem...

Andou mais um pouco e subiu uma escada. Depois voltou alguns corredores e achou o tão procurado 243. Abriu a porta, morto, e se deparou com um quarto relativamente grande. As quatro camas estavam colocadas de forma planejada e tinham dois armários grandes. Um corredor pequeno com duas portas, uma em cada parede. E do outro lado, outra porta, provavelmente a da cozinha.

Noah colocou a mala perto da única cama vazia e escutou vozes vindas da cozinha. Socialização. Como eu amo pessoas. Virou os olhos. Como estava exausto, resolveu tomar um banho antes de ser obrigado a conhecer pessoas.

Tomou um banho gelado, porém rápido. Trocou de roupa e saiu do banheiro. Quando chegou, o cara mau humorado da recepção estava sentado na cama.

Tá de brincadeira que esse cara divide quarto comigo.

—Também não fiquei feliz quando descobri. –O cara disse, e Noah percebeu que falou em voz alta. –Tava irritado porque sempre me obrigam a trabalhar naquela coisa.

—Tá. Tanto faz. –Deu de ombros.

—Meu nome é Nate.

Nate era alto, com os cabelos negros e olhos verdes. Tinha um percing na boca que Noah não tinha percebido. Não era de olhar detalhes, principalmente se for em homens.

—Noah. –Disse ciente que o cara já sabia isso.

—Ta todo mundo na cozinha. Algumas garotas também. –Nate sorriu de lado.

—E isso é permitido? –Noah arqueou uma sobrancelha.

—Elas não são do mesmo quarto. São do mesmo apartamento. As diretoras acreditam que ajuda a manter a ordem na casa desse jeito.

—E ajuda? –Perguntou incerto.

—Nem um pouco. –Riu sarcasticamente. –Vamos.

Foram ate a cozinha conversando. Até que aqui não é tão ruim assim. Pensou.

Até que ele entrou na cozinha.

E viu uma baixinha de costas.

Com o cabelo rosa.

Retiro o que eu disse.


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