MCAI - Meu Colorido Amigo Irmão escrita por steftheressa


Capítulo 10
Dez


Notas iniciais do capítulo

O que será de mim, escritora, sem computador e sem internet? Tenham paciência comigo, Não abandonei a fic :(



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Quando o celular despertou no dia seguinte me tirando de um dos meus sonhos sem noção, eu quase desisti de ir pra escola. Eu sentia que precisava dormir por mais uns... mil anos. Talvez. Me levantei e fui pro banheiro. Meu reflexo no espelho estava tão horrível que por um momento que pensei que o espelho fosse rachar. Juro.

O meu cabelo estava um pesadelo incontrolável, fora do normal. Fui pro banho e me arrumei, logo depois arrumei a cama e desci pro café da manhã sem ao menos olhar pro relógio pra ter noção do tempo.

O Luc estava sentado á mesa calmamente, com uma torrada em uma mão, e o celular na outra. Quando entrei na cozinha ele olhou para mim imediatamente.

— Bom dia, sabia que a senhorita está atrasada? — Disse e tomou um gole do suco, largando o celular em cima da mesa.

— Bom dia, eu perdi a hora. Na verdade eu nem sei que horas são — olhei em volta da cozinha em busca do relógio de parede que acusavam 6h55min. — Vou comer rapidinho — Me sentei, e quando notei, ele já havia me servido com suco, e estava colocando torradas pra mim em um prato.

Comecei a comer depressa e meio lerda, mas não pude deixar de notar como ele estava particularmente muito cheiroso e mais bem arrumado aquela manhã.

— Conversando com? – perguntei, referindo-me ao whatsapp dele.

— Math, nada de mais. – Respondeu vagamente

— Ta bonito hoje – falei

Ele abriu um sorrisinho — Como diz o personagem daquele livro que você adora: Fico feliz que goste do que vê – deu uma piscadinha e sorri.

Terminei de comer e saímos. Fomos andando ate o colégio de mãos dadas, mas discretamente, como dois amigos normais, rindo e conversando normalmente. Quando chegamos ao colégio encontramos logo a Ju e o Math sorrindo apaixonadamente um para o outro.

— Bom diaa! – Eu cumprimentei os dois e fiz careta pro Math

— Bom dia, Rê! – Ju respondeu e Math fez outra careta pra mim.

— Vamos? — Ju disse e me puxou na mesma hora, sai correndo sendo puxada pela mão por ela e tentando acenar em despedida pro Luc que me olhava sem entender nada e sorria.

Quando chegamos na sala ela jogou a mochila em cima da mesa, e eu fiz o mesmo em uma mesa atrás da dela.

— O que foi? Porque me puxou daquele jeito? Nem deu pra eu me despedir do Luc — perguntei

— Nada, nada. — ela riu.

Ai meu Deus, enlouqueceu.

— Como nada? Fala Logo!

— Não foi nada — ela deu uma pausa e parou de rir, respirou fundo e abriu a boca, acho que ia começar a me contar quando professor do primeiro tempo entrou na sala — Hã... professor – riu de novo


Assistimos as primeiras aulas, e meu celular começou a apitar. Eu tinha esquecido de por para vibrar, tive que me desculpar com o professor, e quando ele parou de prestar a atenção em mim, eu pude finalmente ver do que se tratavam todas aquelas mensagens. Eram todas da Mari, ela não parava de mandar mensagem tentando explicar aos poucos o que estava acontecendo, mas eu não estava entendendo nada. Além do mais, acho que as ordens das mensagens foram alteradas, ela deve ter enviado uma atrás da outra, isso acontece às vezes. No intervalo, procurei desesperadamente um canto mais silencioso e liguei pra ela.

— Mariana? — Eu disse quando ela atendeu

— O-oi, Rê. — Ela disse com voz de choro

— O que aconteceu? Porque você tá chorando?

— Não dá tempo pra explicar tudo agora, na verdade não dá pra explicar nada agora. – ela disse e começou a chorar. Olhei pra frente e vi o Lucas vindo em minha direção.

Me virei de costas e continuei falando.

— Você sabe que sempre estarei com você, mas seria mais fácil sabendo seu problema. – falei com voz mansa tentando acalma-lá

— Agora não, Rê. Meus pais chegaram, mais tarde eu te ligo, beijos. — ela desligou

Não entendi o porquê do desespero. Mas resolvi não pensar no pior.

— Amor...quem era no celular? — Luc perguntou meio desconfiado. Arranjei um ciumento. Hahaha.

— Ahn... a Mari, do interior da minha avó, lembra? — eu disse tentando refrescar a memória dele — O namorado dela, Igor, Jogou futebol contigo...

— Ah sim... e o que ela queria? — Ele perguntou e eu não soube mesmo o que responder.

— Não faço idéia. Vamos ficar com a Ju e o Math. Vem... — puxei ele antes que surgisse mais perguntas.

— Ta bom né — ele disse ainda desconfiado

Ficamos o resto do intervalo conversando e depois voltamos pra sala para assistir os últimos horários mal esperei a aula acabar e já sai da sala com tudo, eu estava preocupada com a Mari, e precisava ligar pra saber o que havia acontecido, mas não podia, tinha que esperar pela ligação dela, fui andando rápido em direção a saída mal me despedi da Ju. Não sabia nem onde o Luc e o Math estavam, e eu estava com tanta pressa que nem parei pra pensar onde estavam.

Quando estava saindo no portão da escola o Fernando me parou. Fernando era um cara da turma do Luc que soltava uns fretes distorcidos pra mim de vez em quando, ele e Luc já tinham brigado uma vez, mas eu nem me importei com isso naquele momento, e até hoje não sabia porque haviam brigado.

— Ei moça, aonde esta indo com tanta pressa? — Fernando disse me parando e soltando aquele sorriso galanteador. Eu tinha que admitir, ele era lindo. Muito lindo.

— Hã... — eu respondi meio distraída e tentando processar o que responder — Ah sim, to indo pra casa Nando, depois a gente conversa — Sai da frente dele e fui andando.

Não dei tempo pra ele vir atrás de mim nem de perguntar mais nada, cheguei em casa rápido entrei jogando as coisas de qualquer jeito no quarto e liguei pra Mari, mas ela não atendeu, fiquei mais desesperada ainda. Pouco depois o Lucas chegou,

— Porque você não me esperou pra vir embora? — Perguntou com um tom meio grosso.

— Estava com pressa, precisava ligar pra Mariana. Desculpe.

Ele revirou os olhos — Ta bom, Renata. – deu as costas pra mim e saiu.

Fiz o almoço pra nós dois e depois fui banhar. Não sei mesmo o que o Luc fez a tarde inteira, eu só sei que eu passei a tarde toda tentando ligar pra Mari e ela não atendia, não consegui imaginar nenhum problema tão serio para que ela não pudesse atender minhas ligações. E comecei a ficar cada vez mais preocupada com o que podia ser.

Acho que o Lucas ficou bravo comigo, ou eu que não o procurei mesmo. Quando ele apareceu já foi à noite, ele estava meio emburrado, e com cara de dengoso. Meu menininho dengoso. Entrou no meu quarto fechou a porta e veio em direção a minha cama, deitou-se do meu lado e me abraçou.

— Onde esteve a tarde toda? – perguntei, ainda mexendo no celular, mandando mensagem pra Mari.

— Estava no meu quarto te esperando, e você parece que me esqueceu a tarde inteira. – murmurou com o rosto enterrado em meu pescoço. Inspirou fundo e continuou a falar — Porque não foi lá?

— Tava tentando ligar pra Mari amor, desculpa – Dei um beijinho na testa dele e larguei o celular.

Ele veio até mim, plantando beijinhos do meu pescoço, até encontrar minha boca. Segurou meus pulsos com suas mãos, e colocou em cima da minha cabeça, e continuou a me beijar. Seus beijos estavam doces, e eu senti uma urgência naquele gesto, algo que não havia antes. E estava tornando tudo melhor.

Fomos interrompidos por meu pai gritando do andar de baixo que havia chegado. Luc parou de me beijar, me olhou nos olhos e eu sorri boba com aquele olhar.

Logo depois descemos, jantamos e voltei pra meu quarto. Banhei, conferi o celular mais uma vez, e adormeci finalmente, perdida na confusão do meu dia.


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