A garota misteriosa de Sweet Amoris escrita por Samy Chan


Capítulo 6
Capítulo 6 – Carta de suicídio.


Notas iniciais do capítulo

Oe!!! ^^
Desculpe pela demora! ;--;



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Flashback – 5 anos atrás.

xx/xx/20xx

“Querido diário.

Eu prometi a mim mesma que pararia com essas coisas, que eu iria me esquecer do mundo. Mas é quase impossível. Este mundo é a fonte da minha felicidade e não sei por que diabos eu quero esquece-lo. Talvez por que estou prestes a me internar? Meus pais souberam da pior forma possível que eu estava me cortando.

Monoko, me diga, será que estou fazendo a coisa certa? Será que é verdade que você foi criada para curar a minha doença? Monoko, por favor, eu preciso que volte e me diga.

Eu já não aguento mais, eu preciso que me de um sinal. Por favor, fale comigo... “.

xx/xx/20xx

“Querido diário.

Eu senti uma presença no meu quarto quando estava arrumando minhas malas, eu não sei se era você.

Irei passar no cemitério antes de partir, essa é a nossa última vez juntas.

Desta vez irei me esquecer por completo do mundo, por favor Monoko cuide de Bob. Cuide de Lara, de Maybel, de Andrey, de Isabela e de Oliver. Eles são importantes para mim neste exato momento. Irei me despedir agora... Eu irei me enforcar como eu disse, eu apenas quero que minha alma fique lá. E o resto enterrado no chão.“.

– Eu sou um pássaro me trancam na gaiola, mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito... – Disse Georgia se dirigindo para a grande árvore com uma corda em uma de suas mãos e uma cadeira na outra. Amarrou a corda em um nó, subiu na cadeira e contou até dez. Em alguns movimentos ela derrubou a cadeira, e sentiu sua respiração acabar-se em pequenos minutos... Logo Georgia estava morta.

xx/xx/20xx

“Querido Diário.

Monoko eu fiz o certo? Eu me matei para não machuca-los de novo. Eu descobri que, eles estão bem agora. A Júlia me ligou falou que eles estão com saudades, que me querem de volta.

Monoko, eu te vejo em meus sonhos. Você sempre diz que estou fazendo o certo, que fiz o certo me matar lá no mundo... Mas essa não é você Monoko... Você era diferente.”.

xx/xx/20xx

“Querido diário.

Meus sonhos estão me mostrando à escuridão eterna. Tenho medo de me perder, o internato não esta me ajudando muito. Estou com medo e sozinha. Sinto que estou sento observada, Monoko, por favor, me ajude.“

xx/xx/20xx

“Querido diário.

Monoko por favor, cuide de Bob. Entre na cabeça dele, por favor... “

~~~~~~~~~~~~

“Deus o que restou de mim agora? Meus pais não me querem de volta. Eu não gosto disso. Eles disseram que me amavam que iriam me buscar em breve. Oh, Deus não sei por que estou assim, eu tinha tudo na vida, mas quando Monoko se foi... Eu não sei o que restou de mim.

Pai, mãe me perdoem se eu errei. Eu não quero isso, mas esta difícil. Me cortar na escola foi um erro, me perdoem, me perdoem.

Júlia, eu prometi... Mas não dá, eu amo você. Não me esqueça, seus pais te amam e você sabe disso. Você tem um dom, e sabe como usa-lo. Prometa-me que sempre vai sorrir, mesmo que esteja mal.

Maira, Camila... Vocês são as pessoas mais legais do mundo, não sei como dizer... Eu quero ver vocês bem, quero ver lá de cima. Quero ver vocês sorrindo, ir ao meu cemitério e sorri na minha sepultura. Eu amo vocês duas, fiquem bem sem mim.

Emerson, Victor... Meus dois melhores amigos... Meus dois irmãos de outra mãe. Desculpe-me por chorar na sua frente. Às vezes eu penso que sou uma idiota, e que deveria não chorar muito. Mas é difícil segurar o que está aqui dentro, é como um demônio. Eu amo vocês dois, e, por favor, me desculpe por mentir. Estou atrasada, eu preciso ir...

E por último para a minha irmã Monoko... Estou chegando. Irei colocar minha cabeça em seu colo e dormir com sua canção. Estou ansiosa demais, estou com medo... Por favor, segurem a minha mão...“

...

xx/xx/20xx

– Caros alunos, pacientes e professores. Uma de nossas pacientes se foi, ela deixou uma grande carta falando que amava todos... – A cara da diretora era a melhor, fingir que se preocupava. – Seu enterro ira acontecer dentro de uma semana. Por favor, se preparem para isso.

Vários alunos, pacientes e professores choraram. Uma grande amiga e uma ótima aluna se foi. Seus amigos mencionados na carta estavam em choque. Eles não sabiam se choravam se gritavam ou se matavam também.

Júlia uma de suas amigas ficou com raiva, mas ficou com vontade de desabar.

Camila e Maira saíram correndo e choraram, abraçadas.

Seus dois melhores amigos, Emerson e Victor ficaram sem reação. Não sabiam se choravam... Ou se ignoravam aquilo como sempre fizeram...

– Aquela emo idiota! – Disse Victor dando um soco na parede – Aquela idiota, idiota, idiota, idiota.

– Ela deixou uma carta não é? – Disse Emerson – A gente podia...

– Não! – Disse – E-Eu não quero olhar para aquela velha maldita! Sabemos que a Gê poderia estar morta faz um bom tempo! A Gê disse que ia parar, ela disse...

De repente todo aquele lugar ficou em silencio, todos com cara fechada... Mas a grande maioria não a conhecia direito.

– Olha isso! – Apontou Emerson para todos. – Ninguém a conhecia direito como a gente! Merda, por que ela teve que fazer isso? Foi minha culpa! Minha culpa, minha culpa...

Fim do Flashback.

– Senhorita? – Alguém estralava os dedos na sua frente. Sarah estava sentada em frente à diretora – Você esta prestando atenção no que estou dizendo?

– Desculpe...

– Desculpas aceitas. – Disse a senhora se levantando e andando de um lado para o outro. – Você conseguiu se lembrar de alguma coisa?

Sarah olhou para o lado, ela não queria contar sobre o estupro que aconteceu com ela, nem com o que aconteceu com o Bob e nem aquele sonho da Georgia.

– Não... – Mentiu.

– Entendo, mas... É estranho ver meus pacientes demorarem a se recuperar. – Ela levantou uma de suas sobrancelhas. – Você esta tomando seus remédios?

– S-Sim! – Sarah se envergonhou com a mentira esfarrapada.

– Certo, então deve se recuperar em breve. – Ela se sentou novamente, abriu uma de suas gavetas e tirou de lá uma caixinha laranja. – Tome esse remédio. Caso aquele outro acabar você tem esse, mas lembre-se: Não exagere.

– P-Por que não posso exagerar? – Perguntou Sarah, que já sabia da resposta.

– Oh, senhorita ninguém de contou? – A diretora juntou suas mãos e começou a balançar seu pé levemente. – Há cinco anos atrás uma paciente nossa morreu aqui. Ela tomou todos os seus remédios e antes que tivesse uma overdose se enforcou. – A diretora revirou os olhos. – Isso causou grandes problemas! Quase não tivemos dinheiro para pagar o enterro daquela idiota.

Ela deu uma pausa.

– Se quer saber mais, procure Nathaniel o presidente do conselho estudantil. – Ela se levantou e se dirigiu a porta. – Não aguentaria nem um segundo falando daquela vagabunda.

– E-Eu posso fazer uma pergunta?

– Claro querida.

– Pelo que eu entendi você não gostava dela não é? Então quando ela morreu você ficou feliz? Você ficou feliz mesmo vendo que as outras pessoas ficaram tristes?

A diretora riu histericamente. Sua risada era macabra, parecia que a doce senhora de cinquenta e poucos anos se transformou em um grande e feroz demônio.

– HAHAHAHAHA! – Ela ficou vermelha de tanto dar risada. – Isso ficou tão claro? – Ela continuou rindo. – Você acertou na mosca!

Ela abriu a porta de vagar.

– Eu já contei de mais, pegue e seu remédio e corra! – Ela me lançou um olhar ameaçador me fazendo correr com meu remédio na mão.

Sua cabeça rodava, e a risada daquela velha ecoava em sua cabeça.

Ela passou por vários corredores, várias pessoas a olhavam com desprezo por causa de sua aparecia pálida e diziam: “Pobre garota.”

Sarah tropeçou em seu próprio pé, assim batendo de cara no chão. Sua caixinha de remédios abriu, assim derrubando alguns remédios.

“Droga...” Sarah estava fraca agora, não conseguia se levantar. “O que esta acontecendo comigo?” os olhos de Sarah estavam se fechando.

– Oh meu Deus! – Uma grossa se aproximava – Você esta bem?

Sarah não pode ver quem era que estava se aproximando, os olhos de Sarah se fecharam na hora...

[...]

Sarah estava deitada em uma cama de hospital, ela estava meio tonta. Ela se ajeitou na cama, tudo rodava... Sarah sentia enjoos, seu coração estava a mil, ela não conseguia respirar direito.

– Você esta bem? – Disse alguém. – Você desmaiou no meio do corredor. Que caipira! – Disse o garoto, Sarah olhou para ele. Cabelos ruivos pintados, olhos acinzentados, vestindo uma blusa de alguma banda, uma jaqueta de couro e uma calça cinza. Seus braços estavam cruzados enquanto sua franja cobria seus lindos olhos.

– Desculpe por lhe causar problemas. – Eu disse desviando o olhar para minhas mãos que estavam geladas e tremiam.

– Que? Me causar problemas que nada! – Ele sorriu. – Você me fez perder duas aulas de química! Te devo uma.

–... – Eu continuei vendo minhas mãos, minhas unhas sem esmalte, e vários pontinhos por causa do frio.

– Me chamo Castiel. – Disse quebrando o silencio. – E você é?

– Sarah... Sarah Pearce.

– Olha, você é a garota que ficou em coma por três anos? – O garoto arregalou os olhos.

– Eu... Eu não... Me lembro de nada. – Disse Sarah.

– Nossa que pena! – Ele fez uma cara de magoado. – Você não se lembra nem como chegou aqui?

Eu neguei com a cabeça.

– Bem Sarah, você quer ajuda? – Ele perguntou se levantando e indo em direção à cama. – Te levarei em um parque e te contarei tudo. – Castiel sorriu com os olhos e me estendeu sua mão assim me ajudando a me levantar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Comentem! ^^



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