A garota misteriosa de Sweet Amoris escrita por Samy Chan


Capítulo 5
Capítulo 5 - Lago


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, estou atolada na escola e quase não tive tempo de escrever o capítulo gomen ;-;

Aviso: Neste capítulo contem estupro (bem leve), você foi avisado.



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– Por que me faz lembrar? – Perguntou Bob limpando suas lagrimas com a manga de sua blusa.

“Ora! É divertido ver você sonhando. Ver você acreditando em cada palavra que as pessoas dizem, ver você sorrindo para sua filha.” – Disse a voz

– Isso não é divertido – Disse Bob se levantando.

“Logico que sim! Afinal eu fui criado para atormentar e não fazer graça”. – A voz riu de novo, alertando a Bob que iria atormenta-lo – “Como no verão. Foi divertido!” – A voz riu mais alto.

– Pare de rir assim! – Bob colocou seu casaco – Você vai me deixar com uma tremenda dor de cabeça!

“Desculpa.” – Disse a voz ainda rindo.

– Anos podem passar, mas eu nunca vou morrer. – Repito palavras esperançosas para mim, mesmo sendo difícil.

“Ei, Bob... Você deveria ter sido mais gentil com ela sabe?” – Disse a voz – “Se você a amava deveria ter dado mais atenção a ela.”.

– Esta mexendo nas minhas memorias de novo? – Perguntou Bob – Isso é perturbante

“É divertido!” – A voz riu. – “Como eu disse antes Bob, eu fui criado para atormentar e não fazer graça.”.

Bob destrancou a porta e desceu as escadas da casa branca, sentou-se no sofá e ficou encarando a Tv a sua frente vendo seu reflexo naquela tela preta.

“Vamos brincar Bob?” – Disse a voz – “Poderíamos entrar na floresta e ir ver a grande árvore no qual ela se matou.”.

– Cale-se seu maldito! – Ele se levantou e se dirigiu ao quarto de Maybel, ela brincava sozinha com sua boneca Barbie.

– Oi Tio! – Ela abriu seu sorrisão e me abraçou. Ela demorou um pouco para me largar

– Onde esta a Lara? – Perguntei levantando minha sobrancelha, Maybel ficou em silencio um pouco. A porta da casa se abriu fazendo assim eu olhar para ver quem era: Oliver estava segurando Lara no colo. Ela chorava...

– Tio... – Bel olhou para o chão triste – Eu tentei impedir ela! Mas ela não me obedeceu... Ela foi procurar a Tia... Me desculpa, mesmo!

– Calma Bel. – Eu sorri – Esta tudo bem não é mesmo? Ela não se machucou não é?

Maybel não me respondeu.

– Bem... – Eu disse – Vamos lá ver ela, vamos ver se ela esta bem. – Eu peguei na mão de Maybel e saímos do quarto.

[...]

A aula de história tinha acabado sem que eu percebesse, estava olhando para a janela o tempo todo, os professores nem notaram que eu estava lá para inicio de conversa. Então aproveitei o momento.

Assim que reparei me vi sozinha na sala, o que era bom... Continuei olhando para a janela, as árvores balançando sobre a ajuda do vento. O tempo estava bom, estava claro com poucas nuvens, o vento não era muito forte, mas dava um reconforto quando batia sobre o seu rosto.

Sem pensar duas vezes abri um pouco a janela e encarei a mesa a minha frente, ela estava com alguns rabiscos de alunos que sentaram ali nas outras aulas.

Uma rajada de vento passou por meus cabelos curtos, senti meu pescoço arrepiar-se e ouvi uma respiração meio ofegante sobre minhas orelhas. Virei meu rosto e pude ver o garoto que estava comigo antes da aula.

Dei um grito de susto, assim assustando o garoto que estava atrás dele, o que estava com ele no dia em que acordei aqui. Assim fazendo o garoto rir dos dois.

– Shh, Sarah-Chan. – Ele pegou duas cadeiras uma para ele e outra para seu amigo. – A aula acabou faz tempo, você deveria estar no intervalo agora.

– D-Desculpe... – Eu disse olhando para a janela de novo. – Eu quis ficar um pouco aqui.

– Como sempre querendo ficar sozinha né Sarah-Chan? – Disse o outro garoto sorrindo.

Sarah não respondeu, apenas ficou olhando para a quadra. Escutei o garoto suspirar enquanto meu rosto se tornava mais triste pelo reflexo da janela de vidro.

– Desculpa... – Eu disse – E-Eu não sei o seu nome...

– Ahn? – Disse o garoto – Meu nome não é um problema, não se preocupe.

– Esta tomando seus remédios, certo Sarah-chan? – Disse Victor

– Eu comecei a tomar ontem, como eu disse... – Eu olhei de novo para a quadra – Assim que ir para o meu quarto de novo vou tomar... Eu esqueci de tomar hoje...

– COMO ASSIM?! – Disse Victor. – Você não pode se esquecer dos seus remédios mocinha! Ou você não vai melhorar.

– Mas... – Eu virei meu rosto

– Mas nada! – Ele se levantou e colocou sua mão em sua cintura e começou a bater o pé de leve – Esta de castigo por duas semanas!

Ele sorriu junto com o outro garoto e então eu entrei na brincadeira.

– Pai, você não pode fazer isso! – Eu tentei fazer voz de criancinha

– Não me responda! – Ele disse soltando uma risadinha – Vá já pro seu quarto!

– Querido deixe a Sarah em paz – O garoto ria mais que todos.

Eles pararam para darem risada, Sarah não se sentia tão bem depois que chegou a esse lugar. Em todo o momento ela se sentia sozinha, com vontade de desistir.

[...]

A aula tinha acabado finalmente Sarah poderia voltar para seu quarto. Seus pensamentos estavam perdidos em uma pequena caixinha rosa com alguns remédios redondos. Ela quer se lembrar, lembra-se de tudo.

Sarah abriu a porta de seu quarto, tirou seu sapato, e foi ao banheiro. Pegou quatro remédios e colocou embaixo da língua tomando coragem para pegar água.

Ela começou a se lembrar de hoje, como se divertiu com Victor e com o outro garoto. Ela deixou um sorriso escapar, e se perguntou: “Por que estou tomando remédios?”, mas logo teve uma resposta.

Respirou fundo, colocou sua mão na torneira e abriu de vagar ate que pudesse beber e engolir aqueles remédios.

Esperou alguns minutos antes de engolir até que finalmente, sentiu-os descerem em sua garganta. Sarah olhou-se no espelho do banheiro: Olheiras visíveis, seu cabelo curto bagunçado, seus olhos baixos e sua pele pálida.

Ela viu um pequeno risco em sua clavícula, desesperadamente desabotoou um pouco sua camisa de manga longa.

Uma enorme e feia cicatriz estava em sua clavícula, era como um corte, e um pouco ao lado uma marca de uma camisa...

Seus olhos estavam quase se fechando, seu corpo estava tremendo, os remédios estavam fazendo efeitos.

Ela saiu do banheiro um pouco tonta e foi em direção a beliche. Ela se deitou sem se cobrir, e logo seus olhos se fecharam de imediato.

[...]

As portas do carro estavam trancadas, estava presa no banco de trás do carro, enquanto o homem dirigia para fora da cidade. Seus olhos pretos como a noite me deixavam com medo, eu não podia sair...

Sarah queria perguntar ao homem o que ele queria com ela, e por que ele estava saindo da cidade. Sarah deveria ter deixado quieto, mas não deixou.

– O-O-O que o senhor qu-quer comigo? – Disse Sarah tentando esconder seu medo. Mas o homem apenas sorriu. – P-Por favor... E-E-Eu preciso ir para casa...

O homem parou o carro, virou-se para trás e ficou encarando Sarah por um tempo. Ele passou sua mão nos longos cabelos de Sarah e perguntou.

– Quantos anos você tem, Sarah? – Ele disse

– Do-Doze... – Ela olhou para baixo.

– Não precisa ter medo, ok? – Ele sorriu – Nos vamos apenas brincar como eu disse. – Eu olhei para ele, já sabia de suas intenções.

– Po-Por favor... – Ela disse – E-E-Eu preciso ir para casa, meus pais deve estar preocupados.

– Shh... – Ele foi para o banco de trás, e ficou do meu lado. – Vai ficar tudo bem, Sarah. – Ele sorriu mais uma vez. Ele pegou em meu pescoço e começou a beija-lo, eu tentava me soltar, mas era inútil, ele não me largava de jeito nenhum.

– Por favor... – Meus olhos estavam cheios d’água, procurava uma saída para escapar. EU NÃO QUERIA AQUILO!

Lagrimas saiam de pressa dos olhos de Sarah, sua mão tentava encontrar uma saída, mas era em vão.

O homem deslizava sua mão para debaixo de sua saia, enquanto sua boca dirigia-se para seu peito.

Depois de varias tentativas em vão de encontrar uma saída, Sarah encontrou o trinco da porta, abriu e saiu correndo sem olhar para trás.

Sarah acabou tropeçando em uma pequena pedra, viu o homem a alcançando. Seus olhos encheram-se de água novamente. O homem estava com um canivete e ia em direção a Sarah.

– Sua inútil! – O homem deu um tapa na cara de Sarah, enquanto tirava sua regata. O homem fez um corte profundo na clavícula de Sarah, ela gritou por ajuda, mas ninguém veio... – Cale a boca sua maldita! Faça do meu jeito, ou você morrerá aqui mesmo!

– Por... – O homem colocou sua mão na boca de Sarah, molhando-se com suas lagrimas. Um barulho de zíper passou pelas orelhas de Sarah fazendo-se se desesperar mais. Sentiu sua saia sendo tirada junto com sua calcinha, e sentiu algo entrar nela, uma dor que não conseguia identificar...

[...]

Sarah estava no mundo, estava no lago. Ela estava boiando, ela parecia estar morta. Seu rosto pálido, e uma tristeza que não apagava.

Sarah podia se ver em terceira pessoa, ela estava parada atrás de algumas árvores perto do lago. Era assustador vê-la ali, sem respirar... Aquilo era um sonho?

Uma pequena borboleta voou sobre seu corpo, e ficou voando próxima a boca de Sarah. Ela apenas abriu a boca, dando passagem para a borboleta. Sarah pareceu engoli-la, abriu seu olho e por fim afundou-se no lago.

NÃO ME DEIXE! – Vi Bob saindo da casa correndo. – SARAH!!

Bob entrou dentro do lago e me puxou de volta. Ele me abraçava e chorava ao mesmo tempo.

– Não, por favor! – Ele disse – Não faz igual ela! Não se morre, por favor...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Comentem! ^^



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