Era óbvio que eu não estava ali porque eu queria. Eu sentia nojo de tudo isso. Nojo desse lugar. Nojo dessas pessoas. Nojo de Orochimaru. Tinha nojo até dessa comida horrível, acho que Sakura tinha me falado sobre isso. Queria estar com minha família, que deve estar desesperada á essa hora me procurando, e se perguntando por que eu fui embora. Não parava de pensar neles nem um minuto, e em Sakura também. Acho que cheguei a pensar até em Naruto, que apesar de idiota era meu melhor amigo.

Tudo o que estava acontecendo era unicamente culpa do maldito do Orochimaru! Aquele infeliz me chantageou, praticamente me arrastou de lá.

Primeiro ele me mostrou uma foto da minha família, o que não me surpreendeu muito, afinal ele faria de tudo para conseguir o que quer, então não poderia faltar colocar minha família no meio, mas depois ele me mostrou uma foto da Sakura e isso sim me surpreendeu. Ela não tinha nada a ver com essa história, ele não podia fazer nada com ela. Não tive outra escolha a não ser aceitar trabalhar para ele.

No começo eu não entendi por que ele queria a mim. Eu não pareço importante, não fazia sentido algum. Mas agora eu entendo. Ele quer os meus conhecimentos.

Sou o tipo perfeito de pessoa que ele precisa trabalhando ao seu lado: primeiro sou um espião treinado e isso já é uma vantagem e tanto. Segundo, sei acessar alguns tipos de informações confidenciais de segurança no país, então se ele precisar entrar ou sair com mercadorias roubadas de algum lugar; eu serei extremamente útil. Essas e muitas outras vantagens que ele tem agora que eu estou trabalhando para ele.

No dia em que falei com Orochimaru, consegui que ele deixasse pelo menos eu ir a minha casa antes de partirmos. Então, fui para casa e passei a noite normalmente e no dia seguinte fui a agencia deixar as duas cartas, para depois me encontrar com Orochimaru de novo.

Mas eu não vou deixar as coisas assim, é claro que eu vou fazer alguma coisa. Eu sei que minha família deve estar me procurando, mas as chances deles me encontrarem agora são muito pequenas, porque eles não têm muitas informações nem de onde começar a me procurar.

Já faz um dia que eu estou aqui e tudo o que fiz foi ficar preso nesse quarto que tem câmera escondida até no travesseiro. Nem eu sei a minha localização, só sei que não é no mesmo esconderijo em que levaram a Sakura.

Comecei a ouvir passos do lado de fora e logo já estavam destrancando a porta. Era Orochimaru e... Karin. Ótimo, agora vou ter que agüentar essa ridícula e a cara horrível dela com esse sorriso. Só falta eu, além de ser usado pelo Orochimaru, vou ser estuprado por essa tribufu. A não, não to a fim de ser abusado por essa coisa, credo. (N/A: hahaha... não resisti!)

Orochimaru: vamos, tenho um serviço para você agora.

Karin: oi Sasuke-kun – falou com aquela voz melosa que ninguém agüenta. Sorri, me lembrando da Sakura imitando ela... ops, acho que ela pensou que eu tava sorrindo para ela e não dela. Sonha.

Os segui pelo corredor que estava cheio de câmeras e de guardas armados. Chegamos numa sala com um computador.

Orochimaru: quero que você acesse algumas pesquisar sigilosas do governo, aqui está os nomes dos cientistas que fazem parte dessas pesquisas – me entregou um papel com nomes.

Sasuke: para que você precisa dessas pesquisas?

Orochimaru: não que seja da sua conta, mas preciso achar essas pessoas e a pesquisa também.

Sasuke: do que se trata essa pesquisa?

Orochimaru: testes em animais com alguns compostos, estão tentando criar algumas mutações para deixá-los mais fortes.

Sasuke: e o que isso interessa para você?

Orochimaru: imagine Sasuke, soldados mais fortes trabalhando para mim – sorriu. Espera, esse filho da mãe pretende fazer testes em pessoas?

Sasuke: seu desgraçado, como ousa testar isso em pessoas se nem foi testado em animais ainda! – não consegui pensar direito e fui direto para cima dele, mas fui impedido por alguns guardas que estavam na sala.

Orochimaru: calminho, não pedi sua opinião, eu quero que você ache esses cientistas e eu quero essa pesquisa em minhas mãos o mais rápido o possível entendeu? Karin fique aqui e vigie ele, não quero saber desse comportamento de novo – e saiu da sala. A como eu odiava ele!

Karin: sente-se ai Sasuke-kun e faça seu trabalho, não vai querer mexer com o Orochimaru – outra que me tirava dos nervos.

Os guardas me soltaram e me colocaram na cadeira. Não acredito que estava contribuindo com essa loucura. Mas até que essa seria uma boa oportunidade de eu conseguir mandar algum sinal para meus pais pelo computador e assim eles conseguiriam agir contra. Mas eu teria que ser rápido e deveria fazer isso enquanto esses caras estivessem distraídos, não seria fácil, mas eu tinha que tentar parar o Orochimaru.

Sasuke: isso pode demorar algum tempo.

Karin: bom, torça para que o Orochimaru-sama não se irrite muito, mas acho melhor você ir rápido.

Concentrei-me no computador, mas ainda estava bolando alguma forma de mandar um sinal. Estava difícil já que sempre tinha alguém me olhando. Isso incluía Karin que não tirava os olhos de mim sentada do outro lado da mesa.

Depois de alguns minutos alguém entra na sala e fica parado atrás de mim, chamando a atenção da Karin que sorri e se levanta para cumprimentar a pessoa.

???: ah oi Karin, vejo que está vigiando o prisioneiro – meu sangue gelou e fiquei totalmente parado em frente ao computador, nem me dei ao trabalho de virar para ver quem era, conhecia aquela voz. Então era ele? Ele é o espião duplo?  Não esperava por isso. Não posso acreditar que seja ele.

Karin: sim, e você o que veio fazer aqui?

???: Orochimaru me chamou, mas ainda não falei com ele queria ver Sasuke primeiro, já faz um tempinho que não nos vemos.

Agora sim me virei da cadeira, ficando de frente para ele. O ódio era nítido em meus olhos.

Sasuke: não esperava isso de você. Pensei que fossemos amigos.

Continua...